Vale a leitura

por Luis Borges 24 de setembro de 2016   Vale a leitura

Quando o barato sai caro

Ao fazer suas compras de bens e serviços o cliente deveria olhar a qualidade intrínseca, o preço e o atendimento. Mas quando ele observa apenas o menor preço e deixa de analisar os parâmetros que definem a qualidade, é grande o risco de perder dinheiro. É o que aborda Sophia Camargo no artigo Economizar nem sempre vale a pena; veja 8 exemplos em que o barato sai caro publicado pelo portal UOL. Será que eles também servem para você?

Envelhecimento e longevidade

O envelhecimento da população brasileira tem nos mostrado como a longevidade está aumentando. A expectativa de vida é um dos argumentos mais disseminados para justificar a necessidade de uma reforma da Previdência Social diante da mudança dos parâmetros que mostram o perfil da população idosa (60 anos em diante).  Muito se fala sobre a dor e a delícia e os temores que povoam as mentes das pessoas que caminham rumo a esse momento da vida. Leandro Karnal aborda a questão no texto As corujas invisíveis do crepúsculo publicado pelo Estadão.

“A cor da vida é a cor da morte, assegura sábio ditado. Jovens chatos serão velhos chatos. Um adolescente brilhante tem chance grande de gerar um ancião da mesma cepa. No fundo, gente velha é igual a gente jovem, só que velha… Qual seria, de fato, nosso medo? Provavelmente, o receio dialoga com a questão da perda de relevância e de controle, especialmente sobre o nosso corpo”.

Paraolimpíada ou Paralimpíada?

Apesar do fim dos jogos, vale a leitura do artigo do professor Pasquale de Cipro Neto sobre a polêmica no nome oficial da competição.

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Primavera nos dentes

por Luis Borges 21 de setembro de 2016   Música na conjuntura

A Primavera começa oficialmente nesta quinta-feira, 22 de setembro, às 11 horas e 21 minutos, hora de Brasília. Ela chega precedida por um final de Inverno muito quente em Belo Horizonte, com temperaturas de até 33ºC, além de queimadas abundantes, baixa umidade relativa do ar, ventanias e mínimas gotículas de chuvas.

A Primavera é a estação do ano de que mais gosto, mesmo diante de tantas mudanças climáticas. Tenho a expectativa do rebrotar das plantas e da presença marcante das flores, contribuindo para a melhoria do astral. Por outro lado, é com muito realismo, pragmatismo, esperança e alguma poesia que entro na nova estação, sem ingenuidade perante a luta de classes que também floresce. Os problemas transbordam e a árvore da sabedoria não é a que hegemoniza a floresta.

As primeiras flores já aparecem. | Foto: Maria Cristina Borges

As primeiras flores já aparecem. | Foto: Maria Cristina Borges

Continuam preocupantes os níveis de insatisfação e intolerância de uma sociedade na qual os grupos que disputam o poder não conseguem resolver a crise em que jogaram o país. Longe do maniqueísmo, que só vê os que são “contra” ou “a favor” de determinadas proposições, existem os que não se sentem representados pelo que está aí. Uma boa demonstração disso poderá ser medida nas eleições municipais desta Primavera, diante da estimativa feita por diversos comentaristas políticos de que 35% dos eleitores devem votar nulo, branco ou se abster de comparecer às urnas.

Enquanto as chuvas não chegam e o conformismo segura um grito mais alto das ruas, só nos resta a paciência histórica de quem nunca se sente vencido na busca inteligente das transformações necessárias para que todos possam realmente viver melhor.

Muitas são as músicas brasileiras que abordam ou enaltecem a Primavera. Para este ano sugiro a escuta de Primavera nos dentes, de autoria de João Ricardo e João Apolinário, cantada pelo grupo Secos e Molhados, que contava com Ney Matogrosso nos vocais.

