Curtas e curtinhas

por Luis Borges 18 de maio de 2016   Curtas e curtinhas

Direito adquirido

Como sempre, a reforma da Previdência Social está em pauta. Agora o foco para as aposentadorias dos trabalhadores do setor privado está na exigência de idade mínima de 60 anos para as mulheres e 65 para os homens além, é claro, dos 30 e 35 anos de contribuição respectivamente. Fala-se também que os direitos adquiridos serão preservados e que haverá uma regra para a transição de um modelo para o outro. Será que existe mesmo esse tal direito adquirido diante de tanta falação de que a Previdência Social está deficitária? A melhoria da gestão e o aumento da transparência são necessidades urgentes e requisitos básicos para uma discussão mais consistente sobre o que seria um modelo sustentável para o sistema.

desemprego competitividade trabalho

Fonte da imagem: EBC

Aumentos salariais

A Lei de Diretrizes Orçamentárias da União para 2016 prevê um superávit primário (economia a ser feita para pagar os juros da dívida pública) de 30 bilhões de reais. Mas desde o início do ano já se sabe que essa meta é maluca e o que se discute nesse momento é a modificação da Lei para formalizar um déficit primário (aumento da dívida pública) em torno de R$100 bilhões.

Pelo visto o déficit pode ser bem maior assim que entrar em vigor o reajuste de até 41% para os servidores do Poder Judiciário, de 22% para os servidores do Poder Legislativo Federal e de 11%para os servidores do Poder Executivo. A tudo isso deve se somar a elevação do teto da remuneração dos servidores federais dos atuais R$33.700,00 para R$36.000,00, que deverá ser o novo salário dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, acompanhado do  efeito cascata para Estados e Municípios. A arrecadação em queda e os gastos em elevação geométrica nos levam a acreditar que vêm aí mais impostos, ainda que tenham o eufemístico nome de “provisórios”, mas com muita cara para se tornarem definitivos.

Traição

Ao sair do Palácio do Planalto, em Brasília, após ser notificada de seu afastamento do cargo de Presidente da República, Dilma Rousseff queixou-se de traição. Verificando os fatos e dados do início de seu segundo mandato poderemos constatar que, naquele momento, sua base aliada tinha 60% dos Deputados Federais e 70% dos Senadores. Como se vê, pelos resultados da votação de admissibilidade do impeachment na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, fidelidade…

Domingo no shopping

Uma pesquisa do Ibope Inteligência sobre o perfil de cliente em shoppings mostrou que, de um total de 300 milhões de visitantes, 35,5 milhões (12%) visitam os shoppings aos domingos. Entre eles, 56% fazem algum tipo de gasto. Apesar do horário reduzido de funcionamento, as vendas dos domingos representam 12% do faturamento global, só perdendo para os sábados.

Ainda assim a Câmara dos Vereadores de Belo Horizonte está com uma pesquisa em seu site para saber se a população da cidade é contra ou a favor do funcionamento dos supermercados da cidade aos domingos. Aliás, esse é o segundo melhor dia de vendas segundo a Amis (Associação Mineira de Supermercados). Como se vê, não dá para ignorar o que os fatos e dados nos dizem.

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por Luis Borges 25 de abril de 2016   Curtas e curtinhas

Preços variados – Uma família composta por 4 pessoas viajou de Belo horizonte para Araxá no último final de semana. O automóvel usado foi abastecido três vezes no trajeto de ida e volta. No início da viagem o abastecimento foi feito em Belo Horizonte, num posto que fica no início da Via Expressa Leste-Oeste, onde a gasolina comum tinha o preço de R$3,433 por litro. O segundo abastecimento aconteceu em Araxá a R$3,989 por litro, enquanto o terceiro abastecimento se deu na volta, num posto da BR-262 no município de Florestal, com o litro a R$3,599. Como se vê não dá para desconhecer a variação de preços na fase de orçamento do planejamento de uma viagem. E para isso a autodisciplina é fundamental.

