A dona do mar

por Convidado 26 de outubro de 2015   Convidado

por Benício Rocha*

Praia no Rio de Janeiro / Foto: Marina Borges

Praia no Rio de Janeiro / Foto: Marina Borges

O céu azul estava refletido no mar e no olhar daquela que passava sem me ver, apressada para o mar. Como se ele fosse secar, ou a terra acabar.

Contraste de cores, sandálias, canga branca transparente, biquíni vermelho marcante, respirar meio ofegante, pressa!

Finalmente a areia de encontro aos pés e às roupas que excediam (excediam?) estiradas sobre a areia, o correr quase aos saltos, as ondas gulosas, o abraço de tudo com o mar.

O sonho que nem se pode sonhar, o Sol que quase não se pode suportar e ela lá, poesia, harmonia, música e o mais lindo cantar!

Eu que nem gosto do mar queria poder comprá-lo e pra casa levar, esse seria o meu jeito mineiro de ter bem junto de mim aquela partícula humana que ele absorvia, consumia e que a mim prenderia numa inexplicável e deliciosa escravidão loira, de olhos azuis.

Enciumado, cheio de manchas vermelhas decorando meu corpo branco amarelecido em alguns pontos, escurecido noutros, assistia aquele ato prolongado azul e canela, de amor e posse.

Ela se deliciava, saía, entrava…

Ele fazia o jogo, fingia ir embora, voltava aos poucos, em ondas, denso, envolvente, irresistível…

E ela se jogava, afundava, subia, pulava, gritava, deitava, espreguiçava.

E ele nem via as pessoas que o buscavam aqui, desencontravam ali. A todos tratava com rispidez, grosseria e indiferença. Como aqueles débeis seres não percebiam?

Seu momento era outro, único, toda sua atenção estava voltada para ela que, em êxtase, misturava sessenta por cento de seu ser a ele que, total e solidário, integrava-se a ela.

Enxertos recíprocos de necessidades mútuas, duplicidade na felicidade única.

Senti-me levado dali por um par de sandálias coloridas de tiras eternas e inodoras, para as quais, cabisbaixo, humilhado, eu olhava de forma fixa, como se fossem as coisas mais importantes do mundo…

Mas não via nem a mim.

*Benício Rocha é caratinguense ausente e saudoso, mineiro da gema, amante da boa prosa, sócio da MGerais Seguros, aprendiz de servo do Senhor.

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Vale a leitura

por Luis Borges 25 de outubro de 2015   Vale a leitura

O que não fazer

Quando tudo é urgente, nada é urgente. Quando tudo é prioritário, nada é prioritário. O desafio é planejar para fazer escolhas em função das prioridades num certo horizonte de tempo. O duro é que, no manejo para colocar tudo em movimento, nem sempre as coisas funcionam como planejado. As causas dessa diferença podem estar em variáveis que nós controlamos, e portanto a falha é nossa, como também em variáveis sobre as quais não temos autoridade, mas que poderíamos ter dimensionado melhor.

De repente fica claro que não dá mais tempo para fazer tudo e o jeito é salvar o que é mais vital. Esse é o contexto abordado no artigo Uma lista de coisas para não fazer publicado no blog Vida Organizada.

estamos no meio de outubro e tenho certeza que muitos de vocês podem ter coisas importantes a fazer, que se propuseram a fazer ainda este ano, e não fizeram ainda. Por quê? Porque (provavelmente) mantiveram atividades e ocupações que te tiraram do caminho, te distraíram. Aproveite essa época do ano para fazer uma análise disso tudo e focar no que ainda quer completar nos próximos dois meses e meio.

E não é “porque o ano está acabando” que devemos fazer isso. Não! Mas é que ter uma deadline nos ajuda a atribuir senso de urgência a determinadas coisas que queremos alcançar. É ou não é?

Faça essa análise assim que puder. Tire o que puder. Foque no que realmente é importante. Tenha uma lista de coisas para não fazer.

