Exercite seu olhar

por Luis Borges 14 de outubro de 2015   A vida em fotografias

Neste ano postamos aqui no Observação e Análise fotos das flores roxas e amarelas da última florada dos ipês. Essas árvores podem ser encontradas vivendo e sobrevivendo em quase todos os bairros de Belo Horizonte. Porém, algumas pessoas me disseram que só despertaram para este fato após a abordagem do blog.

Sem entrar no mérito das causas que fazem com que as pessoas não tenham um olhar mais atento sobre o que é permanente ou transitório na cidade, quero chamar atenção para outra situação interessante, que não merece ficar invisível.

Foto: Sérgio Verteiro.

Foto: Sérgio Verteiro.

No encontro da Avenida do Contorno com a Rua Silva Jardim, no bairro Floresta, em BH, há uma pequena pracinha. Um triângulo, com canteiros gramados e árvores, ao lado da Igreja de Nossa Senhora das Dores. Você se lembra dela? Pois é, nessa pracinha existem alguns detalhes, já visíveis na fotografia acima e também na que segue abaixo.

Foto: Sérgio Verteiro

Foto: Sérgio Verteiro

Por acaso você já passou por ali – a pé, de carro, ônibus, motocicleta ou bicicleta – e conseguiu perceber o que está registrado nessas fotografias? Caso contrário, que tal passar por lá e observar de maneira mais atenta?

Fico também imaginando qual é o percentual de belo-horizontinos que já descobriu a cidade e a conhece mais detalhadamente.

Em qualquer das hipóteses, e caso você queira, registre aqui no blog o seu comentário com as suas percepções.

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Neste 15º dia de primavera ainda é possível ver um ipê de flores amarelas no bairro de Santa Tereza.

Foto: Sérgio Verteiro

Foto: Sérgio Verteiro

É claro que eles ainda são encontráveis também em outros bairros de Belo Horizonte, mas quero realçar que as flores amarelas estão encerrando o tempo de floração da árvore que é considerada símbolo do Brasil, embora muitos pensem que seja o pau-brasil.

Foto: Sérgio Verteiro

Foto: Sérgio Verteiro

Nas fotos deste post estão registradas as flores amarelas do ipê que vive no adro da Igreja de Santa Teresa e Santa Teresinha, na Praça Duque de Caxias, em Belo Horizonte. Vale lembrar que outubro é o mês em que a Igreja Católica celebra as padroeiras do bairro, notadamente no dia 1º com Santa Teresinha do Menino Jesus e no dia 15 com Santa Teresa d’Ávila.

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Feira na Praça Sete

por Luis Borges 14 de agosto de 2015   A vida em fotografias

Em frente à UAI Praça Sete. / Foto: Sérgio Verteiro

Foto: Sérgio Verteiro

Quem passa pela Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte – e é muita gente que faz isso, a pé ou em algum veículo – se depara com uma feira de produtos variados. Colares, brincos, cofres em formato de porquinhos, gamelas de madeira, itens decorativos em metal e muitos outros itens expostos ao longo dos quarteirões.

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Foto: Sérgio Verteiro

Por telefone, os atendentes da Gerência Regional de Feiras da Prefeitura de Belo Horizonte explicam que esses vendedores da Praça Sete comercializam seus produtos no local amparados por uma liminar judicial, que já perdura há cerca de 4 anos. Essa decisão considera que os bens ali expostos são manifestações de arte, que não podem ser tolhidas pela fiscalização municipal. O fato é que a feira prossegue firme em sua trajetória e bem diversificada, como você pode ver pelas fotos.

Foto: Sérgio Verteiro

Foto: Sérgio Verteiro

Segundo um expositor do local não é possível a entrada de novos vendedores. Mas, com o dinheiro mais curto e o desemprego aumentando, sempre aparece alguém pedindo orientações para vender por ali sem sofrer perseguição. Alguns mais ousados até tentam a vida de toureiro, mas sempre ficam na expectativa de um fiscal surgir a qualquer momento.

Como se vê, as coisas fáceis já foram feitas e sobraram só as difíceis.

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Na Avenida Afonso Pena, próximo ao Hotel Othon Palace. / Foto: Sérgio Verteiro

Na Avenida Afonso Pena, próximo ao Hotel Othon Palace. / Foto: Sérgio Verteiro

A beleza da florada dos ipês se mostra, um mês depois do início do inverno, em vários lugares de Belo Horizonte e de Minas Gerais.