Primavera nos dentes
Fonte: Letras.mus.br

Quem tem consciência para ter coragem
Quem tem a força de saber que existe
E no centro da própria engrenagem
Inventa a contra-mola que resiste

Quem não vacila mesmo derrotado
Quem já perdido nunca desespera
E envolto em tempestade decepado
Entre os dentes segura a primavera
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O por do Sol em Araxá

por Luis Borges 19 de setembro de 2016   A vida em fotografias

Araxá significa na língua indígena “um lugar onde primeiro se avista o Sol”. Além de belos nasceres do astro, também é possível admirar belos poentes na cidade.

Foto: Vanderlei Pereira da Silva

Foto: Vanderlei Pereira da Silva

As fotos deste post são registros dos instantes finais do Sol poente na sexta-feira 09 de setembro em Araxá, quando o Inverno já caminhava para o fim. As imagens foram feitas do terraço de um prédio no centro da cidade.

Foto: Vanderlei Pereira da Silva

Foto: Vanderlei Pereira da Silva

Com qual frequência você consegue dar uma paradinha no ritmo intenso de sua vida para contemplar um pôr do Sol na cidade em que você mora ou visita?

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Podemos conceituar orçamento, a partir de uma visão financeira e contábil, como sendo um sistema que contém as receitas e gastos de um indivíduo, família ou organização humana, como empresas e governos. Seu período de abrangência é geralmente anual, com detalhamentos mensais. O ponto de partida para sua elaboração é a definição das premissas que regerão a conjuntura e os cenários durante a sua execução. Portanto, quanto mais consistentes forem os fatos e dados disponíveis, maior será a probabilidade de se alcançar as metas projetadas, desde que haja a devida e necessária gestão.

Neste momento os Ministérios da Fazenda e do Planejamento já enviaram ao Congresso Nacional a Proposta de Lei Orçamentária Anual de 2017 para discussão e aprovação. O mesmo ato também se repete nos estados e municípios do país envolvendo o Poder Executivo, Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores.

Situação semelhante vivem as empresas e demais organizações humanas que possuem uma gestão estruturada, que geralmente revisam nessa época seus planejamentos estratégicos com os quais os orçamentos devem se alinhar necessariamente.

Seria desejável que também as famílias e indivíduos elaborassem seus respectivos orçamentos, mas isso seria sonhar demais, embora eu conheça vários casos de famílias e de indivíduos que fazem, gerenciam e reposicionam seus orçamentos ao longo do período estabelecido.

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Quero realçar e chamar a atenção para algumas premissas que devem fazer parte de qualquer orçamento que tenha expectativa de sustentabilidade real. A primeira delas é o realismo. Não se pode trabalhar só com o desejo ou a necessidade política e contando, para isso, com o ovo que a galinha não botará. É obrigatório o equilíbrio entre receitas e gastos para que o Plano Orçamentário seja sustentável. Só chorar e se desculpar com a frustração de receitas apenas evidenciam erros no planejamento. Não há espaço para peças de ficção, embora seja essa uma prática muito comum entre governantes que superestimam receitas ou em famílias com pouca educação financeira, por exemplo.

A segunda premissa fundamental é a projeção dos principais indicadores que darão as condições de contorno para os aspectos políticos, econômicos, sociais e legais, por exemplo. É preciso ter conhecimento sobre o crescimento ou encolhimento da economia medido pelo Produto Interno Bruto, nível de emprego, inflação caminhando rumo à meta ou se afastando dela, taxas de juros, cotações de moedas como euro e dólar, perspectivas de negociações salariais…

A terceira e última premissa para a qual quero chamar a atenção é que o orçamento pressupõe uma grande capacidade de negociação e priorização entre todas as partes envolvidas pois, no geral, as necessidades são muito maiores que os finitos recursos que ainda deverão ser viabilizados.

Nunca é demais lembrar que todo orçamento precisa ter um gestor para liderá-lo. O orçamento também deve ser desdobrado em partes menores, que serão devidamente gerenciadas em função do seu tamanho e complexidade.

Esse é o tamanho do desafio para os sabedores da máxima popular que diz que “em casa que falta pão, todo mundo briga e ninguém tem razão”.

