1494 – O Tratado de Tordesilhas foi ratificado pela Espanha.

1566 – Morreu o profeta Nostradamus.

1823 – Foi decretada a independência do estado da Bahia.

1843 – Morreu Samuel Hahnemann, criador da medicina homeopática.

1897 – O italiano Guglielmo Marconi patenteou o rádio.

1900 – Conde Von Zeppelin fez a primeira demonstração de um dirigível.

1903 – Cuba arrendou a baía de Guantánamo para os Estados Unidos construírem uma base naval.

1940 – O salário mínimo passou a vigorar no Brasil

1961 – O mundo deu adeus a Ernest Hemingway, autor de “O velho e o mar”, que suicidou-se aos 62 anos de idade após uma crise depressiva.

1976 – Vietnã do Norte e do Sul se reunificaram.

2008 – Libertação de Ingrid Betancourt, que foi senadora e candidata à presidência da Colômbia, após quase seis anos de sequestro em poder das Farc (Forças Armadas Revolucionárias  da Colômbia).

2011 – Morreu o ex-presidente Itamar Franco, criador do Plano Real.

  Comentários
 

Curtas e curtinhas

por Luis Borges 1 de julho de 2014   Curtas e curtinhas

Califa e califado – Duas palavras que frequentarão intensamente a mídia nesse período do ano. Desde as saída das tropas americanas do Iraque, vem ganhando força o Estado Islâmico do Iraque e Levante (EIIL), que atualmente ocupa espaços ao norte e a oeste do país. A ideia dos líderes sunitas, que não é hegemônica entre os muçulmanos, é criar um califado, que é uma forma de governo centrada na figura do Califa. Ele seria um sucessor da autoridade política do profeta Maomé, com atribuições de chefe de Estado e líder político do mundo islâmico. O Estado, que seguiria rigorosamente a lei do Islã, compreenderia a região entre o mar Mediterrâneo e o rio Tigre. Como nesse mundo predomina a divergência, ainda teremos muito o que falar perante umautópica convergência entre as lideranças islâmicas.

ALN 2014 – Permanecem em lugar de destaque na política nacional as citações e referências a quem participou do combate à Ditadura Militar a partir dos anos 60. Apesar de críticas, autocriticas e revisões, fica visível o ardor revolucionário de quem queria mudar o mundo  a partir da teoria dos focos. Muitos militantes dessa época estavam organizados em partidos clandestinos de esquerda, sendo o mais forte deles a Ação Libertadora Nacional (ALN) do ex-deputado Carlos Marighella. Muitos membros da ALN estão hoje em partidos legais como PT, PSDB, PDT, PSB, PV, PSOL, PPS e PTB. O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), era líder estudantil em 1968, militante da ALN. Ontem, foi lançado como candidato a vice-presidente da república, na chapa puro sangue de seu partido. Será que haverá um bom recall nessa sua empreitada? Com certeza isso renderá bons espaços nas mídias.

Casamentos convenientes – Findo o prazo para a realização das convenções partidárias, pelo menos formalmente, já se sabe quem vai com quem nas diversas instâncias de poder para as eleições de outubro. Mas, informalmente, ainda poderemos ter muitas variações em torno do mesmo tema, com vidas curtas, discussões da relação e pensamentos fixos no poder, mesmo sabendo que “jacaré casou com cobra d’água”, como diz o povo de Goiás.

Tempo de rádio e TV – Considerados fatores críticos para sucesso ou fracasso e alvos de intensas negociações entre partidos, os espaços para exposição no rádio e na TV foram os objetivos de diversas tentativas de alianças. Fica agora o desafio às coligações partidárias, de produzir conteúdo excelente para mostrar aos eleitores. Caso contrário, será duro ver o tempo passar, principalmente daqueles partidos que têm carga-horária maior.

Bolsas e carteiras – Você usa bolsas e carteiras com qual intensidade e frequência? Ao comprá-las, de onde saem os recursos? Eles são do seu próprio centro de custos? No Superior Tribunal de Justiça foram encomendados 19 porta-documentos em couro legítimo para uso de seus ministros. Estão orçados em R$ 7.800,00, pouco mais de 410 reais cada.

