Curtas e curtinhas

por Luis Borges 20 de novembro de 2014   Curtas e curtinhas

E as metas? – Abandono de metas. Foi isso que a Presidência da República fez ao enviar Projeto de Lei à Câmara dos Deputados se desobrigando de atingir o Superávit Primário de R$116 bilhões, previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias em vigor. Depois de passar o rolo compressor na Comissão de Orçamento, a base aliada deverá aprovar a criativa solução para as contas publicas em plenário na próxima semana. Haja alquimia e neologismos conceituais para tentar justificar o abandono de uma meta! Na prática, isso significa descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal, que vigora no pais desde 1999 e é uma das âncoras do Plano Real.

Ônibus quebrado – Um grupo de devotos participou de uma romaria de Belo Horizonte até Aparecida do Norte, que começou na sexta-feira da semana passada. O comboio era formado por 5 ônibus. No entanto, um dos veículos, que tinha 50 lugares e não possuía cinto de segurança para passageiros, quebrou duas vezes durante o trajeto, o que gerou um atraso de 4 horas na viagem de ida. Como sempre, a falta de manutenção preventiva foi a causa fundamental. Apesar das reclamações e do cansaço dos passageiros, a empresa contratada tentou justificar o injustificável e conseguiu arrumar plenamente o ônibus para o retorno do grupo no domingo à tardinha. Mas como é duro ficar de madrugada numa rodovia à mercê de vários tipos de riscos e de necessidades específicas!

PIB da indústria – Dados da Confederação Nacional da Indústria mostram que o setor responde atualmente por 25% do PIB do Brasil. Na década de 90, a fatia era de 35%. Hoje, um dólar está em torno R$2,60. Em 14 de junho de 1996 valia R$1,00. Os industriais sempre reivindicaram juros baixos, taxa de câmbio favorável, linhas especiais de crédito, redução de IPI, melhoria da qualificação da mão de obra. O que não melhora é a gestão do negócio. Nem a sua produtividade. Ainda assim eles querem manter as margens de lucro de outras décadas.

Orçamento de 2015 – A proposta de orçamento da Prefeitura de Belo Horizonte para 2015 indica que a parte que caberá à Câmara Municipal é de R$229 milhões. A casa possui 41 vereadores e em torno de 600 servidores, entre ativos e inativos. Se olharmos o orçamento dos municípios mineiros veremos que o da Câmara é superior ao de mais de 800 municípios. Se por aqui não falta dinheiro, com certeza faltam muitos resultados positivos a serem alcançados, apesar de todos estarem regiamente pagos pelo dinheiro dos contribuintes. Aliás, que todos se preparem para os reajustes do IPTU, da taxa de lixo, do ITBI com valor atualizado dos imóveis, do ISSQN…

  Comentários

Publicado por

Publicado em