Tudo que está ligado à saúde geralmente chama a atenção das pessoas e dos empresários que fazem negócios envolvendo esse grande segmento da economia. Nesse sentido, vou abordar o atendimento de um plano de saúde bem robusto, que fala muito na importância da vida e do tempo real para acudir os seus clientes, que são chamados e tratados como pacientes, como veremos a seguir. Haja paciência!

Na prática, espera-se primordialmente, que todos aceitem passivamente tudo que lhes é falado e indicado. Qualquer dúvida ou pedido de informação dá início a uma fadiga na relação do cliente com o seu fornecedor da área da saúde. É claro que existem honrosas exceções, mas em geral as relações são autoritárias, determinísticas e monocráticas.

Especificamente sobre o pré-atendimento dos prestadores de serviços contratados pelo plano de saúde, noto que é cada vez maior o tempo de espera para a realização de uma consulta médica ou de um exame de apoio ao diagnóstico com a utilização de imagens, por exemplo.

Uma consulta marcada hoje pode ocorrer daqui a 40, 50 ou 60 dias. Percebo que há uma cota diária, semanal ou mensal para atender ao plano, aliás, cada vez menor, o que parece ser uma tendência do mercado. Por outro lado, na modalidade particular, consegue-se vaga quase que imediatamente. Se o cliente tiver condições financeiras poderá contribuir para o sucesso do profissional no movimento de migração das consultas do cliente do plano para o modo particular, sem ou com o aplicativo da Receita Federal em vigor desde 1º de janeiro. Uma consulta particular, em função da especialidade, por exemplo na cardiologia, pode ser encontrada no mercado da saúde na faixa de R$ 300,00 a R$1.500,00 em Belo Horizonte.

No caso de um exame por imagem, ultrassom do abdômen por exemplo, o prazo chega a até 40 dias pelo plano ou até 7 dias no modo particular.

Já no atendimento no dia marcado, o mais comum é o atraso sem nenhuma informação ao cliente sinalizando quando começará. Atrasos de 20 até 60 minutos são cada vez mais comuns. As causas raramente são informadas e, nas raras vezes em que isso acontece, algumas são feitas de maneira rígida, ríspida, sem empatia e desprezando a nossa inteligência.

No pós-atendimento é até engraçada a conversa sobre o prazo para retorno à consulta, para a análise dos exames por parte do profissional, pois não raro, é preciso pagar uma nova consulta.

Enquanto isso, estimasse que em julho deve ser anunciado um aumento de 18% dos preços dos planos de saúde em nome da inflação do segmento. Segundo a Agência Nacional de Saúde – ANS, cerca de 25% da população brasileira (51,45 milhões de pessoas) possui algum tipo de plano de saúde com os mais variados limites técnicos, contratados numa modalidade coletiva – a maioria – ou individual.

Nesse momento de perda de poder aquisitivo, vai ficando cada vez mais visível para clientes de um plano de saúde o caminho rumo à inscrição no Sistema Único de Saúde – SUS, criado pela Constituição Federal de 1988 e que tem como princípios a Universalidade, a Equidade e a Integralidade.

E você, caro leitor, como tem se virado em relação aos gastos com a saúde? Você tem reclamações a fazer?

Luis Borges

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Curtas e Curtinhas

por Luis Borges 27 de fevereiro de 2025   Curtas e curtinhas

Os blocos de Carnaval nas ruas

O cantor Sérgio Sampaio lançou em 1973 a musica Eu quero é botar meu bloco na rua. Passados 52 anos, o que mais se vê são blocos de rua esbanjando energia no Pré-Carnaval (15 a 28 de fevereiro), no Carnaval (1 a 4 de março) e mesmo no Pós (5 a 9 de março).

Neste ano, 767 blocos se inscreveram para desfilar na cidade de São Paulo, cuja população é de 11,45 milhões, ou seja, 1 bloco para cada 14.928 habitantes. No Rio de Janeiro inscreveram-se 482 blocos, cidade com 6,21 milhões de habitantes, 1 bloco pra cada 12.883 habitantes. Já em Belo Horizonte se inscreveram 568 blocos, numa cidade que tem 2,31 milhões de habitantes, 1 bloco para cada 4.077 habitantes.