Evasão escolar – Um importante indicador usado na gestão do desempenho das escolas é a evasão de alunos de um determinado curso ao longo de sua duração. Dados da agência oficial Eurostat mostram que, em 2014, a Espanha teve o maior índice de evasão escolar da União Europeia entre jovens, quando atingiu a marca de 21,9%. Em seguida vieram Malta, com 20,3%, Romênia (18,1%) e Portugal (17,4%). Lá como cá o problema é desafiante e prossegue aguardando uma solução consistente.

Reposição de perdas salariais – O DIEESE divulgou o balanço das negociações dos reajustes salariais em 2015, apurado por meio do SAS (Sistema de Acompanhamento de Salários). O levantamento analisou os índices de 708 unidades de negociação da indústria, comércio e serviços em quase todo o território nacional. A análise dos dados mostrou que 52% dos reajustes salariais apresentaram ganhos, ficando acima da inflação medida pelo INPC. Já 30% dos salários tiveram reajustes no exato valor do índice e 18% tiveram perdas, ao serem reajustados por um valor abaixo do índice. O aumento real médio no ano foi de 0,23%. O estudo revela também que uma das principais características das negociações salariais de 2015 foi o aumento do percentual de reajustes salariais feitos com base na variação do INPC ou abaixo dela. Desde 2004 não se observava reajustes tão desfavoráveis aos trabalhadores. Naquele ano, 19% das negociações foram feitas com percentual de reajuste abaixo do INPC, 26% igual ao índice e 55% acima dele. A variação real média em 2004 foi de 0,61% acima da variação do INPC. Como se vê os tempos ficaram mais bicudos e a economia brasileira ficou 3,8% menor no ano passado quando comparada com 2014.

Folgão dos Deputados Federais – Após a vitória do “sim” na sessão da Câmara dos Deputados que deu continuidade ao processo de impeachment da Presidente da República, os deputados federais ouviram do Presidente da casa uma informação relevante. Em função do esforço concentrado da semana e que já se prolongava até quase meia-noite daquele dia, decidiu-se que não haveria sessões deliberativas na segunda, terça e quarta-feira da semana passada. Como na quinta-feira foi feriado e os deputados federais já não trabalham mesmo às sextas e segundas-feiras, dá para concluir que aqueles que retornarem ao trabalho amanhã, terça-feira, terão usufruído de um folgão de 8 dias. Observando e analisando o calendário deste ano e decorridos quase 4 meses dá para lembrar que os parlamentares voltaram das férias em 2 de fevereiro. Logo em seguida tiveram o recesso do período de Carnaval, que se iniciou em 5 de fevereiro, e depois o recesso da Semana Santa, a partir de 18 de março. Produtividade, banco de horas, atingimento de metas… são só para nós que pagamos a remuneração deles através dos impostos, taxas e contribuições entregues aos cofres públicos.

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por Luis Borges 27 de janeiro de 2016   Curtas e curtinhas

Delação premiada na empresa

Como parte do acordo de leniência fechado entre a Camargo Corrêa, a Polícia Federal e a Procuradoria Geral da República, a empresa criou um modelo interno de delação premiada. Funcionários e ex-empregados podem participar do Programa Interno de Incentivo à Colaboração (PIIC), repassando informações que possam, potencialmente, apontar a direção de outros fatos ilícitos que ainda não vieram à tona.

É uma mudança na postura da empresa, que permite imaginar como ficará o clima organizacional. Onde ninguém “entregava”nada, de repente começa-se a falar o que se sabe. Será o tempo do “olho por olho, dente por dente” e “salve-se quem puder”.

Viagens e diárias

Que os gastos da União aumentam enquanto a receita diminui, todos sabemos. Também é sabido que não são feitos esforços para discutir a qualidade e a quantidade dos gastos, apenas para encontrar novas receitas via aumento de impostos e contribuições, como a CPMF.

Proponho um exercício que vai na contramão – pensar os gastos com viagens e diárias dos órgãos da União em 2015. Só com passagens e deslocamentos do funcionalismo público federal os contribuintes arcaram com R$1,2 bilhão. Com as diárias decorrentes de tantas viagens, outros R$941,9 milhões.

Um exemplo ilustrativo dessas despesas: o Ministro do Trabalho e Previdência Social acompanhado de um assessor saiu de Brasília pra Belo Horizonte tendo como justificativa dar posse ao Superintendente do Ministério em Minas Gerais. Questão: para que gastar com essa viagem, se o ato de posse já fora publicado no Diário Oficial da União? É claro que a oportunidade ensejou contatos político-partidários e também festividades, que habitualmente contém um coquetel financiado pelo Tesouro.

