Problemas repetentes na volta às aulas

por Luis Borges 10 de fevereiro de 2015   Pensata

Aconteceu numa segunda-feira, dia 5 de fevereiro de 1962. Foi quando comecei meus estudos no Grupo Escolar Pio XII, na cidade eterna de Araxá, que é também a capital secreta do mundo. A escola pertencia à rede pública estadual, o curso primário durava quatro anos e eu ingressei nele com a idade regulamentar de 7 anos. Eu sonhara muito com esse dia, o que só fazia aumentar as minhas expectativas.

A partir daí, comecei a ter minhas percepções sobre a escola. Logo fiquei sabendo que, no meu turno da tarde, existia uma turma que tinha o nome de “1º ano repetente”. Segundo o Dicionário Online de Português, repetente é “aluno(a) que volta a frequentar as aulas e estudar as mesmas matérias que já estudou, especialmente quando reprovado em exame”. Hoje, por razões diferentes, a escola privada e a pública não querem que os alunos se tornem repetentes.

E eis que estamos na volta às aulas deste fevereiro de 2015, reafirmando a minha crença de que a educação é a base de tudo, vinda da família e passando pelos diversos níveis das escolas do sistema educacional brasileiro e internacional. A partir dessa premissa, fiquei refletindo e pensando em ações que poderiam auxiliar na solução dos problemas educacionais que se repetem ano após ano. Posso estar sendo recorrente ao falar nos problemas da educação mas, se eles não forem enfrentados, nunca serão resolvidos.

observacao_e_analise_problemas_repetentes_volta_as_aulas

O primeiro ponto é fazer uma avaliação do que já foi feito, com seus respectivos resultados, e verificar o que ainda precisa ser melhorado. Nesse sentido sugiro, num segundo ponto, a classificação dos problemas pelo menos em dois níveis – os que dependem só de nós e os que dependem de outras pessoas nas diversas instâncias dos processos interfuncionais. Esses, no mínimo, poderão ser objeto de reivindicações e negociações, mas jamais poderão ser esquecidos ou deixados de lado indefinidamente. Um terceiro ponto pode ser o clareamento do discurso, para focar na definição das características do que é uma escola de qualidade, sabendo-se que quem dá o desafio também deve dar as condições para que ele seja vencido. Aqui vale discutir fundamentos, aplicações e resultados, sempre incentivando a curiosidade, a observação, a análise e a criatividade para a solução de problemas. Um quarto ponto é a profissionalização da atividade do professor e das funções técnico-administrativas, essenciais para a viabilização da escola. Alie-se a isso uma infraestrutura adequada, uma gestão participativa caracterizada pela liderança e não pelo comando, buscando criar um clima organizacional favorável ao crescimento na certeza de que não existe substituto para o conhecimento.

Um quinto e último ponto de minha parte é a reavaliação permanente dos métodos de ensino. Diante da competição com os diversos dispositivos tecnológicos existentes, eles devem ter a capacidade de prender a atenção dos alunos e contribuir na preparação de todos para encarar sem pânico os desafios que a vida coloca para todos nós.

Espero, caro leitor, seu comentário com sua reflexão sobre os pontos propostos e a inclusão de outros que você julgar relevantes. Para saber falar é preciso também saber ouvir.

  Comentários
 

por Sérgio Marchetti

E o Carnaval chegou. Carnaval é comédia, espontaneidade. E o ridículo, no Carnaval, é quem não está ridículo. Vale o deboche, as caricaturas que mostram verdades. Figura e fundo, sombras e luzes – tudo se mistura e tem valor na decoração carnavalesca. Adoro o Carnaval. Adorava, melhor dizendo. Já participei intensamente, apaixonadamente de bailes, de blocos e até de escola de samba. Gostava dos sambas e das marchinhas. Cantava todos de cor e salteado. Com esta frase dá para saber que faz tempo. Queria ter vivido na época dos corsos, pois representam a origem da festa carnavalesca.