Tenho a expectativa de que, para quem gosta e quem não gosta de Carnaval, prevaleça o respeito mutuo numa sociedade que se quer civilizada.

Afastamento Temporário do Trabalho

Segundo o Ministério da Previdência Social as dores na coluna e as hérnias de disco foram as principais causas de afastamento do trabalho no Brasil em 2024.

O benefício por incapacidade temporária foi pago a 3,5 bilhões de trabalhadores. Os transtornos de ansiedade e os episódios depressivos cresceram 67% em relação a 2023. Ao todo o número de afastamentos subiu 39% em um ano.

Os fatos e dados não podem ser ignorados diante de tamanha perda. E preciso agir nas causas que geram tamanho efeito.

O apagão na mão de obra

Um tema frequente das conversas de muita gente é o apagão da mão de obra, principalmente para a prestação de serviços.

Se muitas são as causas, muitos também são os casos narrados. Um eletricista de 60 anos de idade afirmou que participou recentemente de um encontro dessa categoria profissional promovido por uma tradicional loja de materiais elétricos da grande Belo Horizonte. Segundo ele, entre os participantes não havia ninguém com idade inferior a 45 anos.

Diante do fato, ele ficou se perguntando sobre a quantidade de eletricistas que estarão atuando no mercado de Belo Horizonte em 2040, portanto daqui a 15 anos.

O pedágio nas rodovias do vetor Norte de Belo Horizonte

O governo do estado de Minas Gerais quer privatizar rodovias estaduais do Vetor Norte de Belo Horizonte como a MG-10 que liga BH à Confins e a MG-424, antiga estrada que liga BH à Sete Lagoas, por exemplo.

Uma das premissas é a cobrança de pedágio após o primeiro ano de vigência dos contratos de concessões das rodovias, desde que sejam concluídas as obras previstas para o período.

As reações contrárias ao projeto foram inúmeras, a começar pelos moradores do Vetor Norte, bem como das cidades do entorno e acabou chegando até aos Deputados Estaduais.

Está tramitando na Assembleia Legislativa de Minas Gerais uma Proposta de Emenda Constitucional – PEC, proibindo a cobrança de pedágio nas Regiões Metropolitanas de Belo Horizonte e Ipatinga. Lá também está tramitando o Projeto de Lei de criação da Agência Reguladora de Transportes do Estado de Minas Gerais – Artemig, que vai até receber reclamações dos usuários do setor.

Como terminará tudo isso, para quem sobrará a conta? Existem outras soluções que ainda não apareceram? A conferir!

UFMG retoma monitoramento da qualidade de combustíveis em Minas Gerais

O Portal de Notícias da UFMG informou que o Programa de Monitoramento da Qualidade de Combustíveis (PMQC), criado em 1998 pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), retomou as atividades de fiscalização em Minas Gerais, depois da paralisação ocorrida em novembro e dezembro de 2024 devido aos cortes orçamentários sofridos pela Agência. No estado, todos os meses são analisados mais de 600 amostras de combustíveis, entre gasolina, etanol e óleo diesel, coletadas em postos revendedores de combustíveis definidos por sorteio.

A atuação da UFMG se dá por meio da coleta e análise das amostras pela equipe do Laboratório de ensaios de Combustíveis (LEC), que encaminha os resultados à ANP de forma eletrônica, fazendo uma espécie de raio-x contínuo do mercado. Quando há não conformidade, a ANP envia agentes de fiscalização para que se tomem as medidas cabíveis.

Leia mais sobre o assunto.

Luis Borges

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Curtas e Curtinhas

por Luis Borges 11 de fevereiro de 2025   Curtas e curtinhas

Ações contra planos de saúde

No ano de 2024 foram registradas quase 300 mil ações de consumidores contra operadoras de planos de saúde. O número mais que dobrou em três anos e é o maior desde 2020, quando o Conselho Nacional de Justiça – CNJ iniciou esse tipo de monitoramento.