Singelos exemplos como esse não são raros país afora. Se fossem limados das agendas, contribuiriam bastante para a redução de gastos da União.

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por Luis Borges 14 de dezembro de 2015   Curtas e curtinhas

Dívida

A Divida Ativa da União é o conjunto de débitos de pessoas jurídicas e físicas com órgãos públicos federais, tais como Receita Federal e INSS, não pagos espontaneamente na data de vencimento. O total dessa dívida a receber chegou a 1,5 trilhão de reais até outubro de 2015, segundo levantamento do Contas Abertas. A meta do Governo Federal é receber 234 bilhões de reais nos próximos 3 anos.

Só as 500 maiores pessoas jurídicas inscritas na Dívida Ativa da União devem, juntas, 392,3 bilhões de reais. A maior devedora é a Vale, com R$41,9 bilhões. A empresa questiona na justiça a cobrança de R$32,8 bilhões e refinanciou o pagamento de R$8,27 bilhões. A segunda maior devedora é a Carital Brasil Ltda, antiga Parmalat, com R$24,9 bilhões e a terceira é a Petrobras, com R$15,6 bilhões totalmente inscritos em programas de parcelamento de débitos.

Já o déficit fiscal de 2015, no valor de R$119,9 bilhões, foi aprovado pelo Congresso Nacional aumentando o contraste com a desoneração fiscal em torno de R$450 bilhões feita pelo Governo Federal nos últimos 5 anos. Também faz parte do contraste a grande incapacidade de se cobrar a dívida ativa das pessoas jurídicas e a enorme ferocidade para se cobrar as dividas de valores mais baixos das pessoas físicas.

Democracia

Uma pesquisa do IBOPE Inteligência em parceria com a Worldwide Independent Network of Market Research (WIN) mostrou que 73% dos brasileiros consideram a democracia o melhor sistema de governo, mesmo podendo ter problemas. Já 22% dos entrevistados não concordam com essa afirmação e 5% não responderam.

A mesma pesquisa foi feita em mais 61 países e mostrou que 76% dos entrevistados também consideram a democracia como a melhor forma de governo, enquanto 20% discordaram e 4 % não opinaram.

O maior índice de aprovação da democracia foi registrado na Suécia com 93% de aceitação. A vizinha Argentina tem 91%. O menor índice foi registrado no Japão (46%).

Turismo

Espelho d'água no Parque Ecológico da Pampulha, em BH | Foto: Marina Borges

Espelho d’água no Parque Ecológico da Pampulha, em BH | Foto: Marina Borges

O “Índice Nacional de Competitividade no Turismo” é um levantamento feito pelo Ministério do Turismo, Sebrae e Fundação Getúlio Vargas. Em 2015, avaliou 65 cidades brasileiras em trezes itens, como infraestrutura, equipamentos turísticos, aspectos culturais, políticas públicas e promoção do destino. Numa escala que varia de 0 a 100 pontos a cidade de São Paulo ficou em primeiro lugar com 83,2 pontos. Aliás a cidade também foi a campeã em 2014 e melhorou ligeiramente sua pontuação, que era de 82,5. Em seguida, em 2015, vieram Rio de Janeiro (81,1), Porto Alegre (81), Curitiba (80,4) e Belo Horizonte (79,2).

Os números mostram que continuam existindo espaços para a melhoria contínua e para a inovação nos processos do turismo interno.

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por Luis Borges 29 de novembro de 2015   Curtas e curtinhas

Antidepressivos

A venda de medicamentos antidepressivos e estabilizadores de humor no Brasil cresceu 11,2% no período de novembro de 2014 a outubro de 2015 na comparação com igual período anterior. O dado é da IMS Health, consultoria internacional de marketing farmacêutico. Foram 53,3 milhões de caixas de medicamentos vendidas. Se considerarmos que cada caixa contém 30 comprimidos, chegaremos a um total de 1,599 bilhão de unidades. É mais um item que passa do bilhão, num momento em que rombos nos gastos públicos e déficits orçamentários também superam os bilhões.

