Curtas e curtinhas

por Luis Borges 22 de julho de 2014   Curtas e curtinhas

Mais do mesmo – A Confederação Brasileira de Futebol anunciou que Dunga será o treinador da sua seleção principal em substituição à Felipão. Na prática isso significa mais do mesmo. A gestão continuará sendo pelo comando e não pela liderança. Para quem sonhava com uma revolução, o jeito será esperar pelos resultados a partir da depressão pós Copa.

Royalties – Começam a surgir pessoas que questionam o uso da marca Brasil pela CBF, entidade de direito privado. Ela vende muito bem a sua marca no mercado publicitário e não paga royalties ao povo que habita e constrói o Brasil.

Mini PIB – Segundo Boletim Focus do Banco Central desta segunda feira, a projeção para o crescimento da economia brasileira em 2014 está em 0,97%. Para quem começou o ano falando em crescimento de 4% e que tudo estava sob controle, o jeito será fazer mais uma autocrítica diante dos sucessivos erros. A gestão estruturada e a disciplina no uso do método fazem muita falta a todos, a começar pelo Governo da União Federal.

Cai cai – No dia 3 de julho caiu o viaduto Batalha dos Guararapes, parte do sistema BRT/Move na Avenida Pedro I em Belo Horizonte. Desde então, outras estruturas tiveram o mesmo destino pelo país. Um viaduto caiu dia 10, na via Anchieta, no município de Cubatão em São Paulo. Na madrugada do dia 19, um prédio de 4 andares, com um andar a mais do que o previsto no projeto e já em fase de acabamento, desabou em Aracaju capital de Sergipe. Ainda no dia 19 em Contagem-MG, uma casa em construção desabou e levou à interdição de outras três. Como sempre são contados mortos e feridos, os responsáveis técnicos legalmente exigidos nem sempre existem e os laudos periciais da Policia Civil serão divulgados em 30 dias. Uma coisa é “tocar obra” e outra bem diferente é gerenciar um empreendimento em todas as suas fases e etapas.

Voto facultativo – As eleições de 05 de outubro foram precedidas pela discussão do financiamento público das campanhas, mas tudo ficou para 2016. Fala-se muito também numa reforma política ampla que, na minha opinião, deveria ser feita por uma Assembléia Nacional Constituinte Exclusiva. Nela deveria ser muito bem discutido o voto facultativo, que deve ser um direito e não um dever.

Meta de 4,5% – Nos últimos três anos o IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo do IBGE, que é o índice oficial que mede inflação do Brasil, esteve cada vez mais distante da meta de 4,5% ao ano. Agora ele chegou aos 6,52% e, contrariando todos os fundamentos da gestão, não houve nenhuma consequência para a equipe que não conseguiu atingir a meta. Fica parecendo que meta é só para os outros, do mundo privado, e que no mundo público a prioridade é arrecadar mais para gastar mais.

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