As operadoras alegam que a judicialização excessiva contribui para o aumento dos custos, que acabam sendo repassados aos preços dos contratos.

Segundo advogados que atuam no setor ,as principais causas das ações são as negativas de tratamentos pelas operadoras e o aumento excessivo dos preços cobrados.

Não dá para ficar na inércia!

Em agosto de 2024, o Brasil tinha 51,4 milhões de beneficiários de planos de saúde.

Quase 50 anos após a morte de Vladimir Herzog

A Justiça Federal concedeu indenização vitalícia à publicitária Clarice Herzog, de 83 anos, viúva do jornalista Vladimir Herzog, morto sob tortura nas dependências do 2º Exercito em São Paulo no dia 25 de outubro 1975. A indenização será de aproximadamente R$35.000,00 mensais.

Naquela altura da Ditadura Militar, 11 anos, os militares forjaram uma versão de suicídio do jornalista, mas a fotografia montada para sustentar a mentira tornou-se um símbolo para denunciar a repressão do período. Após a morte do marido, Clarice deu início a um movimento para que o caso fosse investigado e os responsáveis punidos.

Vladimir Herzog era diretor de jornalismo da TV Cultura de São Paulo.

Lá se vão quase 50 anos.

O lucro e o fechamento de agências do Itaú Unibanco

O Itaú Unibanco anunciou que obteve lucro de R$ 41,4 bilhões em 2024, o maior da história do setor financeiro brasileiro.

Serão pagos R$ 18 bilhões aos acionistas.

Enquanto isso, o Itaú Unibanco fechou 212 agências físicas e encerrou o ano com 2.272 postos de atendimento. Também foram contratados 500 novos empregados, e o numero total chegou a 96,2 mil, devido ao incremento na área de tecnologia.

Como se vê, tudo caminha bem para o capital financeiro. A carteira de crédito do banco projeta um crescimento próximo a 8% para 2025.

Tarifa zero para transporte coletivo por ônibus em Belo Horizonte

A vereadora Iza Lourenço do Partido Socialismo e Liberdade – PSOL apresentou projeto de lei na câmara municipal de Belo Horizonte, com o apoio de outros 21 vereadores, instituindo o “Programa Municipal de Incentivo ao Uso do Transporte Público Coletivo por Ônibus”, que prevê a implantação da tarifa zero num prazo de quatro anos.

Os gastos com o novo sistema serão garantidos pela lei com a instituição de um financiamento que se dará por recursos do Fundo Municipal de Melhoria da Qualidade e Subsídio ao Transporte Coletivo – FSTC e, também, por outras “receitas não-tarifárias” provenientes da operação do sistema de transporte, como as verbas adquiridas com publicidades nos veículos, receitas de multas aplicadas às empresas de ônibus, além dos subsídios já destinados aos coletivos.

Espero que a discussão desse projeto seja encarada com a seriedade que o tema exige, sem achismos e baseada em fatos e dados até que se chegue a um modelo a favor da população do município.

Que todos os segmentos envolvidos participem plenamente e respeitosamente do processo de discussão.

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Uma zeladoria Municipal ativa

por Luis Borges 6 de fevereiro de 2025   Pensata

Prefeito, Vice-prefeito e Vereadores tomaram posse há quase 40 dias para cumprir um mandato de 4 anos. Espero que seja prioritária a implantação e implementação de uma Zeladoria Municipal ativa para manter e melhorar continuamente as condições de se viver adequadamente no espaço do Município, com o devido respeito à cidadania.

Nesse sentido, sugiro que uma cidade do porte de Belo Horizonte tenha a Prefeitura com suas 10 Administrações Regionais, cada uma com autonomia gerencial e orçamento próprio, e que em cada uma delas esteja em funcionamento uma unidade da zeladoria municipal para atuar no melhor estilo do Ver e Agir para resolver os problemas que surgem cotidianamente. Os fatos e dados registrados poderão mostrar que um problema simples que não é resolvido logo tende a se tornar crônico, de solução cada vez mais cara e de consequências ruins para a população.

