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por Luis Borges 23 de junho de 2019   Vale a leitura

É especialista que não acaba mais!

A todo instante nos deparamos com alguém se dizendo especialista em alguma coisa nos diversos segmentos do mercado. Mas, afinal de contas, que critérios poderiam ser usados para definir o que é um especialista? Uma proposta foi feita por Ronaldo lemos em seu artigo Afinal, o que é ser um especialista?, publicado pela Folha de São Paulo.

“Especialista é todo aquele que investiu ao menos 10 mil horas de prática em um determinado assunto. Por exemplo, essa é a média de tempo a que um violinista de talento reconhecido globalmente se dedica sozinho antes da fama”.

Dinheiro emprestado pode gerar muitas perdas

Tudo está mais difícil nesses cinco anos de pífio crescimento da economia brasileira, e o que é pior, são poucas as perspectivas de melhorias importantes num horizonte de médio prazo. A estratégia continua sendo a de sobrevivência e muitas vezes o que fica mais próximo e visível é pedir a um parente, colega ou amigo um dinheiro emprestado, de preferência sem juros, com prazo de pagamento tão logo aconteça a restituição do Imposto de Renda, por exemplo. Será que esse é o melhor caminho diante de um aperto mais bravo, mesmo colocando em risco as relações pessoais diante de uma inadimplência jamais pensada? Como diz o ditado popular “amigos, amigos, negócios à parte”. Conheça a abordagem sobre o tema feita por Julia Mendonça no artigo Não empreste dinheiro para o melhor amigo, o cunhado e nem mesmo a sua mãepublicado em seu blog.

Você passa um bom tempo estudando, fazendo planejamento financeiro, economizando cada centavo para que, um belo dia, algum conhecido venha com aquela frase já manjada: “Estou precisando de uma graninha urgente! Tem como quebrar esse galho para mim? Juro que te pago de volta”. Pronto! Os problemas começaram! A situação é incômoda, pois você fica num dilema: se emprestar, não terá esse dinheiro novamente e, se não emprestar, será considerada a pior pessoa do mundo.

Fiador, caução ou seguro fiança locatícia?

De vez em quando ficamos sabendo de um caso, que acaba se repetindo, em que uma pessoa física avalizou outra no aluguel de um imóvel, por exemplo, e no fim de tudo acabou pagando o pato para não ficar com o nome sujo e evitar a penhora do imóvel garantidor da transação. O constrangimento acaba sendo grande para todos os envolvidos e sabe-se lá como tudo terminará. Outras alternativas para substituir o fiador são a caução ou o seguro fiança locatícia, que também podem não estar ao alcance de quem poderia lançar mão delas. É o que aborda Márcia Dessem em seu artigo Procura-se um fiador, publicado pela Folha de São Paulo.

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por Luis Borges 21 de maio de 2019   Vale a leitura

Você tem educação financeira?

Vai ficando cada vez mais evidente que só a aposentadoria pelo INSS não será suficiente para garantir às pessoas uma tranquilidade financeira no final do curso de vida. Ainda que esteja tudo mais difícil nesse momento da vida política, econômica e social brasileira, o que as pessoas que tem 30, 40 ou 50 anos de idade podem começar a fazer visando ter um futuro menos sofrido? Algumas possibilidades nesse sentido foram abordadas por Júlia Mendonça no artigo Somos analfabetos financeiros. Só 8% dos brasileiros poupam!, publicado no blog Descomplique.

As frases “quem poupa não aproveita a vida” ou “caixão não tem gaveta” resumem muito bem nossa relação com as finanças. Com certeza, falta grana para muitos, mas para outra parcela falta vontade de se educar financeiramente.

Cooperativismo financeiro

As cooperativas financeiras, também chamadas cooperativas de crédito, podem ser uma boa opção para quem quer fugir das imposições e da ganância dos bancos privados. Seu dinheiro pode render mais e melhor quando você participa de um negócio do qual é sócio proprietário sob a égide dos princípios cooperativistas aplicados ao associativismo entre as pessoas. É claro que a gestão do negócio será sempre fundamental para que se atinja o melhor resultado para os associados e que as sobras de cada ano sejam repartidas proporcionalmente às transações que cada um faz com a cooperativa. Para melhor conhecer e compreender as possibilidades de uma cooperativa financeira a sugestão é ler o artigo “As cooperativas de crédito são mesmo uma boa opção?”, de João Antônio Motta publicado em seu blog.

