Um balanço da metade do ano

por Luis Borges 7 de julho de 2020   Gestão em pauta

Parece que foi ontem o início do ano 2020 embalado pelo “agora vai”. A projeção para o crescimento da economia no ano era de 2,3% ainda mais que, nos últimos três anos, não tinha passado de 1,1% em cada um deles.

Na quarta-feira de cinzas a linha da meta do crescimento econômico já dava sinais de dificuldades para ser atingida conforme mostrado no post deste blog Depois do carnaval para onde a coisa vai?. Em março chegou a pandemia do novo coronavírus, a Covid-19, que era só uma questão de tempo após varrer os continentes da Ásia e Europa, partes integrantes do mundo globalizado.

Do ponto de vista de quem usa minimamente algum modelo de Sistema de Gestão consistente em seus negócios e trabalhos nas organizações humanas públicas e privadas ou mesmo na vida pessoal/familiar é hora de avaliar, fazer um balanço sobre o rumo que as coisas tomaram após seis meses. Como dizem Milton Nascimento, Fernando Brant e Márcio Borges na música “O que foi feito devera”:

“Se muito vale o já feito,

mais vale o que será.

E o que foi feito é preciso conhecer para melhor prosseguir”.

Para ajudar a sistematizar essa avaliação podemos usar um método para relatar de maneira organizada a situação atual de uma meta a ser atingida, no nosso caso, o crescimento da economia do país, que impacta em todos nós.

São 5 grandes perguntas que devem ser respondidas com os devidos desdobramentos conforme se segue: O que foi planejado, o que foi executado, qual o nível dos resultados alcançados, o que está pendente para ser feito e quais serão os próximos passos com as devidas reorientações estratégicas. É até simples, mas toma tempo e exige muita transpiração e inspiração…

Dito isso, e como já estamos em julho iniciando a travessia para cumprir a outra metade do ano, é preciso redefinir os próximos passos. Estamos diante de grandes e inesperadas mudanças ocorridas na conjuntura do país e muitas incertezas impedindo que se faça projeções sobre os cenários que teremos pela frente, o que praticamente exige de nós um acompanhamento diário do rumo que as coisas vão tomando.

Voltando nosso olhar para a projeção da outrora meta de crescimento da economia veremos que neste momento o Banco Central do Brasil projeta uma contração de 6,4% do Produto Interno Bruto até o final do ano. Fica cada vez mais claro que nossas estratégias continuarão a ser de sobrevivência enquanto as mortes causadas pela Covid-19 crescem – já passam de 65 mil – a vacina ainda não está pronta e, segundo o IBGE, o desemprego e o desalento só crescem aos milhões.

E você, caro leitor, como está observando e analisando os acontecimentos com os respectivos impactos em sua vida pessoal, familiar ou no mercado de trabalho, em sua cidade ou estado? E a nossa extremamente desigual sociedade agüentará conviver até quando com a carestia, a fome e o desemprego aberto? Depois do auxílio emergencial o jeito será aproveitar a trilha para fazer o programa de renda mínima dentro da estratégia de sobrevivência para todos, inclusive para o capitalismo. A conferir.

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