A educação é a base de tudo, mas ela começa e prossegue em casa, com a família, e é complementada pela escola, pelo trabalho e pela sabedoria trazida pelos experimentos da vida. Tudo isso é muito bonito enquanto crença e fundamento, mas é chocante o que a fotografia postada a seguir nos mostra.

Acúmulo de lixo / Foto: Sérgio Verteiro

Acúmulo de lixo / Foto: Sérgio Verteiro

Talvez você se lembre deste post, de 23 de julho deste ano, que mostra o mesmo local acima. Naquela época, havia muito lixo no local. Ele foi limpo pela SLU, mas pouco tempo depois estava cheio novamente.

Fica claro, por esse exemplo, que não basta a retirada periódica dos resíduos do local pela Superintendência de Limpeza Urbana do Município. Se em casa deve ser cumprido o padrão que determina a colocação do saco de lixo na rua somente nos dias da coleta domiciliar e o exemplo deve vir dos pais, cabe também à Administração Municipal no mínimo voltar a fazer as campanhas educativas de outrora. Alegar falta de recursos financeiros não vale, pois a taxa de coleta de lixo foi reajustada em 45% nesse ano, além de ter sido atualizada pelos índices inflacionários nos anos anteriores. Aqui nem estou falando em coleta seletiva ou locais de entrega voluntária (LEV), quase desaparecidos da cidade. Quem sabe assim as pessoas se sintam mais estimuladas a jogar o lixo no lixo, nos dias e locais corretos.

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Vias elevadas – A gestão das cidades é um desafio permanente, muitas vezes recheado de soluções marcadas pela arrogância tecnicista e de baixa visão sistêmica. Leia neste artigo, publicado na Folha,  a abordagem da jornalista Paula Cesarino Costa sobre os casos do elevado da Perimetral, no Rio de Janeiro, e do Minhocão, em São Paulo. Neste último, os veículos passam a cinco metros das janelas dos apartamentos. Em Belo Horizonte, era ainda pior. O viaduto que desabou na avenida Pedro I passava a apenas quatro metros das janelas dos apartamentos dos conjuntos residenciais.

Mentira. Não esta faltando água em São Paulo – As crescentes reclamações sobre a falta de água para o abastecimento residencial têm levado as empresas do setor a negar o racionamento, sob a alegação de que a vazão dos reservatórios esta sendo regularizada. Na prática, a visível falta d’água não é reconhecida. Em outros aspectos da vida cotidiana as posturas também não são diferentes. Leia aqui as observações do professor e jornalista Leonardo Sakamoto.

Aceitação de diagnóstico é desafio para tratamento da fenilcetonúria – Essa é uma doença crônica, que afeta 1 em cada 12 mil bebês nascidos no país e é caracterizada pela ausência de uma enzima no fígado. Seu diagnóstico é feito através do teste do pezinho na triagem neonatal e o tratamento deve ser iniciado com até 21 dias de vida. A dieta alimentar restrita em proteínas e a não aceitação do diagnóstico, são os maiores desafios enfrentados pelas famílias. É o que mostra a tese defendida por Rosângela Soares na Faculdade de Medicina da UFMG. Leia aqui.

Laboratórios deixam de exigir jejum para exame de sangue – Muita gente tem dificuldade para fazer jejum, de até 12 horas em média, antes da realização de exames de sangue laboratoriais. A vida delas já pode ficar mais fácil diante do avanço tecnológico dos equipamentos, dos reagentes químicos e dos métodos de análises que prescindem da restrição alimentar na maioria dos parâmetros. O desafio agora é mudar a cultura dos médicos, principalmente, e acompanhar o incremento dos investimento dos laboratórios em suas capacitações. Aqui, a íntegra do artigo da jornalista Mariana Versolato, editora-assistente de “Ciência + Saúde”, da Folha de São Paulo.