Cooperativas de crédito não têm clientes, mas cooperados. Não visam lucros, mas sobras, que podem ser repartidas entre os cooperados. Só por estes ingredientes já se vê o enorme poder de atração que têm (ou deveriam ter) as cooperativas de crédito. Aliás, o princípio que os cooperados e as cooperativas de crédito devem ter é que a especulação financeira não é (nem pode ser) seu objetivo, já que devem fornecer assistência aos seus membros. Porém, isso não implica que os administradores descuidem do retorno dos capitais emprestados e da solidez patrimonial da cooperativa.

Quem não atrapalha já ajuda no processo de luto

De repente você recebe a informação de que uma pessoa de seu círculo mais próximo ou de sua rede mais ampla acabou de falecer.  O que fazer para se posicionar em relação ao acontecido perante as pessoas mais próximas do finado? Ir ao velório caso a logística permita, enviar uma mensagem, fazer uma visita pessoal ou ir à missa de sétimo dia, por exemplo? Mais desafiante ainda é saber o que falar nessas ocasiões sem cair na vala comum dos chavões, que nada acrescentam e até retiram energia de quem está ouvindo a sua falação. É interessante a abordagem feita por Camila Appel no artigo Como ajudar uma pessoa em luto: comece não atrapalhando, publicada em seu blog Morte sem tabu.

Frases como: “Eu sei o que você está passando”, poderiam ser substituídas por algo como “eu imagino como está sendo difícil isso para você”.  Estimular o outro a sair, frequentar ambientes sociais, pode soar muito invasivo.  “O processo de luto é um processo de introspecção. Não atrapalhar é deixar o processo correr e estar disponível. ‘Estou por aqui para o que precisar’, ‘Você gostaria de conversar? ‘.’Você gostaria de tomar um café?’”.

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por Luis Borges 24 de abril de 2019   Vale a leitura

Idoso morando sozinho não é para sempre

A longevidade dos brasileiros está aumentando cada vez mais e a expectativa de vida já beira os 77 anos. Mas é desafiante tentar responder à pergunta sobre em que condições serão vividos esses longos tempos que a cada dia se avizinham. Uma pergunta importante pode ser feita sobre o local em que os idosos residirão e a partir de qual idade, condições funcionais, sociais e financeiras. É o que aborda Simone Cunha em seu artigo Em que momento o idoso não deve mais viver sozinho?, publicado pelo blog Viva bem, hospedado no portal UOL.

E com isso surge o questionamento, até quando eles devem viver sozinho? Não existe uma resposta exata a essa pergunta, afinal depende muito do estado em que cada idoso está. Normalmente ela vai precisar de supervisão quando está com problemas em sua locomoção ou cognição e isso o coloca em risco. Por exemplo, ele pode estar bem para tomar banho sozinho ou se vestir, mas já esqueceu a panela no fogo três vezes, o que coloca sua integridade física em risco. Mas isso não significa que os filhos e netos não devem estar de olho mesmo que a distância.

A melhoria da gestão deve ser contínua também no SUS

O Sistema Único de Saúde (SUS) completou 30 anos com bom alcance social, mas vive um momento extremamente desafiante com limitações trazidas pelo teto dos gastos públicos em função da busca pelo equilíbrio das contas públicas. Enquanto isso a demanda pelos serviços continua crescente e a economia reage muito devagar numa conjuntura em que mais de 13 milhões de pessoas estão desempregadas. É claro que a melhoria da gestão ajudará a ampliar os resultados e a fazer mais e melhor com o orçamento existente. Nesse sentido é importante conhecer a abordagem feita por Rafael Muñoz, no artigo O SUS na encruzilhada: gastar melhor para melhorar a qualidade publicado pela Folha de São Paulo.

