Curtas e curtinhas

por Luis Borges 27 de junho de 2016   Curtas e curtinhas

Inflação dos preços administrados

As tarifas postais da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos foram reajustadas na semana passada em 10,64% com o objetivo de recompor a inflação específica do setor nos últimos 12 meses. Nesse mesmo período o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE ficou em 9,32%. Outro fato importante é que as tarifas já tinham sido realinhadas em dezembro de 2015 para compensar a ausência de reajustes em 2013, mas é importante percebermos o impacto que os preços administrados pelo Governo Federal causam aos índices que medem a inflação. Eles geralmente ficam acima do índice do IPCA, que é a inflação oficial para as famílias que tem renda de até 40 salários mínimos.

Segundo as expectativas do Ministério da Fazenda o reajuste aumentará a receita mensal dos Correios em 60 milhões de reais.

Privatização agora não

O Governo Federal renegociou a dívida dos estados com a União e assumiu um déficit de 50 bilhões de reais em função dos novos prazos e percentuais estabelecidos. Logo surgiram especulações sobre a privatização de empresas estaduais para abater no montante das dívidas. No caso do quebrado estado do Rio de Janeiro, o Secretário de Desenvolvimento Econômico, Marco Capute, negou a privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) lembrando que, se isso acontecesse agora, a empresa seria vendida na “Bacia das Almas”. Segundo ele a empresa está fazendo novos investimentos em 13 municípios do interior e precisa ser preparada para uma venda num tempo mais à frente.

A renegociação das dívidas dos estados ainda vai gerar muitas reivindicações e propostas, mas fico com a sensação de que o Tesouro Nacional é uma grande financeira, semelhante a um saco sem fundo, onde tudo pode ser possível acontecer, inclusive grandes perdas em função de muitas situações que podem ser caracterizadas como resultados de gestão temerária.  Como nem sempre os atos têm consequências…

abuso financeiro contra idosos

Oi, Anatel, clientes e credores

A Oi possui 70 milhões de clientes de telefonia fixa e móvel em 25 estados do país e uma dívida de 65 bilhões de reais. Desse montante 4,5 bilhões são devidos ao BNDES e 6,5 bilhões à Caixa Econômica Federal e ao Banco do Brasil, ou seja, 17% do total. Além disso, a empresa deve também ao governo 5 bilhões em multas.

A sonhada “super tele” não aguentou tamanha dívida em meio a tantos erros de estratégia e gestão. A saída encontrada foi o pedido de recuperação judicial feito à justiça em 20/06. Logo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), sempre muito ciosa de suas funções de reguladora e fiscalizadora do setor, afirmou estar muito atenta para evitar prejuízos aos clientes da empresa.

É muita retórica, principalmente diante de tantos e tantos casos que são contados por muitos clientes sobre a qualidade dos serviços que receberam ou deixaram de receber.

Será que dá para adivinhar quem e quais serão os perdedores após essa quebra?

Mais um rombo

Sobrou para os aposentados e pensionistas do Fundo de Pensão da Petrobras, o Petros, o ônus de arcar com 8 bilhões de reais – a partir de 2017 e durante 18 anos – para cobrir metade do atual rombo do Fundo. A outra metade caberá à Petrobras. Na verdade o rombo total ultrapassa os 22 bilhões de reais sendo que parâmetros técnicos da Secretaria de Previdência Complementar admitem no máximo 6 bilhões como limite suportável para déficit em função do porte do Fundo. Logo, o prejuízo sobrou para os trabalhadores que pouparam ao longo do tempo para usufruir após a aposentadoria e à combalida Petrobras, surrupiada como sempre.

