Se você é um observador mais atento da paisagem das cidades ou mesmo das estradas que cortam os municípios já deve ter percebido que existem muitas obras inacabadas, em diferentes estágios de paralisação. Um bom exemplo está na BR 381, a “rodovia da morte”, que liga Belo Horizonte a Governador Valadares. Outros bons exemplos estão no bairro de Santa Efigênia, em Belo Horizonte, onde uma estação do Move Metropolitano na Avenida Bernardo Monteiro e o restaurante popular da Rua Ceará continuam inacabados.

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Obra do espaço multiuso do Parque Municipal | Foto: Sérgio Verteiro

Mais um caso de pode ser visto nas fotografias deste post. Trata-se do espaço multiuso que começou a ser construído no Parque Municipal em 2013 após a demolição do tradicional Colégio Imaco. Os recursos para o empreendimento são originários de um convênio assinado entre o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, e o então governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia.

Foto: Sérgio Verteiro

Canteiro de obras parado. | Foto: Sérgio Verteiro

Em janeiro deste ano a obra foi totalmente paralisada e assim permanece até o momento. O valor do empreendimento é de R$16 milhões, dos quais já foram gastos algo em torno de R$8 milhões. A empreiteira que prestou os serviços ainda tem pouco mais de R$2 milhões a receber. Aliás, essa empreiteira já recebeu ordem de paralisação dos serviços emitida pela Sudecap e também já dispensou os trabalhadores que atuavam na obra.

Foto: Sérgio Verteiro

Foto: Sérgio Verteiro

Enquanto isso o que já foi feito continua exposto à ação do tempo e do vandalismo de pessoas. Até elevadores estão no local aguardando o dia em que serão instalados.

Foto: Sérgio Verteiro

Foto: Sérgio Verteiro

Em tempos de recursos escassos temos aí um bom exemplo da falta que a gestão faz. Será que o Ministério Público, o Tribunal de Contas do Estado e a Câmara de Vereadores de Belo Horizonte estão atentos ao que está acontecendo?

Foto: Sérgio Verteiro

Foto: Sérgio Verteiro

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O Observação & Análise abordou neste post de 30 de junho de 2015 alguns empreendimentos que estavam com suas obras paralisadas em Belo Horizonte, notadamente as municipais. A maior ênfase foi dada à construção do espaço multiuso que estava sendo construído no Parque Municipal Américo Renê Gianetti no local onde funcionou o Colégio Imaco. Passados 21 meses voltamos ao lugar para verificar em que pé estão as coisas. Como não nos assustamos com mais nada, o jeito foi apenas registrar que tudo continua parado e o desperdício do dinheiro público evidenciado em mais um exemplo, conforme mostram as fotografias postadas e seguir. Nesse caso específico o empreendimento teve um valor inicial orçado em R$16 milhões em 2013. Se as obras forem retomadas em algum momento do tempo é bem provável que mais recursos financeiros terão que ser adicionados, no mínimo em função do que já se perdeu de equipamentos e instalações praticamente abandonadas nesse grande período.

Obra inacabada onde era o colégio Imaco. | Foto: Sérgio Verteiro

 

Outro ângulo da obra inacabada do colégio Imaco. | Foto: Sérgio Verteiro

Outras obras estão abandonadas pela cidade, como no Bairro Alto Vera Cruz, e na região do Barreiro que foram mostradas pela TV Globo Minas no MGTV do dia 27 de março de 2017.

Quem mora no Bairro Santa Tereza pode encontrar outra obra parada na Rua Anhanguera quase esquina de Rua Pouso Alegre, onde a ampliação do posto de saúde se iniciou com a desapropriação de alguns terrenos vizinhos e só ficou nisso.

Você também já percebeu outros empreendimentos que estão parados na cidade, sejam eles pertencentes ao município, ao estado ou à União? Será que os órgãos que têm a missão de fiscalizar e auditar a conformidade da execução desses empreendimentos estão cumprindo a sua missão?

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