Ouvindo a voz do cliente

Praça Tiradentes Ouro Preto

Praça Tiradentes, em Ouro Preto. / Foto: Marina Borges

O Ministério do Turismo fez uma pesquisa sobre a satisfação de 44 mil turistas que visitaram o Brasil em 2014. Eles foram ouvidos em aeroportos e fronteiras terrestres. A hospitalidade do brasileiro foi o item mais bem avaliado pelos entrevistados, citada por 97,2% deles. Em segundo lugar ficou a gastronomia (94,4%), em terceiro ficou o alojamento (92,4%). Os preços tiveram a pior avaliação e foram citados por apenas 56,4% dos entrevistados. Telefonia e internet também foram mal avaliados.

Os turistas mais presentes foram os argentinos (27,1% do total), seguidos por americanos (10,2%), chilenos (5,2%), paraguaios (4,6%), franceses (4,4%) e alemães (4,1%).

Os americanos foram os que permaneceram pelo tempo mais longo, em média 20 dias, e também os que mais gastaram – R$85,07 por pessoa, por dia.

Os dados da pesquisa trazem bons subsídios para que o Ministério do Turismo melhore continuamente as suas políticas e diretrizes para estimular a vinda dos turistas estrangeiros ao país.

Cenários que ninguém acerta

No dia 05 de janeiro de 2015 o Boletim Focus do Banco Central projetava que, no final deste ano, a inflação medida pelo IPCA seria de 6,56%, o PIB cresceria 0,5%, a taxa básica de juros (Selic) seria 12,5% e o dólar estaria cotado a R$2,80.

No último 23 de novembro, muitos meses de crises econômica, política e de credibilidade depois, o mesmo Boletim Focus está projetando para o mesmo final deste ano uma inflação pelo IPCA de 10,33%, um PIB negativo em 3,15%, uma Selic de 14,25% e dólar cotado a R$3,95.

Sabemos que é muito difícil acertar com exatidão os indicadores projetados para um cenário num determinado período de tempo, mas também não deve ser muito grande a distância entre o projetado e o acontecido. Haja reposicionamento estratégico diante de tantas variações e em tão pouco tempo. É muita incerteza a nos desafiar!

Tragédia também no orçamento

Está em discussão na Comissão Mista do Orçamento no Congresso Nacional a proposta da peça orçamentária da União para 2016, enviada pelo Poder Executivo. Ela propõe que, no próximo ano, sejam gastos R$4,8 milhões na fiscalização das atividades de mineração existentes no país.

No dia 5 de novembro rompeu a barragem de rejeitos da Samarco Mineração em Mariana (MG), que veio confirmar que a fiscalização não era o foco de quem deveria cumprir tal função. Agora todos os implicados estão correndo atrás do resultado da omissão, mas o rabo continua balançando o cachorro num outro processo minerário que está expondo os resultados de tantas mazelas e conveniências.

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por Luis Borges 13 de novembro de 2015   Curtas e curtinhas

Condomínio atrasado

As ações judiciais por falta de pagamento de condomínio em SP cresceram 27,9% de janeiro a setembro deste ano, em comparação com o mesmo período de 2014. O levantamento é do Secovi (Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais) de São Paulo. Uma das razões é a queda do poder aquisitivo das famílias. O Secovi lembra que o aumento da inadimplência acontece junto com a elevação das tarifas de energia elétrica, abastecimento de água e coleta de esgotos sanitários, que representam em torno de 30% dos gastos de um condomínio.

Haja fundo de reserva para cobrir tanto rombo…

Wi-fi no restaurante

A pesquisa “Jantares e Dólares”, feita nos Estados Unidos pela consultoria BCG, mostrou que a principal preocupação dos frequentadores de restaurantes é com a limpeza dos estabelecimentos. A segunda maior preocupação é com o frescor dos alimentos. Outra preocupação importante é a conexão com o mundo digital – 18% dos entrevistados desejam ter wi-fi gratuito quando se alimentam.