Também na Av. Afonso Pena. / Foto: Sérgio Verteiro

Também na Av. Afonso Pena. / Foto: Sérgio Verteiro

A árvore típica da região começa a mostrar a exuberância de suas flores primeiramente com a cor roxa, que já começa a ter a companhia das que são cor de rosa. Logo também já poderemos perceber a chegada dos brancos e amarelos fechando a estação. Enquanto as flores chegam, as folhas caem e a natureza vai se renovando em seu ciclo conforme previsto em seu código.

Na Av. do Contorno, próximo à esquina com a Rua Hermilo Alves. / Foto: Sérgio Verteiro

Na Av. do Contorno, próximo à esquina com a Rua Hermilo Alves. / Foto: Sérgio Verteiro

Apesar de muitos atos de desamor à natureza, ela resiste e persiste. Mas para combater a invisibilidade é preciso olhar. Olhar, mirar, para perceber o ambiente que nos cerca e que nos acolheu.

Passando pelo Viaduto Santa Tereza, somos brindados pela copa florida se destacando entre o verde do Parque Municipal. / Fotos: Sérgio Verteiro

Passando pelo Viaduto Santa Tereza, somos brindados pela copa florida se destacando entre o verde do Parque Municipal. / Fotos: Sérgio Verteiro

Ainda que você ande pela cidade sem reparar na paisagem à sua volta, há tempo para perceber e admirar as belas árvores floridas, como as que destacamos neste post. Ao longo da Avenida do Contorno, no Centro de BH, na Praça da Liberdade, no Parque Municipal… são apenas algumas sugestões de locais para admirar tamanha beleza e, quem sabe, redescobrir a cidade.

Dentro do Parque Municipal. / Fotos: Sérgio Verteiro

Dentro do Parque Municipal. / Fotos: Sérgio Verteiro

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Foi preciso redobrar a atenção durante a caminhada pela rua Mármore, no bairro de Santa Tereza / Belo Horizonte, no último dia 9 de julho. Um passeio interditado no quarteirão antes da Praça Duque de Caxias obrigou as pessoas a passarem quase no meio da rua, disputando espaço com os veículos que descem por ali em grande quantidade e velocidade ao longo do dia.

Foto: Sérgio Verteiro

Foto: Sérgio Verteiro

Ao lado do passeio interditado estava uma caçamba, ocupando a faixa de estacionamento de veículos, que seria o local mais seguro para os pedestres passarem. Note que, logo antes da caçamba, a faixa de estacionamento está bloqueada por sacos, o que ajuda a guardar espaço seguro pros caminhantes. O problema é que a caçamba força a caminhada do pedestre pela faixa de rolamento.

Uso o exemplo para responder a uma dúvida – como fazer uma obra, necessária, que bloqueia o passeio e, ao mesmo tempo, garantir a segurança dos pedestres? Entrei em contato com a Prefeitura, via 156. Até conseguir uma resposta, fiz 12 ligações para diversos órgãos. Por fim, na Regional Leste, fui informado que é possível fazer uma solicitação à BHtrans para que seja interditado um pedaço da pista de rolamento ao lado da caçamba. Assim, o passeio estaria interditado, a caçamba estaria no lugar certo e as pessoas teriam um local para passar com menos insegurança. Para fazer isso, é preciso preencher formulários etc. Ou seja, há solução, mas é preciso ter muita paciência.

Foto: Sérgio Verteiro

Foto: Sérgio Verteiro

Nesses tempos em que tanto se fala em mobilidade urbana, acessibilidade e atitudes compatíveis com a cidadania, o Observação e Análise tem abordado esses assuntos em diversas ocasiões – Acessibilidade difícil em Santa Tereza / Convívio difícilTombamento e abandono em Santa Tereza.

Ainda assim não posso deixar de ser um realista esperançoso. Por isso, revisito o poema No meio do caminho, do nosso poeta maior Carlos Drummond de Andrade.

No meio do caminho
Fonte: Estadão

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
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Se você é um observador mais atento da paisagem das cidades ou mesmo das estradas que cortam os municípios já deve ter percebido que existem muitas obras inacabadas, em diferentes estágios de paralisação. Um bom exemplo está na BR 381, a “rodovia da morte”, que liga Belo Horizonte a Governador Valadares. Outros bons exemplos estão no bairro de Santa Efigênia, em Belo Horizonte, onde uma estação do Move Metropolitano na Avenida Bernardo Monteiro e o restaurante popular da Rua Ceará continuam inacabados.

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Obra do espaço multiuso do Parque Municipal | Foto: Sérgio Verteiro

Mais um caso de pode ser visto nas fotografias deste post. Trata-se do espaço multiuso que começou a ser construído no Parque Municipal em 2013 após a demolição do tradicional Colégio Imaco. Os recursos para o empreendimento são originários de um convênio assinado entre o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, e o então governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia.