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Vale a leitura

por Luis Borges 24 de junho de 2016   Vale a leitura

O estigma da solteirona

A sociedade em que vivemos tem, em sua cultura, a mania de cobrar insistentemente das pessoas o porquê do seu não casamento, notadamente a partir dos 30 anos de idade nos tempos mais recentes. O peso maior ainda recai sobre as mulheres e sempre vem acompanhado de alertas sobre aspectos ligados ao momento limite para se engravidar ou ao clássico “quem não se casa fica para titia”. Esse é o tema que Beatriz Vichessi aborda no artigo Mulheres ainda sofrem com o estigma de solteirona.

“Sem muita cerimônia, as pessoas falam coisas como “Você já está com mais de 30 anos e não está pensando em se arrumar na vida? Depois não vai dar tempo de ter filhos!” ou “Você não tem medo de sobrar? Logo, não vai ser mais bonita assim, o corpo envelhece e você vai ficar para titia”. Não raro, os comentários só cessam quando a solteira tem uma posição profissional sólida, bem remunerada e de sucesso. Mas, mesmo assim, as pessoas encaram o fato como um prêmio de consolação, dizendo: “Pelo menos, você tem uma carreira.”

Divisão de bens após o fim do casamento

Muitos são os casos que chegam ao nosso conhecimento abordando as dificuldades para se dividir os bens adquiridos por um casal ao longo de uma modalidade de casamento que chegou ao fim. Encontrar uma solução que leve a uma partilha amigável de bens e direitos nem sempre é tarefa fácil, principalmente quando se desconhece detalhes das leis ou não se documenta algum critério combinado quando tudo era só alegria. São questões como essas que Márcia Dessen aborda no artigo Meu, seu, nosso.

“Se o casal deixar que decidam por ele, o regime de comunhão de bens será o de comunhão parcial de bens. E, nesse caso, o Código Civil diz o seguinte: o que é dele ou dela antes do casamento assim permanece. Somente os bens adquiridos e pagos durante o período do casamento serão de ambos.

Vale lembrar que os bens individuais provenientes de doação ou herança não se comunicam, ou seja, não compõem os bens do casal. Se uma pessoa casada vender um bem incomunicável e adquirir outro, ocorrerá a substituição (sub-rogação). Assim, o novo bem adquirido tem a característica da incomunicabilidade que pertencia ao bem anterior”.

Uma oportunidade para quem quer

A crise está brava e se prolonga enquanto o desemprego aumenta e a recolocação fica cada vez mais demorada – isso quando ela ocorre. O que fazer para encontrar uma alternativa diferente dos caminhos tradicionais do emprego? Um caso que pode servir de inspiração foi relatado por Márcia Rodrigues no artigo Franquia de reparo em casas custa R$30 mil e promete lucro de R$16milNão custa lembrar que, apesar das promessas de ganhos rápidos, nenhum negócio é 100% seguro e que um bom planejamento e análise de mercado evitam muitos problemas futuros.

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A tornozeleira de “gominha”

por Luis Borges 22 de junho de 2016   Pensata

A tornozeleira é uma peça feita de malha para proteger o tornozelo, que é uma saliência óssea na articulação do pé com a perna. Pode ser feita também usando-se outros materiais como couro, prata, ouro e pérolas conforme o país e sua cultura. De uns tempos para cá, ela ganhou destaque no sistema prisional brasileiro ao ser usada para controlar pessoas cumprindo alguns tipos de sentenças fora das penitenciárias. A Operação Lava Jato da Polícia Federal ampliou bastante a visibilidade das tornozeleiras em função dos tornozelos famosos em que passaram a ser usadas e do potencial que tem para uso em tantos outros igualmente famosos. Do ponto de vista jurídico, segundo o Dicionário Informal tornozeleira é um “objeto com a função de ser fixado a uma parte do corpo humano a fim de que haja o monitoramento eletrônico do indivíduo que cumpre medida cautelar, determinada pela autoridade judicial, não prisional, tais como: proibição de frequentar determinados lugares, recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga, monitoração eletrônica, dentre outros”.

