Gestão em pauta – Capivaras

por Luis Borges 8 de maio de 2014   Gestão em pauta

As capivaras da lagoa da Pampulha continuam em plena evidência na mídia. Segundo matéria do jornal Estado de Minas de hoje, esses mamíferos roedores não são privilégio de Belo Horizonte.  A Wikipedia explica que eles estão presentes na maior parte do território brasileiro e em quase todos países da América do Sul.

Do ponto de vista da gestão, o caso das capivaras nos mostra como a Prefeitura de Belo Horizonte tem falhado por não observar alguns fundamentos. Um deles foi subestimar fatos e dados, o que impediu a percepção da anomalia que vinha ocorrendo na lagoa e que, por não ter sido tratada gerencialmente, acabou se transformando num problema crônico. A inércia, que facilita a cronificação do problema, também eleva o custo para sua solução no horizonte do tempo. Outro fundamento esquecido é aquele que afirma que quem não controla não gerencia, e a mídia tem mostrado que as populações de capivaras estão descontroladas, chegando a colidir em veículos na orla da lagoa.

Um terceiro fundamento está ligado à gestão de licitações e de empreendimentos. Nesse caso o contrato decorrente da licitação foi assinado em 31 de março deste ano. Em 8 de maio nada aconteceu de mais efetivo. Ainda não há destino para as 250 capivaras existentes na região. Também é bom lembrar a excelente capacidade reprodutora dos animais, que podem gerar de um a oito filhotes, uma ou duas vezes por ano conforme as condições climáticas e do ambiente. O resultado final é que o Secretário Municipal de Meio Ambiente todo dia fala alguma coisa, como que a ganhar algum tempo, mas resultado positivo decorrente da solução para o problema, nada. Quando a sua credibilidade acabar o jeito vai ser chorar, inclusive nas urnas eleitorais.

  Comentário

Publicado por

Publicado em