Foto: Sérgio Verteiro

Canteiro de obras parado. | Foto: Sérgio Verteiro

Em janeiro deste ano a obra foi totalmente paralisada e assim permanece até o momento. O valor do empreendimento é de R$16 milhões, dos quais já foram gastos algo em torno de R$8 milhões. A empreiteira que prestou os serviços ainda tem pouco mais de R$2 milhões a receber. Aliás, essa empreiteira já recebeu ordem de paralisação dos serviços emitida pela Sudecap e também já dispensou os trabalhadores que atuavam na obra.

Foto: Sérgio Verteiro

Foto: Sérgio Verteiro

Enquanto isso o que já foi feito continua exposto à ação do tempo e do vandalismo de pessoas. Até elevadores estão no local aguardando o dia em que serão instalados.

Foto: Sérgio Verteiro

Foto: Sérgio Verteiro

Em tempos de recursos escassos temos aí um bom exemplo da falta que a gestão faz. Será que o Ministério Público, o Tribunal de Contas do Estado e a Câmara de Vereadores de Belo Horizonte estão atentos ao que está acontecendo?

Foto: Sérgio Verteiro

Foto: Sérgio Verteiro

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O flagrante foi registrado no bairro Engenho Nogueira, em Belo Horizonte, na manhã de 9 de junho. A nova função encontrada para a estrutura do orelhão que um dia abrigou um telefone público me trouxe lembranças e reflexões. Lembrei-me de uma aula de química no Ensino Médio em que o professor enunciou solenemente a Lei de Conservação da Matéria, creditada ao francês Antoine Lavoisier – “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.” Quem observar bem os detalhes da fotografia verá que eles falam por si.

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Lembrei-me também do senso da utilização, que faz parte do programa 5S, que prepara o ambiente para a qualidade no estilo japonês. Ele combate o desperdício em caráter permanente e estimula o uso racional de insumos, bens e serviços. Veio, também, a lembrança da intensa depredação e dos custos para manter e conservar bens públicos conforme abordado no blog há um ano.

A reflexão é mais uma para esses tempos de crise em que somos obrigados a repensar as práticas que nos levam a perdas e desperdícios que poderiam ser evitados ou a reaproveitamentos que poderiam ser úteis. Aqui é suficiente lembrar, ver e agir para reduzir as perdas de alimentos, como cereais e hortifrutigranjeiros, combustíveis, água, energia elétrica, calçados, roupas, tempo, juros pagos pelo uso do cheque especial e crédito rotativo do cartão, falas inúteis…

O desafio continua sendo a ação, que deveria começar com a gente e prosseguir pela sociedade organizada e também a desorganizada, sempre na crença de que a educação é a base de tudo e começa em casa.

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O MOVE, nome dado ao sistema de BRT de Belo Horizonte e região metropolitana, completou um ano de funcionamento há pouco tempo. E há estações que clamam por manutenção, como a que mostramos abaixo.

MOVE estação Aarão Reis

Estação na Rua Aarão Reis, no Centro de BH. / Foto: Sérgio Verteiro

Na última terça-feira, dia 19 de maio, uma delas estava assim – bastante deteriorada, com buracos no teto do abrigo.

MOVE aarão manutenção

Foto: Sérgio Verteiro

A falta de teto está acima dos bancos onde os passageiros esperam pelos ônibus. Em alguns horários do dia, falta proteção para o sol e também para a chuva.

Move  manutenção

Foto: Sérgio Verteiro

A situação se repete em outro ponto de ônibus na mesma rua Aarão Reis, no Centro e Belo Horizonte.

MOVE aarão manutenção

Foto: Sérgio Verteiro

É possível ler numa placa afixada na estação maior o texto “terminal provisório”. Mas a sensação é de que ele se tornou “provinitivo”, um provisório definitivo.

Duro lembrar que conforto, rapidez, integração, frequência e pontualidade são as principais premissas do Transporte Rápido por Ônibus, cujo sistema foi inicialmente chamado de BRT e, posteriormente, batizado com a marca MOVE, para explicitando o foco na mobilidade.

Pelo menos nessas estações, o conforto está em falta.

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Pensar em “praça” nos remete a espaços amplos, jardins gramados, arborizados e floridos, espelhos d’água, bancos, pessoas circulando e assim por diante. A gestão do nosso tempo tem nos permitido caminhar por alguma praça? Ou será que estamos passando por elas sem olhar ou observar melhor, estejamos à pé ou dentro de um veículo automotivo?