Você está precisando de uma lista do que não fazer ou será possível cumprir tudo o que foi planejado para ser executado até o final do ano?

Dinheiro compra felicidade?

No site Significados a palavra felicidade é definida como “estado de quem é feliz, uma sensação de bem estar e contentamento, que pode ocorrer por diversos motivos”.

Também já encontrei uma equação mostrando que “felicidade = realidade – expectativas”. Traduzindo, se as expectativas estão além da realidade em que se inserem, a sensação será de infelicidade. Mas, na realidade, essa equação é linear e não consegue explicar diversas outras possibilidades em torno do tema.

Então o que significa a felicidade para cada um de nós e como obtê-la? Será que podemos comprá-la? Segundo o britânico Angus Deaton, ganhador do premio Nobel de economia em 2015, dinheiro pode, sim, comprar felicidade. Leia neste artigo publicado no site da BBC Brasil.

Ele poderia perguntar, por exemplo: “Aqui temos uma escada com o degrau zero sendo a pior vida possível que possa imaginar, e o degrau dez, a melhor. Onde você se colocaria?”

Os estudos de Angus Deaton identificaram uma forte relação entre renda e satisfação com a vida.

[…] “É uma escala logarítmica, então você precisa de cada vez mais dinheiro para subir outro degrau, mas a escada nunca para de subir”, diz Deaton. “E isso é verdade não só para indivíduos, mas entre países.”

Então dinheiro pode comprar felicidade, ao menos no sentido de satisfação na vida.

Será que é isso mesmo?

O Enem ainda é anual

Fonte: Inep

Fonte: Inep

Nada é tão bom que não possa ser melhorado. Essa afirmação pode ser aplicada ao Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem. Os resultados dos alunos das provas servem para diversas finalidades, como selecionar para vagas em instituições públicas de Ensino Superior, para bolsas do Prouni e financiamento do Fies, além de vagas em instituições privadas. As avaliações do Enem têm propiciado, a cada ano, um incremento na melhoria contínua dos seus processos.

Como exame que envolve muita gente – só em 2015 são mais de 8 milhões de inscritos – há quem questione sua frequência anual de realização e a exigência do mesmo conteúdo programático para todas as áreas, sejam elas das ciências exatas, biológicas ou humanas. Esses questionamentos são abordados neste artigo do blog Abecedário. O que você pensa sobre o assunto? Compartilhe nos comentários.

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De vez em quando aparece numa cidade uma pessoa demonstrando sinais exteriores de riqueza. Conforme o grau de ostentação logo surgem outras pessoas questionando como foi gerado aquele milagre. O primeiro e mais direto comentário afirma que a renda da pessoa não é suficiente para o que está mostrando, e deixa no ar o benefício da duvida. Sempre tem alguém para falar que “longe de mim dizer que isso vem de um mal feito, mas a pulga fica atrás da orelha” e o “converseiro” vai ganhando folego.

Esses milagres estão ficando tão impregnados na cultura brasileira que milagre passou a ser definido informalmente em alguns grupos bem-humorados como sendo “um efeito sem causas”. Por outro lado, em função da escassez, honestidade passou a ser vista como uma virtude, quando deveria ser uma obrigação.

Agora a nação brasileira prossegue, sempre sabendo de alguma novidade envolvendo personagens do mundo público e privado participando ativamente de grandes negociatas, movimentando propinas de milhões de dólares, contas bancárias no exterior e, de vez em quando, até uma delação premiada.

Nesse contexto lembrei-me de um compositor e cantor do qual gosto muito e cuja obra admiro. Trata-se de Noel de Medeiros Rosa, nascido no Rio de Janeiro em 11/12/1910, onde morreu em 04 de maio de 1937 com apenas 26 anos, 4 meses e 23 dias de vida. Em sua curta e fecunda carreira artística, Noel Rosa compôs 259 músicas. Uma delas, de 1933, foi Onde está a honestidade?, feita em parceria com Francisco Alves. Hoje, 82 anos depois, ela continua super atual e vale a pena ser cantada para nos ajudar a ter força e esperança para virar a atual página da nossa história. Ouça na voz do próprio Noel.