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No ano de 2004 a cidade de Belo Horizonte tinha 46 viadutos, segundo dados da Prefeitura. Depois da construção da Linha Verde e da implantação do BRT Move, eles provavelmente já passaram de 60, mesmo com o desabamento do Guararapes.

Quero perguntar a quem tem a responsabilidade pela gestão da manutenção e da segurança dessas estruturas se existe um diagnóstico atualizado sobre a situação de cada um deles.

Viaduto Santa Tereza / Foto de Sérgio Verteiro

Viaduto Santa Tereza / Foto de Sérgio Verteiro

Quem passa pelo viaduto de Santa Tereza, inaugurado em 1928, percebe que não existe guarda-rodas separando e protegendo o passeio para pedestres da pista de rolamento. Ali existe apenas um pequeno desnível entre as duas partes. Imagine um automóvel de passeio, uma motocicleta ou um ônibus coletivo se desgovernando por ali! Outra dúvida: a camada de asfalto sobre a pista, o sistema de drenagem das águas pluviais e a iluminação estão conforme as especificações técnicas?

Viaduto da Floresta / Foto  de Sérgio Verteiro

Viaduto da Floresta / Foto de Sérgio Verteiro

Do outro lado está o viaduto da Floresta que também merece as mesmas observações e perguntas.

Se planejar é pensar antes, espero que a Gestão da Manutenção esteja sendo cada vez mais preventiva e preditiva e menos corretiva. Vendo as fotografias deste post, tente imaginar como estão os viadutos mais usados por você. Caso queira, também vale pensar segundo os mesmos dados de 2004 sobre a manutenção e segurança de outras estruturas existentes na cidade, como as 55 passarelas, 4 trincheiras, 73 pontes, 2 túneis de responsabilidade municipal, 1 pontilhão e uma passagem.

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Curtas e curtinhas

por Luis Borges 24 de setembro de 2014   Curtas e curtinhas

Fúria arrecadadora – A Receita Federal arrecadou em agosto deste ano 12,41% a mais que no mesmo mês do ano passado. Se descontarmos a inflação do período, que está longe da meta de 4,5% ao ano, verificaremos que houve um crescimento real de 5,54% na arrecadação. É interessante observar que o ganho proveniente de tributos federais em atraso ficou apenas na metade da meta prevista. Arrecade, Brasil, mas nos devolva com a prestação de serviços de qualidade.

Contabilidade criativa – O Ministério do Planejamento e Gestão informou e o Ministério da Fazenda confirmou: 3,5 bilhões de reais do Fundo Soberano serão usados pelo Governo Federal no esforço de fechar as contas deste ano. Imagine como pessoas físicas e jurídicas em dificuldades financeiras farão para também fechar o ano? Haja educação financeira e realismo para todos os envolvidos!

Mobilidade urbana – A fábrica da Fiat em Pernambuco já está em pré-operação e, quando tudo estiver na plenitude, poderá dobrar a produção atual da empresa. Enquanto isso, a Fundação Getúlio Vargas realizou estudo, com dados de 2012 mostrando que o tempo médio gasto na ida de casa para o trabalho em 9 regiões metropolitanas é de 82 minutos. O mesmo estudo mostra que, de 2001 a 2012, a população cresceu 11% enquanto a frota de veículos avançou 118%. E assim caminha a opção do país feita desde o governo de Juscelino Kubitschek pela indústria automobilística e pelo rodoviarismo. Outros modais de transportes para bens e pessoas continuam lutando por um lugar de destaque junto ao Sol.

Mais recall Em julho a General Motors fez convocação de proprietários para reparar um defeito na chave de ignição do Chevrolet Camaro. Agora novo recall será feito para sanar o mesmo defeito no Chevrolet Ômega. Seus proprietários apenas deverão aguardar o momento em que o componente estará  disponível para a  troca. Aliás, como se vê, continua sendo um desafio fazer o que é certo desde a primeira vez, como nos ensina um dos fundamentos da gestão. Pelos dados do Ministério da Justiça, diversas montadoras convocaram recalls neste ano. Haja retrabalho, desperdício e paciência de todos os envolvidos no processo.

