Ano novo, vida nova

por Convidado 13 de janeiro de 2020   Convidado

*por Sérgio Marchetti

Cá estamos nós, meu querido leitor, começando uma nova jornada pela vida. Talvez esteja faltando alguém que, em 2019, lia meus escritos e compartilhava minhas ideias. Mas a roda viva não para. Somos nós que paramos, e, um por um, pouco a pouco, vão tendo seus nomes chamados para sair da roda.

Independentemente das perdas e dos ganhos, ouço, há tantos anos, a frase “ano novo, vida nova”, que acredito que tenha se tornado um mantra. A euforia da passagem de ano e a possibilidade de começar tudo outra vez, de fato, contribuem para a renovação da esperança de dias melhores. Mas, infelizmente, as flores para Iemanjá, o jantar de lentilhas e as sementes de romã não são suficientes para alterar o rumo de nossas vidas.

Ainda assim, não critico e nem rejeito as crenças de cada pessoa (“há muito mais entre o céu e a terra do que possa prever nossa vã filosofia”), pois a força da fé tem removido montanhas. Acontecem todos os dias fatos inéditos, surreais e não explicáveis pela ciência. Porém, não estamos livres de problemas e de tragédias. Pandora já abriu a sua caixa e, sem saber o que continha nela, liberou todos os males. Somente a esperança restou. Diante disso, deixemos viva a esperança, que é o que nos segura quando tudo parece perdido.

Faço uma ressalva de que não devemos deixar toda a responsabilidade com os santos e nem mesmo com Deus. Já tem muita gente para Ele olhar. Também não vale delegar ações pessoais a terceiros. Eles não sentem o que você sente. Deixe a preguiça de lado. Mande essa tristeza embora. Tenho certeza de que você tem mais para agradecer do que para reclamar. Então o que está esperando? Pratique a gratidão. Ressignifique seus acontecimentos negativos, perdoe alguém que invade seus pensamentos e se perdoe.

Aí entra a nossa parte. Permita-me, caríssimo leitor, fazer o seguinte questionamento: Quem poderá ajudá-lo? Sabe o que deseja? Você já fez o planejamento individual? Já sabe o que vai mudar? Identificou as consequências? Traçou metas? Definiu quando devem ser alcançadas? Escolheu o método que irá utilizar?

Sei que muitas pessoas não acreditam que a definição de metas poderá ajudá-las. Outras até creem, mas não tomam a iniciativa por mera indolência. E, apesar disso, eu os compreendo, mas também lhes asseguro de que, nos novos tempos, o fracasso de quem não se preparar será iminente. O ser humano tem dificuldade de se planejar para o futuro e precisa de alguém que lhe dê forças. E não é por acaso que a mentoria e o coaching se fortaleceram tanto e passaram a exercer um papel importante na vida das pessoas e das empresas.

Então comece agora, nada de procrastinar. Janeiro é o mês ideal para traçar seus planos de mudança. Pense no que não deu certo, nas conquistas, nas empreitadas em que obteve sucesso. Anote o nome das pessoas que podem lhe ajudar a realizar seus objetivos. Formule planos de ação com prazo determinado. Negocie, renegocie, mas não deixe o desânimo lhe derrubar; ele é apenas um indicador de que você andou muito tempo na direção errada. Retome seus caminhos e se fortaleça com as experiências, pois mesmo tendo colecionado erros, sempre será um aprendizado. Basta não repeti-los. Ocorrerá também a dúvida – ausência de ação e medo de errar. Nesse caso, busque orientação e conselhos com embasamento técnico.

O quadro atual é mais otimista. O Brasil ainda está no CTI, mas já respira sem aparelhos e começa a dar sinais importantes de recuperação. Estamos saindo da escuridão, e acena para nós a possibilidade de dias melhores. Indicadores nos demonstram que haverá mais trabalho e mais oportunidades de vermos brasileiros voltando a ser cidadãos dignos, que possam obter seus recursos com o próprio trabalho e não pela esmola.

Passe a borracha no passado e vamos começar de novo. E, se precisar de um ombro amigo ou de algumas orientações sobre algo que eu saiba um pouquinho, pode contar comigo.