Onde está a honestidade
Fonte: Letras.mus.br

Você tem palacete reluzente
Tem jóias e criados à vontade
Sem ter nenhuma herança nem parente
Só anda de automóvel na cidade

E o povo já pergunta com maldade:
Onde está a honestidade?
Onde está a honestidade?

O seu dinheiro nasce de repente
E embora não se saiba se é verdade
Você acha nas ruas diariamente
Anéis, dinheiro e até felicidade

Vassoura dos salões da sociedade
Que varre o que encontrar em sua frente
Promove festivais de caridade
Em nome de qualquer defunto ausente
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Maus tratos nem sempre visíveis

por Luis Borges 21 de outubro de 2015   Pensata

A Organização das Nações Unidas estabeleceu em 1998 que 1º de outubro é o Dia Internacional do Idoso. O ano seguinte foi considerado “Ano Internacional do Idoso”, para chamar a atenção para o envelhecimento da humanidade e as condições em que ele acontece. Mais de quinze anos se passaram e tudo continua muito desafiante, a exigir reposicionamentos estratégicos das pessoas, das organizações humanas e do Estado. Se há o que comemorar, há muito mais a fazer e também a perceber nos detalhes, no “escondidinho” das relações do dia-a-dia. Além de ver a floresta, é preciso ver melhor ainda as árvores e seus galhos.

Parto da premissa de que, de maneira geral, as pessoas possuem algum grau de expectativa sobre como será o curso de suas vidas na velhice. Para efeitos de raciocínio vou considerar que os idosos brasileiros são aqueles que possuem idade a partir de 60 anos, conforme estabelecido na lei. Vale lembrar que, em função do aumento da longevidade, já existem estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) propondo aumentar para 65 anos a idade de início da velhice. Essa simples mudança faria com que quase 7 milhões de um total de 23 milhões de pessoas deixassem de ser consideradas idosas, conforme dados do IBGE.

Qual é a percepção dos “gerontolescentes”, aqueles que estão hoje entre 50 e 59 anos de idade, em relação ao tratamento que dispensam aos idosos nos diversos ambientes em que eles vivem? O que pensar daqueles que têm uma postura imperial, de pouco diálogo, impaciência para ouvir e muita arrogância nas posturas de “proprietários da verdade”? São chocantes as cenas que registram gritos, xingamentos, desprezo, exigência de obediência inconteste, manipulação, imposição e baixíssima transparência.

Após tantas possibilidades de maus tratos no campo psicológico – nem sempre percebidos, pois muitos acabam se automatizando – ainda tem aqueles que tentam entender por que a depressão tomou conta de alguém idoso. É claro que a vontade e a disposição para viver só tendem a desaparecer…

E o seu futuro?

Os anos se sucedem de forma rápida, como as cadeiras numeradas. / Foto: Marina Borges

Os anos se sucedem de forma rápida, como as cadeiras numeradas de um estádio. / Foto: Marina Borges

E você? Já se projetou, com a idade de 75 anos, vivendo situações com algumas das condições de contorno citadas acima? Sua preparação para viver esses tempos com saúde, segurança, autonomia e independência está sendo feita? O aprendizado que temos em função do que vemos torna-se cada vez mais incentivador, mas é para quem percebe e admite que essas coisas acontecem, por enquanto, com os outros.

