Na manhã do sábado 23 de março, por volta das 9 horas e 30 minutos, recebi a notícia de que o amigo Paulo Roberto Takahashi havia desencarnado às 4 horas. Fiquei pasmado, assustado diante da inesperada informação.

Passei a refletir, mais uma vez, sobre a finitude da vida e o quanto imagino que estamos preparados para recebê-la. Percebi mais uma vez diante dessa e de outras perdas recentes de pessoas próximas que, por mais que tenhamos consciência da finitude, nada nos alivia do choque trazido pela força cortante que nos arrebata alguém tão próximo. Foi assim que me senti, mas foi inevitável voltar no tempo, ao século passado, quando eu o conheci na escola de Engenharia da UFMG em 1977, portanto, há 47 anos. Muitos foram os momentos vividos e que se encontram registrados na parede da minha memória.

As primeiras vivências foram no movimento estudantil da UFMG, na luta pela democracia e por uma sociedade mais justa socialmente. É importante lembrar a sua passagem como presidente da COTEC em 1980, a Cooperativa e Editora de Cultura Técnica da Escola de Engenharia da Federal.

Fui convidado para ser seu padrinho quando se casou com Miriam na Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem, em Belo Horizonte, no ano de 1982. Lembro-me bem do final da tarde daquele sábado e do seu emocionado choro ao pé do altar. Depois vieram o filho Marco Paulo, as filhas Thaís e Silvia e as netas Maria Paula, Agnes e Elis na amplitude dos laços de uma família pautada  pelo equilíbrio com muito amor.

Acompanhei sua trajetória profissional como engenheiro civil e gestor atuando na Superintendência de Desenvolvimento da Capital – SUDECAP – notadamente como Diretor de Manutenção e Superintendente. Como ele conhecia Belo Horizonte e discutia soluções para os seus problemas dentro de uma realidade orçamentária!

Eu e Takahashi sempre conversamos muito, numa pauta bem diversificada e ele sendo muito claro e firme em suas crenças e valores. De vez em quando ele soltava um ou dois palavrões, só para reafirmar o seu ponto de vista na conversa e na discussão.

Admirável era a sua biblioteca com mais de 3000 volumes em temas bem diversificados.

Nos últimos tempos conversamos muito por telefone, principalmente a partir da pandemia da covid-19. Aliás, nosso último encontro presencial ocorreu há pouco mais de dois anos no Restaurante Barril, que fica na BR 262, Município de Luz.

Paulo Takahashi e Miriam vinham de Vazante, eu e Cristina vínhamos de Araxá, todos rumo à Belo Horizonte. Muita conversa e um gostoso almoço marcaram o encontro.

Desde o segundo semestre do ano passado tentávamos viabilizar as agendas para um jantar no Bar da Esquina, que fica no encontro das ruas Timbiras e Sergipe, ao lado da Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem, no bairro de mesmo nome. Infelizmente não deu tempo para viabilizar o encontro diante do inesperado. Vale a pena refletir sobre as causas que nos impediram de nos encontrarmos nesse jantar.

Fica a saudade do amigo essencial, indispensável e necessário que apenas partiu antes de nós.

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A vida é hoje

por Convidado 26 de março de 2024   Convidado

por Sérgio Marchetti*

Recentemente estive em Capitólio. Foi uma viagem a passeio, com um casal de amigos, que contribuiu para que fosse ainda mais prazerosa a nossa estada. Hotel excelente, passeios de barco num lago muito lindo, cerveja gelada, boa comida, paisagem sensacional (mesmo tendo sido palco daquela tragédia que vitimou tantas pessoas).  

Eu poderia até plagiar Vinícius de Moraes: “Um velho calção de banho/ Um dia pra vadiar/ O lago** que não tem tamanho/ E um arco-íris no ar (…)”.

A quebra da rotina é um momento, principalmente num passeio agradável, de recarga de energia e de saúde, uma ruptura, ainda que momentânea, com os problemas do dia a dia. É necessário fazer isso para reconectar consigo mesmo. Necessitamos de um boot e até de hard reset para limpar nosso aparelho chamado cérebro. Traduzindo, com o boot nos desligamos temporariamente para reiniciarmos melhor e, se pudermos, aproveitar para fazer um heard reset que será ainda mais intenso e poderá apagar muitas memórias que não agregam nada à nossa programação de vida.  