Melhor eficiência poderia aumentar o número de consultas médicas por habitantes na atenção primária em mais de quatro vezes (do atual 1,72 para mais de 8,36 consultas por habitante, por ano), aumentar em quase 80% o número de internações hospitalares, e em 40% a cobertura da Estratégia de Saúde da Família (ESF). Essas melhorias ajudariam a reduzir um dos grandes gargalos do sistema atual, que é o acesso e cobertura a serviços essenciais. Tudo isso sem a necessidade de mais recursos financeiros.

A proteção de dados no Brasil

O recente vazamento de 2,4 milhões de dados de usuários do SUS na internet chamou a atenção para a efetividade da Lei Geral de Proteção de Dados, que não responde a todas as questões ligadas à gestão da segurança dos sistemas. Leia interessante abordagem sobre o tema feita por Ronaldo Lemos no artigo Quem vigia os vigilantes?, publicado pela Folha de São Paulo.

O Brasil decidiu adotar um modelo de lei de proteção de dados que é similar ao da Europa. Só que periga fazer isso pela metade. Poderá ter uma lei como a europeia nas obrigações, mas incompatível na parte da autoridade. Com isso teremos todos os ônus, mas podemos perder os bônus (como livre transferência internacional de dados), por incompatibilidade com uma parte essencial do modelo.

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por Luis Borges 14 de março de 2019   Vale a leitura

Há oportunidades de trabalho depois dos 60?

A lei brasileira define que pessoas idosas são aquelas que têm idade de 60 anos em diante. Já as oportunidades de trabalho ficam ao sabor do mercado, que nem sempre é amigável com as pessoas mais idosas. Mas, de uma maneira ou de outra, é essencial a formulação de uma estratégia para a sobrevivência e uma saída pode ser o descobrimento de algumas necessidades das pessoas que são pouco percebidas pelo mercado. É o que aborda Alice Robb da BBC News no artigo Os profissionais de mais de 60 anos que buscam a vida como freelancers publicado pelo portal UOL.

Um relatório da consultoria Deloitte afirma que 77 milhões de pessoas na Europa, na Índia e nos Estados Unidos se identificam formalmente como freelancers. Só nos Estados Unidos, 3,7 milhões de americanos trabalharam sob demanda em 2016. A cifra americana deve chegar a 9,2 milhões em 2021, segundo estimativa da empresa de pesquisa Intuit e Emergent Research.

Com que dinheiro sustentar a longevidade?

Boa saúde, qualidade de vida, manutenção das amizades, atividades sociais voluntárias… fazem parte dos sonhos e propósitos da vida de muita gente também para os tempos que virão depois da aposentadoria. Será que tudo poderá ser bancado apenas pelos proventos do INSS, por exemplo? É claro que não será uma resposta bem provável. Então, o que fazer para não passar tanto aperto ou suavizar o tempo a mais que será vivido após cumprir os requisitos para a aposentadoria? Leia uma interessante abordagem de Márcia Dessen em seu artigo Tempo, o senhor da equação, publicado pela Folha de São Paulo.

Quais são os ingredientes para fazer o patrimônio crescer e durar tempo suficiente para nossa sobrevivência? São três os ingredientes: o dinheiro que formos capazes de poupar; os rendimentos, frutos que o dinheiro poupado produzirá, trabalhando por nós; e o tempo, senhor da equação que determina o montante desse patrimônio no futuro. Muitos não guardam nada para o futuro, preferem viver o presente, desfrutando de prazeres imediatos. Outros afirmam que não poupam porque não sobra dinheiro. Não sobra porque estão destinando os recursos a outros objetivos, ou nenhum, o dinheiro está simplesmente pagando as contas do padrão de vida escolhido.

