A marchinha é um gênero musical que está sempre presente na festa popular que é o Carnaval, abordando com muito humor e irreverência diversos aspectos do cotidiano no país.

A história registra a primeira marchinha do Carnaval brasileiro em 1899, a sempre lembrada “Ô abre alas”, de Chiquinha Gonzaga.

Para o Carnaval deste ano tivemos marchinhas para todos os gostos, mas destaco aqui as 5 finalistas do concurso de marchinhas Mestre Jonas, em Belo Horizonte. A campeã foi “O Baile do cidadão do bem” seguida por “Solta o cano”, “Pinto por cima”, “Puxa Saco” e “Nesse carnaval”. Neste link é possível ouvir todas as finalistas.

Se hoje é grande a liberdade de manifestação e de expressão, vale lembrar que nem sempre foi assim ao longo da nossa história. Um bom exemplo foi o carnaval de 1944, quando o grande sucesso foi a marchinha “Eu brinco”, de autoria de Pedro Caetano e Claudionor Cruz cantada por Francisco Alves. A História registra em 1943 a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial e a forte censura que a Ditadura do Estado Novo do Presidente Getúlio Vargas fazia às diversas formas de manifestação política. A crise econômica se acentuou com a participação na guerra e o Carnaval de 1944 estava ameaçado de não acontecer, o que gerava tristeza em muita gente. Além disso, a sátira política estava na clandestinidade, pois a ditadura era plena. Então teve início uma campanha para se garantir a realização do Carnaval ainda que as marchinhas abordassem temas mais líricos, folclóricos e de exaltação. Esse foi o contexto que permeou o surgimento da marchinha “Eu brinco”.

Fica o convite para ouvir a música e acompanhar a letra.

Eu brinco
Fonte: Letras.mus.br 

Com pandeiro ou sem pandeiro
Eh eh eh eh, eu brinco
Com dinheiro ou sem dinheiro 
Eh eh eh eh eu brinco

No céu a lua caminha 
Tão triste sozinha
Pra não ser triste também
com pandeiro ou sem pandeiro
meu amor, eu brinco

Com pandeiro ou sem pandeiro
Eh eh eh eh eu brinco
Com dinheiro ou sem dinheiro
Eh eh eh eh eu brinco

Tudo se acaba na vida
Morena querida 
Se o meu dinheiro acabar
Com dinheiro ou sem dinheiro
Meu amor, eu brinco
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Sempre que tenho uma oportunidade abordo a importância da capacidade de observação e o quanto ela deveria ser intensa para todos os seres humanos. Na semana passada conversei com um profissional especialista em gestão de pessoas que trabalhou durante a semana em Belo Horizonte e hospedou-se no bairro Santo Agostinho. Em suas caminhadas pelo bairro nos finais das tardes do ainda agonizante horário de verão ele descobriu a Praça da Assembleia, oficialmente Praça Carlos Chagas. Ele se considera muito observador e se diz sempre movido pela curiosidade de entender os fenômenos e os processos que geram as coisas no seu entorno. Foi assim ao olhar e mirar nas árvores da praça que descobriu uma contendo um fruto de tamanho menor que o de um melão.

Logo após o seu tempo de contemplação, que terminou com as fotografias postadas aqui, ele se informou mais sobre a árvore. O nome dela é abricó de macaco, também conhecida como “castanha” ou “cuia de macaco”, de origem amazônica, muito usada em arborização de praças de cidades brasileiras. O fruto produzido por ela não serve para o consumo humano, devido ao mau cheiro que exala quando é cortada. O macaco é um dos animais que consegue comê-la.

Dando sequência à sua busca de informações, o profissional ficou sabendo que a Praça da Assembleia é a segunda maior de Belo Horizonte no quesito extensão territorial, só perdendo para a Praça do Papa no bairro Mangabeiras nas proximidades da Serra do Curral.

E você, o que tem observado nas suas andanças pela cidade? Compartilhe nos comentários.