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Curtas e curtinhas

por Luis Borges 14 de setembro de 2016   Curtas e curtinhas

Rombos nos fundos de pensão

A Operação Greenfield, da Polícia Federal, investiga rombos nos fundos de pensão Postalis (Correios), Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras) e Funcef (Caixa) que podem chegar a 50 bilhões de reais. A gestão temerária e fraudulenta atingiu em cheio o complemento de aposentadorias e pensões dos trabalhadores dessas empresas.

Agora o prejuízo sobrou para os próprios trabalhadores, ativos e inativos, associados aos fundos e, é claro, para as empresas estatais às quais pertencem. Em última instância, sobrou para os contribuintes brasileiros. As tenebrosas transações que estão sendo reveladas mostram a disseminação e o avanço da tecnologia usada de maneira sistêmica no caso do propinoduto da Petrobras. A missão, a visão, as crenças e os valores foram ignorados e substituídos pelas piores e danosas práticas com a conivência, omissão ou subserviência de Conselhos de Administração, Diretorias, Comitês de Investimentos, Conselhos Fiscais, Órgãos Externos de Fiscalização…

Previdência Complementar em números

Os dados da Associação Brasileira das Entidades de Previdência Fechada (Abrapp), que participa do Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC), mostram que existem 307 fundos de pensão no país. Esses fundos administram um patrimônio de 720 bilhões de reais e pertencem a associações, empresas públicas e privadas.  São 7,2 milhões de pessoas beneficiadas pelo sistema.

Como se vê pelo tamanho do negócio que complementa o valor de aposentadorias, não dá para abrir mão de gestão, governança corporativa, programas de compliance, efetividade da regulação e muito menos da da vigilância permanente dos participantes.

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Tarifa branca para a energia elétrica

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou as regras para a aplicação da tarifa branca de energia elétrica. O objetivo é cobrar do consumidor um valor menor para a energia consumida fora dos horários de pico de demanda. Hoje, os picos são no final da tarde / início da noite dos dias úteis. As distribuidoras terão prazo até 1º de janeiro de 2018 para colocar a tarifa branca em operação e também terão que fazer campanhas educativas, já que a adesão a essa tarifação será facultativa.

É bom lembrar que, enquanto isso não acontece, continuaremos aguardando o próximo período chuvoso do Sudeste brasileiro e, em 31 dias, teremos em vigor o horário de verão em parte do país, desenhado justamente para diluir o impacto do pico de consumo de energia.

Saques na caderneta de poupança

No período de janeiro a agosto de 2016 os saques superaram os depósitos na caderneta de poupança em R$48,187 bilhões, de acordo com o Banco Central. Foi o segundo pior desempenho da série histórica. Mas o jeito é queimar as reservas mesmo, pois é muito difícil sobreviver à longa recessão econômica, ao altíssimo índice de desemprego e à perda real de poder aquisitivo dentre outras causas. Haja paciência histórica!

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O essencial é invisível aos olhos

por Convidado 12 de setembro de 2016   Convidado

* por Sérgio Marchetti

– O mundo mudou!

Esta é uma frase que temos ouvido com tanta frequência que já se tornou repetitiva. Segundo alguns pesquisadores, no século XV marinheiros se recusavam a navegar além de certo ponto, com medo de que seus navios deslizassem para fora da Terra.

Constata-se que antigos conceitos, como o de que “o Sol gira em torno da Terra”, atrasaram nossa evolução até a descoberta de que a Terra é que girava em torno do Sol.

Vencida aquela etapa, hoje temos outros paradigmas e não os percebemos como deveríamos. Outros há que se orgulham de não mudar, de não aceitar novas realidades.

Sabemos que negar o óbvio é uma atitude irracional. Então, além da necessidade de correção da visão externa, devemos atentar para a visão interna, pois o autoconhecimento será imprescindível ao homem atual para suportar a transformação de valores. Esse novo cidadão deverá pesquisar seu interior para encontrar respostas e soluções para os problemas existentes e para os que hão de vir.

Parece, então, que para sobrevivermos ao novo mundo teremos que desenvolver nossa visão e nossa sensibilidade para percebermos os cenários atuais e visualizarmos as tendências. Mas, ainda assim, não será fácil prever o futuro, pois as mudanças serão tão velozes e inovadoras que nem Peter Drucker, há alguns anos, ousou anunciá-las.

