Curtas e curtinhas

por Luis Borges 11 de agosto de 2014   Curtas e curtinhas

Criação de novos municípios – O Senado aprovou projeto de lei, oriundo da Câmara dos Deputados, que define critérios para a criação de novos municípios no país. Entre eles está a assinatura de 20% dos eleitores registrados no município solicitando à Assembléia Legislativa do Estado a emancipação da região ou distrito e a demonstração da viabilidade do empreendimento. Agora é aguardar a sanção do projeto pela Presidência da República, já que ele é o resultado de um acordo entre o Legislativo Federal e o Executivo, que vetou integralmente a tentativa anterior. Enquanto isso, é bom lembrar que o Brasil possui 5.561 municípios. Em 1.382 há até 5.000 pessoas. Outros 1.308 têm população de 5.001 a 10.000 habitantes. Por fim, 1.384 têm entre 10.001 e 20.000 habitantes. Portanto, 73,2% dos municípios brasileiros são habitados por até 20 mil pessoas. Imagine o custo para manter as máquinas administrativas desses municípios, com prefeitos, vice-prefeitos, secretários municipais, vereadores e servidores públicos municipais concursados ou contratados por recrutamento amplo.

SAC da Caixa Econômica Federal – Após tentar inúmeras vezes acessar serviços da Caixa pelo telefone 3004-1105 entre os dias 01 e 07 de agosto e receber invariavelmente a informação de que “estamos sem conexão com o computador central”, um cliente resolveu reclamar no SAC pelo telefone 0800-7260101. A ligação caiu três vezes, sendo duas no inicio e uma no meio da fala. Só na quarta vez é que foi possível concluí-la, inclusive com o recebimento do numero do protocolo. A atendente prometeu enviar a reclamação à Caixa, pois o serviço é terceirizado, mas antecipou que não existia problema técnico e sim de sobrecarga no sistema. Uma coisa é a explicação e justificativa da Caixa e outra bem diferente é a gestão para a solução do problema.

Debates eleitorais – Ainda bem que faltam pouco mais de 50 dias para as eleições de 05 de outubro, cuja presença do eleitor deveria ser facultativa. Um direito e não um dever. Os candidatos à Presidência da República e aos governos estaduais já estão apresentando nos debates pelas mídias muitos discursos sobre o que fazer, e praticamente nada sobre como fazer. Um bom exemplo de “o que” é a promessa de corrigir a tabela do Imposto de Renda. Falta detalhar o “como”. Por exemplo, como seria a reposição da defasagem de mais de 60% em relação aos índices da inflação dos 20 anos do Plano Real?  De onde viriam os recursos finitos e em detrimento de que outras destinações? Quanto tempo seria necessário para concluir o processo?

Minas em chamas – Todo ano é a mesma coisa nessa época. Incêndios, criminosos ou não. Pouca educação de parte da população. Uso da técnica das queimadas para limpar a terra a ser plantada. Deficiência no quadro de bombeiros e brigadistas, insuficiência de aeronaves… O fato é que Minas continua em chamas, hábito dessa estação de tempo seco, baixa umidade relativa do ar, ventos e frio de intensidades variadas conforme a região do estado. Assim arderam em chamas boa parte do parque do Rola Moça, do parque Nacional da Serra da Canastra ou de matas de Brumadinho. A meteorologia projeta o início das chuvas para outubro. E a gente vai levando.

Metrô estragado – Uma composição do metrô de Belo Horizonte apresentou defeito na manhã de quarta, 06/08, por volta das 07:45 horas na estação Minas Shopping. Como sempre, todos os usuários tiveram que deixar o trem e aguardar uma nova composição. A situação ficou caótica, pois cada usuário se virou como pode para conseguir reembarcar. Uma trabalhadora doméstica afirmou que só conseguiu embarcar na quarta tentativa, depois de praticamente se jogar dentro do trem. Mais uma vez ela chegou atrasada ao trabalho e teve que justificar a sua demora, cuja frequência só tem aumentado nos últimos tempos. O duro é ainda ter que ouvir numa emissora de rádio, em pleno período eleitoral, uma propaganda da prefeitura de Belo Horizonte dizendo que o metrô vai ser ampliado.

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