Sobe e desce – A relação biunívoca entre pesquisas de intenções de voto para Presidência da República e Índice Bovespa da Bolsa de Valores mais uma vez se manifestou após a publicação de pesquisa CNT/MDA. Diante do aumento da diferença entre as candidatas Dilma e Marina no primeiro turno, a bolsa fechou em queda na terça com 56.540 pontos. Nas pesquisas anteriores, em que Marina Silva estava melhor posicionada, o Ibovespa chegou a quase 62.000 pontos. Pena que não dá para demitir o mercado.

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A senhora Maria Teresina Canuto Calais, 84 anos, mãe do amigo João Bosco Calais Filho, partiu para um outro plano no dia 09 de setembro. Partiu em Jequeri-MG, cidade da Zona da Mata, a 220 km de Belo Horizonte, terra das deliciosas broas e broinhas de milho. A dor de sua perda e as lembranças já saudosas do seu marcante e edificante modo de ser foram registradas pelas palavras de uma de suas filhas e por duas de suas netas, em homenagens que podem ser lidas a seguir.

Não quero falar de dor. Esta, só o tempo para acalmar. Quero falar de saudade! Do amor que ficou e ficará para sempre! Partiu na manhã de terça feira, dia 09/09, uma mãe, avó, amiga… Dona Lelê!!!

Ela não tinha medo de morrer, mas sim de não viver.

Uma mulher forte, determinada, batalhadora, alegre. Um exemplo a ser seguido.

Seu jeito tão ímpar de viver, suas risadas, ecoam em minha mente e vão ecoar em todos os momentos da minha vida.

Alguém escreveu que “as pessoas que amamos não morrem jamais, apenas partem antes de nós”. E é isso. Ela partiu, foi dar risada em outro plano, mas tenho certeza que vamos nos reencontrar um dia.

Vá com Deus, Mamãe, e continue colhendo todos os frutos do amor que semeou aqui conosco. A todas as pessoas que de alguma maneira estiveram conosco neste momento, o nosso obrigado!

Por Maria Emília Calais, filha.

D. Lelê na juventude

D. Lelê na juventude

Ela foi metade da minha infância. Limpava nossas roupas sujas de barro, tinha as melhores mangas no quintal e o cheirinho gostoso do café com queijo pela manhã. Pra entrar na briga pelos seus netos, não bastava motivo, estávamos sempre certos. Afinal, na casa da vovó podia tudo. E usávamos essa expressão ao pé da letra. Era chegar o primeiro dia de férias que esperneávamos para viajar, nadar no rio, subir no areal, andar de bicicleta e depois chegar a tempo para o almoço caprichado, que só ela sabia fazer. A gente dava trabalho, viu? E quando íamos embora, ela ficava na varanda, fingia que estava chorando na hora da despedida e abanava as mãozinhas quando o carro passava. É… você vai fazer falta, vó. E quando a dor passar, vai ficar a saudade… a saudade que jamais vai embora. E a certeza de que minha infância foi a melhor do mundo, porque te tive como vó, porque te tive como exemplo.

Por Débora Calais, neta

D. Teresinha e o cachorro Hulk

Com o cachorro Hulk

Levou consigo a bagagem, cheia daquilo que por tempos sustentou toda uma família. Fico imaginando que, feito aquela época da roça, em que chegava na cidade grande com uma mala repleta de um pouco de tudo que havia plantado (legumes, verduras e frutas de todas as qualidades; sustento dos filhos, e deleite dos amigos) e a carregava sozinha da rodoviária até a Tamoios, aí em cima, quando chegou, deve ter recusado o socorro de algum anjo encarregado. Talvez não, talvez o tenham avisado que a Senhora era dessas que largou Banco por roça, criou oito e mais um bocado, enterrou dois, buscou marido em boteco com espingarda na mão, cultivou lavoura debaixo de sol e não baixou cabeça pra ninguém. Era o elo que sustentava muita gente, e tinha o respeito de um montão. Muitos médicos eram seus melhores amigos, e vários caminhoneiros da coca-cola, seus maiores inimigos. Dos seus “meninos”, só o melhor (e pode botá aí: filhos, netos, bisnetos, de consideração, ou não). Todos tão diferentes, mas carregando consigo a raça e garra que você teve ao criá-los. Feito você, vão conseguir seguir em frente, vão sentir dor, vão encher os olhinhos d’água sempre que de você falarem, mas vão seguir, assim como a viram fazer por três vezes.