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Curtas e curtinhas

por Luis Borges 21 de fevereiro de 2017   Curtas e curtinhas

Tentando combater a impopularidade

A estimativa de contração do PIB em 4,3% em 2016 e apenas 10% de avaliação positiva do Presidente da República Michel Temer ajudam a sacramentar a impopularidade presidencial. Também pudera, só de desempregados já são quase 13 milhões. Medidas pontuais para tentar ganhar algum fôlego começaram a ser tomadas com a liberação das contas inativas do FGTS, isentas de Imposto de Renda, e nova forma de financiar os débitos rotativos dos cartões de crédito após 1 mês da dívida. Agora a proposta é mexer na tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física passando o limite de isenção de R$1.900,00 para algo em torno de R$8 mil. Resta saber se a Receita Federal vai aceitar abrir mão dessa receita. Afinal de contas o dinheiro faria falta para o atingimento da meta de R$139 bilhões de déficit público prevista no orçamento de 2017.

Dólar próximo de R$3,00 e a gasolina a quanto?

A atual política de preços da Petrobras para combustíveis como a gasolina e o óleo diesel está atrelada à cotação do petróleo no mercado internacional e à variação cambial em tempo real. Será que dá para esperar alguma redução de preços nas bombas dos postos ou isso será no máximo para as refinarias? Se fosse o contrário, os preços subiriam imediatamente.

As 10 medidas contra a corrupção

O projeto de iniciativa popular contendo 10 medidas contra a corrupção no Brasil não pode ser desfigurado em sua votação na Câmara dos Deputados com a introdução de novos itens no texto. O Ministro Luiz Fux, do STF, determinou a volta do projeto à Câmara para nova análise e votação, conforme determina a Constituição Federal. O Presidente da Câmara disse que vai aguardar uma decisão final do plenário do STF (quando será?) e fala que é preciso verificar a autenticidade das assinaturas de 2 milhões de eleitores.

Autenticar uma assinatura num cartório de Minas Gerais custa, este ano, R$6,29. Imagine o tempo que a Câmara dos Deputados poderá ganhar com essas duas medidas protelatórias e a oportunidade de negócios que os cartórios do país estão perdendo ao não fazer esse serviço de autenticação tão ao gosto da burocracia brasileira.

Planos de saúde em queda livre

Segundo dados divulgados pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar 300 mil planos de saúde foram cancelados em janeiro de 2017. Outros 1,3 milhão de planos já haviam sido cancelados no ano de 2016. Além das diversas consequências da forte contração econômica vale lembrar também que os reajustes desses planos tem ficado sempre bem acima da inflação e, em alguns casos, chegado até a 16%. Estima-se que 47 milhões de pessoas sejam beneficiárias, hoje, das diversas modalidades de planos de saúde suplementar com seus variados limites técnicos enquanto a população brasileira foi estimada em 206 milhões de habitantes em 2016 segundo o IBGE. Como você avalia a sua capacidade para se manter num plano de saúde que tenha um nível de qualidade adequado às suas necessidades?

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Vale a leitura

por Luis Borges 19 de fevereiro de 2017   Vale a leitura

De onde vem a motivação?

A palavra “motivação” nos remete aos motivos que temos para a ação. E mais, que esses motivos vem de dentro de cada um de nós, apesar de todas as variáveis que fazem parte do nosso entorno. Ainda assim e diante de todo conhecimento já consolidado sobre o tema motivação, muitos são os casos em que, por exemplo, um dirigente de uma organização quer sacudir seu grupo ou equipe de trabalho injetando motivação através de uma palestra. Isso é o que abordado por Daniela do Lago em seu artigo Em busca de otários: O dia seguinte da palestra de motivação, publicado no portal UOL. A autora chama a atenção para uma situação que ocorre com frequência:

“Não confunda motivação com animação. A confusão acontece quando as empresas contratam uma palestra motivacional (e pagam pequenas fortunas para isso) com a promessa de resolver todos os seus problemas internos relacionados às pessoas, mas o que conseguem ao final do evento são colaboradores animados e energizados saindo do auditório da empresa após uma hora de show e entretenimento. Essa animação tem curtíssima validade, custa caro e tem pouca aplicabilidade no dia a dia”.