O desemprego prossegue firme

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,50% em 2014, passou dois anos em profunda recessão ao ficar negativo em 3,50% em 2015 e 3,30% em 2016. Começou uma lentíssima recuperação em 2017 quando cresceu 1,1%, índice que se repetiu em 2018. Assim a quantidade de pessoas desempregadas, desalentadas e subutilizadas continua altíssima em meio a inúmeros temas nacionais que surgem todo dia na pauta ajudando a mascarar muitos problemas tão crônicos como este relacionado ao trabalho. Nesse sentido o jornalista Ricardo Kotscho chama a atenção em seu artigo Tragédia brasileira: já são 12,7 milhões de desempregados. Quem se importa com eles? publicado em seu blog Balaio do Kotscho.

 “…não ouvi até agora nenhum empoderado da nova ordem falar em como ao menos minorar o sofrimento dos que estão sem carteira assinada. Justiça seja feita, também não vejo nenhum líder das oposições preocupado em apresentar qualquer proposta para dar um alento a esta crescente multidão de desempregados sem direito a férias, 13º salário, assistência médica, aquelas coisa de antigamente.”.

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por Luis Borges 20 de janeiro de 2019   Vale a leitura

Prender a atenção dos ouvintes

Imagino que muitas pessoas não estão tendo paciência nem tempo para ouvir os discursos de posse dos Presidentes, Governadores, Ministros, Secretários de Estado e Presidentes de Empresas Estatais que estão acontecendo nesta temporada de novos mandatos. A mesmice estrutural se repete na maioria deles, que se iniciam pelos cumprimentos de um a um dos componentes da mesa diretora do evento. Como fazer para mudar criativamente as formas dos discursos e conquistar mais atenção de possíveis ouvintes? É o que aborda Reinaldo Polito em seu artigo A oratória mudou, mas alguns oradores ainda falam como no século passado, publicado no Portal UOL.

“Se quiser impressionar os ouvintes, saia dos trilhos batidos. Surpreenda o público. Depois de elaborar cada etapa da sua apresentação, reflita: que mudanças eu poderia fazer nessa mensagem para que ela pudesse ser mais encantadora? Se eu estivesse na plateia, como eu gostaria de receber essa informação? Só o fato de você refletir sobre essas questões já será meio caminho andado na busca do tempero ideal para ser bem-sucedido”.

Significados que os cemitérios podem nos trazer

Não muito raramente encontro pessoas dizendo que não gostam nem de passar na porta de cemitérios e, muito menos, de pensar na possibilidade de entrar lá e circular pelas suas vias. Não fico tentando descobrir a causa de tanta rejeição. Por outro lado acabo pensando nas lembranças e significados que aquele espaço pode me trazer. Nesse sentido gostei muito do que Cláudia Costin escreveu em seu artigo Os cemitérios e o sentido da vida, publicado pela Folha de São Paulo.

A passagem nossa na Terra é rápida, e o tempo, “jogador ávido que ganha sem roubar”, fará com que dentro em pouco tudo nos diga “é tarde demais”, nas palavras de Baudelaire. Em outros termos, os cemitérios nos lembram do sentido da existência.

Muda-te a ti mesmo

Existem pessoas que, sempre no início de cada ano, fazem muitas declarações e promessas de mudanças que serão feitas em suas vidas ao longo dos meses. De repente o ano termina e o balanço dos resultados alcançados mostra uma enorme distância entre as intenções e os gestos. Ainda assim, vale a pena tentar mais uma vez, mas buscando identificar as causas do mais recente fracasso. Leia a interessante abordagem de Mariliz Pereira Jorge em seu artigo Resolução para 2019: deixar de ser trouxa, publicado pela Folha de São Paulo.

A falta de êxito nas minhas empreitadas se parece com a da maioria das pessoas, por um único motivo. A gente é trouxa. Somente nós, os trouxas, para tomarmos tantas atitudes estúpidas que são capazes de nos prejudicar, nos deixar infelizes e frustrados com nossa falta de habilidade para cuidar da pessoa que mais merece atenção e prioridade: nós mesmos.

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por Luis Borges 16 de dezembro de 2018   Vale a leitura

Você vai à festa de fim de ano lá no seu trabalho?