Foi festa aí no céu, meu receio é que alguém tenha botado um trio elétrico em sua porta, que vô tenha lhe cobrado que a Senhora sempre dissera que iria antes dele, que Maria Elisa tenha te segurado e não soltado mais, que “vó” Auta já tenha se fartado de toda sua rebeldia, “Tereza”. De resto, só consigo imaginá-la a almoçar doces de todas as variedades e sobremesear algum almoço. Saborear empadas e escutar Roberto Carlos. Com uma varanda pra avistar e algumas pessoas de quem comentar. Com um sorriso largo no rosto, um batom bonito na boca, um relógio chique no pulso e um cabelo bem arrumado. Guarda consigo o que levou daqui, continuaremos a carregar a bagagem do que plantou, não em terra, mas em nós.

Lamento sua morte… lamento por todos que não a conheceram e que só souberam de ti por nós.

A bença vó!

Por Karina Calais, neta

Dona Lelê 2

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Vale a leitura

por Luis Borges 22 de setembro de 2014   Vale a leitura

Saber sair – É preciso se preparar para a aposentadoria com muita sabedoria e realismo. Nesse sentido é interessante conferir a abordagem do jornalista Fernando Rodrigues sobre como o desespero pode tomar conta das pessoas que ocupam cargos de confiança no Governo Federal. Como elas se comportarão caso seus partidos não vençam as próximas eleições? O Prozac será suficiente para quem não se preparou para um momento como esse?
Debate eleitoral – Neste artigo publicado no Observatório da Imprensa, Carlos Castilho analisa a campanha eleitoral no Facebook.

A geração mais velha segue a política pela mídia convencional, que prioriza a cobertura da baixaria na internet, fazendo com que o seu público ignore o que está sendo discutido nas redes sociais.

Os mais jovens, por seu lado, rejeitam o horário eleitoral gratuito e passam ao largo das manchetes de jornais ou revistas. Sua participação nas discussões virtuais está marcada pela frustração e pela insistência no desejo de serem ouvidos. Trata-se de um comportamento muito parecido com o que predominou nas manifestações de junho do ano passado, que se transformaram numa espécie de paradigma de interpretação da conduta política da geração com menos 30 anos.

Cuidar dos outros – A mestranda Jordana Cristina de Jesus e sua orientadora, professora Simone Wajnman, do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da UFMG, escreveram interessante artigo sobre as “mulheres-sanduíche”. Elas são assim chamadas na literatura especializada por assumirem com maior frequência o cuidado dos filhos, cuja independência é mais postergada hoje, e pelo cuidado com os pais idosos, cuja expectativa de vida aumentou nas últimas décadas. As autoras partiram de dados censitários e trabalharam com mulheres da faixa etária de 40 a 50 anos. Leia aqui a íntegra do artigo.

Água na seca – Neste período de estiagem e falta d’água, o caso mais emblemático de problemas de planejamento e gestão tem sido o do Sistema Cantareira. Neste artigo, os repórteres Marcelo Leite e Eduardo Geraque, da Folha de São Paulo, mostram que o desperdício de água na grande São Paulo é quatro vezes maior que o volume poupado pelos consumidores que almejam ganhar o bônus oferecido pela Sabesp, empresa estadual de saneamento básico.

