Curtas e curtinhas

por Luis Borges 9 de junho de 2025   Sem categoria

Juros do empréstimo consignado
A taxa de juros anuais para os empréstimos consignados feitos por trabalhadores que tem carteira assinada passou de 44% em março para 59% em abril. A expectativa do Governo Federal era que a taxa ficasse entre 24% e 26% ao ano, conforme acontece com os servidores públicos que possuem estabilidade bem como com os aposentados e pensionistas do INSS que tem proventos garantidos até o fim da vida.

Em abril, o volume de empréstimos consignados privados chegou a R$5,5 bilhões, enquanto em março ficou em R$2,2 bilhões. Naquele mês o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS ainda não estava sendo usado como garantidor do empréstimo em demissão do trabalhador. Como sempre, quem ganha é o mercado financeiro, para onde tudo caminha.

A cansativa falação sobre a declaração do Imposto de Renda
Ainda bem que terminou no dia 30 de maio o prazo para a entrega da declaração do imposto de renda das pessoas físicas sem multa. Como acontece todos os anos, a falação foi intensa em todas as mídias para lembrar a importância de se juntar a documentação necessária e entregar dentro do prazo para não pagar multa.

O que ninguém lembrou foi que a tabela do imposto de renda está defasada em 150% no acumulado dos últimos 29 anos, em função dos múltiplos congelamentos ou correções parciais. É isso que acaba ajudando a aumentar a quantidade de pessoas obrigadas a declarar e pagar imposto a cada ano que passa. Nesse ano foram entregues 43,3 milhões de declarações até a data marcada (a Receita Federal esperava 46,2 milhões de declarações), ante 42,4 milhões no ano passado e 41,1 milhões em 2023. A receita Federal do Brasil prossegue vigilante no cumprimento de sua missão arrecadatória.

Transplantes crescem, mas fila de espera continua grande
O Ministério da Saúde informou que foram realizados 30,3 mil transplantes de órgãos e tecidos humanos em 2024, o maior recorde da história. Entre os órgãos transplantados, os rins ficaram em primeiro lugar com 6.320 casos, seguido pelo fígado com 2.454, enquanto entre os tecidos houve 17.107 transplantes de córneas. O Sistema Único de Saúde – SUS realizou 85% dos transplantes, para os quais desembolsou R$1,47 bilhão.

Ainda segundo o Ministério da Saúde, atualmente existem 78 mil pessoas na fila de espera pela doação de um órgão ou tecido. Mesmo com o recorde do ano passado, o número de doadores caiu, o que exigirá a intensificação da campanha pelo aumento das doações, tanto por decisões individuais prévias quanto por familiares após a morte de uma pessoa.

Quem já recebeu um transplante ou está na fila de espera aguardando a sua vez sabe bem o que é a expectativa e a ansiedade pela chegada do momento em que a cirurgia acontecerá. Mas, viva o SUS!

Luis Borges
  Comentários
 

Em outubro do ano passado a população brasileira elegeu ou reelegeu os prefeitos, e também os vereadores, dos 5570 municípios brasileiros para um mandato de 4 anos.

Após 5 meses da posse e quase 8 meses da eleição, que avaliação pode ser feita em relação às entregas prometidas durante a campanha eleitoral? Será que ela ainda continua enquanto o prefeito faz aparições aqui e ali, cheio de conversas, mas sem efetividade? Quais são as metas e as medidas dos planos de ação para que elas sejam atingidas? É preciso parar de falar em objetivos genéricos, como se fosse uma carta de intenções, e parar de chorar sobre a falta de recursos financeiros, humanos e materiais. Qual é o modelo de gestão adotado?

Mas por que é preciso se preocupar com o que acontece no cotidiano dos municípios cheios de problemas que só reduzem a qualidade de vida das pessoas? Simplesmente por que é nos municípios, na área urbana e na zona rural, que as pessoas vivem e sobrevivem. É onde o poder político é percebido mais de perto e diferente em relação à distante capital do Estado ou da capital federal, muito embora os danos causados possam ser bastante prejudiciais.