Observando e analisando os bairros da Zona Leste da cidade, por exemplo, ficam evidentes quantos problemas poderiam ser evitados com um sistema de gestão ágil e focado no bem-estar das pessoas. A maior parte dos pequenos problemas poderia ser resolvida em até 48 horas. É claro que problemas de médio e grande porte ficarão por conta da grande estrutura da Prefeitura e acompanhados de perto pela administração regional, tudo devidamente registrado desde o início da reclamação e atualizado diariamente no Portal da Transparência, até a entrega do serviço, conforme os prazos estabelecidos.

Percebo que ganharíamos muito em qualidade de vida se um buraco que surge no meio de uma rua fosse logo obturado (tampado) assim que a reclamação chegasse à zeladoria ou que uma calçada estragada fosse consertada pelo proprietário do imóvel assim que ele fosse notificado.

Podemos também registrar uma reclamação imediatamente após o início da formação de um bota-fora de resíduos em uma calçada qualquer, a presença de semáforos estragados, barulhos além dos limites da lei do silêncio, veículos abandonados nas ruas como se o espaço fosse uma garagem, lâmpadas queimadas no sistema de iluminação pública, falta de sinalização nas vias públicas, inclusive placas de identificação do logradouro, instalação de mesas e cadeiras nas calçadas em frente a bares e restaurantes, reservas de vagas para estacionamento de veículos em frente a academias, árvores necessitando de podas, falta de capina, varrição, presença de fios e cabos de energia elétrica partidos e assim por diante.

Vale lembrar que é preciso que todos estejam atentos para reclamar imediatamente diante do surgimento de problemas nas redes de abastecimento de água, esgotos sanitários, galerias de águas pluviais – principalmente as entupidas-, energia elétrica, telefonia e gás canalizado. Para que o sistema de zeladoria municipal funcione bem é fundamental a participação de todos os envolvidos, que vai desde a gestão do Executivo Municipal, fiscalização da Câmara de Vereadores e a participação ativa da população com reclamações e sugestões para não cair na inércia.

Afinal de contas, nós vivemos nos municípios e devemos atuar sempre pela melhoria das condições de vida para todos os cidadãos, inclusive na estação chuvosa.

Luis Borges

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O Relógio do Fim do Mundo

por Convidado 4 de fevereiro de 2025   Convidado

por Sérgio Marchetti*

Não é novidade ouvir falar em apocalipse. Aliás, se é algo que os veículos de comunicação não nos deixam esquecer é que há finitude para nós, individualmente, e para nosso planeta.  Conforme o sexagésimo sexto livro da Bíblia e vigésimo sétimo do Novo Testamento, podemos acompanhar a “revelação de Jesus Cristo” dada ao apóstolo João, por Deus, prevendo o fim dos tempos.

Mas, tal evento ocorreria somente se a humanidade estivesse procedendo contra os princípios divinos. Aí é que reside perigo…

Caminhando por outras veredas, existe um relógio, criado em 1947 pelo Boletim dos Cientistas Atômicos, batizado de Relógio do Juízo Final (Doomsday Clock) que é um símbolo que representa o quão próximo a humanidade está de uma catástrofe global. Meia-noite simboliza o colapso civilizacional, e os minutos que restam indicam o nível de perigo. Inicialmente, o foco era o risco de uma guerra nuclear que, sem sombra de dúvida, aniquilaria o planeta. Com o tempo, outros fatores como mudanças climáticas, biotecnologia e inteligência artificial descontrolada passaram a ser considerados.

Desde sua criação, os ponteiros do relógio foram ajustados mais de 20 vezes. Em 1991, após o fim da Guerra Fria, marcava 17 minutos para a meia-noite, o mais distante já registrado. Porém, em 2023, o relógio atingiu 90 segundos para a meia-noite, o menor tempo da história. Por qual motivo? Tensões geopolíticas, arsenal nuclear crescente, pandemias e desastres climáticos.