Muitos especialistas dizem que a verdadeira solução não está nas obras de engenharia para buscar água cada vez mais longe. O tripé para impedir que a água acabe em áreas populosas se compõe de recuperação ambiental, conservação de mananciais e redução do desperdício.

Após a leitura reflita sobre a situação das águas em Minas e sobre as suas atitudes para ajudar no combate ao seu desperdício.

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Na última terça-feira a Folha de São Paulo noticiou um parecer de Rodrigo Janot, procurador-geral eleitoral. O parecer tratava de uma propaganda da candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT), criticando uma proposta de Marina Silva (PSB) acerca da autonomia do Banco Central. Leia, abaixo, um trecho da matéria:

De acordo com Janot, a propaganda de Dilma cria um cenário “tendencioso, apto a gerar estados emocionais desapegados da experiência real”, por isso, não deve mais ser veiculada no horário eleitoral gratuito.

Na peça publicitária em questão é dito que, havendo autonomia do BC, os banqueiros passarão a determinar “os juros que você paga, seu emprego, preços e até seu salário (…) ou seja, os bancos assumem um poder que é do Presidente e do Congresso”.

Durante a locução, são exibidas imagens de uma família durante uma refeição e, à medida que o narrador fala sobre autonomia do Banco, os alimentos vão desaparecendo da mesa. A propaganda foi exibida no horário eleitoral dos dias 9, 11 e 12 e também em inserções ao longo do dia.

Para Janot, a peça cria, artificialmente, estados emocionais nos eleitores, o que é proibido pelo Código Eleitoral. Segundo ele, apesar das controvérsias sobre o tema, não se pode vincular um quadro de “grande recessão” a uma eventual autonomia do BC.

Outra noticia que repercutiu no mesmo dia foi o Mapa da Fome 2013. O principal resultado foi que o Brasil conseguiu reduzir a pobreza extrema. Vejo abaixo, em trechos da reportagem do portal Uol.

O Mapa da Fome 2013, apresentado na manhã desta terça-feira (16), em Roma, pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês), mostra que o Brasil conseguiu reduzir a pobreza extrema – classificada como o número de pessoas que vivem com menos de US$ 1 ao dia – em 75% entre 2001 e 2012.

No mesmo período, a pobreza foi reduzida em 65%. Apresentado como um dos casos mundiais de sucesso na redução da fome, o Brasil, no entanto, ainda tem mais de 16 milhões de pessoas vivendo na pobreza: 8,4% da população brasileira vive com menos de US$ 2 por dia.

Penso que é notório o avanço da estruturação, do alcance e da sustentabilidade da política que orienta o combate à miséria e à pobreza a partir do governo Lula, conforme os fatos e dados disponíveis. Por isso mesmo, penso, também, que essa deve ser uma política de estado e não simplesmente de um partido que esteja no governo num determinado período de tempo. Por isso, é inaceitável fazer vinculações entre aumento da fome e a autonomia do Banco Central. Aliás, essa autonomia foi defendida pela candidata Dilma no processo eleitoral de 2010. Se é feio perder eleição, também é feio falar em atitudes republicanas e não tê-las na prática.

Tudo isso me fez lembrar do grande cantor e compositor Geraldo Vandré com sua música Na terra como no céu. Aprecie.

 

Na Terra como no Céu
Geraldo Vandré

Não viemos por teu pranto
Nem viemos pra chorar
Viemos ao teu encontro
E estamos no teu altar
Por seguir nosso caminho
Que é também teu caminhar
Na força do teu carinho
Esperamos nos salvar
Na terra como no céu
No sertão como no mar
Nas serras ou na planura
Esperamos nos salvar
Estando sempre a altura
Dos teus caminhos de dar
Reparte entre nós senhor
Diante do teu altar
A justiça e a riqueza
Que fizemos por ganhar
Não deixa a gente passar
Pela fome em tua mesa
Não viemos por teu pranto
Nem viemos pra chorar

Fonte: Letras.mus.br 
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