Fotos: Sérgio Verteiro

Fotos: Sérgio Verteiro

Neste post as fotografias mostram a Praça Afonso Arinos e seu entorno. O espaço chamava-se Praça da República quando Belo Horizonte foi fundada e era bem maior do que é hoje. No entanto, ela foi perdendo espaço ao longo do tempo para construções como a da Faculdade de Direito da UFMG e a Secretaria da Receita Federal. Depois teve seu nome mudado para Afonso Arinos com o intuito de homenagear o professor jurista, ensaísta, historiador e membro da Academia Brasileira de Letras. O fato é que hoje ela não lembra em nada a imagem clássica que temos de uma praça. Mas o conjunto de espaços que recebe a denominação de Praça Afonso Arinos se mostra integrado e essencial ao sistema viário do Centro de Belo Horizonte.

Fotos: Sérgio Verteiro

Fotos: Sérgio Verteiro

Interessante notar que as avenidas João Pinheiro e Augusto de Lima se iniciam ali e que o espaço é cortado pela Rua Goiás e pela Avenida Álvares Cabral, que também vira parte da praça no início de seu segundo quarteirão. O espaço tem sido utilizado para manifestações políticas como as das Centrais Sindicais ocorridas na semana passada para protestar contra a ampliação do trabalho terceirizado.

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Fotos: Sérgio Verteiro

Alguns moradores de edifícios do entorno da praça reclamam de sua pouca movimentação à noite e também das cerca de 20 pessoas que estão morando sob marquises de prédios. Enquanto isso, o prédio do antigo Teatro da Praça continua se acabando diante do abandono e o antigo Hotel Del Rey, que foi sede de comitê eleitoral no ano passado, está sendo alugado pela Prefeitura de Belo Horizonte por R$400.000,00 mensais.

Fotos: Sérgio Verteiro

Fotos: Sérgio Verteiro

Você que mora em Belo Horizonte se disporia a descer do veículo automotivo, caminhar por ali e se inteirar de outros detalhes que precisam ser melhor observados para serem percebidos? Aos domingos existe logo abaixo a Feira de Artesanato da Avenida Afonso Pena, que acaba fazendo muita gente circular obrigatoriamente pela praça, a pé ou de veículo automotor.

Fotos: Sérgio Verteiro

Fotos: Sérgio Verteiro

Mas de qualquer maneira não espere flores porque o ambiente é árido e a aridez só se acentua com o concreto, o asfalto, as emissões dos poluentes veiculares e também a poluição sonora. Já a sensação de insegurança não é privilégio da praça, pois está presente em toda a cidade e região metropolitana. Mas se esse espaço não é a sua praça, descubra outro na cidade e faça dele o seu lugar.

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Depois de um processo de cerca de 20 anos, o bairro de Santa Tereza, em Belo Horizonte, teve seu patrimônio arquitetônico, urbanístico e ambiental tombados pela Prefeitura de BH. A nova fase será um momento decisivo, de implementação do que era sonho agora dentro do marco legal.

Foto: Sérgio Verteiro

Foto: Sérgio Verteiro

No aspecto urbanístico, algo que já chamava a atenção de quem transita pelo bairro é a crescente quantidade de veículos automotores abandonados em suas vias públicas. Alguns estão no local há mais de um ano. Nem seria preciso lembrar os riscos trazidos por essa situação tanto do ponto de vista da segurança e da integridade física das pessoas quanto também pelos aspectos da saúde em tempos de alguma chuva, dengue, lixo acumulado ou mesmo ambiente para o manejo de substâncias ilícitas.

O Observação & Análise falou desse assunto no ano passado. Vale registrar que o veículo mostrado naquele post foi retirado do local pela Secretaria de Administração Regional Municipal Leste em meados de junho do mesmo ano.

Em Minas Gerais, cidades como Araxá, Contagem, Montes Claros e Varginha possuem leis que tratam da remoção de veículos abandonados em vias públicas. Belo Horizonte teve uma lei do tipo, que está suspensa, pois o atual prefeito do município recorreu ao Supremo Tribunal Federal, que determinou a sua inconstitucionalidade nos termos propostos. Já a lei estadual que determina ao Detran a atribuição de recolher os veículos continua adormecida há quase 43 anos.

Foto: Sérgio Verteiro

Foto: Sérgio Verteiro

Nas fotografias deste post você vê a situação de alguns veículos que estão incorporados à paisagem das ruas Tenente Durval e Tenente Vitorino, nas vizinhanças do quartel da Polícia Militar. O caminhão já está quase fazendo aniversário, marcando o segundo ano de presença imóvel no ambiente agora tombado. Como se vê o desafio é muito maior do que podemos imaginar.

Foto: Sérgio Verteiro

Foto: Sérgio Verteiro

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