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Curtas e curtinhas

por Luis Borges 20 de outubro de 2015   Curtas e curtinhas

Informação incompleta

O ex-presidente Lula afirmou, na semana passada, que as pedaladas fiscais do atual governo foram feitas para garantir benefícios sociais como o “Bolsa Família” e o “Minha Casa, Minha Vida”. Lula poderia ter dado uma informação mais completa se lembrasse de dizer que a maior parte dos recursos advindos das manobras de saques a descoberto foram destinadas a subsidiar as grandes empresas do Programa de Sustentação ao Investimento do BNDES e os empréstimos às empresas do agronegócio, por meio do Banco do Brasil.

Segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), em junho do ano passado o BNDES e o Banco do Brasil apresentavam um registro de passivos da União na ordem de R$21,9 bilhões. Esse valor representa cerca de 54,75% dos R$40 bilhões de pedaladas fiscais identificadas pelo TCU.

É preciso permanente atenção e análise crítica das informações para não considerar a parte como se fosse o todo.

Encolhendo

A Via Varejo, empresa do grupo Pão de Açúcar e administradora das marcas “Casas Bahia” e “Ponto Frio”, fechou 50 lojas de janeiro a setembro deste ano, das quais 28 eram do “Ponto Frio”. A medida é parte do programa de redução de gastos da empresa, que inclui corte de empregos, aluguéis, custos de logística e marketing. O terceiro trimestre fechou com queda de 24,6% nas vendas das lojas com mais de um ano de existência, na comparação com o faturamento de igual período do ano passado.

Também pudera! Temos recessão econômica, inflação e desemprego em alta. Poder aquisitivo e confiança no futuro estão em baixa. É óbvio que os eletroeletrônicos perdem importância. Outros itens, como alimentos, têm prioridade nos gastos nessa conjuntura em que a estratégia é de sobrevivência.

Contas hospitalares em alta

Mais um setor da economia reclama da alta do dólar. A Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) diz que, caso a cotação permaneça em torno de 4 reais, os custos devem aumentar em 20% neste ano. Os hospitais alegam depender das importações para trocar equipamentos e comprar materiais e medicamentos.

A Associação diz que os hospitais vão tentar amenizar os impactos – renegociar com fornecedores e operadoras de saúde, por exemplo. De novo, é o mercado em busca do seu ajuste na tentativa de encolher o mínimo possível. Mas não faltará choro por parte dos envolvidos e nem muitas críticas ao Governo Federal, como de costume.

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Vale a leitura

por Luis Borges 19 de outubro de 2015   Vale a leitura

Atenção aos planos de saúde

A Constituição Brasileira estabelece que a saúde é um direito de todos e um dever do estado. Na prática, não é bem assim. O Sistema Único de Saúde (SUS) não consegue atender a quantidade de procedimentos demandados e, menos ainda, à expectativa dos prazos.

Para quem consegue pagar ou recebe subsídios de um empregador existe a opção de participar de um plano de saúde, uma espécie de seguro de proteção contra o risco de enfrentar despesas médicas fora do SUS. Aí aparece a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para regular e fiscalizar todo o serviço.

Uma análise sobre os interesses em jogo e sobre as armas usadas pelos integrantes desse gigante mercados estão neste artigo de Elio Gaspari. Alguns dados importantes que são citados no artigo – um procedimento negado irregularmente por uma operadora gera multa de 80 mil reais, independente do seu porte e relevância. As operadoras acumulam, em multas, cerca de 2 bilhões de reais. O sonho dourado delas é diminuir o valor delas, como foi tentado recentemente na carona de uma Medida Provisória. O item foi vetado pela Presidente, mas o setor ainda não se conformou, já que investiu 55 milhões de reais na campanha de deputados federais nas últimas eleições. E continua pressionando.

Seleção

O que há um bom tempo era considerado diferencial – boas notas num curso de graduação e domínio de um segundo idioma, como o inglês – hoje é considerado commodity. O mesmo vale para as ferramentas de seleção. À dinâmica de grupo e à entrevista pessoal estão sendo agregados novos testes psicológicos, avaliações de valores pessoais e de habilidades de negociação. Minha sugestão, agora que muitos estão voltando a procurar empregos: leia o artigo e, em seguida, pense se você  se sente preparado para enfrentar situações de processos seletivos como as descritas no texto.