observacao_e_analise_ainda_bem_que_cachaca_nao_e_agua_1

Foto: Marina Borges

Eu amava os salões cheios de gente bonita e cheirosa. Sempre achei que o Carnaval era a festa mais democrática que existia. Todos podiam ser felizes e sair pelas ruas, sozinhos ou em bando. Hoje, Carnaval é outra festa. O luxo das fantasias deu lugar à nudez. Era mais inocente. A brincadeira se transformou, e os “ficantes” vão para as ruas para exercer o hedonismo sexual. É uma licença frenética. Não tem nada de poética. “…Mas é carnaval! Não me diga mais quem é você! Amanhã tudo volta ao normal…” e é assim mesmo. “Quero me perder de mão em mão, quero ser ninguém na multidão.” O que era refrão virou atitude. Mas cada um sabe de si. Então vamos cantar, pois quem canta seus males espanta, mesmo que os presságios para 2015 não sejam os melhores; sem contar com a falta d’água. Ainda bem que cachaça não é água… “Pode me faltar tudo na vida… só não quero é que me falte a danada da cachaça.” E “…pra frente é que se anda…

Vamos viver uma coisa de cada vez. O povo brasileiro está mais triste. Mas apesar de tantos pesares, ou “apesar de você, amanhã há de ser outro dia…” Dia de alegria, afinal “o importante é ser fevereiro e ter Carnaval pra gente sambar”. Esquecer as mágoas, vestir fantasias e tirar a máscara gasta e surrada que usamos o ano inteiro. É isso mesmo. Muita gente tira a máscara somente no Carnaval. Então vamos entrar no primeiro bloco que surgir. “Ô abre alas que eu quero passar. Eu sou da Lira não posso negar…” “… e este ano não vai ser igual àquele que passou. Eu não brinquei. Você também não brincou…”. O Carnaval era brincadeira, liberdade para se apaixonar. Era início de uma paixão e fim de namoro. Mas depois tudo voltava ao normal. Havia o perdão. Mas, pudera, nos salões havia mulheres lindas que encenavam peças com “o Pierrot apaixonado que vivia só cantando e que por causa de uma colombina, acabou chorando…”. As bandinhas tocando marchinhas provocativas. Era o paraíso na terra: “tanto riso, ó quanta alegria, mais de mil palhaços no salão. E o arlequim está chorando pelo amor da colombina no meio da multidão”. E vinham o estribilho e a felicidade dos foliões: “vou beijar-te agora, não me leve a mal, hoje é Carnaval.” Arrepiante! E alguém que flertava em busca de um namoro, tirava a sorte cantando: “eu perguntei a um mal-me-quer, se meu bem ainda me quer. Ela então me respondeu que não. Chorei, mas depois eu me lembrei que a flor também é uma mulher. Que nunca teve coração…”.

Assim era a festa do povo, três dias de total libertação. Baile a noite inteira. “São três dias de folia e brincadeira. Você pra lá e eu pra cá, até quarta-feira”.  E depois o mundo tornava a começar. “Mas quarta-feira tem um ano inteiro é todo assim, por isso quando eu passar batam palmas pra mim…”. E faltar água não é nenhuma novidade. Mas o povo pedia: “tomara que chova três dias sem parar”. O brasileiro sempre foi assim. Riu e ri da própria desgraça. Mas com “chuva, suor e cerveja” resolve seus males.

Alegorias, adereços, harmonia…  Tudo era, literalmente, fantasia e, se surgia uma bela mascarada, havia repertório para abordá-la: “linda pastora, morena da cor de Madalena. Tu não tens pena de mim que vivo tonto com o seu olhar…”, “…Morena que me faz penar a lua cheia que tanto brilha, não brilha tanto quanto o seu olhar”. E a lourinha? “Lourinha dos olhos claros de cristal, desta vez em vez da moreninha serás a rainha do meu carnaval”. Mas estamos no Brasil e “a mulata é a tal… e só dá ela, eie, eie eie, eie eie, eie, na passarela…” .Salve! Braguinha!

