Desemprego e competitividade

por Luis Borges 3 de setembro de 2015   Gestão em pauta

Os efeitos da crise econômica geralmente chegam por último aos níveis de emprego e, nesse sentido, as projeções indicam que o desemprego ainda crescerá mais até o final deste ano. No segundo trimestre de 2015, a PNAD Contínua do IBGE mostrou que a taxa de desocupação chegou a 8,3%. A população desocupada ficou em 8,4 milhões de pessoas, o que indica subida de 5,3% em relação ao primeiro trimestre de 2015 e de 23,5% em relação ao mesmo período do ano passado. A pesquisa completa está aqui.

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Fonte da imagem: EBC

Proponho uma reflexão sem dor para pessoas que estão empregadas e também para as que ficaram desempregadas recentemente. É sobre o nível de capacitação de cada uma para competir, tanto na manutenção do seu atual posto de trabalho quanto para buscar uma nova oportunidade no mercado de com escassez de oportunidades.

Em função de minhas atividades profissionais tenho encontrado diversos casos denotando que muitas pessoas não se preocupam com a atualização pela educação continuada. No entanto, elas sempre desejam valorização profissional, reconhecimento e segurança no emprego, mesmo vivendo na plenitude da zona de conforto. Estou usando a palavra emprego por ser a mais utilizada entre nós, mas o correto é se falar em trabalho.

Outra situação interessante foi o caso de uma pessoa que não percebeu os rumos declinantes da empresa onde trabalhava e sempre fugia das atividades que exigissem qualquer dispêndio tempo fora do horário de trabalho. Nesse caso a pessoa foi demitida num facão inicial que eliminou 15% dos empregados contratados.

Como muitas pessoas tendem a achar que as coisas só acontecem com os outros, de vez em quando é um bom e saudável exercício se colocar no lugar dos outros. Basta deixar de lado a arrogância e a autossuficiência para simular como ficaria o seu caso na pior hipótese, no caso, o desemprego. Todos sabem o quanto é difícil suportar emocionalmente, e também financeiramente, uma situação de desemprego por um tempo mínimo que seja. E se ele durar um ano, por exemplo? Portanto é saudável uma autoavaliação nesse momento, tanto para enxergar forças e fraquezas quanto para definir foco, metas e ações para os próximos tempos.

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