Dívidas
A Dívida Pública Federal é aquela contraída pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do Governo Federal. Em abril deste ano ela ficou em torno de R$2,451 trilhões, dos quais a maioria esmagadora se refere a títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, negociados no mercado interno. Nos próximos 12 meses, 23,44% dessa dívida vão vencer, mas é claro que até o final do ano novos títulos serão emitidos, inclusive para pagar os que estarão vencendo. Se o Governo Federal está assim, dá para imaginar o aperto que estão passando as pessoas que aplicam, por exemplo, em cadernetas de poupança cujos saques chegaram a R$ 32 bilhões de janeiro até 15 de maio desse ano.
Atrás do Focus
O Ministério do Planejamento passou a atualizar mais rápida e realisticamente os indicadores econômicos com os quais trabalha. Na prática, está seguindo bem de perto as projeções do Boletim Focus do Banco Central. Na sexta 22/05, o ministro da pasta atualizou a previsão de inflação anual medida pelo IPCA para 8,26%, a retração da economia medida pelo PIB para 1,2% e o Dólar fechando o ano a R$3,22.
Ontem, 25/05, a pesquisa do Banco Central passou a projetar inflação anual pelo IPCA para 8,37%, a contração da economia medida pelo PIB aumentou para 1,24% e a cotação do Dólar foi mantida em R$3,20. Como se vê, o rabo continua balançando o cachorro.
Mobilidade urbana
Nos últimos 12 anos o Governo Federal orçou R$11,4 bilhões para serem investidos no Programa de Mobilidade Urbana e Trânsito. No entanto apenas 25% desse valor foi aplicado no período, o que equivale a algo em torno de R$2,9 bilhões. O orçamento deste ano prevê R$5,7 bilhões para o programa. No primeiro quadrimestre foram gastos apenas R$25,9 milhões, denotando que, mesmo após os cortes do orçamento, será muito difícil atingir a meta estabelecida, a menos que prevaleça a cultura de só implementar 25% do que foi orçado. Aliás, é o cenário mais provável.
Flexibilização curricular
Começou na semana passada na UFMG uma discussão entre pró-reitores, professores da ativa e aposentados, na qual surgiram propostas de reformulação da grade curricular e da carga horária passada em sala de aula nos cursos de graduação. Essas sugestões estão referenciadas em modelos de universidades europeias que fazem parte das listas de melhores do mundo. É claro que essa discussão ainda vai esquentar muito, principalmente no momento de definir o que está sobrando, o que está faltando e qual a dosagem de teoria e prática em função do mundo real, competitivo e acelerado, mas que não pode abrir mão da ciência e da tecnologia de maneira simplista. A conferir.