“Começar de novo e contar comigo, vai valer a pena ter amanhecido…”(Ivan Lins)

* Sérgio Marchetti é educador, palestrante e professor. Possui licenciatura em Letras, é pós-graduado em Educação Tecnológica e em Administração de Recursos Humanos. Atua em cursos de MBA e Pós-Graduação na Fundação Dom Cabral, B.I. International e Rehagro. Realiza treinamentos para empresas de grande porte no Brasil e no exterior. www.sergiomarchetti.com.br.

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Só no digital não dá

por Luis Borges 8 de janeiro de 2020   Pensata

O Portal G1 publicou, no dia 03 de janeiro, alguns dados que podem nos fazer pensar sobre intenções e gestos envolvendo a movimentação de pessoas em diferentes níveis de relacionamentos pessoais e em organizações humanas de diferentes tipos de atuação.

Segundo a publicação:

 O WhatsApp informou que, durante as 24 horas que antecederam a meia-noite da véspera de ano novo, foi registrado um número recorde de mensagens enviado por meio do aplicativo em todo o mundo: mais de 100 bilhões durante as 24 horas do dia 31 de dezembro. 

[…]

Apenas no Brasil, os usuários do WhatsApp enviaram mais de 13 bilhões de mensagens no dia 31 de dezembro de 2019.

[…]

Apesar da criptografia de ponta a ponta do WhatsApp, que só permite a leitura da mensagem entre quem envia e quem lê, o aplicativo supõe que um número grande de mensagens enviadas em 31 de dezembro foi de “Feliz Ano Novo” ”.

Meu ponto aqui é fazer um balanço que nos permita refletir sobre o que foi possível fazer concretamente em nossas relações pessoais ou negociais que foram além do digital na fria tentativa de buscar uma aproximação que, já se sabe, continuará distante pela própria natureza do meio utilizado. Por mais que seja afetiva a mensagem, nada substituirá o calor radiante do encontro físico, presencial entre seres humanos.

No meu caso específico considero que consegui ir um pouco além do digital, ainda que limitado por condições funcionais, mas com muito suporte das pessoas mais próximas.

Nesse sentido deixo registrado que passei quatro dias do período de virada do ano na minha terra natal – Araxá, capital secreta do mundo e cidade eterna como Roma. Por incrível que possa parecer, consegui estar pessoalmente em 10 residências de familiares diretos que são também amigos, tias e primas, sem polarizações e intolerâncias, mas com muito respeito, humor, capacidade de ouvir e também de falar. Um momento muito marcante foi o encontro com quatro tias que estão acima dos 80 anos de idade. Como sabemos, idosos querem presença, carinho e atenção. Duas delas moram em suas próprias residências, sendo que uma estava fazendo mingau de milho verde e a outra se preparava para ver a passagem do ramo de uma folia de Reis. As outras duas moram em instituições de longa permanência para idosos, onde o horário de visitas é na parte da tarde e o tempo de permanência é de 4 horas em uma e de 2 horas na outra. Nesse caso, me coloquei no lugar delas e fiquei a imaginar como seria a minha adaptação numa instituição desse tipo quando essa opção também poderá ser uma solução para meu curso de vida a caminho da finitude.

É claro que não dá para negar a vida conectada digitalmente mas não precisamos ficar só nela. Ainda é possível viver e manter a nossa dimensão humana, que também depende do nosso querer e das nossas iniciativas como num simples, caloroso e renovador encontro na virada do ano. Outros encontros virão, no Carnaval ou na Páscoa, por exemplo. Depende de nós.

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Na passarela do tempo

por Luis Borges 19 de dezembro de 2019   Pensata

O tempo caminha indelevelmente para frente e nós com ele, mas sabedores de nossa finitude perante algo que nos parece infinito. Ainda assim, ouvimos com muita frequência reclamações de pessoas dando conta de que falta lhes tempo ou que o tempo passou muito rápido, praticamente sem ser percebido. O fato é que, mesmo diante das diferentes percepções que se tenha, o tempo relativo ao ano de 2019 está chegando à sua marca final, trazendo a alvorada cada vez mais próxima do ano que será marcado como 2020.