E, convenhamos, leitores de boa-fé, conforme já relatei recentemente, está difícil ver a beleza em tanta fealdade. Nestes dois meses de 2024, temos testemunhado recordes de tudo que é ruim. Para lembrar de alguns fatos: latrocínios, furtos e feminicídios, cada dia mais perto de nós. Segundo o portal Globo de Notícias, em 2023 a morte de Yanomamis ultrapassou os números anteriores. Vivemos epidemias (por exemplo, a dengue — 1.079 óbitos até dezembro de 2023 e 513 em 2024), a Covid-19 matou quase 15.000 pessoas no ano passado (com 182% de aumento de casos, só na baixada santista).  

E, justamente por essas razões, é que se torna necessária uma reação que nos tire da estagnação. Então, minha proposta é para que quebremos o estado de inércia e busquemos o novo.  

Leitores que compartilham com minha ideia sabem que, em muitas situações, para se obter uma resposta sobre um enigma é necessário sair da zona de conforto, distanciar-se, para ver o que a pessoa estando perto não vê.  A constatação também tem um sentido psicológico: enquanto estiver nervosa a pessoa não conseguirá ver a realidade do fato.  Saia de circulação, deixe passar a emoção e tudo, aos poucos, começará a ficar nítido. 

Então viajemos… pelas cidades de outros países, pelo interior do Brasil ou pelas páginas de um bom livro, ouvindo músicas que nos permitam flutuar e nos ausentar. Mas, o apelo é para que estejamos vivos. É para que você não deixe para o futuro aquilo que deseja hoje. No futuro, caso você ainda exista, talvez não queira mais aquela aventura, nem andar naquela bicicleta, tampouco fazer uma viagem. E, pior, nem tenha saúde para realizar certos passeios. E, só para lembrar, não sabemos o número da senha e nem os critérios de chamada. Apenas podemos dizer que a vida é hoje. 

 

*Sérgio Marchetti é consultor organizacional, palestrante e Educador. International Certification ISOR em Holomentoring, Coaching & Advice (coaching pessoal, carreira, oratória e mentoria). Atuou como Professor de pós-graduação e MBA em instituições como Fundação Getúlio Vargas, Fundação Dom Cabral, Rehagro e Fatec Comércio, entre outras. É pós-graduado em Administração de Recursos Humanos e em Educação Tecnológica. Trinta anos de experiência em trabalhos realizados no Brasil e no exterior. www.sergiomarchetti.com.br

** O texto original é no mar

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por Luis Borges 

Nesse 18 de março estamos comemorando 10 anos de postagens contínuas do Blog Observação e Análise, iniciadas nessa data em 2014, no final de um verão menos quente que o atual.

Naquele dia concretizou-se um sonho iniciado um ano antes num reposicionamento estratégico que fiz em minhas atividades profissionais em função das condições funcionais determinantes de novos contornos.

A história registrou: num 18 de março nasceu o Observação e Análise

O fato é que o sonho de lançar um blog virou um propósito, que posteriormente se tornou um objetivo que com valor e prazo tornou-se uma meta.

O plano de ação contendo as medidas estratégicas e necessárias para se atingir a meta colocaram o gerenciamento em movimento e finalmente tudo aconteceu. Mas a gestão é permanente.

Ao longo desses 10 anos continua sendo sempre fundamental a participação de todos que fizeram ou fazem parte da equipe do Blog, a pensata mensal do escritor convidado e a presença atenta, observadora e crítica de um número de leitores cada vez maior.

Também registro com alegria a publicação das pensadas em outros veículos, como o jornal Correio de Araxá em seus últimos 9 anos e 4 meses até a última edição, no portal Minas1, no Blog do Zé Antônio, no portal Santa Teresa Tem e no Portal Imbiara, do Grupo Imbiara de Comunicação de Araxá.

A expectativa é prosseguir observando os fenômenos e analisando os processos que os geram, a partir de minhas percepções, lastreadas na verdade científica dos fatos e dados, sem ter a pretensão de ser o proprietário da verdade e nem o salvador da pátria, mas contribuir para que possamos encontrar boas soluções para tantos problemas que nos desafiam. Tudo isso sendo feito de maneira respeitosa numa sociedade que busca permanentemente o aprimoramento de seu processo civilizatório.

Leia aqui a primeira postagem de observação e análise:
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por Luis Borges

E lá vamos nós na estrada da vida, caminhando na toada possível diante de tantas variáveis que exigem atenção, muitas das quais não temos autoridade sobre. Se quisermos, dá para acompanhar os acontecimentos conforme as escolhas de cada um de nós.

É nesse vai da valsa que o ano está avançando e, de repente, já nos vemos nos aproximando do final do primeiro trimestre.

Parece que foi ontem a virada do velho para o novo ano. Entretanto, muita coisa já aconteceu e passou rapidamente enquanto outros fatos foram se sucedendo. Até a Folia de Reis já ficou bem para trás. Também fazem companhia a ela o vencimento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA, o Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU, o intenso e longo período de Carnaval com seu antes, durante e depois.