20 anos do Plano Real – Chegamos aos 20 anos do Plano Real com o grande desafio de apagar a memória inflacionária. Mas os erros da gestão nos impedem de fazer isso. Basta verificar que mensalmente, nos últimos três anos, pouco se lembra que a meta de inflação anual é de 4,5%. Sempre se mantém o foco das discussões na justificativa de que os 6,5% do teto eufemístico da meta não serão ultrapassados. E, claro, principalmente evitando-se os reajustes dos preços administrados pelo próprio governo, como transportes coletivos, combustíveis, energia…

De PIB a pibinho – Exatamente na metade do ano, o Boletim Focus do Banco Central projeta crescimento de 1,10% para o PIB em 2014. Como os números não mentem, devemos acreditar cada vez mais no pibinho, sempre sabedores de que tudo está sobre controle.

  Comentários
 
Ipê roxo começando a florir

O ipê roxo na rua Javari, em Belo Horizonte, já perdeu quase todas as folhas e começa sua caminhada para se encher de pequenas flores.

Os ipês florescem no inverno e frutificam na primavera. Mas para perceber isso é preciso olhar, olhar, mirar, mirar. Este é um desafio para a maioria das pessoas que andam pelas ruas das cidades e pelas estradas de Minas, automatizadas pelo fluxo do trânsito sempre volumoso e pela necessidade de dar vazão às informações que chegam pelo dispositivo tecnológico. As flores dos ipês começam a surgir pelo roxo e prosseguirão pelo branco, amarelo e rosa. Elas simbolizam as flores do Brasil e merecem ser melhor percebidas, contempladas e cuidadas, ainda que isso possa parecer uma utopia em plena era do desequilíbrio ambiental na terra aquecida.

Ipê amarelo começando a florescer

Já este, no bairro de Santa Tereza, também em BH, começa a florir sem perder as folhas.

Flores de ipê amarelo

Flores de ipê amarelo (Fotos do post: Marina Borges)

  Comentários
 

Vale a leitura

por Luis Borges 29 de junho de 2014   Vale a leitura

Mais nocivos – A tecnologia avançou, mas os cigarros vendidos atualmente são mais nocivos à saúde que os de 1964. Segundo matéria do JB, o problema é que os fabricantes aumentaram a concentração de nicotina e incluíram compostos que potencializam o efeito da substância, como amônia e açúcar.

Ocupações – Um novo colunista estreou na Folha na semana que passou. É o filósofo Guilherme Boulos, membro da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). De cara, escolheu apresentar o ponto de vista daqueles que ocupam os terrenos privados, dando uma receita para acabar com as ocupações. Uma forma de entender “o outro lado”, como gosta de dizer o jornal.

A receita é política. Combater a especulação imobiliária com regulação de mercado, tirar o controle da política urbana das mãos das grandes empreiteiras e desenvolver uma estratégia de desapropriação de terras que recupere a capacidade do poder público de planejar a política habitacional. Esses são importantes passos para quem quiser de fato acabar com as ocupações urbanas no Brasil.

Será que estão todos dispostos a defendê-los?

Influenciáveis – Ver outra pessoa bocejando dá vontade de fazer o mesmo? Uma nova pesquisa aponta que, no frio, o bocejo é menos “contagioso”. Para esses cientistas que conduziram o estudo, o ato serviria para resfriar o cérebro. Como diz a matéria, é uma explicação mais simpática para quando a abrição de boca vem em momentos impróprios.

Fogo amigo – Na Venezuela, o presidente Nicolás Maduro enfrenta, agora, a oposição de um ex-ministro. Demitido, Jorge Giordani, que estava no Ministério do Planejamento, acusou o chefe de estado de corrupção e de abuso nos gastos públicos para garantir sua eleição em 2012. Duas bandeiras da oposição. O artigo de Clóvis Rossi detalha o assunto.

Aposentadoria? – Na política brasileira, o assunto da semana foi a aposentadoria de José Sarney. Ele, que assumiu o primeiro cargo aos 36 anos, momento documentado por Gláuber Rocha e continua décadas depois, ocupando uma cadeira no Senado. Neste excelente artigo, Josias de Souza explica que, mesmo aposentado, o ideário de Sarney continuará persistindo.

Aposentado, Sarney cuidará para que “Sarney” não descuide de sua missão. Que é a de servir de inspiração para todos os políticos que sonham com a transposição do atraso de suas almas regionais para dentro das instituições federais. Iniciado com a chegada das caravelas, esse plano de institucionalizar o atraso está em execução permanente.