Fora dos clubes havia os blocos organizados, e “lá vai meu bloco vai, só desse jeito é que ela sai…”, “…e o sereno vem caindo. Cai, cai sereno devagar, que o meu amor está dormindo...”. E tudo podia naqueles dias. Ainda pode. “Olha o bloco do sujo que não tem fantasia, mas que traz alegria para o povo sambar…”.

observacao_e_analise_ainda_bem_que_agua_nao_e_cachaca_2

Bloco de rua em BH no carnaval de 2014. / Foto: Marina Borges

E aí, meu caro leitor, sentiu saudades dos antigos Carnavais? Nada de tristeza! “Tristeza, por favor vá embora.. .”, “…Vê, estão voltando as flores. Vê, nessa manhã tão linda. Vê, como é bonita a vida. Vê, há esperança ainda”. Então, o que está esperando? Ponha seu bloco na rua, “bote para quebrar e gemer”. Dê uma chance para sua endorfina.  Ah! Você quer paz? Então usufrua da energia dos dias de folia da maneira que lhe convier.  “Na rua, na chuva, na fazenda, ou numa casinha de sapê…”.

Deixo, como reflexão para os foliões, uma homenagem ao maravilhoso samba enredo da Beija Flor de Nilópolis, em 2003. “Chega de ganhar tão pouco /tô no sufoco: vou desabafar/ pare com essa ganância, pois a tolerância /pode se acabar…”.

Assim seja!

Sérgio Marchetti é educador, palestrante e professor. Possui Licenciatura em Letras, é pós-graduado em Educação Tecnológica e em Administração de Recursos Humanos. Atua em cursos de MBA e Pós-Graduação na Fundação Dom Cabral, B.I. International e Rehagro. Realiza treinamentos para empresas de grande porte no Brasil e no exterior. www.sergiomarchetti.com.br 

  Comentários
 

Vale a leitura

por Luis Borges 8 de fevereiro de 2015   Vale a leitura

Odete Lara: a bela em busca da paz – A atriz e cantora Odete Lara morreu na quarta, 04/02, aos 85 anos, numa clínica de repouso no Rio de Janeiro. Ela participou de 32 filmes e teve o seu estrelato nas décadas de 60 e 70 do século passado. Sua história de vida foi profundamente marcada pelo suicídio da mãe e do pai. Odete dizia que “a morte é o próximo tabu a ser quebrado na nossa sociedade, depois do sexo”. Leia o texto de Camila Appel, que se inspirou em Odete para começar o blog “Morte sem tabu”, que traz um resumo da trajetória da atriz.

A grande cebola digital – Informação demais, bombardeio de posts e dados do último minuto. O ritmo é frenético. Como anda seu grau de credulidade em relação a tudo que chega a você? O jornalista e professor Leonardo Sakamoto escreveu este texto, no qual narra a checagem que fez de um desses posts que viralizou nas redes sociais. O resultado? Os dados não resistiram. A conclusão dele é que “vivemos a fase da Grande Cebola Digital: descascando, sobra só o vazio”. E no seu caso? Cabe uma ação corretiva diante da sua credulidade no que você lê na internet?

Prevenção contra infarto, AVC… – Na constante busca pela satisfação acabamos passando por muitos momentos de grande insatisfação. Incomodam-nos a seca prolongada, o forte calor, as poucas chuvas, o necessário uso racional da água e da energia. No trabalho, a mansidão do colega e a lerdeza do chefe; no trânsito engarrafamentos, multas e reclamações. Em casa, a sensação de insegurança ao sair ou ao chegar, sempre pensando no desequilíbrio social que a concentração de renda só acentua. Reclamar do governo, denunciar má gestão e corrupção ou clamar por educação e saúde de qualidade quase viram muro de lamentações. Que momentos nos sobram para contemplar coisas belas que resistem e acalantam o nosso ecossistema? Neste artigo, o jornalista Eduardo Costa faz um contraponto a tantos problemas vividos e se permite lembrar dos canarinhos de sua infância em Inácia de Carvalho e de seu reencontro com eles 50 anos depois na cidade de Nova Lima.

observacao_e_analise_vale_a_leitura_avc

Procurar e observar as pequenas belezas é mais um antídoto. Sem olhar para o alto, ninguém veria o passarinho que escondeu o ninho entre as tubulações./ Foto: Marina Borges

Aproveite a crise – A crise é a mãe de todas as oportunidades. Na crise, crie. O cavalinho passa arreado só uma vez. O sapo pula por necessidade e não por boniteza. Frases como essas são citadas constantemente em períodos de crise, como a econômica e social que estamos vivendo atualmente. Leia neste artigo de Adriana Gomes, mestre em psicologia social e do trabalho, sua visão de como aproveitar a crise e se reposicionar diante dos novos cenários que se desenham. O que não dá é ficar só resmungando e murmurando sem nada fazer.