A experiência de um neurocirurgião

O que se passa no bloco cirúrgico de um hospital envolvendo decisões e ações durante um processo cirúrgico em qualquer tecido ou órgão do corpo humano? Acertar é humano, mas os humanos também erram. Porém admitir um erro não é nada fácil e conviver com ele também deve incomodar muito. Acontece que as informações geralmente são bastante econômicas e existe um sigilo amparado pelo Código de Ética. Uma oportunidade interessante para se conhecer um pouco mais sobre esse tipo de trabalho ao longo da carreira de um cirurgião está no livro “Sem causar mal – Histórias de Vida, Morte e Neurocirurgia”, escrito pelo médico neurocirurgião britânico Dr. Henry Marsh. A obra foi comentada por Inma Gil Rosendo em artigo publicado pela BBC Brasil. Chamou minha atenção uma referência feita ao processo decisório sobre envolvendo a recomendação de uma cirurgia.

“Quase sempre, explica o médico, erros ocorrem na tomada de decisões anteriores, quando tratam de questões sobre operar ou não o paciente, ou que tipo de operação será feita e como ela vai ser executada. “Pela minha experiência, quando algo vai mal, quase sempre é porque se tomou a decisão equivocada”, avalia o médico. É durante o processo de decisão que os cirurgiões enfrentam grandes dilemas. Às vezes, têm de optar por aquilo que no jargão médico é chamado de “sacrifícios”: causar algum dano para evitar danos ainda maiores.”.

Obsessão pela imagem perfeita

Fazer uma selfie inúmeras vezes até obter aquela em que tudo parece na mais perfeita ordem, mesmo que se use todos os recursos de edição, faz parte do cotidiano de muita gente. Mas o que pode estar por trás dessa obsessão para mostrar beleza e felicidades permanentes? Confira a abordagem de Melissa Diniz em seu artigo Busca pela foto perfeita é sinal de doença e até já tem nome: selficídio.

“Além da enorme perda de tempo em função das fotos, o selficida tem baixa autoestima, dificuldades de relacionamentos e constante busca por aceitação. O mecanismo de postar fotos de si mesmo é uma espécie de autopromoção. A pessoa procura conseguir as curtidas em uma tentativa de obter o respaldo dos outros. Mas, primeiro, usa aplicativos e programas de edição para deixar a foto perfeita”.

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O enredo é o mesmo de sempre. A vida está muito difícil nessa crise que não quer passar enquanto os governantes só sabem pedir sacrifícios e paciência. Para a maior parte das pessoas a estratégia é de sobrevivência no emprego público ou privado e no próprio negócio. O ponto que quero abordar aqui tem a ver com a reclamação quase generalizada de que os clientes estão escasseando, ficando mais ariscos e demorando para dar as caras, isso para não dizer que muitos sumiram definitivamente.

Independente do porte do negócio é bom que o seu gestor reflita sobre as causas dessas perdas e atue para remover aquelas que só dependem da sua atuação. Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas mostra que 68% dos clientes abandonaram seus fornecedores por causa do mau atendimento e 14% devido à qualidade dos produtos e serviços. Esses dois itens respondem por 82% do total de “abandonos”.  Na aquisição de um bem ou serviço o cliente sempre espera que a qualidade especificada seja cumprida, que o preço seja justo e que o atendimento atenda às expectativas.

