Vale a leitura
Trabalhar em casa como autônomo – Frequentemente converso com pessoas que se dizem insatisfeitas com o trabalho assalariado, no qual cumprem a clássica jornada diária de 8h às 18h. Esse formato geralmente inclui 2 horas para o almoço, férias anuais e benefícios como plano de saúde, vale refeição/alimentação e participação em resultados. Em determinados casos a insatisfação é resolvida com o abandono da condição de assalariado e a busca do próprio negócio, que as vezes começa de maneira autônoma e feito em casa. Essa mudança de ares traz consigo outros parâmetros e exige muito conhecimento das necessidades do mercado, foco, resiliência e muita vontade de trabalhar sem a amolação de um superior hierárquico. Fazer essa virada é um desafio permanente, mas que é possível de ser vencido, principalmente quando se pensa em satisfação pessoal e se enxerga o faturamento anualmente. Leia neste artigo o relato de Thais Godinho, que há sete meses está trabalhando em casa, como autônoma, onde também vivem seu marido e seu filho de 5 anos. Você que está insatisfeito com a sua condição atual, se sente pronto para dar um salto desses? Ou será que é melhor deixar do jeito que está, para verificar como tudo ficará no final do ano, enquanto sua vida se organiza e a sua visão se clareia?
O hábito faz a crise – No último Vale a Leitura citamos alguns números importantes sobre o uso da água no Brasil. Os 10% destinados ao consumo humano são geridos pelas Companhias Estaduais de Saneamento e pelos Sistemas Municipais de Água e Esgoto, que começam a assumir a escassez do líquido, em mais um período de seca prolongada. Apesar das altas perdas, que chegam em média a 37%, o cenário é de racionamento e de multas para quem gasta água em excesso. Para se conseguir uma redução de 30% no consumo, como propôs a Copasa/MG, será necessário mudar hábitos e atitudes perante os desperdícios. Isso vale para as empresas e órgãos públicos que trabalham no setor e, obviamente, para as pessoas e organizações usuárias dessa água. Leia neste artigo a reflexão da jornalista Paula Cesarino Costa, no qual ela enfatiza que:
“Toda mudança começa ao redor de quem as deseja. Quase ninguém é monge, mas o hábito faz a crise.”
Riqueza concentrada – A riqueza de 1% da população mundial deve ultrapassar a dos outros 99%, diz a ONG Oxfam Internacional. Segundo seu documento, 80 bilionários do mundo possuem uma riqueza equivalente à de 3,5 bilhões de pessoas, ou seja, a metade da população mundial. O abismo entre pobres e ricos voltou a se acentuar a partir da crise econômica de 2008. Na prática, os super ricos acabam se vendo obrigados a viver enclausurados em suas fortalezas para se sentirem seguros diante da brutal concentração de renda. O que fazer para mudar esse quadro? Segundo o analista econômico José Paulo Kupfer, distribuir melhor esse dinheiro é parte da solução.
Meta na meta – A meta de inflação do Governo Federal já foi abordada aqui no Observação & Análise algumas vezes. Refletimos sobre a “alquimia” dessa meta, sobre os impactos da inflação no cotidiano e lembramos que essa “criatividade” na hora de fixar e acompanhar metas contraria os princípios da gestão. Por isso, indicamos a leitura deste artigo do economista Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central. Ele defende que devemos nos focar na meta de 4,5% no lugar de, enganosamente, pensarmos que o índice de 6,41% da inflação de 2014 foi um resultado aceitável e dentro da meta. Boa leitura!