Curtas e Curtinhas

por Luis Borges 12 de dezembro de 2024   Curtas e curtinhas

A importação de Mercadorias

Segundo um estudo da Confederação Nacional da Indústria – CNI, cerca de 36% dos brasileiros que compram pela internet já deixaram de adquirir produtos nacionais, pelo menos uma vez, para importar de diferentes sites e aplicativos de diversos países.

Para 54% das pessoas ouvidas, o preço mais baixo foi a principal causa da importação. Outros 15% apontaram a qualidade como fator decisivo, enquanto 13% importaram por não encontrarem mercadoria semelhante no Brasil.

Vale lembrar que ao longo desta semana a cotação do dólar tem variado em torno de R$ 6.

Concurso dos correios

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – EBCT informou que pelo menos 1,6 milhão de pessoas se inscreveram para participar do atual concurso da empresa. O exame está previsto para o domingo 15 de dezembro e existem mais de 3 mil vagas de nível médio e ensino superior para serem preenchidas em todo o país.

Vamos conferir o índice de abstenção, como aconteceu no Exame Nacional do Ensino Médio – Enem e no Concurso Unificado para o Poder Executivo Federal – Enem dos Concursos, por exemplo.

Vale lembrar que é fundamental uma preparação adequada para quem quiser ser competitivo em qualquer tipo de concurso.

Empréstimo Consignado para aposentados do INSS

A Associação Brasileira de Bancos – ABBC ingressou no Supremo Tribunal Federal – STF, com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADIN para questionar a competência do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS e do Conselho Nacional de Previdência Social – CNPS na definição do teto de juros do crédito consignado. A entidade argumenta que a legislação em vigor não concede ao INSS autoridade para determinar o limite da taxa de juros e que essa atribuição é do Conselho Monetário Nacional – CMN, conforme estabelece a lei que organiza o Sistema Financeiro Nacional.

O consignado é um empréstimo feito pelos aposentados e pensionistas com desconto direto no benefício. É possível comprometer até 45% da renda mensal e pagar as parcelas em até 84 meses. Atualmente a taxa de juros para empréstimos consignados definida pelo Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) é de 1,68% ao mês para operações com desconto em folha. Para operações realizadas por meio de cartão de crédito e cartão consignado de benefício, a taxa é de 2,49% ao mês.

A gula é um pecado capital…

A venda de prédios públicos, sem função, do Estado de São Paulo

Arrecadar R$ 1 bilhão até o fim de 2025 com a venda de imóveis públicos, sem função, é uma meta do Governo do Estado de São Paulo.

A alienação dos imóveis teve início em julho e até o final de novembro gerou R$ 170 milhões para os cofres públicos com a venda de 26 unidades.

A ação é uma das medidas do Plano São Paulo na Direção Certa, que visa a redução de despesas e eficiência do gasto público através do enxugamento da máquina pública.

Um levantamento inicial indicou a existência de cerca de 30 mil prédios e casas no Sistema de Gestão Imobiliário – SGI. Entre eles, 1.000 são elegíveis e, destes, 200 imóveis já podem ser vendidos, que podem gerar R$ 500 milhões pelo Estado. Muitos desses imóveis estão parados e possuem problemas jurídicos, administrativos, contábeis, cartoriais ou ambientais, que obviamente deverão ser sanados antes de serem colocados a venda.

Pelo visto, a meta tem boas chances de ser atingida num momento em que tanto se fala em cortes de gastos, redução da dívida pública e equilíbrio das contas públicas. A conferir.

Da para imaginar quantos imóveis sem função possuem os demais estados brasileiros, os 5.570 municípios e os 3 Poderes da União Federal?

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Cartão de Natal

por Convidado 3 de dezembro de 2024   Pensata

por Sérgio Marchetti*

— Alô! Dezembro chegou trazendo mensagens de amor!

Desejos e propósitos expressos, renovação de energia, de fé e louvor.

Celebremos o amor, a emoção. Agradeçamos a Deus, de coração, pelo milagre da vida, pelo pão de cada dia e pela luz do sol que se irradia.

“Um clima de sonho se espalha no ar. Pessoas se olham com brilho no olhar…” (Roupa Nova). A criança, com sua pureza, ansiosa à espera do Papai Noel, nos enche de certeza, de doçura, de mel.