Pelo visto, a necessidade de estar conectado é bem mais prioritária do que conversar com uma pessoa que esteja ao lado. Lá como cá…

Falta d’água preocupa

A prefeitura da cidade turística de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, anunciou diversas medidas para reduzir o consumo de água nos quatro meses subsequentes, quando a presença de veranistas triplica a população local. Um decreto estabelece que quem for flagrado lavando carro ou calçada será multado em R$440. Já quem retirar água da rede irregularmente deverá ser multado em R$3.080.

No verão passado a emergência hídrica foi decretada em janeiro mas, como se vê, as preocupações e ações para o próximo verão já começaram com a primavera.

Senado sempre comprando

O Senado da República abriga 81 Senadores e demonstra uma grande capacidade de comprar diversos tipos de utensílios para que nada atrapalhe o desempenho dos parlamentares em seu trabalho. Agora foram empenhados R$47,2 mil para a aquisição de utensílios diversos. Serão dispendidos R$21,1 mil para a compra de 1.700 xícaras de porcelana para café, com pires, e capacidade de 50ml. Outros R$7,2 mil serão gastos para comprar 1.100 colheres de café, 450 colheres para chá, 400 colheres de sopa, 300 colheres para suco e 350 garfos de mesa. Já R$6,9 mil serão gastos com 150 jarras em material inoxidável com capacidade para 2 litros, R$5,7 mil com 400 xícaras de chá, também com pires, e R$3,3 mil com pratos para refeições. Fechando a lista, R$3 mil serão usados na compra de 100 açucareiros.

Agora é só trabalhar, melhorar a produtividade e apresentar muitos resultados pois, até o momento, o débito ainda é alto.

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por Luis Borges 4 de novembro de 2015   Curtas e curtinhas

Juros mais altos para aposentados

Está em vigor desde 22/10 a Lei Federal que ampliou o limite de crédito consignável para ser descontado dos pagamentos mensais de aposentados e pensionistas da Previdência Social. O percentual passou de 30% para 35%, mas os 5% adicionados só podem ser usados para pagar dívidas ou fazer saques com o cartão de créditos. Agora o Conselho Nacional da Previdência Social aprovou novas taxas máximas de juros mensais para crédito consignável. Nos empréstimos pessoais a taxa passou de 2,14% para 2,34% e no cartão de crédito pulou de 3,06% para 3,36%. Os bancos, sempre gulosos queriam taxas de 2,48% e 3,49% para cada modalidade, respectivamente.

A gula continua sendo um pecado capital, menos para o sistema financeiro.

Custo do Congresso

O Governo Federal continua tentando aprovar o restante das medidas previstas para o ajuste fiscal das contas públicas ao mesmo tempo em que a Comissão Mista do Congresso Nacional discute e negocia o Orçamento da União para 2016. A proposta prevê que a Câmara dos Deputados e o Senado, que formam o Congresso Nacional, custarão R$9,4 bilhões no próximo ano, o que equivale a R$1,1 milhão por hora.

Para eles tudo é mais fácil, pois só precisam gastar. Nós é que temos que nos virar para pagar os impostos independentemente da recessão econômica, do desemprego, dos juros altos e da queda do poder aquisitivo. Está passando da hora do Congresso Nacional rever seus gastos, sua produtividade e seus níveis de resultados. Até a quantidade de Deputados, Senadores e servidores deveria ser redimensionada e, é claro, para baixo.

Lanchinho

pão de queijo

Vai um pão de queijo? / Foto: Marina Borges

Um edital publicado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais no fim de outubro prevê a aquisição de 24 toneladas de pão de queijo para acompanhar o cafezinho servido aos magistrados. A lista completa de produtos está aqui. Como se vê, a crise econômica não tem nata a ver com eles. Austeridade é só para nós, que sustentamos tantos penduricalhos, inclusive alimentos.

Brasileiros conectados

Uma pesquisa feita pela consultoria Deloitte trouxe números interessantes sobre o uso de smartphones no Brasil. Foram 2 mil entrevistados, entre 18 e 55 anos, em todo o país. Em média, os brasileiros consultam o aparelho 78 vezes ao dia. As consultas variam de acordo com a idade. Entre pessoas de 18 a 24 anos são, em média, 101 acessos por dia, enquanto as pessoas de 45 a 55 anos acessam o aparelho 50 vezes no mesmo período. A pesquisa mostrou ainda que 57% dos entrevistados acessam o aparelho nos primeiros 5 minutos após acordar.