Lembremos que dia 20 de maio a Confederação Nacional do Municípios – CNM fez a 26ª Marcha Anual dos Prefeitos à Brasília. Muitas são as reinvindicações, mas quanto custou aos cofres dos municípios que participaram do evento a ida de seu prefeito e comitiva até lá?

Mas o que percebo, após estes 5 meses na cidade de Belo Horizonte, no bairro onde moro há 3 décadas, é a continuidade da sujeira nas ruas e praças, muito lixo jogado nas calçadas, veículos abandonados, falta de coleta de lixo para reciclagem, ausência de uma campanha educativa permanente sobre coleta do lixo domiciliar e comercial, mesas de bares ocupando as calçadas das vias públicas impedindo o direito de ir e vir das pessoas…

Este é apenas um exemplo dos muitos problemas crônicos e os demais que persistem são os mesmos crônicos de sempre: insegurança, barulho acima dos limites estabelecidos pela Lei do silêncio, buracos nas calçadas e nas vias públicas, trânsito desorganizado impactando a já deficiente mobilidade urbana…

Então só nos resta combater a inércia e a indiferença para continuar exigindo a prestação de serviços públicos de qualidade e transparência na prestação de contas dos recursos gastos.

Luis Borges

  Comentários
 

A verdade dos provérbios

por Luis Borges 28 de maio de 2025   Convidado

por Sérgio Marchetti*

Desde criança, além de ter sido questionador, tive admiração por frases ricas e profundas. Entretanto, ao ver que nossa educação pretende mais massificar do que despertar o lado crítico, me deixa desiludido e apreensivo quanto ao futuro das pessoas.

A curiosidade em compreender os jogos de palavras e os porquês da criação de pensamentos me fez mergulhar no mundo especial da literatura. Descobri que existe nos provérbios, ao contrário do que pensam, uma cultura profunda. Diversos escritores se utilizaram deles em suas obras, enriquecendo a narrativa com elementos da cultura oral e transmitindo mensagens de sabedoria popular. Salomão, filho do rei Davi, escreveu por volta de 3 mil provérbios e 1005 cânticos.

Mas foi na altura dos meus dezessete anos que conheci Dom Quixote de la Mancha, de Miguel de Cervantes, e a riqueza dos provérbios e ditos populares que abrilhantaram ainda mais sua obra prima.
Vocês, sábios leitores, já pararam para pensar na frase de Dom Quixote? “Lutar com monstros é algo nobre; pois quem não tentou não pode se queixar de como as coisas são.” Quantas interpretações podemos ter? Quais monstros? Internos ou externos? Lutar? Algo nobre?

Eis as verdades em alguns dos ditos populares: “Diga com quem tu andas e te direi que és”. Uma alusão perfeita de que aqueles que andam com pessoas boas também são bons. O contrário também é verdadeiro: um homem honesto não consegue conviver com um homem desonesto. Um ditador terá a companhia de ditadores, um ladrão irá conviver com ladrões etc.

Vejamos mais alguns provérbios: “É dando que se recebe”. Pensaram besteira? Ele gera interpretações dúbias… “Água mole em pedra dura tanto bate até que fura “, “Uma andorinha só não faz verão”, “De grão em grão a galinha enche o papo”, “Para bom entendedor, meia palavra basta”, “Casa de ferreiro, espeto de pau”, “O que os olhos não veem o coração não sente”, “Papagaio que acompanha João-de- Barro vira ajudante de pedreiro”, “Deus escreve certo por linhas tortas”, “Onde há fumaça, há fogo”.
É importante para o cérebro o ato de pensar, de ler nas entrelinhas e decifrar as mensagens. O embotamento é um crime que se comete contra a saúde mental. Robotizar, oprimir, repetir mentiras até que se tornem verdades nos cérebros dos incautos é uma prática abominável, utilizada por pessoas e sistemas inescrupulosos que desejam dominar a qualquer custo.

Aos leitores, aconselho que leiam autores diferentes, tenham suas próprias opiniões e saibam que “Contra fatos não há argumento”.

Creiam, “Há algo de podre no reino da Dinamarca”.

E não se esqueçam, “Quem avisa, amigo é”.