  Comentários
 

Difícil almoçar sem celular

por Luis Borges 5 de fevereiro de 2015   Pensata

Um engenheiro químico, professor universitário aposentado, 58 anos de idade, convidou doze amigos e amigas para um almoço de confraternização de início de ano. O dia escolhido foi o segundo sábado de janeiro e o local, a sua aprazível casa em um condomínio fechado situado na grande Belo Horizonte, lá para os lados da Serra da Moeda.

Todos os convidados, cuja faixa etária varia entre 50 e 60 anos, confirmaram a presença em tempo hábil, conhecedores que são do sistema do amigo anfitrião.

E assim, no dia marcado, os convidados começaram a chegar a partir das 13h e a participar do aperitivo após os cumprimentos da chegada.  Satisfeito com o momento e com a movimentação que crescia, o professor às vezes se mostrava efusivo, mas também percebia que todos chegavam armados com seus celulares, esbanjando tecnologia e muita capacidade de registrar a instantaneidade de tudo.

Finalmente, às 14h30, em meio a muita conversa, mensagens enviadas e muitos dispositivos tecnológicos esbanjando suas sonoridades, foi dado o primeiro aviso de que o almoço teria início.

Mesa posta, comida árabe no cardápio, as pessoas foram se acomodando e fotografando tudo, enquanto dois retardatários finalmente também se sentaram.  De repente o anfitrião olhou para a mesa, cujas imagens já estavam nas redes sociais, e percebeu que todos os convidados colocaram seus celulares à mesa, bem ao lado do prato e, em alguns casos, até encostando-se nos talheres.

Indignado e sempre fiel às suas crenças e valores, o anfitrião pediu um instante da atenção de todos e foi direto ao ponto. Pediu que todos retirassem seus celulares da mesa e os colocassem na sala ao lado. Arrematou sua fala pedindo que todos lavassem as mãos antes de retornarem aos seus lugares. Seguiu-se um burburinho de surpresa e o acatamento da solicitação feita.

O almoço aconteceu com razoável ligeireza, alguns sussurros, poucas conversas. Ainda assim alguns participantes se levantaram, até mais de uma vez, para ir à sala ao lado atender seus celulares, que não estavam no modo silencioso. Por volta das 15h30 foi servida a sobremesa, da qual ninguém gosta de abrir mão, e um cafezinho encerrou o evento. Às 16h30 todos já haviam partido, agarrados a seus celulares, agradecendo pelo almoço, sendo que a maioria não fez alusão a um futuro encontro. Apenas três amigos passaram recibo, se desculpando por terem colocado seus celulares à mesa, e prometeram se esforçar para não repetir o ato numa próxima oportunidade.

Fica o convite à reflexão. O que você tem observado sobre o uso de celulares em todas as ocasiões e lugares? Que análise você faz sobre as pessoas, hoje inseparáveis de seus dispositivos tecnológicos, sempre alimentando suas redes e grupos sociais? Você faz parte desse grupo? Ou será que vai sobrar apenas um cutucão no anfitrião, alegando que ele foi muito radical ao não fazer vista grossa para a situação vivida em sua própria casa?

  Comentário
 

Me dá um dinheiro aí!

por Luis Borges 4 de fevereiro de 2015   Música na conjuntura

A notícia é dos portais UOL e G1 – o compositor Homero Ferreira morreu, aos 86 anos, na cidade do Rio de Janeiro e foi enterrado ontem no cemitério São João Batista. Ele é o autor da marchinha Me dá um dinheiro aí, feita em parceria com seus irmãos Glauco e Ivan Ferreira. A música fez enorme sucesso no Carnaval de 1960 e continua inesquecível até hoje.

Na atual conjuntura, Me dá um dinheiro aí nos faz lembrar das várias formas e maneiras que o Governo Federal está usando para tomar o nosso dinheiro, já muito combalido pela inflação que lhe retira o poder de compra.