Dessa realidade não será possível fugir e, por maior que seja a poesia inerente à vida, esse momento do tempo também nos possibilita fazer uma observação e análise, sem adjetivos, sobre a realidade em que nossas vidas estão sendo vividas. Muitas podem ser as expectativas, mas elas não devem ser maiores que a realidade. Caso contrário, as frustrações causarão mais sofrimento nesse momento em que a sociedade brasileira é marcada pela polarização político ideológica que muitas vezes nos obriga a clamar por civilização, respeito, tolerância nas relações pessoais e sociais. Tudo só piora se prevalecem as fake news em detrimento da verdade e do conhecimento científico, enquanto os problemas crônicos não são resolvidos e a realidade social grita com 12,4 milhões de desempregados que a pequenez da recuperação da economia não ajuda a resolver. Se temos a consciência que somos responsáveis pelas nossas escolhas, ainda que elas nem sempre levem aos resultados esperados, precisamos ter sempre em mente que o importante é não estar vencido e que sempre é possível aprender com os erros para melhor prosseguir rumo ao estado de bem-estar social, bom para todos e com equidade.

Então, diante dos fatos, dados, informações, conhecimentos sobre a realidade que nos cerca nos aspectos políticos, econômicos, sociais, tecnológicos, culturais… é importante prestar atenção no que disse o dramaturgo, romancista e poeta brasileiro Ariano Suassuna em “O auto da compadecida”, uma das obras mais marcantes de sua trajetória:

“O otimista é um tolo. O pessimista, um chato. Bom mesmo é ser um realista esperançoso”.

Que a sabedoria e a inteligência nos ajudem a compreender que a conjuntura e os cenários que se desenham nos indicam que a estratégia de sobrevivência continua sendo a mais adequada. Caminhemos!

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O Observação & Análise fará uma pausa neste fim de ano. Os posts voltam no dia 8 de janeiro. Desejo boas festas a todos os leitores e a agradeço pela companhia neste 2019. Que possamos seguir juntos em 2020.  

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Vale a leitura

por Luis Borges 16 de dezembro de 2019   Vale a leitura

Até quando os amigos permanecem?

“Amigo é coisa para se guardar debaixo de sete chaves, dentro do coração”, canta Milton Nascimento em Canção da América, música de sua autoria e de Fernando Brant.

Mas o quê e como fazer para que as amizades e os amigos permaneçam em nossas vidas? É o que aborda Silvia C. Carpallo em seu artigo Amigos ativos e passivos: o que os distingue e como cultivar cada amizade, publicado no jornal El País.

O tempo de maior qualidade, o de compartilhar experiências e vivências, deve ser destinado às amizades ativas. “É preciso, com uma certa regularidade, manter um contato real, ficar para tomar um café, comer ou ir ao cinema”. Ou seja, nesses casos, não há problema em ter um amigo dessa categoria nas redes sociais e perguntar-lhe “como vai” pelo WhatsApp, mas também é preciso cuidar dessa amizade na vida real. “Se não cultivarmos e mantivermos uma relação de amizade [ativa], ela passará a ser de conhecido [amizade passiva]”.

Quantas horas de trabalho você precisa para pagar cada gasto?

Não está nada fácil manter o poder aquisitivo nesses tempos tão desfavoráveis para quem vende a sua força de trabalho independente do quanto se aufere. É importante saber quanto custa em horas trabalhadas tudo aquilo que se compra, principalmente no impulso e na euforia. É visível a falta que a educação financeira faz, principalmente quando o dinheiro acaba antes do mês ou as cobranças das dívidas atrasadas se intensificam. Como enfrentar situações com essas características? É o que mostra Julia Mendonça em seu artigo Aprender a fazer esta conta vai mudar sua visão de compras por impulso, publicado no portal UOL.

Uma forma muito prática de visualizar o impacto que uma compra pode ter no seu orçamento e ao mesmo tempo evitar gastos desnecessários é transformar os preços em horas trabalhadas. É um conceito bem simples, mas que vai mudar totalmente a maneira de você enxergar seu salário.

Você fala e ninguém ouve

Não sei se isso já aconteceu com você, mas é comum vivermos situações em determinados tipos de reuniões que enquanto uma pessoa fala a maior parte dos presentes não presta atenção e ainda se distraem no celular. O que fazer para prender a atenção dos ouvintes? É interessante o que sugere Reinaldo Polito em seu artigo Você consegue segurar a atenção das pessoas durante a reunião? publicado no portal Uol.