Outra vez, estamos falando de poesia, de um mês especial. De novo, luzes enfeitando a vida. É Natal! Nasceu Jesus, filho de Maria e de José. O céu, repleto de estrelas reluzentes, anuncia a chegada do Menino de Nazaré.
“…Noite feliz! Noite feliz! Ó Jesus, Deus da luz…” (Joseph Mohr e Franz Xaver Gruber)

Nasceu em Belém, Aquele que veio para fazer o bem. Cresceu… lições aprendeu e lições nos deu. Doze apóstolos Ele escolheu. Também ensinou ao mundo o fervor e a gratidão. Pregou o amor ao próximo, a caridade por essência e a fé por excelência. E, mesmo sofrendo injustiça, traição e provação, Ele nos ensinou o ato do perdão. Falou de honra, de honestidade, de decência. Perdoou pecadores e nos preveniu a não julgar. Milagres foram testemunhados e pessoas Ele fez ressuscitar.

É dezembro! Compartilhemos afeto, encontros sob o mesmo teto, abraços apertados, doce predileto, a vida, a união da família às vezes esquecida…

“O Natal Existe — Quero ver você não chorar, não olhar pra trás, nem se arrepender do que faz. Quero ver o amor crescer, mas se a dor nascer, você resistir e sorrir…” (Edson Borges, O ”Passarinho”)
E que seja assim, no ciclo que se reinicia. Chorar, só de alegria! Renovam -se as esperanças de “…que tudo se realize no ano que vai nascer…” (David Nasser / Francisco Alves)

Feliz Natal! E que Jesus possa renascer todos os dias em seus corações.

 

*Sérgio Marchetti é consultor organizacional, palestrante e Educador. International Certification ISOR em Holomentoring, Coaching & Advice (coaching pessoal, carreira, oratória e mentoria). Atuou como Professor de pós-graduação e MBA em instituições como Fundação Getúlio Vargas, Fundação Dom Cabral, Rehagro e Fatec Comércio, entre outras. É pós-graduado em Administração de Recursos Humanos e em Educação Tecnológica. Trinta anos de experiência em trabalhos realizados no Brasil e no exterior. www.sergiomarchetti.com.br

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A jornada de trabalho está na pauta

por Luis Borges 25 de novembro de 2024   Pensata

A Proposta de Emenda Constitucional – PEC apresentada pela Deputada Federal Erika Hilton (Psol-SP) entrou na pauta da Câmara dos deputados após receber um número de assinaturas bem além do mínimo exigido pelo regimento interno. Agora ela se encontra na Comissão de Constituição e Justiça para iniciar a tramitação.

Essencialmente, ela propõe que a jornada de trabalho estabelecida pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT para o setor privado passe de 44 horas semanais – 6 dias de trabalho e um de descanso – para 36 horas – 4 dias de trabalho e três de descanso – sem redução do salário vigente.

O desafio do equilíbrio entre trabalho e vida pessoal / Designed by Freepik

O assunto aumentou significativamente a entropia nas mídia digitais e está despertando grande interesse e posicionamento de polarizados, despolarizados, centristas e autônomos/independentes de qualquer natureza. A final de contas, a campanha para as eleições gerais de 2026 está em pleno andamento e qualquer vacilo pode causar danos irremediáveis.

A proposta a ser votada na Câmara dos Deputados e no Senado – em dois turnos – está gerando reações esperadas, e até desesperadas, dos agentes do capitalismo em relação ao que poderá vir a ser um novo tempo na relação entre capital e trabalho.

A reação mais imediata foi jogar a questão para os acordos e convenções coletivas de trabalho.

Enquanto isso, alguns representantes da indústria da construção civil alertaram para uma provável falta de mão de obra diante da redução da carga semanal de horas trabalhadas. Já no setor de bares e restaurantes, a chiadeira foi geral diante da possibilidade de perder 8 horas semanais remuneradas para os empregados.

Menos falação e uma discussão mais profunda são necessárias para trazer à tona diversos outros aspectos ligados ao mundo do trabalho.

Por exemplo, a exaustão diante das longas jornadas de trabalho com o acréscimo de horas extras, as jornadas ininterruptas de 24 horas de trabalho, cobertas por três turnos de 8 horas, muitas vezes rotativos a cada semana, chamam a atenção para a necessária saúde mental.