O seu perfil de usuário se enquadra nos padrões de resultados mostrados pela pesquisa?

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por Luis Borges 29 de outubro de 2015   Curtas e curtinhas

13º salário para pagar dívidas

Uma pesquisa da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) feita com 1.037 consumidores de todas as classes sociais mostrou que 74% dos entrevistados vão usar o 13º salário deste ano para pagar dívidas. Esse comportamento é um hábito de fim de ano mas, em 2015, vai atingir ainda mais gente – o número é 8,8% maior que o de 2014. A maior parte vai pagar dívidas com cartões de crédito e cheque especial. Também pudera, a inflação alta corrói a renda, as taxas de juros são altíssimas e o desemprego prossegue aumentando.

Será que o 13º vai ser suficiente pra pagar todas as dívidas? Ou vai servir apenas para tampar o buraco de alguns dentes?

abuso financeiro contra idosos

Fraudes eletrônicas

O envio de SMS economizou 43 milhões de reais para o Banco do Brasil ao evitar fraudes. Os clientes do banco receberam 96 milhões de mensagens por celular, que foram enviadas quando havia transações fora do comum em cartão de crédito e outras modalidades. Quando o cliente respondia dizendo que desconhecia a transação, o sistema era interrompido.

Esses golpes eletrônicos continuam a nos desafiar, exigindo controle e atenção quando usamos os dispositivos tecnológicos que nos conectam no grande mercado da Terra.

Mobilidade urbana

O programa Mobilidade Urbana e Trânsito tem, no orçamento deste ano, mais de 4 bilhões de reais reservados. Até setembro, 17% do valor orçado foi gasto.

Uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) mostrou que os indicadores e metas estabelecidos pelo Governo Federal não são capazes de avaliar o alcance dos objetivos da Política Nacional de Mobilidade Urbana.

E, por fim, uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria mostra que 36% dos brasileiros consideram o transporte público ruim ou péssimo, índice que aumentou desde 2011, quando era de 26%.

Três dados, de fontes diferentes, que dão pistas dos desafios presentes nos nossos sistemas de transporte público.

Corte de gastos

O Ministério do Planejamento e Gestão adiou o corte de 3 mil cargos comissionados, previsto na reforma administrativa. Pesou na decisão a insatisfação de membros da volátil base aliada, que sempre negocia o apoio ao Poder Executivo a cada projeto que se encontra em possibilidade de votação.

Haja impostos e contribuições para sustentar tantos gastos que não são necessariamente devolvidos à sociedade com a prestação de serviços em quantidade e qualidade esperados.

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por Luis Borges 20 de outubro de 2015   Curtas e curtinhas

Informação incompleta

O ex-presidente Lula afirmou, na semana passada, que as pedaladas fiscais do atual governo foram feitas para garantir benefícios sociais como o “Bolsa Família” e o “Minha Casa, Minha Vida”. Lula poderia ter dado uma informação mais completa se lembrasse de dizer que a maior parte dos recursos advindos das manobras de saques a descoberto foram destinadas a subsidiar as grandes empresas do Programa de Sustentação ao Investimento do BNDES e os empréstimos às empresas do agronegócio, por meio do Banco do Brasil.

Segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), em junho do ano passado o BNDES e o Banco do Brasil apresentavam um registro de passivos da União na ordem de R$21,9 bilhões. Esse valor representa cerca de 54,75% dos R$40 bilhões de pedaladas fiscais identificadas pelo TCU.

É preciso permanente atenção e análise crítica das informações para não considerar a parte como se fosse o todo.

Encolhendo

A Via Varejo, empresa do grupo Pão de Açúcar e administradora das marcas “Casas Bahia” e “Ponto Frio”, fechou 50 lojas de janeiro a setembro deste ano, das quais 28 eram do “Ponto Frio”. A medida é parte do programa de redução de gastos da empresa, que inclui corte de empregos, aluguéis, custos de logística e marketing. O terceiro trimestre fechou com queda de 24,6% nas vendas das lojas com mais de um ano de existência, na comparação com o faturamento de igual período do ano passado.