Não tenhamos ilusões. As pessoas só se concentram em uma apresentação se perceberem que terão certa vantagem. Logo no início da exposição, informe que sua mensagem proporcionará certa vantagem pessoal ou profissional. Antes de expor suas ideias analise bem o que os ouvintes ganharão com sua proposta e mostre a eles quais serão esses ganhos.

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Os sons do silêncio

por Convidado 13 de dezembro de 2019   Convidado

*por Sérgio Marchetti

Eu sempre gostei de ficar em silêncio. Desde criança, na fazenda de meu avô, na serra da Ibitipoca, eu me sentava diante de um morro bem verde e ficava pelo menos por duas horas olhando para ele. Fechava os olhos por minutos e assim me sentia em paz. Procurava, aquele menino, o encontro com ele mesmo.

Passaram-se muitos anos desde aquele dia. E, hoje, vejo poucas pessoas buscando um cantinho para ficarem em silêncio consigo mesmas. Aliás, a meditação é prática comum nas religiões que acreditam que o silêncio seja um caminho de cura para muitos males. Sabe-se que a mente precisa de um tempo silencioso, já que não para nunca, nem mesmo quando dormimos.

É na pausa entre os sonos que a mente é ativada e se dá o pico da atividade cerebral. Porém, na contramão de todas as recomendações de órgãos de saúde, temos um sono agitado e embalado por um bombardeio de todo tipo de sons, ruídos e claridade que a vida nas grandes cidades nos impõe.

Neste momento em que escrevo, quando ressalto a necessidade de silêncio, ouço buzinas, pessoas falando alto, barulho de um motor de ônibus e um ensurdecedor e inaceitável ronco de uma motocicleta cujo piloto parece não ter ouvidos e que, lamentavelmente, as leis de trânsito não descobriram que aqueles veículos, assim como os automóveis, também têm a obrigatoriedade de portar a bendita peça chamada de “silencioso”. Ora, toda essa poluição sonora é geradora de estresse para o nosso psiquismo e também para a nossa espiritualidade. Não devemos nos esquecer de que o silêncio é uma face da nossa existência (“porque metade de mim é o que eu grito, a outra metade é o silêncio” O.M.). 

O filósofo suíço Max Picard, em 1989, quando publicou o livro The World of Silence, advertiu que nada mudou tanto a natureza do homem quanto a perda do silêncio. Mas os jovens, principalmente os que jogam futebol profissional, alheios ao que se passa à sua volta, dificilmente terão seus ouvidos livres de iPods, o que demonstra uma dificuldade enorme de ficarem relaxados e em paz.

Em minhas orientações aos meus clientes, ressalto a importância do silêncio e que talvez paire sobre a humanidade alguma espécie de medo da quietude, receio do recolhimento, do autoconhecimento e da descoberta do sentido profundo da própria existência. Fogem de si para não terem que encarar a realidade e ouvirem a própria consciência. Mergulham de cabeça no indeterminismo, no superficial e no fortuito. Quanta ilusão na caminhada para o abismo. Constroem suas vidas sobre bases mais efêmeras e impermanentes do que a vida.

Não se permitir usufruir do silêncio nos leva à perda de excelentes oportunidades de criar, de ter ideias brilhantes, arrependimentos. Santo Agostinho preconizou que o silêncio é necessário a todos para ter um estado de espírito saudável.

E, já que estamos falando de um santo, vem aí uma oportunidade de fazer uma pausa, de meditar, rever objetivos, corrigir a rota e sonhar coisas novas – em síntese – ficar um pouco com você em silêncio para ouvir sua voz interior e o som inaudível dos corações alheios. Vem aí o Natal, momento sublime, de mensagens de amor, de fé e de esperança. Festejamos no mês de dezembro o nascimento de Jesus. E, mais do que dar presentes, é uma oportunidade de estarmos presentes e ao lado das pessoas que amamos.

Desejo a todos os leitores que, pacientemente me dedicam seu tempo precioso e que me honram com seus comentários, um Feliz Natal e que, no ano de 2020, assim como nos pares 20 e 20, haja mais igualdade e persistência em fazer o melhor e ser melhor a cada dia, com saúde, harmonia, amor e sabedoria.

