Bandos no trabalho

por Luis Borges 31 de julho de 2014   Gestão em pauta

O trabalho, o retrabalho e o não-trabalho fazem parte das variações em torno do tema que experimentamos ao longo de nossas vidas. Se o critério é o trabalho e a cada pessoa segundo a sua capacidade, é imperioso perceber que nem sempre prevalece o mérito. Vou abordar aqui alguns aspectos que merecem reflexão e ação para que se aproveite mais a capacidade de todos. E também para não penalizar aqueles 20% mais comprometidos que fazem os resultados acontecerem, independente da dublagem, lerdeza e omissão de muitos colegas.

Partimos do pressuposto de que as pessoas é que fazem as organizações humanas e, por consequência, se organizam dentro delas. Identifico três grandes formatos – os bandos, os grupos e as equipes.

Os bandos são típicos de organizações que não têm um sistema estruturado e implementado de gestão estratégica do negócio. Com isso, os que têm papel de dar a direção e atingir metas – diretores e gerentes – atuam com seus subordinados apenas por meio de chefia, não pode meio de liderança.

Esse tipo de chefe também tende a ter problemas para recrutar e selecionar pessoas, assim como a incapacidade para analisar, dialogar e negociar. Sem saber ouvir, também não sabem falar.

Se existe essa lacuna de comunicação e liderança, as pessoas tendem a formar bandos ou a ficar autistas. Principalmente porque nessas situações é muito comum o chefe-comandante buscar o favoritismo. Assim, sobrecarrega os que julga mais competentes e que, de preferência, não berram.

Outro aspecto importante é a grande entropia entre as pessoas que fazem parte do bando. Muita gente batendo cabeça, outros querendo aparecer, inclusive roubando idéias de colegas, e tudo isso permeado pela dificuldade da chefia para perceber as coisas e atuar, às vezes até por medo da reação de alguns subordinados.

Para passar da categoria bando para a categoria grupo ou equipe o esforço a ser feito é grande, demanda tempo e dedicação. Esse assunto vai ser tratado em um próximo texto.

Enquanto isso, gostaria de saber sobre a sua experiência. Você já fez parte de um bando no trabalho? Ao ler o texto, identificou lugares ou pessoas que passam por isso? Conte sua experiência nos comentários.

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