Também pudera! Temos recessão econômica, inflação e desemprego em alta. Poder aquisitivo e confiança no futuro estão em baixa. É óbvio que os eletroeletrônicos perdem importância. Outros itens, como alimentos, têm prioridade nos gastos nessa conjuntura em que a estratégia é de sobrevivência.

Contas hospitalares em alta

Mais um setor da economia reclama da alta do dólar. A Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) diz que, caso a cotação permaneça em torno de 4 reais, os custos devem aumentar em 20% neste ano. Os hospitais alegam depender das importações para trocar equipamentos e comprar materiais e medicamentos.

A Associação diz que os hospitais vão tentar amenizar os impactos – renegociar com fornecedores e operadoras de saúde, por exemplo. De novo, é o mercado em busca do seu ajuste na tentativa de encolher o mínimo possível. Mas não faltará choro por parte dos envolvidos e nem muitas críticas ao Governo Federal, como de costume.

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por Luis Borges 13 de outubro de 2015   Curtas e curtinhas

Assistindo TV no celular

Uma pesquisa feita pelo Conecta / Ibope Inteligência em julho deste ano entrevistou 1004 pessoas no Brasil e trouxe conclusões interessantes sobre o uso de smartphones. Entre os internautas ouvidos, 85% têm smartphones e 26% assistem TV no celular. Entre eles, 64% usam a conexão wi-fi de casa para assistir tv no celular. A pesquisa mostrou também que 52% assistem TV no ônibus e no trabalho, onde driblam restrições de acesso a certos conteúdos pelo computador. Também foram citados outros locais como casa de amigos por (31%), restaurante por (26%), metrô por (23%) e estádio em dia de jogo por (14%). Como é o seu uso desse tipo de dispositivo? O que você responderia caso fosse um dos entrevistados?

Nasce um novo indicador

Consideradas como “terra sem lei” por muitos, as redes sociais exigem muita observação e análise crítica de quem as utiliza. Mas qual é o impacto dos temas que são abordados ali na formação da opinião de quem participa das redes? Um novo indicador foi criado para medir isso – o Índice de Impacto e Perspectivas Brasil (IP Brasil), que vai avaliar o efeito do que está sendo discutido nas redes sociais e por formadores de opinião da imprensa tradicional. O indicador é formado por três categorias: política, economia e bem-estar. Ele será divulgado a partir dessa semana, às quintas-feiras, com exclusividade pelo Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico. O objetivo é avaliar o poder de difusão da informação e a como a sociedade vê o que é divulgado.

Como diz um dos fundamentos da Gestão, quem não mede não gerencia.

Responsabilidade Fiscal

A contabilidade criativa ganhou destaque em função do alto grau de maquiagem das contas públicas federais em 2012. O processo evoluiu e culminou, em 2014, nas “pedaladas fiscais”, nome dado aos pagamentos feitos pelos bancos oficiais para honrar compromissos do Poder Executivo Federal sem que o mesmo tivesse saldo em conta. O julgamento técnico feito pelo Tribunal de Contas da União, rejeitando por unanimidade as contas da Presidente da República em 2014, é um alento para lembrar aos governantes que a Lei de Responsabilidade Fiscal continua valendo e é coisa séria.

A Lei é clara e é para todos. O seu descumprimento deve ter as consequências previstas, assim como acontece para quem não cumpre, por exemplo, o que determina a legislação do Imposto de Renda para pessoas físicas e jurídicas. Simples assim.

Café em cápsula

O cafezinho em cápsula ganhou espaço no mercado brasileiro e teve crescimento de 52,4% na comparação do ano de 2013 com 2014, segundo pesquisa encomendada pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). Ele foi impulsionado pelo aumento do número de marcas de pequenos fabricantes e pela agilidade nas vendas em suas próprias lojas, pela internet e nos supermercados. Segundo a Abic existem hoje mais de 70 empresas no segmento após a entrada das pequenas, número não passava de 8 em 2013. Trata-se de uma boa alternativa ao tradicional café feito no dia-a-dia e pode trazer uma boa dose de combate ao desperdício, além de possibilitar diferentes padronagens de teores. Por outro lado, há geração de um tipo de lixo menos evidente de reciclar e descartar.

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