Alguma diferença?

Quem ainda tem energia suficiente para acompanhar a atual crise política brasileira pelos jornalões e redes nacionais de TV, bem que poderia gastar um pouquinho dessa energia e voltar 20 anos no tempo. Verá, por exemplo, que se o PSDB e o PT inverteram suas posições, o PMDB continua onde sempre esteve e que o “toma lá, dá cá” só floresceu, sempre na certeza de que não haveria consequências para os atos praticados na política. É o que aborda este artigo de Ricardo Kotscho, que o escreveu inspirado pela leitura de trechos do diário da presidência de Fernando Henrique Cardoso.

Qualquer semelhança entre o que viveu o presidente FHC, em 1995/1996, e a batalha diária enfrentada pela atual presidente, um fenômeno de resiliência, em 2015, não é mera coincidência. Faz tempo que o nosso sistema político-partidário está podre. Vamos agora aguardar os diários da presidência de Dilma Rousseff para conferir.

Muda isso, muda aquilo, mas é quase tudo a mesma coisa para quem só tem foco no poder e na sua manutenção.

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Quem quer ser professor?

por Luis Borges 15 de outubro de 2015   Pensata

Professor, docente ou mestre é aquele que lidera e interage no processo de transmissão do conhecimento nos diversos níveis do sistema educacional. O 15 de outubro é dia de homenagens e reconhecimentos, mas também de reflexões e proposições para contribuir nas soluções dos problemas que a educação enfrenta.

Aqui vou me ater apenas aos professores que trabalham na educação básica brasileira, ou seja, aqueles que estão na educação infantil, no ensino fundamental e no ensino médio. A razão é muito simples. Se 49,8 milhões de alunos foram matriculados na educação básica em 2014, segundo o Ministério da Educação (MEC), como garantir que existirão professores em qualidade e quantidade suficientes para atender a todas as necessidades?

Recente estimativa divulgada pelo MEC mostra que, em todo o país, faltam 170 mil professores para os níveis fundamental e médio. Entre as causas fundamentais apontadas estão os baixos salários, a falta de um horizonte de carreira profissional e reflexos dos problemas sociais na sala de aula. Nesse sentido, é importante lembrar que desde 2010 um número menor de estudantes tem ingressado nos cursos de licenciatura em busca de formação docente. No caminho até a diplomação existe uma grande evasão escolar e muitos dos que chegam ao fim do curso buscam o título, e não necessariamente a sala de aula.

O declínio é visível em todos os cursos de licenciatura, tanto nas escolas públicas quanto privadas. Segundo o pró-reitor de graduação da Universidade Federal de Minas Gerais, a demanda pelos cursos de licenciatura da Universidade caiu cerca de 50% nos últimos anos. Já segundo o pró-reitor de graduação da Universidade Federal de Ouro Preto, a ociosidade de 10% nas vagas da instituição é fortemente influenciada pela baixa procura nos cursos de licenciatura. E assim acontece na maioria das instituições de ensino conforme mostram os dados oficiais disponíveis.

O que pensar sobre aqueles que ainda assim prosseguem se preparando para ingressar no magistério ou levando em frente a opção profissional que fizeram, apesar de tudo o que se fala, se chora ou se lamenta em relação à educação? Acredito que realmente é uma escolha feita em função de uma boa dose de vocação para o ofício e também com uma boa dose de realismo para enfrentar, com muita determinação, todas as pedras do caminho. Para quem quer ser professor continua sendo essencial saber que as coisas fáceis já foram feitas e que para todos do segmento só ficaram as mais difíceis. Para eles persiste a crença de que a educação é a base de tudo e que ela é essencial para as transformações que nossa sociedade necessita, ainda que possa parecer que o tempo passa devagar diante de necessidades tão prementes.

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