 

Sérgio Marchetti

*Sérgio Marchetti é consultor organizacional, palestrante e Educador. International Certification ISOR em Holomentoring, Coaching & Advice (coaching pessoal, carreira, oratória e mentoria). Atuou como Professor de pós-graduação e MBA em instituições como Fundação Getúlio Vargas, Fundação Dom Cabral, Rehagro e Fatec Comércio, entre outras. É pós-graduado em Administração de Recursos Humanos e em Educação Tecnológica. Trinta anos de experiência em trabalhos realizados no Brasil e no exterior. www.sergiomarchetti.com.br

  Comentários
 

Um cliente do Banco Itaú fez um seguro para o seu automóvel e optou pelo pagamento à seguradora em cinco parcelas mensais debitadas em sua conta corrente. Quando o banco recebeu a solicitação para fazer o débito na conta, entrou em contato com o cliente para que ele autorizasse a operação para cada uma das cinco parcelas.

Não conheço o modelo de gestão do Banco Itaú, mas no mínimo deve ser muito consistente, seguro digitalmente, além de ter auditoria dos processos do sistema para verificação da conformidade com o que foi especificado. Deve ter um Compliance ativo, ou seja, “conjunto de práticas e procedimentos que uma organização adota para garantir o cumprimento de leis, regulamentos, normas e padrões éticos”. Também imagino que exista a crença em fundamentos da gestão como “quem não mede não gerencia”, “quem não controla não gerencia” e “é preciso ter mecanismos à prova de bobeira”.

No atual estágio do capitalismo, tudo caminha para o segmento financeiro como a água dos rios vai para o mar. Assim sendo, no primeiro trimestre deste ano o lucro líquido do Banco Itaú foi de R$ 11,1 bilhões e no ano de 2024 ficou em R$ 41,4 bilhões, sempre em primeiro lugar no ranking dos bancos brasileiros.

Enquanto isso estamos convivendo com todas as informações sobre descontos não autorizados nos pagamentos dos proventos de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS a favor de 41 entidades. Os fatos e dados que estão sendo revelados nas tentativas para verificar desde quando tudo começou, qual é a extensão do rombo gerado com as fraudes e como ressarcir com juros e correção monetária os segurados lesados estão na pauta diária.

Fico pensando como deve ser o modelo de gestão do negócio usado pelo INSS e pelos demais órgãos públicos nos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário na União Federal, Estados e Municípios.

São frequentes as denúncias de problemas mostrando distância entre a intenção e o gesto, entre o orçado e o realizado e um desequilíbrio das contas públicas, um cenário de aumento da tributação e também dos gastos e desperdícios.

Para onde vai o dinheiro surrupiado? E para quem, quantos e quais? Até quando a população vai continuar pagando para não ter o retorno com a qualidade esperada?

Rombo no INSS, prejuízo nos Correios, emendas parlamentares, obras na Codevasf…

  Comentários
 

Está fazendo um mês que o engenheiro Paulo Souza Júnior, o Paulinho Souza, celebrou seu aniversário de nascimento. Ele nasceu em Araxá, cidade eterna e capital secreta do mundo, e é o filho primogênito do Senhor Paulinho e Dona Lina.

A propósito da data o engenheiro, tecladista e pianista Paulinho Souza escreveu o capítulo 75, uma pensata abordando suas percepções nesse momento da vida.

Leia esse novo capítulo, na plenitude de sua sábia maturidade, postado a seguir:

CAPÍTULO 75

Na vastidão do espaço-tempo, que a cada dia se descobre ainda maior, é que me perco ao compreender que esta nossa terra nada mais é do que um minúsculo ponto no mapa do universo. É aí, neste isolado lugar, que o espetáculo da vida se faz presente, onde todo o amor e ódio, toda riqueza e miséria, todo céu e inferno se encontram – onde toda a paixão humana arde e se exaure.

Por mais ardorosos que sejam os nossos desejos de longevidade, daqui a um século e pouco, ninguém de nós que hoje vive restará. Tal como a terra no universo, a nossa insignificância neste mundo se comprovará. Mas ao enxergar esta nossa fragilidade é impossível não reconhecer a magnitude do presente divino que é a vida e do absurdo privilégio de se saber vivo neste aqui e agora. Enquanto meu tempo não se esgota, e no mínimo instante dele que ainda me reste, será sempre a hora de agradecer o milagre do acaso, a oportunidade única, a sorte imensa de conviver com todos vocês com quem pude sentir a dor e a delícia de ser o que sou!

