O fim da história

por Luis Borges 20 de junho de 2020   Música na conjuntura

Se a crise que estamos atravessando exige muita criatividade e resiliência nas estratégias de sobrevivência, o que e como fazer durante o isolamento em casa sempre pensando que uma hora essa história terá seu fim? A música pode e deve ser uma importante aliada conforme as especificidades de cada pessoa ao longo de suas atividades durante as 24 horas do dia. Nesse sentido uma opção pode ser ouvir músicas durante a execução de uma determinada tarefa como arrumar a casa, lavar/passar  roupas, cozinhar e cuidar do jardim, da horta ou de plantas dos vasos. Outra possibilidade pode ser a escolha de um determinado momento do dia só para ouvir músicas dos gêneros preferidos durante 60 minutos, por exemplo.

No meu caso tem sido possível revisitar cantores, compositores e intérpretes da Música Popular Brasileira da metade do século passado pra cá. Na semana passada foi a vez de rever a obra do cantor e compositor Gilberto Gil cantando Domingo no parque, Viramundo, Procissão, Aquele abraço, Refazenda, Sítio do pica pau amarelo, Drão, Realce… Terminei ouvindo O fim da história, composição gravada em 1991, quando Fernando Collor era Presidente da República Federativa do Brasil.

Como bem disse o também cantor e compositor Luiz Gonzaga Júnior, o Gonzaguinha (1945 – 1991) em sua música Palavras, “Cantar nunca foi só de alegria, com tempo ruim todo mundo também dá bom dia”. Prosseguir é preciso e cantar faz parte do acalanto que embala nossa trajetória.

O fim da história
Fonte: Letras.mus.br

Não creio que o tempo
Venha comprovar
Nem negar que a História
Possa se acabar

Basta ver que um povo
Derruba um czar
Derruba de novo
Quem pôs no lugar

É como se o livro dos tempos pudesse
Ser lido trás pra frente, frente pra trás
Vem a História, escreve um capítulo
Cujo título pode ser "Nunca Mais"
Vem o tempo e elege outra história, que escreve
Outra parte, que se chama "Nunca É Demais"
"Nunca Mais", "Nunca É Demais", "Nunca Mais"
"Nunca É Demais", e assim por diante, tanto faz
Indiferente se o livro é lido
De trás pra frente ou lido de frente pra trás...
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