Agora surgiu uma nova e criativa modalidade de tornozeleira, feita com gominha de borracha, que é usada por diversos frequentadores de um bar que funciona há 20 anos no bairro Sagrada Família, em Belo Horizonte. A função básica do dispositivo é monitorar o inchaço do tornozelo dos frequentadores mais assíduos, notadamente os que aparecem uma vez por dia e os diaristas de dois turnos (manhã e noite). É claro que existem também os frequentadores do meio da semana e outros que emendam de sexta a domingo. O fato é que, enquanto o tempo passa joga-se muita conversa fora, um pouco de sinuca e  ótimas doses de cachaça que ocupam a metade de um copo de vidro do tipo “Lagoinha” ao preço de R$2 cada uma. Também não faltam a cerveja geladinha e alguns tira-gostos que facilitam no aumento do colesterol. Os fiéis frequentadores podem fazer o acerto de suas contas mensalmente e pagar com cartão de crédito ou débito, o que também não impede que, de vez em quando, alguém mais apertado dependure a conta.

Momentos de surpresa, aumento da falação e muita preocupação acontecem quando a tornozeleira de gominha de algum frequentador se arrebenta. É o sinal de que algo não vai bem e logo vem alguém lembrando que o colega abusou da quantidade de cachaça ou que vinha bebendo sem se preocupar com os efeitos colaterais. Outros até enaltecem a gominha alegando que, se não fosse ela, talvez o colega nem percebesse a silenciosa piora em seu quadro clínico sinalizada pelo inchaço do tornozelo. Alguns ainda brincam dizendo que o colega pode tentar recuperar a forma física frequentando o bar, mas tomando apenas uma cerveja sem álcool caso o seu médico autorize. A vida no bar não é fácil e o seu proprietário morre de medo de perder sua clientela, principalmente sabendo que é mais fácil manter um cliente do que arrumar um cliente novo ou recuperar um cliente perdido. Pior do que isso, só a morte, que de vez em quando tem chegado para alguns frequentadores do referido bar.

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O Observação & Análise abordou em diversas ocasiões o lixão que se formou e se integrou à paisagem do Bairro União, em Belo Horizonte (leia o histórico aqui). Um morador da região afirma que ele ficou ali por pelo menos dez anos, mais especificamente na Rua Arthur de Sá esquina de Rua Enoy, atrás do Minas Shopping, que fica na avenida Cristiano Machado.

Fotos: Sérgio Verteiro

Fotos: Sérgio Verteiro

Conforme foi mostrado, o ciclo do lixão tem a duração de aproximadamente 15 dias. As contribuições de natureza diversificada chegam e se acumulam, até o dia em que tudo é retirado pelo caminhão da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) da capital mineira.

Fotos: Sérgio Verteiro

Fotos: Sérgio Verteiro

Agora um fato novo esta chamando a atenção de alguns moradores da região. À limpeza feita na segunda quinzena de Maio, seguiu-se uma intervenção da Prefeitura Municipal visando modificar e requalificar aquele espaço público urbano. Por mais incrível que possa parecer – mesmo que ainda não tenham sido concluídas as obras do empreendimento – o fato é que já se passou praticamente um mês, tempo suficiente para se cumprir dois ciclos plenos de formação do lixão, e até agora o local segue praticamente sem novas contribuições.

Foto: Sérgio Verteiro

Local em junho de 2016, totalmente limpo. | Foto: Sérgio Verteiro

As fotografias recentes deste post foram feitas na sexta-feira passada, dia 17/06, e mostram que o espaço do antigo lixão continua sem receber lixo. Espero que todas as partes envolvidas no processo de preservação do local mantenham-se no firmes propósito de defendê-lo, não permitindo qualquer tipo de retrocesso advindo de pessoas físicas, empresas, comunidades ou órgãos públicos.

Que o lixão permaneça desaparecido para sempre!

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Ainda fazendo parte

por Luis Borges 19 de junho de 2016   Alguma poesia

As mãos da idosa senhora
Denotam alguma agilidade
No contato com as coisas.

Mas a textura da pele
Que as recobre
Não consegue esconder
O tanto tempo que passou.