Paulo Souza Junior – 11-04-2025

  Comentários
 

O Brasil visto de lado…

por Convidado 6 de maio de 2025   Convidado

por Sérgio Marchetti*

Na época da ditadura militar, Vandré escreveu, como abertura de sua música Terra Plana, os seguintes versos: Meu senhor, minha senhora/ Me pediram pra deixar de lado toda tristeza/ Pra só trazer alegrias e não falar de pobreza/ E mais: prometeram que/ se eu cantasse feliz, agradava com certeza/ Eu, que não posso enganar, misturo tudo o que vivo/ Canto sem competidor, partindo da natureza do lugar onde nasci/Faço versos com clareza, à rima, belo e tristeza/ Não separo dor de amor/Deixo claro que a firmeza do meu canto vem da certeza que tenho/ De que o poder que cresce sobre a pobreza e faz dos fracos riqueza/ É que me fez cantador.

Foi um desabafo de um artista verdadeiramente patriota! Uma forma de expressar sua indignação com o sistema vigente. Realmente, caros leitores, ainda hoje, muitas coisas nos aborrecem.

E “Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu”

Falta cor e energia neles. São um incentivo ao descrer, ao duvidar da bondade humana, e a ficar estarrecido com o cinismo de tantos vilões. O mundo está se transformando numa arena romana com poder, crueldade, covardia e afronta.

Sabem, quando fazemos uma brincadeira de dizer que estamos todos vendo uma camisa qualquer da cor vermelha, quando na verdade ela é azul? E aí chega uma nova pessoa no recinto e, propositalmente, fazemos a pergunta aos que já estavam presentes: — qual é a cor da camisa? E, para surpresa do que chegou agora, todos respondem que é vermelha. Naquele momento a gente sente que estão menosprezando nossa capacidade mais básica de compreensão.

Eu queria perguntar tantas coisas que não compreendo, mas não posso. Gera conflito, pois podemos ferir o “brio” e sermos mal interpretados por discordar de determinadas atitudes de quem defende a democracia atual.

Resolvi, então, abrandar minha tristeza ouvindo música boa, que só poderia ser antiga.

“Amanhã vai ser outro dia/ Hoje você é quem manda/ Falou, tá falado/ Não tem discussão, não/A minha gente hoje anda falando de lado / E olhando pro chão, viu/ Você que inventou esse estado/ E inventou de inventar/ Toda a escuridão/você que inventou o pecado/ esqueceu-se de inventar/ O perdão/”

Em minha nostalgia, busquei ainda outra música: Alegria, alegria.

“Caminhando contra o vento/ sem lenço sem documento/ no sol de quase dezembro/ eu vou…”

Já esta música, está desatualizada. Não se pode caminhar pelas ruas e parar nas praças do Brasil, sem sermos assaltados, agredidos incomodados e até expulsos pelos novos proprietários.

Mas, de repente, um alento, o jornal da TV e as propagandas políticas nos falam de um Brasil sem fome, de uma democracia com ares à frente de nosso tempo, (talvez por isso ainda não tenha sido compreendida), com recordes de impostos (que maravilha), contenção de gastos, princípios de igualdade em plena recuperação, depois de ter recebido uma administração desastrosamente sem dívidas. E, graças a Deus, não há mais miséria, nem queimadas na Amazônia, e os Yanomamis já não têm óbitos. Não é preciso mais músicas para salvar a floresta. Os cantores e artistas heróis, que com tanto ardor e amor pela pátria, defenderam aquelas matas, já podem se dedicar aos seus trabalhos com o apoio merecido da Lei Rouanet.

Agora, sem inflação, sem desemprego, cesta básica acessível, saúde para todos e com medidas severas que acabaram com a fome, e com a corrupção, conforme anunciado repetidas vezes, estamos mais tranquilos. Tanto é que CGU fechou o departamento de combate à corrupção.

Enfim, nos resta constatar e acreditar que não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe (embora demore).

