Vale a leitura

por Luis Borges 17 de agosto de 2015   Vale a leitura

Modelo de pai

A comemoração do dia dos pais traz uma oportunidade para refletir e perceber a figura paterna nos dias de hoje. É claro que não existe um modelo único e ideal nas diferentes camadas sociais, com suas condições e especificidades. Mas é visível que muitos pais já demonstram ter uma maior participação na vida dos seus filhos, com posicionamentos próprios e com maior embasamento para influenciar  nas estratégias mais adequadas para as suas trajetórias nas diversas etapas da vida. Ser um mero provedor, aos poucos, vai ficando para trás. Rosely Sayão aborda alguns ângulos dessa questão em seu artigo Modelo de pai.

Muitos pais não querem se submeter ao papel de “ajudar” a mulher a cuidar do filho e apenas seguir as orientações que ela dá, conforme um costume que já é bem antigo! Eles querem fazer do jeito deles, que é bem diferente do jeito da mãe. E é muito bom para o filho, por sinal, ter dois estilos íntimos de cuidado, de amor, de relacionamento.

O interior de Minas são muitos

Conhecer Minas Gerais em toda sua diversidade deveria ser um objetivo para todos aqueles que se pensam mineiros da gema. Cada canto do estado tem o seu jeito específico de ser e de trazer encantamento no convívio do cotidiano. É o que aborda Lívia Aguiar no artigo O interior de Minas são muitos publicado no blog Eusouatoa.

Da divisa com São Paulo até Oliveira, subindo pela Fernão Dias, enrolam-se os erres em si mesmos em versões “light” do interior paulista – mudança recente, minhas avós nascidas e criadas na região pronunciavam erres vibrando a língua entre os dentes, cheios de assobios: “vem comersh, minha filha”. No nordeste, ali na divisa com Bahia, o ritmo se desenrola lento, baiano, mas as palavras saem rápidas, sílabas faltando, mineiramente. “Quinz’ quil’ d’ quêj”. Deu pra entender? Mais ou menos, né.

200 bilhões de reais protegidos do IR

Os assalariados brasileiros que têm rendimentos líquidos acima de R$1.903,99 começam a ser taxados em 7,5% pelo Imposto de Renda, já retido na hora de receber o pagamento mensal. A tabela progride de forma que aqueles que recebem de R$4.664,68 em diante são taxados em 27,5%, e não há escapatória. Além disso, a tabela do IR vem sendo corrigida sistematicamente nos últimos anos por índices inferiores aos da inflação anual. Na prática, isso significa mais aumento da carga tributária.

Uma saída para fugir dessa carga pode ser a prestação de serviços por meio de pessoa jurídica optante pelo lucro real ou presumido. Nesse caso, a pessoa jurídica paga o IR, mas a distribuição de lucros ao proprietário ou sócios não é taxada, e acaba sendo mais vantajosa. É o que mostra o artigo Uma fortuna de 200 bilhões protegida do IR da pessoa física

“No Brasil, quem mais reclama são os que menos pagam impostos”, diz Marcio Pochmann, ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). “A Receita é uma mãe para os ricos, o Ministério da Fazenda é o Ministério social dos ricos.” A boa vida garantida pelo fisco aos donos e sócios de empresas ajuda a explicar algo curioso. O Brasil tornou-se uma pátria de empresários nos últimos tempos. Possui mais gente nesta condição (7 milhões apresentaram-se assim na declaração de IR de 2014) do que a trabalhar como empregado do setor privado (6,5 milhões). É a famosa terceirização, com profissionais contratados na qualidade de PJ, não via CLT.

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