Óculos – Uma pesquisa científica relacionou os níveis de escolaridade de uma população à ocorrência de miopia. Mais de 4600 alemães de idades variadas foram avaliados por cientistas da Universidade de Mainz. Foram analisadas predisposições genéticas e a escolaridade. A conclusão foi de que 53% dos formados em universidades tinham o problema e que cada ano de estudo aumentava o risco de desenvolver miopia. A reportagem completa está neste link.

  Comentários
 

Curtas e curtinhas

por Luis Borges 27 de junho de 2014   Curtas e curtinhas

Equipamentos de segurança – Depois do airbag e dos freios ABS, cuja obrigatoriedade em veículos automotores quase foi para o espaço, agora chegou a vez das câmeras de ré. Um projeto sobre a obrigatoriedade dos aparelhos será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado e, se aprovado e sancionado, entrará em vigor em 2020.

Domésticos – Quinze meses após a promulgação da Proposta de Emenda à Constituição que amplia os direitos do trabalhador doméstico, a Câmara dos Deputados ainda não conseguiu aprovar a sua regulamentação. E olha que muito tambor foi batido também de maneira eleitoreira por ocasião do feito.

Convocação – De recall em recall o setor automotivo vê seus principais indicadores em queda, enquanto o governo Federal tenta afagá-lo com um saquinho de bondades. Será que os efeitos serão suficientes para influenciar e mudar os rumos da bipolarização das eleições presidenciais?

Na rua – A vida depois da Copa já começa a ser alvo de muitas indagações. Como prosseguirá o trabalho dos 15 mil agentes de segurança? Continuarão nos mesmos locais os moradores de ruas que delas foram retirados? Sobre o assunto, indico esta reportagem, que aborda de forma completa e esclarecedora a situação dessa população de Belo Horizonte. Meu palpite para depois da Copa é que, como tudo que é feito em ritmo de campanha, a tendência natural é que as situações voltem a ser como antes. O que não muda nunca é a violência das forças policiais diante dos moradores de rua apesar dos clamores e protestos. Para escapar, só na sorte.

Voto – Muita gente reclama por não ter em quem votar nas próximas eleições, mas nem se lembra em quem votou na última vez. Com toda a insatisfação e a reivindicação por mudanças, acredito que uma boa política para nortear a escolha seria não votar em bananeira que já deu cacho. Aliás, mais para ela do que para a sociedade.

Câncer de mama – O Sistema Único de Saúde poderá incluir nas suas coberturas os exames para identificação de biomarcadores para câncer de mama. Eles seriam destinados a mulheres com antecedentes familiares da doença e, nos casos positivos, tratamentos e intervenções preventivas. Projeto de Lei nesse sentido, tramita na Comissão de Assuntos Sociais do Senado que, pelo visto, poderá se reunir após a Copa.

Impostos – A reforma tributária no Brasil é um velho sonho que continua cada vez mais distante. O setor de saneamento básico reivindica há algum tempo a isenção dos tributos relativos ao PIS/Pasep e Cofins. Projeto de Lei está tramitando na Câmara dos Deputados e prevê a compensação desses tributos para as empresas do setor optantes pelo sistema de lucro real. Em mais uma tentativa de se fazer reforma em fatias, a justificativa baseia-se na relevância social e nos impactos que a água tratada e a coleta e tratamento de esgotos sanitários têm para a saúde das  pessoas.

  Comentários
 

Os (quase) acidentes nas rodovias

por Luis Borges 26 de junho de 2014   Pensata

Há uma semana peguei a BR-262, no trecho entre Belo Horizonte e a capital secreta do mundo, a cidade eterna de Araxá. Aproveitando o feriado de Corpus Christi, fui na sexta, 20, e retornei domingo, 22, sempre na parte da tarde. Aproveitei para observar e analisar a viagem, o que me deixou estarrecido com a quantidade de quase acidentes no percurso. E olha que estava acompanhado de um motorista muito bom, altamente habilidoso para enfrentar as surpresas do trajeto.

A cada novo “quase”, os quatro viajantes do carro respiravam aliviados. O primeiro foi no município de Ibiá. No trecho, havia terceira faixa para quem vinha no sentido de Belo Horizonte. Como as duas estavam ocupadas, um ônibus de turismo entrou rasgando para ultrapassar os dois veículos. A nós, certinhos em nossa pista, só restou jogar o carro no acostamento, dar uma prolongada buzinada de desabafo e retomar a respiração cadenciada aos poucos.