O fim do ano chegou e com ele veio a festa de confraternização do seu trabalho, seja ele do setor público ou privado. Para quem não é muito chegado a esse tipo de evento vem a dúvida imediata sobre a conveniência de ir ou não ir. Provavelmente haverá música alta, pessoas ingerindo grandes quantidades de bebidas alcoólicas e diversos tipos de atitudes e posturas inconvenientes, amolativas mesmo. Do ponto de vista político acaba surgindo alguém tentando especular sobre as causas do não comparecimento de alguém. Seria melhor comparecer e só ficar na festa por um determinado tempo. É interessante conhecer a abordagem feita por Thâmara Kaouru em seu artigo Festa da firma causou demissão de presidente no ano passado, publicado pelo portal UOL.

“As festas de final de ano não deixam de ser uma vitrine para o colaborador. Para quem não gosta, faça um esforço para comparecer e tentar, principalmente, se socializar. É preciso também ter cuidado para não perder o propósito da confraternização. Ficar com a cara amarrada e de mau humor não vai ser legal.”

Só queria ser bem atendido pela Receita Federal

Os gastos do Governo Federal crescem constantemente e a arrecadação tenta de todas as maneiras fazer a sua parte. A fúria arrecadadora é tamanha que, só em 2018, caíram na malha fina cerca de 628 mil contribuintes. Imagine o que será mostrado de inconsistências para justificar ao declarante o motivo de sua queda e por que é preciso pagar o imposto. Um caso interessante é narrado por Jairo Marques em seu artigo Cadeira de rodas na malha fina, publicado em seu blog “Assim como você”, hospedado na Folha de São Paulo.

Iguais a mim, milhares de outros brasileiros serão questionados por causa da compra de suas dentaduras, andadores, aparelhos auditivos e até estadias na UTI. Defender os recursos da nação é inquestionável, mas tenho certeza que é possível agir pelo bem do país com menos humilhação e mais consideração a quem de fato precisa.

A rua de sua infância já mudou muito

Quando você volta hoje à rua em que morou na infância dá para perceber que muita coisa mudou de lá para cá? A sua casa ainda está lá ou cedeu o terreno para a construção de um edifício de três andares com dois apartamentos por andar e a parte térrea cheia de vagas para automóveis e espaço mínimo para circular? O escritor Antônio Prata relata suas percepções ao fazer esse caminho de volta ao passado no artigo Saibro para tênis de gigantes publicado pela Folha de São Paulo.

Nunca voltei à edícula, mas, morador de Higienópolis, vez por outra passava em frente ao sobrado. Gostava de ver que, embora o Auê tivesse fechado, a casa ainda estava ali. Estava: anteontem subi a rua a pé e tomei um desses sustos para os quais, como paulistano, já deveria estar vacinado: toda a fileira de sobrados geminados havia sido posta abaixo. Nem entulho mais havia, apenas um enorme retângulo de terra alaranjada, uma quadra de saibro para tênis de gigantes.

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por Luis Borges 21 de outubro de 2018   Vale a leitura

A gestão do dinheiro na fase idosa da vida

Você já parou para pensar um pouco sobre a gestão do dinheiro de seus pais, principalmente quando eles passaram a ser considerados idosos segundo a lei – 60 anos em diante? E a de um tio viúvo idoso, que não tem filhos ou a de um amigo também idoso? “Como observar a situação e buscar formas de ajudar sem ser invasivo, principalmente sendo sabedor que o custo de vida para os idosos é sempre muito alto e a renda não acompanha? É interessante a abordagem feita por Mariza Tavares no artigo Quando falar com os pais sobre como administrar o dinheiro, publicado em seu blog Longevidade.

“A consultora financeira Lisa Andreana, autora de Financial care for your aging parent, lembra que, muitas vezes, o processo é doloroso porque os filhos não querem admitir que seus pais estão se aproximando do fim da vida. Há também os que temem confrontos ou se sentem despreparados para tomar decisões, e aqueles que acham que, ao dar esse passo, terão que assumir a função de cuidadores em tempo integral. O papel não é fácil e provavelmente terá algum impacto no campo profissional e nos relacionamentos afetivos e familiares. Mas é quando você terá uma chance concreta de retribuir”.