* Sérgio Marchetti é educador, palestrante e professor. Possui licenciatura em Letras, é pós-graduado em Educação Tecnológica e em Administração de Recursos Humanos. Atua em cursos de MBA e Pós-Graduação na Fundação Dom Cabral, B.I. International e Rehagro. Realiza treinamentos para empresas de grande porte no Brasil e no exterior. www.sergiomarchetti.com.br.

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Um cliente que durou 8 anos

por Luis Borges 10 de dezembro de 2019   Gestão em pauta

Os fundamentos da gestão aplicados a qualquer negócio nos ensinam que é preciso ter foco nas necessidades do cliente e saber que ele busca a qualidade intrínseca especificada para os bens e serviços, preços adequados e excelente atendimento. Dito isso, vale a pena refletir e aprender com o caso do proprietário de uma loja especializada no comércio varejistas de bens para animais e plantas, situada na zona sul de Belo Horizonte. Ele acabou de perder um cliente cuja fidelidade durou os últimos 8 anos (2011-2019) na aquisição de ração, milho, fertilizantes, adubos, herbicidas e congêneres.

As relações entre o cliente e o fornecedor começaram a se azedar no início desse ano por causa da forma de pagamento que era sempre à vista através de dinheiro vivo ou cartão de débito. Estranhamente o fornecedor passou a dizer em toda compra que a máquina de passar o cartão estava estragada e que o pagamento só poderia ser em dinheiro. Até agora, no final do ano, nada da máquina ser consertada. Pelo visto o fornecedor deixou de trabalhar com essa modalidade de pagamento para economizar na taxa cobrada pela operadora do cartão e não teve coragem de informar isso a seus clientes.

A gota d’água para a perda do então cliente fidelizado foi na última quinta feira do mês de novembro. O cliente saiu de casa apressado, sem notar que deixou para trás sua carteira contendo uma certa quantidade em dinheiro, que seria usado para a compra de 20kg de milho e 5 kg de ração no final da tarde, quando estivesse voltando pra casa. Quando entrou na loja especializada ele logo percebeu o problema. Ele explicou o ocorrido ao dono. Disse que estava que estava com o cartão de débito, e pediu um crédito de confiança – levar 5kg de milho pra pagar no dia seguinte.

Para sua surpresa, recebeu como resposta um “sinto muito, essa vou ficar te devendo”. O sangue do cliente talhou e ele respondeu de bate pronto que nunca mais retornaria à loja. Afinal, de que adiantaram os anos de fidelidade e pagamentos à vista se o fornecedor nem mesmo confiava nele? O fornecedor permaneceu impassível e o cliente saiu da loja logo em seguida. Como estava de posse do cartão de débito foi procurar outro estabelecimento onde fosse possível fazer suas compras com pagamento pelo cartão. Não demorou muito para encontrar o que procurava e pretende testar esse fornecedor até o final do ano. Se as necessidades e expectativas forem atendidas, é claro que será mantido como fornecedor em 2020.

E você, caro leitor, o que faria diante de uma situação como essa? É mais fácil manter um cliente, conquistar um novo cliente ou recuperar um cliente perdido?

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Este blog postou recentemente a pensata Uma atitude perante a manutenção. Aproveitando a abordagem do tema um leitor que observava atentamente a manutenção dos bens da cidade de Belo Horizonte nos enviou as fotografias deste post. Elas registram um ônibus que fez a linha 62 do Move no sentido Savassi – Estação Venda Nova no domingo 17 de novembro. O passageiro embarcou no coletivo por volta das 8h15 no ponto da Rua Itajubá, Bairro Floresta, rumo a Venda Nova.

Foto mostra teto sem tampa em ônibus do Move.

De cara ele simplesmente percebeu que as entradas e saídas de ar do teto estavam sem as respectivas tampas. Naquele momento ainda não chovia, mas se estivesse chovendo dá pra imaginar como seria o desconforto para os passageiros que estavam no interior do ônibus logo abaixo do teto destampado.

Obviamente que melhor seria ter o ônibus em plenas condições para ser usado em qualquer das condições ambientais para as quais foram especificadas a sua operação.

Ônibus do Move sem alçapão no teto.

Essa observação acabou trazendo ao passageiro, usuário do sistema todos os dias, outras lembranças de problemas no Move, como a indisponibilidade do ar condicionado. Como os outros usuários, ele vai levando.

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