Se a principal causa da perda de clientes é o mau atendimento, o que deve ser feito para não perdê-los, ainda mais se sabemos que são muito bem informados e exigentes? Ainda valem os números, que mostram ser necessário gastar uma unidade monetária para manter um cliente, 5  para arrumar um novo cliente e 9 para reconquistar um cliente perdido. O jeito é conhecer as causas do mau atendimento que mais incomodam os clientes. Alguns motivos de desagrado são incapacidade de ouvir a necessidade do comprador, pouca atenção do vendedor, baixo conhecimento dos atendentes sobre os bens e serviços solicitados, demora na solução de problemas – inclusive no pós venda, acomodação numa zona de conforto que impede a busca de novos diferenciais para enfrentar a competição com outros fornecedores…

Fica também um alerta final: é preciso querer mudar. Não basta só constatar e continuar reclamando da sorte no regime capitalista. É preciso decisão e ação.

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E o mundo não se acabou

por Luis Borges 15 de fevereiro de 2017   Música na conjuntura

Em meio à crise social cada vez mais aguda aumenta a preocupação das pessoas com a segurança individual, familiar e nos espaços coletivos. Coisas ruins vão acontecendo e repercutindo pelos diversos meios de comunicação. Aumenta também – e exponencialmente – a sensação de insegurança, quase tão danosa quanto a violência explícita. Ficamos sempre com as piores expectativas.

Começamos o ano com a enorme repercussão sobre a rebelião nos presídios do Amazonas, Roraima e Rio Grande do Norte. O temor de que as rebeliões chegariam a Minas Gerais também se incorporou ao nosso dia-a-dia. Agora já chegamos a 12 dias da greve da Polícia Militar do Espírito Santo e ainda não parece visível uma solução adequada para o conflito. A bomba também está armada no quebrado estado do Rio de Janeiro, onde os salários da Polícia Militar e demais servidores estaduais estão atrasados. No Rio Grande do Norte também cresce a mobilização diante de grande descontentamento com os governantes.

E se a coisa chegar a Minas Gerais? O que faremos e o que será de nós? O Governo do estado garante que tudo está na mais santa paz. Mas, e se vier o pior? Diante de tudo que está acontecendo muitos se sentirão no direito de ter um pré pânico só de imaginar uma situação sem policiamento nas ruas, que já não é nenhum primor. Tenho ouvido muita gente dizendo que estamos caminhando para o fim do mundo e outros dizendo que o mundo já acabou, pelo menos para eles.

Que estratégias adotar diante de uma situação como essa? Seria melhor aplicar a “Lei de Murici” ao dizer que cada um deve cuidar de si ou reclamar e denunciar os inertes governantes e poderes constituídos que, aliás, em sua imensa maioria, sabem cuidar muito bem de si próprios?

Fico imaginando também como chegaremos à Quarta-feira de Cinzas após o encerramento do Carnaval oficial de Belo Horizonte, que começou no sábado 11 de fevereiro projetando a presença de 3 milhões de pessoas nas ruas. Será que a civilização prevalecerá? Apesar do pessimismo e da preocupação com a segurança, será que perceberemos o mesmo que o compositor baiano Assis Valente narrou em 1938 em sua música E o mundo não se acabou? Sugiro a escuta da canção na voz de Carmem Miranda.

E o mundo não se acabou
Fonte: Letras.mus.br

Anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar
Por causa disso a minha gente lá de casa começou a rezar
E até disseram que o sol ia nascer antes da madrugada
Por causa disso nessa noite lá no morro não se fez batucada

Anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar
Por causa disso a minha gente lá de casa começou a rezar
E até disseram que o sol ia nascer antes da madrugada
Por causa disso nessa noite lá no morro não se fez batucada

Acreditei nessa conversa mole
Pensei que o mundo ia se acabar
E fui tratando de me despedir
E sem demora fui tratando de aproveitar

Beijei na boca de quem não devia
Peguei na mão de quem não conhecia
Dancei um samba em traje de maiô
E o tal do mundo não se acabou

Anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar
Por causa disso a minha gente lá de casa começou a rezar
E até disseram que o sol ia nascer antes da madrugada
Por causa disso nessa noite lá no morro não se fez batucada