O que mais me entristece, leitores de plantão, é que em tudo tem a mão do homem causando e acelerando, num desvario inexplicável, a destruição da terra e da vida. O relógio não é uma bola de cristal, nem prevê o futuro, mas serve como um alerta para que governos, empresas e cidadãos tomem medidas urgentes para garantir a sobrevivência da humanidade. A grande questão que fica é: seremos capazes de afastar os ponteiros do colapso ou continuaremos a caminhar rumo à destruição?

Pena que tantos órgãos, veículos e instrumentos de comunicação prefiram criar narrativas, endeusar ou destruir artistas, autoridades e personalidades, em vez de cumprirem eticamente seus papeis de informar, influenciar positivamente e de gerar programas educacionais para que os cidadãos exerçam seus direitos, e também seus deveres de preservar a terra e a vida daqueles que ainda estão por vir. Pequenas mudanças individuais e grandes decisões globais podem alterar o rumo da humanidade. O Relógio do Juízo Final nos lembra que ainda há tempo para agir, mas ele também nos alerta que a inércia e a ganância podem custar a nossa destruição.

Diante desse cenário, é essencial refletirmos sobre nosso papel nessa contagem regressiva. Será que estamos realmente atentos ao impacto de nossas ações? O que podemos fazer para que as autoridades tomem as atitudes  necessárias?

 

Sérgio Marchetti

*Sérgio Marchetti é consultor organizacional, palestrante e Educador. International Certification ISOR em Holomentoring, Coaching & Advice (coaching pessoal, carreira, oratória e mentoria). Atuou como Professor de pós-graduação e MBA em instituições como Fundação Getúlio Vargas, Fundação Dom Cabral, Rehagro e Fatec Comércio, entre outras. É pós-graduado em Administração de Recursos Humanos e em Educação Tecnológica. Trinta anos de experiência em trabalhos realizados no Brasil e no exterior. www.sergiomarchetti.com.br

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Curtas e curtinhas

por Luis Borges 29 de janeiro de 2025   Curtas e curtinhas

Os Nanoempreendedores

O Presidente da República sancionou em 16 de janeiro a regulamentação da Reforma Tributária. Ela criou uma nova categoria, a dos Nanoempreendedores, que é isenta do Imposto sobre Valor Agregado – IVA.

Essa nova categoria será formada por pessoas físicas que operam em pequena escala e possuem uma receita bruta anual inferior a R$ 40,5 mil. O valor é metade do limite dos Microempreendedores Individuais – MEIs que podem faturar ate R$ 80,0 mil, por ano, o valor que está congelado a 4 anos. A categoria deverá englobar profissionais como mototaxistas, ambulantes, artesão, por exemplo.

Entretanto os Nanoempreendedores deverão pagar contribuições previdenciárias e imposto sobre propriedade.

Calamidade financeira em algumas prefeituras

Os prefeitos e vereadores tomaram posse no dia 1º de janeiro. Até meados do mês, pelo menos 25 municípios haviam decretado calamidade financeira, deterioração significativa da capacidade de pagamento, com risco de insolvência ou falência.

Um bom exemplo é a cidade de Cuiabá, capital do Mato Grosso, que está devendo R$ 1,6 bilhão, segundo a prefeitura. A atual equipe econômica aponta que, entre 2017 e 2024, as despesas tiveram aumento de 135%, enquanto a entrada de dinheiro cresceu 115%. Apenas R$ 6 milhões estavam disponíveis em caixa no dia 1º de janeiro.

Outros 24 municípios pelo país à fora também declararam calamidade financeira. Entre eles está Cabo Frio, Rio de janeiro, com dívida estimada em R$ 1,4 bilhão, o que representa 84% da receita estimada para 2025, segundo a prefeitura. O comunicado oficial mostra que a dívida com os salários dos servidores municipais estava em R$ 64 milhões.

Você conhece a situação financeira do seu município? Existe transparência na divulgação dele ou é só surpresa ruim quando os dados vem à tona?