Lembremos também de quem trabalha na área da saúde, cumprindo uma carga de 12 horas de trabalho por 36 de descanso, o que força a rotação nos dias da jornada. O que dizer do tão utilizado plantão de 24 horas numa clínica ou hospital?

Nesse sentido, podemos olhar para as mais diversas categorias profissionais como motoristas de caminhões, carretas, ônibus, táxi e aplicativos para perceber o tamanho da carga horária empenhada.

E os professores de diversos níveis de ensino? O que avaliar do trabalho das pessoas que se deslocam diariamente gastando duas horas para ir e outras duas para voltar do local de trabalho, além da jornada de 9 horas, aí incluída uma hora do almoço?

Como ficaria o regime próprio dos servidores públicos federais, estaduais e municipais de todos os poderes diante de uma jornada semanal de 36 horas de trabalho?

Luis Borges

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O corte de gastos públicos Federais

por Luis Borges 13 de novembro de 2024   Pensata

Faz tempo e é grande a falação sobre o corte de gastos públicos Federais. Uma discussão profunda sobre o aumento da arrecadação e do crescimento dos gastos precisa ocorrer na União Federal, estados e municípios, bem como também é preciso um olhar crítico sobre a qualidade dos gastos no Poder Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério Público, Tribunais de Contas, Ministério da Defesa (Forças Armadas)…

É importante lembrar que os Poderes Legislativo e Judiciário tem seus orçamentos estabelecidos em função de uma expectativa de arrecadação.

No momento o foco está no crescimento dos gastos Federais, que já não conseguem ser cobertos apenas com o aumento da carga tributária. Enquanto isso, tivemos mais um aumento da taxa básica de juros, a SELIC, agora em 11,25% ao ano e a Dívida Pública Federal – DPF , chegando a 78,3% do Produto Interno Bruto – PIB, que equivalem a R$ 8,93 trilhões.

Se o gasto cresce mais que a arrecadação, a diferença tem que ser coberta com os títulos do Tesouro, cada vez mais atraentes para os investidores, o que só aumentam a Dívida Pública Federal.

O país saiu do teto de gastos públicos e agora passa pela implementação do arcabouço fiscal, cuja sustentabilidade é cobrada insistentemente pelo mercado num país extremamente desigual e concentrador de renda.

Nesse sentido considero essencial um olhar para os grandes gastos do orçamento Federal e também para os que ficam fora dele.

Um bom exemplo é o serviço da Dívida Pública Federal, em que só o pagamento de juros consumirá R$ 819,7 bilhões. Já as renúncias de receitas fiscais deverão fechar o ano com valor em torno de r$ 420 bilhões. Quais os benefícios realmente gerados por tamanha renúncia?

Olhando para as emendas impositivas dos Parlamentares Federais, no Senado e Câmara dos Deputados, temos R$ 37 bilhões com pouca transparência, baixa rastreabilidade e pouco alinhadas com planos estratégicos. Ainda temos R$4,9 bilhões gastos pelo inaceitável fundo eleitoral que nos obriga a custear algo que não é nosso individualmente, mas sim de quem escolheu um partido para nele atuar.

Na atual falação, o que mais se vê são os balões de ensaio sobre possíveis cortes nos gastos sociais, percentuais mínimos do orçamento para a saúde e educação, revisão da política de ganhos reais para o salário mínimo…

É claro que gestão focada nas entregas, austeridade, combate ao desperdício e à corrupção são fundamentais.

Enquanto a Reforma Tributária vai perdendo seu foco e a Reforma Administrativa do setor público é apenas um sonho, vale refletir sobre o que escreveu o colunista Luiz Tito em sua coluna de 31/10/2024:

“Temos que economizar, tudo e em tudo, digitalizarmos documentos amontoados, revermos a burocracia, realizarmos oitivas e audiências pela via virtual; acabarmos com tanto carro alugado, motoristas à toa, penduricalhos em salários, vencimentos e subsídios. Temos que passar o pente em tudo. E cobrarmos, denunciarmos, gritarmos nas ruas, tudo para exigirmos respeito aos impostos que pagamos”.