O rosto já cansado
Ainda dá sustentação
Aos lindos olhos azuis
De córneas que já se ressecam,
Como que a exigir
Um reforço farmacológico
Para melhor conforto visual.

Se as pálpebras começam a cair
E bolsas a se formar
Marcando o rosto,
Os olhos coriscam atentos
Todo o ambiente do entorno,
Num registro instantâneo
A contrastar com a falta que sente
Da presença de mais pessoas
Para melhor conversar
Enquanto não se sente
No decurso da vida.

Resignada e poliqueixosa
Continua esperançosa
Do aumento da iniciativa
Daqueles que lhe foram próximos,
Por parentesco ou amizade,
Na esperança viva
De ter mais valor
Em suas agendas tão cheias,
Incapazes de perceber
Que a fase idosa da vida
Se aproxima para todos.

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Curtas e curtinhas

por Luis Borges 15 de junho de 2016   Curtas e curtinhas

Eleições presidenciais no Peru

O segundo turno das eleições presidenciais no Peru mostrou uma diferença de apenas 0,23% dos votos válidos na disputa entre os dois candidatos conservadores. Pedro Pablo Kuczynski, da coligação “Peruanos por el Kambio”, venceu apertadamente com 8.566.619 votos sua concorrente Keiko Fujimori, da coligação “Fuerza Popular”, que alcançou 8.527.550 votos. A diferença foi de apenas 39.069 votos num país que possui 31.488.625 habitantes segundo o Censo de 2016. Também é bom lembrar que o Presidente eleito não obteve maioria parlamentar no Congresso, o que deixa antever muitas dificuldades em futuras votações de projetos de interesse do governo.

Vale também lembrar que há 20 meses ocorreu o segundo turno das eleições presidenciais no Brasil de 200 milhões de habitantes em que a eleita venceu seu concorrente com uma margem 3,28% dos votos válidos, algo em torno de 3 milhões e 400 mil votos.  Se por aqui a luta pelo poder político continua encarniçada, vamos acompanhar os próximos passos do Peru.

Inverno chegando

O outono está chegando ao fim, marcado pelo frio, vendavais, chuvas e muitas localidades com temperaturas abaixo de zero no Sul e Sudeste do Brasil. O inverno terá inicio na segunda feira 20 de junho às 19h34 de Brasília, momento que marca o solstício de inverno no hemisfério Sul, período em que o hemisfério Norte está mais inclinado em direção ao Sol. Temperaturas baixas, dias curtos e noites longas são características marcantes da estação.

Como estão as suas expectativas faltando apenas 5 dias para a chegada da nova estação?

Nascer do Sol em Itacambira/MG

Foto: Arquivo/Sérgio Verteiro

Fusão do BB com a Caixa

Na terça-feira 07/06 o blog de Vicente Nunes, no portal do Correio Braziliense, abordou a possível fusão entre o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. O último teria suas operações absorvidas pelo primeiro, exceto a carteira imobiliária. Foi o suficiente para que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) solicitasse esclarecimentos ao Banco do Brasil, que negou veementemente a informação em comunicado ao mercado na quinta. Será? Muitos são os rumores sobre as dificuldades que a Caixa estaria enfrentando em função das interferências políticas em sua gestão. A conferir.

Migração de curso

Segundo o professor Ricardo Takahashi, pró-reitor de graduação da UFMG, 7% dos alunos que entraram na UFMG em 2014 mudaram de curso de graduação em 2015. Na sua opinião, quais seriam as principais causas desse fenômeno?