Nem tudo que reluz é ouro

As fake news estão em grande evidência nesse momento do processo eleitoral brasileiro dentro do “vale tudo” pelo poder. Como não ser simplesmente crédulo diante de tudo o que é apresentado vorazmente nas redes sociais digitais, por exemplo, e que métodos usar para analisar criticamente algo que não se sustenta minimamente diante de um primeiro questionamento? Nesse sentido é interessante a abordagem feita por Ligia Fascioni no artigo Por favor, não acredite em mim, publicado em seu blog.

“Desconfiar não somente é desejável, mas necessário ao nosso crescimento e até sobrevivência. Mas ter uma opinião própria dá muito trabalho, além de ser arriscado, pois não se sabe a que conclusões chegaremos. Ao duvidar de um fato ou opinião, a gente precisa pesquisar, ler com atenção, checar diferentes fontes, encontrar contradições, comparar pontos de vista, enfim, gastar neurônios. Já acreditar não custa absolutamente nada: é só escolher um ponto de vista que a gente acha simpático e fim. Zero neurônios envolvidos da operação. Trabalho nenhum”.

Um alívio para a dor

Meu saudoso pai Gaspar Borges verbalizava sempre alguns pensamentos que marcaram seu curso de vida. Na fase idosa ele sempre dizia que “A morte é uma coisa boa e nós precisamos dela. Só não quero ter dor”. Mas o que e como fazer para lidar com a dor física que pode nos alcançar em situações das mais diversas possíveis? Leia a abordagem de Cláudia Collucci em seu artigo Dor não tratada é tortura, publicado pela Folha de São Paulo.

“Duzentos anos depois que a morfina começou a ser distribuída, persistem os mitos e os preconceitos sobre esse analgésico, capaz de aliviar dores severas. A falta de conhecimento de profissionais da saúde sobre o manejo da dor, a burocracia em certas instâncias governamentais para a prescrição de remédios à base de opioides e o medo de famílias e dos próprios doentes são as barreiras que ainda dificultam o alívio da dor”.

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por Luis Borges 28 de setembro de 2018   Vale a leitura

A regra do jogo sempre em mudança

Se nada existe em caráter permanente a não ser a mudança precisamos sempre buscar conhecer, compreender e nos posicionar perante os paradigmas que vão caindo. É preciso também atenção aos patrulheiros e seus níveis de patrulhamento, que tentam impor seus posicionamentos e comportamentos como se fossem a única e obrigatória maneira de ser. Qual é a dosagem adequada e necessária para que as pessoas possam melhor se posicionar diante do turbilhão de coisas que vão acontecendo, ainda que algumas sejam ondas passageiras? Mas isso também precisa ser percebido e avaliado criticamente por quem está no jogo. É interessante a abordagem feita no artigo Será que a cobrança por “boas maneiras” está indo longe demais?, publicado no portal UOL.

Por exemplo, embora muitas pessoas defendam que os telefones devam ser desligados completamente, outras afirmam que deixar no modo silencioso é suficiente. O “mau” comportamento no teatro é frequentemente interpretado como egoísmo e falta de consideração com os outros. No entanto, é evidente que as pessoas têm expectativas diferentes – algumas preferem um evento “distinto”, enquanto outras almejam uma experiência mais “sociável”.

Violência na política brasileira

Quem olhar para a História Política do Brasil a partir do Império e chegar até a recente facada desferida num candidato à Presidência da República verá que atos de violência praticados de diferentes maneiras sempre estiveram presentes nestes 196 anos. É o que aborda a professora Angela Alonso em seu artigo Eliminação de inimigos políticos é constante no país desde Independência, publicado pela Folha de São Paulo.

Neste país, a violência tem sido meio recorrente de resolução de conflitos políticos. A eliminação física de desafetos nas disputas por poder é constante desde a instauração da nação independente. Em 1830, Líbero Badaró pereceu por disparo de pistola. Tiros, facadas e linchamentos, como o de abolicionistas, pontuam o falsamente pacato reinado de Pedro 2º. O próprio imperador escapou de bala republicana, em 15 de junho de 1889. Cinco meses depois, veio o golpe civil-militar, sem massacre, mas com chumbo no ministro da Marinha.