Vale lembrar, por exemplo, que o Carnaval oficial de Belo Horizonte foi de 27 de janeiro a 18 de fevereiro e com muito sucesso, diante de tantas expectativas, mas que pode continuar melhorando e de maneira sempre respeitosa com todos os envolvidos.

Já tivemos a volta dos estudantes às aulas e dos parlamentares e magistrados ao trabalho após 60 dias de recessos e férias.

Também já passamos por mais uma queda da taxa básica de juros, a SELIC do Banco Central, e estamos na expectativa da próxima. A inflação dá sinais de controle, mas sempre preocupa, principalmente a começar pelo preço dos alimentos, dos registros públicos administrados e da saúde.

A economia cresceu 2,9% em 2023, o que levou o Brasil a se tornar a 9ª economia mundial. Entretanto, se dividirmos o Produto Interno Bruto – PIB pelo número de habitantes (PIB per capita) veremos que o Brasil fica em 82º no mundo, o que demonstra a enorme concentração de renda nas mãos de poucos. Vale lembrar que 1% da população detém 23,9% da renda gerada.

Agora estamos indo em direção ao 5º domingo da Quaresma na expectativa de que as águas de março fecharão o verão, mas sem esperança de que o calorão irá embora no início do outono. Aliás, segundo o Clima Tempo, uma nova onda de calor estará presente a partir de hoje nas regiões Sul, Centro-Oeste e no Oeste do estado de São Paulo pelos próximos 5 dias.

Afinal de contas o fenômeno natural do El Niño, que traz um bom aquecimento para o planeta e o Brasil, deve se prolongar até o final de abril, segundo os especialistas. Mas não nos esqueçamos das emissões de gases que geram o efeito estufa.

Por outro lado, a epidemia da dengue prossegue avançando e é cada vez mais necessário cuidar da limpeza de nossos espaços, públicos e privados, para impedir a proliferação do mosquito transmissor. Como sempre o Sistema Único de Saúde – SUS, vai mostrando o seu valor e a sua essencialidade.

Brevemente teremos a Páscoa, a passagem para o próximo sonho, de preferência com muito chocolate.

Um pouco depois teremos o Dia das mães, tão bom para o comércio e para homenagear as queridas mães. Logo, logo chegaremos ao mês com as festas juninas que se estenderão até julho e se tornarão julinas. Nesse mesmo tempo, as campanhas para as eleições de prefeitos e vereadores nos 5.570 municípios brasileiros entrarão numa fase importante para o sucesso dos candidatos nas urnas eletrônicas em 6 de outubro.

E assim, um dia de cada vez, mas sem pausa, prosseguimos caminhando em nossas andanças esperançosas na democracia em que vivemos.

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“Deus está morto”

por Convidado 28 de fevereiro de 2024   Convidado

por Sérgio Marchetti*

“É comum a gente sonhar, eu sei, quando vem o entardecer” (V.de Moraes)

Desculpe-me, leitor mais otimista. E, creia, também tenho esperança de um mundo melhor. Porém, conforme já me manifestei, ultimamente tenho sonhado que os humanos estão perdendo a sua essência ou o amor ao próximo. Confesso que tenho andado muito descrente da boa-fé das pessoas. Calma, leitor! Não estou generalizando. Entretanto, somente com o intuito de exemplificar, você há de convir que, nos tempos atuais, a desonestidade deixou de ser um empecilho para a ascensão social. E, pior do que constatar essa verdade, é saber que a ignomínia, antes motivo de vergonha, de degradação social, hoje, é omitida ou até admirada como virtude, dependendo dos interesses e do caráter de quem a avalia.

“[…]o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.” (Rui Barbosa)

Desde criança abomino a mentira, a falsidade. Mas o verbo enganar tem sido o mais conjugado. Depois dele o verbo perseguir. Porém, o que mais me incomoda são os oportunistas, os “vira-folhas”, os que mentem descaradamente ao exaltarem qualidades pessoais de terceiros que, em seu âmago (se âmago eles têm), não as reconhecem. Aqueles, prezado leitor, prestam um desserviço à pátria e, pior, cometem o crime de ludibriar seu interlocutor e sua audiência.

Mas o grande pensador, Heráclito (540 a.C.-470 a.C.): dizia: “Nada é permanente, exceto a mudança”.  Então, “não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe”. A meu ver, estamos vivendo um processo mundial. Sendo otimista, imagino que estejamos vivenciando a metamorfose da lagarta para borboleta. E há sempre dor na evolução. Contudo, o esforço seria premiado. Neste caso a esperança se iluminaria: “[…] o mundo voltou a começar” (Guimarães Rosa). Que assim seja!