Telemarketing abusivo

Um documento entregue pela Agência Nacional de Telecomunicações – Anatel ao comitê de defesa dos usuários de serviços de telecomunicações mostrou que os brasileiros recebem mensalmente mais de 1 bilhão de chamadas de telemarketing abusivo.

A agência reguladora informou que bloqueou quase 185 bilhões de chamadas no período de junho de 2022 à dezembro de 2024. De acordo com a prestação de contas a eficiência de medidas para barrar as ligações indesejadas atinge 85%.

É isso mesmo ou há Controvérsias?

Número de idosos só cresce

No Brasil são consideradas idosas as pessoas com idade superior a 60 anos.

As projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE mostram que o número de idosos mais que dobrou entre 2000 e 2023 e chegou a 33 milhões (15,8% da população); a estimativa é que, até 2070, sejam 75 milhões e 300 mil, cerca de um terço da população.

Ainda segundo o IBGE, o Brasil registrou um crescimento de 15% no número de cuidadores remunerados entre 2019 e 2023, com cerca de 840 mil profissionais. Entretanto, especialistas afirmam que a maior parte do cuidado ainda é realizada por familiares, principalmente mulheres, que são mais sobrecarregadas.

Você já está na fase idosa da vida ou está caminhando para lá? Como sabemos, o tempo caminha inexoravelmente.

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A preocupação com o tempo, que é tão valioso, deveria ser acompanhada por sua melhor gestão, pois a sua perda é sempre definitiva. Por isso, a certeza que podemos ter é que ele passa inexoravelmente, sem obstáculos, conforme é da sua natureza.

Podemos fazer toda a poesia do mundo para enaltecer o tempo e suas virtudes, inclusive para reclamar da falta que ele nos faz e da gestão que não fazemos. Assim, muitos de nós podemos ficar surpresos ao constatar que já estamos no dia da 24ª lua do ano ainda com a lembrança dos ansiosos preparativos para o Natal do ano passado. Logo a seguir viria a virada do calendário. Muitos, acima dos 60 anos, até solfejaram a música Fim de Ano, feita em setembro de 1951, há 73 anos, por David Nasser e Francisco Alves. “Adeus, ano velho/ Feliz Ano Novo/ Que tudo se realize/ No ano que vai nascer/ Muito dinheiro no bolso/ Saúde pra dar e vender”.

Na mesma toada passou o dia dos Magos, em 6 de janeiro, e prazo final para a retirada dos enfeites de Natal. O fato é que agora já passou o dia de São Sebastião e o Pré-Carnaval começou a esquentar pra valer. E olha que o Carnaval oficial só começará em 1º de março, para tudo se acabar na quarta-feira de cinzas, 5 de março. Será que acabará mesmo para todos?

Enquanto isso, podemos constatar que os problemas atravessaram o ano à espera de soluções por parte daqueles que são responsáveis por resolvê-los.

Entre prefeitos e vereadores que tomaram posse em primeiro de janeiro, muitos já sentiram na pele as cobranças sobre “o que e como fazer” diante dos eventos climáticos extremos, cada vez mais frequentes, intensos e rápidos. Imagens dos efeitos do novo clima estão nas telas das diversas mídias e na vivência do dia a dia nas cidades e nos campos, trazendo sofrimento e perdas para as pessoas. Quanto às causas de tudo isso, o que fazer e como fazer para combatê-las? Quem quer mesmo removê-las e com quais companhias?

No tempo que segue passando fica visível que as campanhas para as eleições gerais do Brasil em 2026 já estão pleno andamento, independente do calendário oficial, e só faltam pouco mais de 20 meses para que elas aconteçam.

A pauta política, econômica, social, tecnológica… é grande, cheia de interesses de grupos aliados de todos os espectros. Será que veremos o aumento da despolarização com uma terceira via consistente, ou teremos mais do mesmo?

E assim o tempo segue passando indelevelmente, independentemente de uma forte chuva, enchente ou onda de calor.

Luis Borges

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