Pessoas mais ricas, vidas mais pobres – Querer tudo e bem rápido embala muitas pessoas na corrida pelo sucesso pessoal e profissional. A obsessão por bater metas na exacerbada competição do mercado, onde geralmente os fins justificam os meios, acaba trazendo algumas consequências danosas. Uma delas é a constatação de que se a remuneração tem aumentado, o tempo para se viver a vida tem escasseado, até mesmo por falta de condições físicas e mentais. O filósofo canadense Barry Stroud aborda essa relação com um diagnóstico claro, em entrevista à Folha.
“A vida virou uma carreira. As pessoas estão focadas o tempo todo no seu sucesso profissional. É preciso ganhar o máximo de dinheiro, ter uma família, casa grande – tudo junto. Consumismo, individualismo, carreirismo. A vida contemporânea, apesar dos avanços materiais, é mais pobre”.
Corrida pela água – A prolongada estiagem no sudeste brasileiro, pelo quarto ano consecutivo, deixou mais evidente que a escassez da água para o consumo humano é uma realidade. O dito popular “farinha pouca, meu pirão primeiro” já se manifesta no aumento da perfuração de poços artesianos em casas, condomínios e até órgãos públicos. Como ficarão as águas subterrâneas diante desse ataque especulativo? Houve planejamento do órgãos de gestão das águas para isso? Alguns ângulos dessa questão estão neste texto publicado no Diário do Centro do Mundo.
Câncer e desemprego – Se a vida é um risco e viver é muito perigoso, imagine as consequências que uma doença grave como o câncer pode trazer para as pessoas que sobrevivem aos tratamentos! Além de todo o impacto que as incertezas trazem para o equilíbrio emocional, ainda tem o sofrimento de todos os que são próximos e graves consequências na vida profissional, como a demissão do trabalho, auxílio doença da Previdência Social ou o estigma de ser portador de um câncer, além de outras portas que se fecham diante de oportunidades surgidas. Neste artigo publicado pela Folha de São Paulo, a jornalista Cláudia Colucci faz um relato contundente sobre as dificuldades incorporadas ao cotidiano das pessoas portadoras de câncer.
Mentor na Universidade – Por definição, as Universidades trabalham com ensino, pesquisa e extensão. Os professores ministram seus conteúdos nas aulas da graduação e pós-graduação, fazem pesquisa pura e aplicada e também se dedicam à extensão, atendendo às necessidades de comunidades, empresas e órgãos de governo em projetos patrocinados especificamente. Os professores são valorizados pelos títulos, orientações de dissertações e teses, participações em congressos e por artigos publicados em revistas especializadas, reconhecidas ou não. Uma relação mais direta com os alunos ocorre em atividades de iniciação científica, estágios supervisionados e trabalhos de conclusão de curso. Essa relação poderia gerar um resultado positivo muito maior se os alunos fossem orientados diretamente por um mentor ao longo de seus cursos, tendo um professor que pudesse aconselhá-los na escolha de disciplinas e caminhos a seguir. É o que mostra a jornalista Sabine Righetti neste artigo publicado no blog Abecedário. Boa leitura!