Por outro lado, na outra face da moeda, a do pessimista, podemos utilizar o pensamento de Parmênides (530 a.C.-460 a.C.), que afirma que, ao contrário das prerrogativas de Heráclito, o movimento e a transformação são apenas ilusórios. Assim, tudo é imóvel e imutável, tudo permanece.

Deixando a profundidade filosófica de lado, acredito que há coisas permanentes, embora o mundo esteja em constante movimento. E, para alcançarmos um estágio melhor, o primeiro passo deve ser dado por nós.  Não espere, leitor, pelo salvador da pátria. Não me iludo, mas sei que posso fazer a minha parte. E você, que lê esta malfadada prosa, também pode contribuir. Não haverá o mal se o bem prevalecer. Não havendo receptador, muitos ladrões perecerão. Não haverá tráfico de drogas se não houver quem as compre. Não haverá político desonesto eleito se nós não votarmos nele. Não haverá uma emissora ou um profissional espalhando inverdades se ninguém sintonizar em seu canal.

É chegada a hora de fazer a mea-culpa.  A natureza não se desequilibrou sozinha. Foi o homem quem fez isso. E tudo nos remete a Nietzsche, o filósofo alemão, que afirmou: “Deus está morto”.  Mas não o Deus que conhecemos. Na verdade, significou a morte da metafísica que é, por assim dizer, a área que estuda a natureza, a razão, o ser humano, a realidade suprassensível (que não pode ser percebida pelos sentidos), mas que, menos do que nos dias atuais, sofreu com o descaso pela vida humana, com a quebra de padrões, da ética e com o desprezo de valores maiores.

A vida, assim como a moeda, tem dois lados muito bem definidos.  A escolha é nossa.

 

*Sérgio Marchetti é educador, palestrante e professor. Possui licenciatura em Letras, é pós-graduado em Educação Tecnológica e em Administração de Recursos Humanos. Atua em cursos de MBA e Pós-Graduação na Fundação Dom Cabral, B.I. International e Rehagro. Realiza treinamentos para empresas de grande porte no Brasil e no exterior. www.sergiomarchetti.com.br

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Os barulhos só estão aumentando

por Luis Borges 21 de fevereiro de 2024   Pensata

Por Luis Borges 

Faz algum tempo que o aumento da emissão de gases causadores do Efeito Estufa tem contribuído para as mudanças climáticas, que exigem medidas para reduzir o seu impacto ou a adaptação das pessoas na vida em ambientes mais quentes.  Enquanto isso, os barulhos e ruídos só estão aumentando e tudo tem ficado por isso mesmo.

Quem de nós conhece o mapa acústico da cidade de Belo Horizonte? Fico imaginando onde estão os pontos mais intensos de barulho diários e os de períodos ocasionais.

Moro num bairro da zona Leste da cidade há 35 anos e percebo nitidamente, ao longo desse tempo, o aumento dos barulhos e ruídos. É claro que o bairro tem crescido e se transformado junto com a cidade, mas sempre existe a expectativa de que haverá um planejamento Urbano alinhado com as diretrizes estratégicas para a ocupação e uso do solo. A ausência de critério não pode ser o critério. Bares, restaurantes, padarias ou supermercados… não podem se instalar só porque pagaram uma taxa de licenciamento para prefeitura.

Meu ponto aqui é citar os 3 barulhos que mais me incomodam atualmente, sendo que alguns persistem ampliando a quantidade e a intensidade.

Posso dizer que o barulho campeão é causado pelos motoqueiros em suas motocicletas com o escapamento aberto, que fazem um barulho ensurdecedor a qualquer hora, mas com muito destaque nas madrugadas de segunda, terça, quarta, quinta, sexta, sábado e domingo. Esse caso não é privilégio do meu bairro, pois acontece nos mais diversos locais da cidade.

O barulho vice-campeão nos incômodos é o trem de ferro, com suas grandes composições que cortam o meu e outros bairros da região ao longo do dia, mas com frequência maior à noite, principalmente na madrugada, também todos os dias da semana.

O barulho vem do próprio trem arrastando a enorme composição, de até 80 vagões, do buzinaço padrão a cada pequena distância percorrida e nas paradas para barulhentas manobras com acionamento do motor diesel enquanto a composição fica estacionada. Existe também o barulho da manutenção dos trilhos feita na madrugada, na maioria das vezes, e tudo ecoa.

