Como será o amanhã?

por Convidado 6 de maio de 2021   Convidado

*por Sérgio Marchetti

Observem, persistentes leitores, as frases que tenho ouvido:

Depois da pandemia da COVID-19, nada voltará a ser como antes.”

“No novo normal, as pessoas serão meros robôs.”

“Os trabalhos serão realizados à distância e nunca mais voltarão a ser como antes.”

“Era necessário um castigo para que a humanidade se tornasse melhor.”

Como vimos, o que não faltam são palpites, suposições, opiniões, interpretações e achismos que preenchem nossos dias, prenunciando um novo tempo que está por vir. Surgem, então, os cientistas, futurólogos, profetas do acontecido e oportunistas que exploram a doença e a desgraça alheias para alcançarem seus objetivos escusos.

É num momento como este que percebemos o quanto somos frágeis. A morte chega sem aviso e carrega as pessoas que amamos. O que já é ruim fica pior, quando algumas mídias desestabilizadoras do equilíbrio emocional — de tanto repetirem, massificarem, induzirem — nos transformam em pessoas tristes, depressivas e isoladas. E, embora desejemos entender como tudo acontece, a pandemia não dá dicas, nem nos deixa estabelecer padrões de acometimento de pacientes. O pânico cresce e traz com ele doenças psicológicas.

Em face do caos que testemunhamos, as pessoas se perguntam: como será o futuro próximo? O que é real? Pergunta difícil, meus leitores realistas. Aprendemos que o real é tudo o que existe, independentemente de nossa inteligência interpretativa. O que significa dizer que realidade, diferentemente do real, é uma espécie de alucinação coletiva, um sentimento solidário, com o qual muitas pessoas concordam. A partir desse entendimento, fica evidente a necessidade de reequilíbrio, de manter a calma e estabelecer um plano para sobreviver no mundo real.

Temos uma problemática. Pensemos juntos. Estamos enfrentando um inimigo invisível que nos impõe restrições, falências, desempregos, enfermidades e nos leva à morte. Soluções: mudanças de trabalho ou de metodologia de trabalho, planejamento, distanciamento racional (considerando saúde e economia), uso de álcool gel, máscaras, e, embora ainda faltem respostas às reações que a doença nos causa, gradativamente, as vacinas começam a resguardar vidas. Outros inimigos, igualmente preocupantes, podem causar danos tão irreversíveis quanto o da pandemia. O pior deles é o radicalismo —  que, sendo dono da verdade, presta desserviços, massifica ideias, assombra incautos e simplórios. Infelizmente, ainda não há vacinas para a doença que torna as pessoas radicais. Os infectados sofrem alucinações, não aceitam argumentos (comprovações) que contrariem suas suposições e veem como inimigos todos que discordam deles. Os sintomas mais comuns são: apontar culpados pela doença e mortes, em vez de pensar nas causas e soluções; emitir opiniões sobre assuntos que não dominam; fazer afirmações sem base comprobatória e misturar ideologia com pandemia.

Diante disso, precisamos de ações que tragam desfechos positivo para nossas vidas. Pois, como disse Santa Tereza de Calcutá: “o dia mais importante de nossas vidas é hoje”.  E completo: colheremos amanhã o que plantarmos hoje.

Então, vamos lá, esperançosos leitores. Parem! Respirem fundo. Inspirem, expirem… Luzes, ação!

 “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer…”

*Sérgio Marchetti é educador, palestrante e professor. Possui licenciatura em Letras, é pós-graduado em Educação Tecnológica e em Administração de Recursos Humanos. Atua em cursos de MBA e Pós-Graduação na Fundação Dom Cabral, B.I. International e Rehagro. Realiza treinamentos para empresas de grande porte no Brasil e no exterior. www.sergiomarchetti.com.br.

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