Chamei um gajo com quem não me dava
E perdoei a sua ingratidão
E festejando o acontecimento
Gastei com ele mais de quinhentão
Agora eu soube que o gajo anda
Dizendo coisa que não se passou
Ih, vai ter barulho e vai ter confusão
Porque o mundo não se acabou

Anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar
Por causa disso a minha gente lá de casa começou a rezar
E até disseram que o sol ia nascer antes da madrugada
Por causa disso nessa noite lá no morro nem se fez batucada
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A presença de Michel Temer na Presidência da República completa 9 meses hoje. A crise política persiste, ilustrada na encarniçada luta pela ocupação permanente do poder e olhar atento nos rumos da operação Lava Jato. A solução que ainda não veio para a profunda recessão econômica tem sido condicionada à realização de algumas reformas estruturais do país. Entre elas a mais falada e comentada é a da Previdência Social.

A sensação mais nítida é que a referida reforma parece ser a panaceia para boa parte dos males enfrentados pelo Estado brasileiro. A tentativa de convencer a população de que a reforma é necessária e urgente tem sido feita com foco na inviabilidade financeira do sistema atual, ao qual se atribuem sucessivos déficits anuais não muito transparentes. Alia-se ao déficit a argumentação em torno do aumento da longevidade da população e do decréscimo das taxas de natalidade.

Fazer essa discussão pressupõe que as informações e o conhecimento que se tem sobre o assunto sejam disponibilizados de maneira integral para a consulta e os estudos de qualquer pessoa ou organização humana interessadas. A partir da discussão racional – sem chantagens emocionais, com honestidade intelectual e metódica capacidade de saber ouvir e falar – teremos boas probabilidades de formular algo consistente em função das várias variáveis que contornam a previdência social pública e privada.

Mas o que se percebe até o momento não é bem isso. Quando o secretário de Previdência do Ministério da Fazenda anunciou os resultados do INSS em 2016 grande ênfase foi dada essencialmente ao déficit de R$149,7 bilhões e a seu crescimento de 74,5% em relação a 2015, quando ficou em R$85,81 bilhões. O primeiro impacto parece grande e assustador, mas atende bem aos objetivos governamentais para impor a obrigatoriedade da reforma. Mas a informação é parcial e omite diversos outros dados envolvidos no resultado. Por exemplo, se as despesas aumentaram e a arrecadação não acompanhou, de cara é preciso lembrar da quantidade de desempregados que a recessão econômica ajudou a gerar e que não contribuem para a Previdência.

Também é preciso lembrar outras receitas destinadas à Previdência e que não incidem sobre a folha de salários e contribuição patronal. É o caso do dinheiro arrecadado com a Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), que é destinado à Previdência, saúde e assistência social. Somem-se aí também os recursos previstos no Programa de Integração Social (PIS), na Contribuição Sobre o Lucro Líquido (CSLL) e nas destinações das loterias da Caixa Econômica Federal. Pesa bastante nesse déficit o não repasse de recursos do Tesouro Nacional para que o INSS possa cobrir as aposentadorias dos trabalhadores rurais (Funrural). Tal repasse, previsto pela Constituição cidadã de 1988, corresponde a R$103,4 bilhões no déficit de 2016. Finalmente vale lembrar as renúncias de receitas previdenciárias feitas em função do Simples Nacional, entidades filantrópicas, produtores rurais e microempreendedores individuais, que são estimados em R$43,40 bilhões.

Outro aspecto que precisa ser demonstrado com muita transparência é se existe ou não a incidência da Desvinculação de Receitas da União (DRU) sobre o recursos do INSS.

Como se vê é preciso abrir a caixa preta da previdência dos trabalhadores do setor privado, que não é muito diferente do setor público, inclusive servidores militares. Aqui nessa Pensata tentei desdobrar apenas uma dimensão da questão ligada ao déficit e que não resiste muito diante das evidências citadas. A discussão da Proposta de Emenda à Constituição que pretende fazer a reforma previdenciária ainda vai dar “pano pra manga” e depende também de nós, aposentados e não aposentados.

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