Chatice no WhatsApp

Se todo mundo tivesse um dosador de equilíbrio cujo nome genérico poderia ser “simancol”, por exemplo, talvez o convívio nos grupos de WhatsApp poderia durar um pouco mais. O duro é quando alguém cria um grupo e tenta impor compulsoriamente a participação de muitas pessoas. Para quem usa intensamente essa modalidade tecnológica para interagir no meio social torna-se importante cada vez mais fazer uma observação e análise dos resultados alcançados e, de preferência, sem muita chatice. É o que aborda Antônio Prata em seu artigo Mais um grupo de WhatsApp?!, publicado pela Folha de São Paulo.

De todos os males que o chato munido de um telefone móvel é capaz, o que tem feito mais vítimas ao redor do globo é o grupo de WhatsApp. O grupo de WhatsApp, meus amigos, é uma arma de chateação em massa. O chato que abre um grupo de WhatsApp cria um evento compulsório. É como se ele pusesse a mesa na casa dele e três, catorze, vinte e nove pessoas que não têm nada a ver com isso, que talvez nunca tenham se visto fora do escritório, pessoas que quiçá não se cruzam desde o “1° A Humanas!!!!” (esse é o nome do grupo) são obrigadas a largar tudo o que estão fazendo e aparecer pra jantar na casa do chato. Sei do que estou falando porque eu sou esse chato.

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por Luis Borges 24 de agosto de 2018   Vale a leitura

Produtividade do trabalho em casa

Nestes tempos tão bicudos, em que mais de 13 milhões de brasileiros estão explicitamente desempregados e a economia brasileira despiora a passos de tartaruga, só aumenta o desafio das pessoas na busca pela sobrevivência. Fazer determinados trabalhos dentro da própria casa pode ser uma opção em função de oportunidades surgidas. Mas como fazer para manter uma boa produtividade no ambiente francamente favorável à dispersão? É o que mostra o artigo Trabalha de casa? Confira dez dicas para melhorar sua produtividade.

“As redes sociais são grandes vilãs para a concentração no trabalho. Uma dica para fugir desse perigo é desligar todas as notificações do celular e do computador. Assim, o profissional não ficará sempre parando pára ver quem está chamando. Outra dica é trabalhar com poucas abas abertas nos navegadores de internet para que a tentação não seja tão forte”.

Preparação para a fase idosa da vida

A reforma da previdência social deverá voltar à pauta nacional no próximo ano. Independente do que vai resultar da discussão, o fato é que 22 milhões de brasileiros recebem um salário mínimo mensal de proventos da aposentadoria pelo INSS e que o teto máximo para se aposentar é o inatingível R$5.645,81. Buscar uma forma de complementar esses rendimentos deve povoar a cabeça de muita gente que se preocupa com a sobrevivência na fase idosa da vida. Mas como conseguir isso num país tão desigual, principalmente para quem não trabalha no Poder Judiciário ou no Legislativo? O artigo Envelhecer exige reinvenção de papéis e preparo desde cedo, de autoria de Renato Bernhoeft que foi publicado no Valor Econômico, aborda aspectos da questão que são mais voltados para a classe média.

“Está muito claro que iniciar um preparo na área de educação financeira, acompanhado de ações de caráter previdenciário, são temas que devem envolver não apenas os indivíduos, mas toda sua estrutura familiar. Pesquisa mundial da gestora financeira americana Legg Mason, que incluiu o Brasil, demonstrou que os brasileiros ainda poupam muito pouco quando consideram as necessidades de reserva financeira para a aposentadoria”.

Ostentação até na morte

“Da vida nada se leva” ou “a urna mortuária não tem gavetas” são duas frases muito citadas em nossa cultura popular ao se referir ao último momento do nosso curso de vida. Mas muitas são as pessoas adeptas a alguns tipos e graus de ostentação. No mercado da morte floresce um pequeno nicho voltado para quem, de maneira planejada, quer fazer de seu próprio funeral um grande e inesquecível evento para marcar indelevelmente a sua saída da cena da vida. O tema é abordado por Olivia Carville no artigo Funerais dão a bilionários última chance de ostentar riqueza publicado pelo portal UOL.