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Nossos finados

por Convidado 6 de novembro de 2024   Convidado

por Sérgio Marchetti*

Eu me sentei para escrever esta pensata (registro por escrito dos pensamentos de um autor sobre um tema), com a ideia de falar do espírito e da alma. Mas fiquei triste e me bateu o desânimo. Eu me penitencio. Ainda trago o luto e saudade de meus pais de forma muito presente. Ontem, havia a casa de mãe e de pai, que é algo acolhedor. A alegria dos encontros, as conversas animadas, o cafezinho e o bolo feitos por minha mãe nos proporcionava momentos de muita felicidade. Nada vai suprir as faltas e o aconchego de um abraço e de um beijo — que eu  tinha muito medo que um dia acabasse. Ainda sinto o cheiro dos perfumes deles. Ouço seus timbres, repito gestos, hábitos e palavras, sem perceber a semelhança que tenho com aqueles que me criaram. E, hoje, são apenas fotos em quadros que, com o tempo, nem serão percebidos. Eles partiram, e não são abraçados no dia dos pais, nem das mães. Agora, são lembrados em dia de finados. Que agonia!

A consciência de que “não somos”, e que apenas “estamos” nos choca.

E, já que “estamos” por aqui e falando em tristeza, ultimamente tenho ouvido e visto muita gente reclamando da vida e dizendo que está chato viver. Eu os compreendo; tem muita gente chata perambulando por aqui e “alugando nossos ouvidos”. Tudo é polêmico, proibido e cheio de melindres. A polarização política se tornou insuportável. Deveriam aproveitar que estão taxando tudo e criar multa para os “malas” — arrecadação garantida. Todavia, apesar de determinadas classes fazerem parte do nosso mundo, a vida não deixa de ser uma experiência maravilhosa. Mesmo havendo sofrimento, esta viagem, aqui nesta parte do cosmo, é um presente de Deus. Estou até pensando em convidar pessoas para reivindicarmos (palavra chata) a Deus mais tempo aqui na Terra. Pensei em um plebiscito. Não é justo viver menos de cem anos. Depois que um desinformado acelerou a rotação da terra, o ano passa em seis meses. Não sabiam? Observe como seu aniversário chega rápido. Basta ver que as árvores de Natal já estão nas lojas.

Daqui para frente ninguém quer fazer treinamento. Dizia um amigo, que consultor empresarial tem três meses de férias: dezembro, janeiro e fevereiro, mas sem receber nada. Também dizia que trocavam de carro todo final de ano. Mas por um mais velho. Não riam!

É fato que o ano terminou. O pensamento e as ações estão voltados apenas para os presentes, para os consequentes endividamentos do cartão e para o Papai Noel. Pensei até em me candidatar e fazer “um bico”. Mas será muito sacrificante ficar com criancinhas inocentes no colo, posando para fotos. Não tenho “barriga” para tanto.

Mudando de Papai Noel para Papai do céu (linda a linguagem do tempo da inocência), não seria difícil encontrar argumentos que corroborariam nossa vontade de aumentar a longevidade, considerando que tudo está mudando, e que não é democrático acelerar o tempo, sem antes ouvir os interessados.

Mas, cá entre nós, Deus não deve estar satisfeito com os estragos que estamos fazendo na Terra. Melhor deixar quieto.

Sérgio Marchetti

*Sérgio Marchetti é consultor organizacional, palestrante e Educador. International Certification ISOR em Holomentoring, Coaching & Advice (coaching pessoal, carreira, oratória e mentoria). Atuou como Professor de pós-graduação e MBA em instituições como Fundação Getúlio Vargas, Fundação Dom Cabral, Rehagro e Fatec Comércio, entre outras. É pós-graduado em Administração de Recursos Humanos e em Educação Tecnológica. Trinta anos de experiência em trabalhos realizados no Brasil e no exterior. www.sergiomarchetti.com.br

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Estamos atravessando uma mudança de era marcada pela transformação digital e aumento da instantaneidade para que as coisas aconteçam. Também é grande o aumento da ansiedade, o que só ajuda a saúde mental a se esvair.

Enquanto isso, como estão se sentindo as pessoas quando estão no papel de clientes ao receber um bem ou serviço de seus fornecedores no mundo público ou privado?

Luis Borges

Vale lembrar que, minimamente, o cliente espera que o fornecedor lhe entregue algo que atenda às suas necessidades e expectativas conforme a qualidade especificada, a um preço justo e com atendimento compatível com a dignidade humana, ainda que estejamos vivendo numa economia de mercado.