Na volta, outro susto quando alguns veículos tentaram fazer uma ultrapassagem pelo acostamento à direita e, ao ficar sem chão, tentavam forçar a entrada na pista com muita imprudência. Um terceiro quase acidente foi quando um motorista com o veículo cheio de crianças fez uma ultrapassagem numa curva, obviamente sinalizada com a faixa contínua. Como vinha uma imensa carreta em sentido contrário, ele jogou o carro à nossa frente e não quis nem saber. “Quase!”, foi a exclamação geral.

Em Pará de Minas, havia degraus na pista e uma placa pedindo “cuidado, pista com defeito”. O que não foi suficiente para conter os imprudentes. Em todo o trajeto de ida e volta, havia a absoluta falta de fiscalização da Polícia Rodoviária Federal. Se com essa parca fiscalização somos bombardeados com números de tragédias a cada feriado, imagino o que poderia acontecer se a fiscalização fosse mais intensa.

Ainda assim, fica claro que a disciplina, a prudência e o cumprimento das normas de trânsito facilitariam muito a vida de todos. É bom lembrar que as estradas brasileiras registram muitas colisões frontais, decorrentes de ultrapassagens indevidas. Só para concluir, também fiquei impressionado com a quantidade de motoristas que não dão seta, quase dando a impressão de que é feio fazê-lo. E olha que existe a direção defensiva para minimizar tantos sustos.

A vista da Matriz de São Domingos, em Araxá, em clique de julho de 2013 (Foto: Marina Borges)

A vista da Matriz de São Domingos, em Araxá, em clique de julho de 2013 (Foto: Marina Borges)

  Comentários
 

Visitas de longe – Um amistoso e a Copa foram responsáveis por trazer ao Brasil as seleções da Croácia, Bósnia e Herzegovina e Sérvia. O que me lembrou a República Socialista Federativa da Iugoslávia, que adotava regime comunista e existiu entre 1945, após a Segunda Guerra Mundial, e 1992.  É indissociável desse período a imagem do marechal Josip Broz Tito. Inicialmente Primeiro Ministro, foi eleito presidente em 1953 e se tornou presidente vitalício entre 1963 e 1980, quando faleceu. Depois disso, cresceram as tensões entre as repúblicas federativas, culminando na separação. Hoje o mapa geopolítico registra seis repúblicas, sendo a Sérvia a mais populosa delas, com aproximadamente 10,2 milhões de habitantes. As outras são Croácia (4,45 milhões de habitantes), Bósnia e Herzegovina (3,93 milhões), Macedônia (2,04 milhões), Eslovênia (2,03 milhões) e Montenegro (685 mil). O Kosovo é uma província autônoma com 1,84 milhão de habitantes ligada à Sérvia, que não reconhece a sua autonomia. No auge do titoísmo uma pergunta frequente era “o que seria da Iugoslávia sem o Marechal Tito?”. A história trouxe a resposta: não deu mais para segurar.  

Selo comemorativo com imagem do general Tito

Selo homenageando Tito (Fonte: Wikimedia Commons)

PIB – Os economistas ouvidos para o semanal Boletim Focus, do Banco Central, projetam que o Produto Interno Bruto do Brasil nesse ano será de 1,16%. Como se vê, a cada semana ele fica mais longe do número usado nas projeções orçamentárias do início do ano.

Recordar é viver – No capitalismo sem risco, muitas pessoas têm memória muito curta. Neste momento muitas delas estão escandalizadas com um possível calote de U$1,3 bi que poderá ser dado pela Argentina e nem se lixam  para o que aconteceu com os maternais empréstimos feitos pelo BNDES ao grupo EBX de Eike Batista.

Falta de educação – O lixo produzido pelos torcedores nas comemorações depois dos jogos da Copa, seja na na praça da Savassi (BH) ou na Vila Madalena (SP) só pra citar dois exemplos, contrasta muito com a disciplina e senso de limpeza dos torcedores japoneses presentes no Brasil.

Japonês ajuda na limpeza do estádio

Japonês ajuda na limpeza do estádio (Foto: Chandy Teixeira, publicada no site Globoesporte.com)

  Comentários