 

Sérgio Marchetti

*Sérgio Marchetti é consultor organizacional, palestrante e Educador. International Certification ISOR em Holomentoring, Coaching & Advice (coaching pessoal, carreira, oratória e mentoria). Atuou como Professor de pós-graduação e MBA em instituições como Fundação Getúlio Vargas, Fundação Dom Cabral, Rehagro e Fatec Comércio, entre outras. É pós-graduado em Administração de Recursos Humanos e em Educação Tecnológica. Trinta anos de experiência em trabalhos realizados no Brasil e no exterior. www.sergiomarchetti.com.br

  Comentários
 

Curtas e Curtinhas

por Luis Borges 29 de abril de 2025   Curtas e curtinhas

Projeções para aposentadorias de servidores públicos federais

O Ministério da Gestão e Inovação estima que mais de 150 mil servidores federais do Poder Executivo vão se aposentar entre este ano e 2034, o que deve aumentar a pressão sobre os serviços estatais. O número representa 25% do quadro total de servidores do Executivo. Ao mesmo tempo em que o poder público digitaliza mais atividades e reduz a necessidade de contratações, o ministério da gestão faz um trabalho de dimensionamento da máquina pública para definir quantos concursos serão necessários para repor a força de trabalho que se aposentará.

Isso nos faz pensar em como poderia ser uma reforma administrativa nos Poderes da União Federal, Estados e Municípios que são mantidos com os tributos – impostos, contribuições e taxas – pagos pela população Brasileira.

Uma proposta de novo código eleitoral

Está em discussão na Comissão de Constituição e Justiça do Senado o projeto do novo código eleitoral que amplia a possibilidade de atuação de líderes religiosos em campanhas políticas.

A proposta prevê que manifestações político partidárias em templos não poderão ser objeto de limitações e restringe a condenação de líderes por abuso religioso. Em caso de manifestação de preferência por candidaturas, a lei atual proíbe pedir votos em igrejas.

A conferir!

A volta da Bandeira Amarela nas contas de energia elétrica

O mês de maio marcará a volta da Bandeira Amarela nas contas de energia elétrica, após 5 meses sem taxa extra. O acréscimo será de R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos. O argumento é o mesmo desde a criação das Bandeiras Amarelas e Vermelhas nível 1 e 2 em janeiro de 2015 para compensar a utilização das caras e poluentes usinas termelétricas diante da baixa do nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas.

Enquanto o tempo vai passando, o clima vai mudando para pior e a falação continua sobre a matriz energética brasileira, agora com ênfase no uso da energia eólica e fotovoltaica. O que acaba prevalecendo é que sempre há um espaço para as usinas térmicas e até para as nucleares.

Quando os preços dos combustíveis cairão?

A política de preços da Petrobrás leva em conta a variação da cotação do dólar e o preço do barril de petróleo. Nesses meses iniciais do tarifaço unilateral imposto pelos Estados Unidos da América, as cotações do dólar e do petróleo tiveram uma boa queda. Na segunda-feira, 28 de Abril, o dólar foi cotado a R$ 5,64 e o barril de petróleo a U$ 65,86.

Quando será que a Petrobrás admitirá que já será possível reduzir os preços dos combustíveis (gasolina, óleo diesel) para as refinarias, para que em algum momento sequente também chegue aos postos de combustíveis?

Como sabemos, para aumentar preços é tudo muito rápido, mas para baixar há muitos obstáculos.

Os Rumos da Inflação Brasileira

Os dados publicados pelo Boletim Focus do Banco Central na segunda-feira, 28 de abril, mostraram que a estimativa da inflação brasileira medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA do IBGE para 2025 recuou de 5,57% – na semana anterior – para 5,55%. É a segunda queda consecutiva do indicador nessa pesquisa feita entre economistas do setor privado.

De acordo com o Conselho Monetário Nacional – CMN, a meta de inflação para 2025 é de 3% e será cumprida se ficar num intervalo de 1,5% a 4,5%, por causa da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Para 2026, a expectativa de IPCA subiu de 4,50% para 4,51%. A ligeira alta interrompeu uma sequência de quatro semanas de estabilidade.

Como sabemos, a inflação significa perda de poder aquisitivo, que vai ficando cada vez mais difícil de ser reposto integralmente nas negociações salariais.

  Comentários