O que estamos percebendo no cotidiano é, por exemplo, a consulta médica pelo plano de saúde ser marcada para 30, 45 ou 60 dias depois e no dia previsto ainda tenha um atraso de duas horas. De repente, num bar ou restaurante, a cerveja não está bem gelada e a comida desarranja o sistema gástrico do cliente.

O que pensar da empresa aérea que cobra caro, some com a bagagem e atrasa ou remarca a viagem?

Nessa infindável lista de ocorrências, fico me lembrando do fornecimento de energia elétrica, água, telefonia…

Ilustra bem a situação de mal atendimento o que ocorreu na tarde da quarta-feira, 30 de outubro, numa unidade de um tradicional supermercado de Belo Horizonte.

O maior gargalo aconteceu por haver apenas 4 caixas disponíveis para atender aos clientes que formavam filas crescentes, o que aumentava a irritação e a impaciência. Os caixas disponíveis foram assim direcionados: 1 para idosos (60 mais), 2 para até 15 volumes e 1 para qualquer quantidade de volumes.

Diante da demora nas filas, os clientes começaram a reivindicar a abertura de mais caixas e a clamar pela presença do gerente da unidade. Um empregado, que parecia ser um encarregado setorial balbuciou algumas palavras dizendo que o gerente estava no café, pois já eram 16 horas. Diante de uma fala mais exaltada de um cliente na fila do caixa de até 15 volumes, o encarregado resolveu falar mais firmemente justificando que não seria possível abrir mais caixas, porque muitos empregados faltaram ao trabalho naquele dia.

Alguém gritou na fila, “e daí?”. Então o encarregado, apavorado, justificou que muitos faltam ao trabalho no início da semana, pois a empresa faz promoções na quinta-feira, e que quem falta nesse dia é demitido sumariamente, pois a quantidade de caixas é bem maior durante todo o período na tentativa de evitar grandes filas.

Ainda assim, o clima continuou tenso e muitos clientes disseram que passariam a tentar encontrar outro local para fazer suas compras.

Caro leitor, você tem enfrentado situações semelhantes ? Ou só compra em supermercados que já possuem Self-Checkout (sem o auxílio de operadores de caixa, ou seja, você faz todo o serviço e o seu fornecedor economiza mão de obra)?

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Luis Borges

Estou chegando hoje aos 70 anos de idade, eu que nasci às 4:00 da manhã do dia 24 de outubro de 1954 na cidade eterna de Araxá, capital secreta do mundo, lugar onde primeiro se vê o sol. O signo é o de escorpião, que caracteriza gente que faz com método.

Olhando para trás, registro e dou graças à vida propiciada pelo amor de meu pai Gaspar e minha mãe Lázara. Também sou grato à educação que me deram e ao incondicional apoio na construção de minha trajetória.

Estão registrados na parede da memória os 16 anos vividos em Araxá, os 2 anos em Uberaba (1971- 72) e os 52 anos em Belo Horizonte, a partir de 1973.

Nesse sentido, fico com a música O que foi feito Devera, de Fernando Brant, Márcio Borges e Milton Nascimento, ao dizer que “Se muito vale o já feito, mais vale o que será, e o que foi feito é preciso conhecer para melhor prosseguir”. Tudo de olhos bem abertos, mas sabendo que “o essencial é invisível aos olhos”, ouvidos atentos, muita observação e análise, a cabeça no lugar dosando o equilíbrio necessário.

Reafirmo a minha crença na finitude da vida, com a certeza definitiva num dia que já vem vindo em que a música acabará e o passarinho não mais cantará.

Quanto à volta a esse plano terrestre, só sei que a decisão não depende de mim, pois não sei o tamanho do meu saldo devedor. De qualquer maneira e seja lá como for, o fato é que aprendi muito com os erros e acertos ao longo da caminhada que me trouxe até o presente dia. O momento é de conservar energia, dosar o equilíbrio e tentar manter as condições funcionais, a começar pela saúde mental.

Registro com alegria o encontro com Cristina em 1982 e o amor que nos une e nos deu Marina e Gustavo. Também registro a presença das amizades feitas ao longo da vida em seus diversos ciclos e ambientes, muitas das quais ficaram pelo caminho. Outras persistem até o momento e prosseguem sendo cultivadas e polidas com as iniciativas de ambas as partes.

Sei que “ viver é perigoso”, mas sou um realista esperançoso, pois a filosofia me auxilia na busca da sabedoria, coragem, temperança e justiça.

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