O barulho que coloco em terceiro lugar vem de parte dos bares e restaurantes com músicas em alto e bom som na área interna do estabelecimento, quase sempre sem proteção acústica, ou na calçada com mesas e grades delimitadora de espaços.

Enquanto isso, prossegue o desrespeito à Lei do Silêncio e o direito de ir e vir das pessoas, inclusive nas calçadas.

Esses três casos incomodam bastante no cotidiano e é um desafio enfrentá-los no atual nível de mobilização das partes incomodadas e interessadas numa solução civilizada para o problema. Será que dá para imaginar o trem de ferro obedecendo a Lei do Silêncio e não circulando das 23:00 às 6:00 da manhã? E se os motoqueiros tivessem suas motos vistoriadas a começar pelo escapamento aberto? E se os bares e restaurantes tivessem regras claras e fiscalização permanente para fazer valer um horário de funcionamento que não penalize tanto seus vizinhos e os transeuntes?

Numa próxima pensata abordarei pequenos barulhos que também incomodam no dia a dia e testam nossa paciência histórica para suportá-los.

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Curtas e Curtinhas

por Luis Borges 13 de fevereiro de 2024   Curtas e curtinhas

Viajando pela BR-262

Quem viajou de Belo Horizonte para Araxá na manhã de sábado, 03 de fevereiro, e voltou para BH no final da tarde, início da noite do domingo 04 de fevereiro, deve ter feito boas observações e análises sobre o que viu na estrada. A pista continua simples entre Nova Serrana-Araxá-Uberaba. No posto de pedágio, nas proximidades do restaurante Milhão, no Município de Florestal, o pedágio é R$ 6,40. O mesmo valor é cobrado no Município de Luz e chega a R$ 7,10 no Município de Campos Altos. A ida e volta para um automóvel fica em R$ 39,80 só de pedágio. O IPVA é outra coisa, outro imposto.

Como sempre a pista está ruim nos dois sentidos da estrada, principalmente entre Luz e Araxá. Motoristas imprudentes estão presentes em todo o trecho, seja na pista simples, terceira faixa e na pista dupla.

Continua ativo o movimento que reivindica a duplicação do trecho que vai de Nova Serrana até Uberaba, conforme previsto no contrato de concessão desse bem público à iniciativa privada há quase ¼ de século.

No percurso de ida e volta no tempo citado, não foi possível ver nenhum agente de fiscalização rodoviária Federal, seja nas pistas e nas bases de apoio.

Enquanto isso os acidentes persistem, pessoas morrem e a economia de toda a região sofre com as perdas e danos. Até quando?

Será que o programa Voa Brasil vai decolar?

Anunciado em fevereiro do ano passado, o programa Voa Brasil seria lançado pelo Governo Federal no dia 5 de fevereiro, mas foi adiado, dessa vez para alguma data a partir de março. O preço da passagem está previsto para ser de R$ 200,00 por trecho voado. O programa se destinará aos 21 milhões de aposentados do INSS que recebem até 2 salários mínimos mensalmente, desde que não tenham viajado de avião nos últimos 12 meses, bem como aos 600 mil estudantes que recebem bolsa de estudos do programa Prouni.

Participaram do programa as companhias aéreas Latam, Azul e Gol, que respondem por 98% das linhas aéreas do mercado interno brasileiro. Elas prometem ofertar até 6 milhões de passagens e o programa poderá ser acessado por meio de um aplicativo a ser disponibilizado no dia seguinte ao lançamento.

Vale lembrar que o IBGE divulgou que os preços das passagens aéreas tiveram aumento de 48% em 2023 enquanto a inflação anual medida pelo IPCA foi de 4,62% no mesmo período. Por outro lado, as companhias aéreas alegam que tiveram muitos prejuízos a partir da pandemia da Covid-19, questionam os preços de querosene de avião e reivindicam do Governo Federal um fundo com no mínimo R$ 3 bilhões de reais para socorre-las. Além disso, a companhia Gol pediu recuperação judicial nos EUA , que foi prontamente aceita.

A conferir.

O mercado Pet

Já estamos no 25º ano do século XXI e podemos perceber a relevância que o mercado Pet ganhou no Brasil. Cães, gatos, aves e peixes passaram, cada vez mais, a fazer parte da vida e do amor das famílias no cotidiano e viver também dentro de casa, cercados de cuidados na alimentação e na medicina veterinária, principalmente, o que impacta no aumento da longevidade de cada um.

O chamado mercado pet mundial é liderado pelos Estados Unidos da América, disparado o maior, seguido por Brasil, Japão, França e Alemanha, que tem se revezado do 2º ao 5º lugar nos últimos anos.

Você também tem um animal que faz parte da sua vida em casa?

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