Em nome do ajuste fiscal, da correção das distorções e dos diversos erros na condução da política econômica estamos pagando mais imposto de renda com a tabela sem correção. Mais PIS, Cofins, IOF e fatias de direitos sociais. Salta aos olhos o estrondoso tarifaço da energia elétrica, que recebeu ontem da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) um aumento de até 45% para várias distribuidoras de energia, fora o rateio da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), que ainda vai passar por audiência pública. Também vale lembrar o aumento dos combustíveis, a volta da Cide e o eterno sonho de trazer de volta a CPMF. O que ninguém fala é na redução de gastos e no combate aos desperdícios. O duro é que não temos para quem pedir dinheiro, bebendo ou não.

Já que é assim, o jeito é cantar e pular. O Carnaval se aproxima.

Me Dá Um Dinheiro Aí
Fonte: Letras.mus.br

Ei, você aí
Me dá um dinheiro aí
Me dá um dinheiro aí!

Ei, você aí
Me dá um dinheiro aí
Me dá um dinheiro aí!

Não vai dar?
Não vai dar não?
Você vai ver a grande confusão
Que eu vou fazer bebendo até cair
Me dá, me dá, me dá, oi!
Me dá um dinheiro aí!
  Comentários
 

Publicamos ontem aqui no Observação & Análise o texto “Acessibilidade difícil em Santa Tereza“, mostrando os galhos cortados de uma árvore que impediam a passagem segura de pedestres em uma calçada da rua Hermílio Alves.

Até a manhã desta terça, os galhos ainda estavam lá. No início da tarde, foram retirados.

observacao_e_analise_atualizacao_acessibilidade_1

Pela foto, tirada às 18h10 de ontem, deu pra ver que os galhos não mais impediam a calçada, mas um motorista resolveu fazer sua parte para atrapalhar os passantes.

Registramos a nossa satisfação pela retirada dos galhos. Mas é bom lembrar que o serviço deveria ter sido feito de forma completa logo no primeiro dia da sua realização. Ou seja, cortar, limpar, retirar. O fundamento básico da gestão é fazer o certo desde a primeira vez.

  Comentários
 
observacao_e_analise_acessibilidade_santa_tereza_1

Foto: Sérgio Verteiro

Como você faria para caminhar com segurança no passeio mostrado acima, cheio de galhos de árvore cortados e abandonados em seu piso há pelo menos 7 dias? Essa fotografia foi feita ontem, 2 de fevereiro, na Rua Hermílio Alves, em Santa Tereza.

observacao_e_analise_acessibilidade_santa_tereza_2

Foto: Marina Borges

Qual seria o seu grau de solidariedade com pessoas de diferentes idades que tivessem que andar nesse mesmo local? Você as ajudaria a driblar as dificuldades de acessibilidade no local?

A foto acima foi tirada na manhã de quinta-feira, 29/1, no mesmo local. A rua Hermílio Alves é a principal via de entrada e saída do bairro de Santa Tereza para quem usa a Avenida do Contorno. O trânsito de veículos é volumoso nas duas mãos da pista de rolamento e os passeios para pedestres são estreitos, como se vê, mas fazem parte da história.

Até a tarde desta segunda nada tinha sido feito pela Administração Municipal para resolver o problema. Os galhos cortados da árvore já estavam lá desde o início da semana passada.

Espero que os usuários do local estejam reclamando e insistindo com suas reclamações na Prefeitura. É claro que poderá surgir alguém dizendo que está sendo feita uma adequação das árvores do bairro, com supressão ou poda. Mas a pergunta é simples: qual é o critério para se fazer o processo completo e com a garantia de segurança para todos os envolvidos? Qual seria o tempo máximo necessário para essa operação?

Só falta também surgir alguém dizendo que a ausência de critério é o critério, e que deve ser usado o bom senso. Se refletirmos um pouco mais perceberemos que sempre que houver critério, não será necessário apelar para o bom senso.

observacao_e_analise_acessibilidade_santa_tereza

Fotos: Marina Borges e Sérgio Verteiro

Na rua Almandina, paralela à Hermílio Alves, a acessibilidade também está difícil para quem usa o passeio público. Quase na esquina com a rua Bueno Brandão, a única diferença entra a quinta passada e ontem é que foi feito um serviço meia-boca, remendando um pouco do passeio mas deixando torrões de terra vermelha e entulho.

E a gente vai ficando para trás, mesmo pagando o IPTU em dia, que não nos é retribuído com serviços de qualidade.

  Comentários