“Para muitos ricos e poderosos, os funerais estão se tornando a última oportunidade de ostentar uma riqueza imensa, em concorrência com casamentos e aniversários como rito de passagem digno de uma pequena fortuna. Eles estão escolhendo ser enterrados em caixões banhados em ouro de US$60.000 e levados por carruagens funerárias puxadas por cavalos ou carros funerários da Rolls Royce. Alguns até pagam passagens de avião para amigos e familiares irem a funerais em locais exóticos”.

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por Luis Borges 23 de julho de 2018   Vale a leitura

Seus amigos são os mesmos desde quando?

Frequentemente ouço pessoas dizendo que tem poucos amigos, que já faz muito tempo que sua última amizade nova surgiu ainda nos tempos da universidade ou que perdeu recentemente um amigo por questões político-partidárias. Quais as causas que nos levam ao aumento da incapacidade de fazer novos amigos à medida que nossa idade cronológica aumenta? O que e como fazer para encontrar novos amigos mesmo com a idade avançando? Neste artigo da Folha há uma abordagem interessante para o tema

Uma saída é, justamente, diminuir as expectativas. Um novo amigo não precisa ser sua alma gêmea, e você pode ter diferentes amigos para diferentes ocasiões e necessidades – um para correr junto, outro com quem dividir questões sobre filhos. Concentre-se no que vocês têm em comum. Novas atividades, como aulas, podem ajudar os encontros, aliás.

Gestão é o que todos precisam, inclusive na saúde

A saúde é uma preocupação permanente de muita gente e essa preocupação se acentua diante da necessidade de um atendimento médico eletivo ou emergencial. Quem procurar e onde encontrar uma solução para o problema enfrentado diante de tanta demora e longas filas de espera tanto no SUS quanto nos planos privados das operadoras de saúde com seus altos preços e limites técnicos? Será que a causa de tantos problemas é só falta de recursos financeiros ou também pesa muito a falta de um sistema de gestão estruturado? Leia o que escreveu Cláudia Collucci no artigo Inspirado na indústria de carros, SUS quer reduzir lotação em emergências.

O método, criado na fábrica de carros Toyota, na década de 1940, para aumentar a produtividade e a eficiência, evitando desperdícios, busca organizar fluxos internos.

No SUS, pode ser empregado, por exemplo, na organização de fluxos de pacientes, separando os de maior dos de menor gravidade ainda na sala de espera. Os de baixo risco, após o atendimento inicial são encaminhados para a atenção básica —que pode atender até 80% dos casos.

Já os mais graves, após a assistência inicial, seguem para internação ou realização de exames e procedimentos. Isso agiliza o atendimento e faz com que a pessoa se sinta cuidada e não apenas sentada na sala de espera.

Amigos, parentes e sócios. Será?

Muitos são os momentos em que surgem causas que levam as pessoas a sonhar com um negócio próprio. Do sonho ao propósito pode até ser um passo rápido, mas além de ser obrigatório elaborar o plano de negócios é também importante saber de onde virá o capital para iniciar e girar o negócio, bem como verificar se sócios serão necessários. Muitas vezes os sócios acabam sendo encontrados entre parentes e amigos, inclusive de universidade, que nem sempre prestam atenção nos requisitos do plano e deixam muitas lacunas nos critérios que regerão a relação entre os sócios. Alguns cuidados importantes fazem parte dos alertas feitos por Anna Rangel em seu artigo Como manter uma sociedade com amigos ou parentes publicado pela Folha de São Paulo.

Tudo precisa ser acertado no início, incluindo provisões para os piores cenários de conflito possíveis, em um contrato social detalhado (a formalização societária). Se não, o investimento pode acabar em confusão ou processo.

A falta de um acordo formal entre sócios diminui a chance de sucesso da empresa a longo prazo.

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