Em tempos acinzentados, onde a incógnita do que está por vir se acentua, será preciso ter outro tipo de visão. Não só a de antecipação mas, sobretudo, de um olhar de reaprendizagem, de interpretação e aceitação de um novo universo, que muitas vezes se confunde com enorme sanatório, no qual cidadãos inebriados compram por impulso, se locomovem e agem como robôs e, apesar de esclarecidos, aderem ao “Pokémon Go” numa caça nomofóbica e incompreensível às mentes que valorizam o essencial e não o supérfluo.

Diante dos desequilíbrios do homo sapiens e da incredulidade do que vemos com os olhos, vale lembrar de Antoine de Saint-Exupéry que nos ensina que “Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos”.

* Sérgio Marchetti é educador, palestrante e professor. Possui licenciatura em Letras, é pós-graduado em Educação Tecnológica e em Administração de Recursos Humanos. Atua em cursos de MBA e Pós-Graduação na Fundação Dom Cabral, B.I. International e Rehagro. Realiza treinamentos para empresas de grande porte no Brasil e no exterior. www.sergiomarchetti.com.br.

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Vale a leitura

por Luis Borges 11 de setembro de 2016   Vale a leitura

Começar de novo o quê?

Na atual conjuntura do país estamos sendo confrontados cada vez mais pela situação de desemprego, seja ele de próximos ou até mesmo o nosso. Como se posicionar num momento tão difícil? O artigo Perdi o emprego. E agora? De mudar de carreira a abrir o próprio negócio, saiba o que fazer (e o que não fazer) apresenta um “guia de sobrevivência” a essa fase. A reportagem aponta quatro possíveis caminhos, e alerta:

“ao escolher qualquer caminho, é preciso deixar de lado o desespero e refletir sobre suas habilidades, defeitos e desejos, além das necessidades do mercado. Quais são suas qualidades? No que deve melhorar? E do que o mercado precisa hoje?

“A primeira coisa é se convencer de que é uma situação passageira. Aproveite esse momento para pensar na sua carreira. Se está desempregado, foi algo conjuntural ou pessoal? Como tem sido sua trajetória até aqui? Você precisa se entender”, diz Márcia Damia, administradora e vice-coordenadora do Escritório de Desenvolvimento de Carreiras da USP.”

É viável a redução da jornada de trabalho?

Entre as diversas propostas para a possível (e polêmica) Reforma Trabalhista, está a redução da jornada de trabalho. Bandeira dos movimentos sociais, a diminuição da jornada de 44 h semanais tem sido falada há tempos e diversas variáveis devem ser consideradas por quem deve estudar o assunto com profundidade e consistência. Uma boa contribuição para isso está no artigo Por que ainda trabalhamos 8 horas por dia? Especialistas respondem.

“Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 2015 teve a menor jornada média de trabalho já registrada no Brasil, com 39,9 horas semanais. Para Giuseppina De Grazia, doutora em sociologia pela USP (Universidade de São Paulo) e professora aposentada da UFF (Universidade Federal Fluminense), considerando o conjunto da população de empregados, desempregados e trabalhadores parciais, esse índice não reflete uma redução real. “Enquanto uns trabalham de 50 a 60 horas, fazendo extra para não perder o emprego ou aumentar o salário, outros são obrigados a sobreviver de bicos temporários e precarizados”, diz.”

Sem chance de poupar

Um colchão financeiro é sempre um facilitador para quem quer superar, com alguma tranquilidade, momentos difíceis e inesperados no curso da vida. Poupar o dinheiro para fazer o colchão é um grande desafio e, para muitos, é impossível em função de diversas causas. Mas será que é tão impossível assim? É o que aborda Sophia Camargo no artigo Poupar é missão impossível? 9 vilões que impedem você de guardar dinheiro. Os pequenos gastos estão entre os vilões apresentados:

“Tomar aquele café com pão de queijo na padaria são R$ 10 a menos no bolso. Se for todo dia, são R$ 300 a menos por mês. Se você guardasse esses R$ 300 por mês*, em um ano teria R$ 3.639. O que você faria com esse dinheiro extra?”

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