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O Galo e os livros

por Convidado 13 de junho de 2016   Convidado

* por Sérgio Marchetti

Estou escrevendo algumas bobagens que pretendo transformar em um novo livro e, para não me tirar a inspiração, hoje não quero falar de problemas de governo, propinas e desonestidade. Falarei sobre algo mais ameno: futebol. Eu quero fazer indagações, mas com foco num time da capital. Antes, porém, caro leitor, permítame  hablar sólo un poquito com usted.  Você ou vocês, melhor dizendo, já observaram que nas entrevistas de jogadores de Atlético e Cruzeiro só ouvimos os craques hablando la lengua española? Digo, castelhano e portunhol? Quanto estrangeiro! Será que foi por isso que melhoramos tanto nosso futebol? Brincadeira, gente.

Não por acaso, vou falar do Galo. São observações e análises. Eu estou impressionado com o mau rendimento da equipe. Sei das ausências, porém ainda acho que no futebol há uma condescendência muito grande para com os seus profissionais. Vou fazer um pequeno histórico.

O Atlético demitiu o Levir Culpi – que se intitulou de “burro com sorte”. São palavras dele, não fui eu quem disse tamanha ofensa. Eu apenas concordo. E é esse o título de seu livro: Burro com sorte. A diretoria não satisfeita e, ainda tomada pela emoção, contratou Diego Aguirre, desta vez sem livro mas, se escrevesse, provavelmente trocaria o “com sorte” por “sem sorte”. Não deu certo. Creio, deve ter ido para Barbacena para tentar a cura. Veio o Marcelo. Bem, ele chegou agora e estou torcendo para que dê um jeito naquele grupo de jogadores, que mais parecem soldados feridos em combate. Por enquanto, só diria que o Marcelo não está com sorte. O outro atributo – aquele ponto comum entre os dois técnicos anteriores – quero crer que ele não terá. Mas tomara que não escreva livros. Os livros não estão fazendo bem para o Galo.

Torcida do Atlético no Independência em fevereiro/2016 | Foto: Igor Costoli

Torcida do Atlético no Independência em fevereiro/2016 | Foto: Igor Costoli

Mas vamos aos jogadores. Eu aconselharia um treino de olhos vendados. Assim, quando descobrissem seus olhos, talvez acertassem mais passes. Os cegos desenvolvem outras habilidades. Pode ser uma ideia para o novo técnico. Já o nosso goleiro – sou admirador dele – mas depois que virou santo e escritor (olha o livro aí) parece que um espírito baixou nele. Anda numa preguiça de sair do gol que nem oração forte está resolvendo. E os lançamentos… o goleiro não consegue chutar a bola dentro das linhas do campo. Ele chuta para as laterais. O índice de erro é elevadíssimo. E nas bolas atrasadas ele tem se enrolado todo.  Eu sei que o rapaz tem crédito, mas está com baixa rotação faz tempo. Mas nem me falem em substitui-lo pelo Uilson.  Agora, convenhamos, a zaga também não ajuda. Quando o adversário ataca é aquele “Deus nos acuda”. E na lateral esquerda… O Lucas Cândido parece aprendiz de patinação. Já notaram? É todo desengonçado e não marca ninguém. Mas não para por aí. Tem uma turminha que joga lá na frente que não assusta nem a bebê de colo. São tão bonzinhos que reabilitaram o Dênis, goleiro do São Paulo. Deve ser o próximo a ser beatificado.

Diria que no Galo, o que tem para hoje é saudade, principalmente do Luan. O Menino Maluquinho passava garra aos colegas e alegria ao torcedor. Sem ele o futebol ficou mais pobre. Coincidência ou não, foi depois do livro.

Eu já ia voltar ao meu livro e continuar escrevendo, mas me assalta uma dúvida: será que devo? Estou me lembrando que o Muricy Ramalho, aposentado por arritmia cardíaca, também lançou um livro recentemente. Sei não…

* Sérgio Marchetti é educador, palestrante e professor. Possui licenciatura em Letras, é pós-graduado em Educação Tecnológica e em Administração de Recursos Humanos. Atua em cursos de MBA e Pós-Graduação na Fundação Dom Cabral, B.I. International e Rehagro. Realiza treinamentos para empresas de grande porte no Brasil e no exterior. www.sergiomarchetti.com.br.

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