Varre, varre, vassourinha

por Luis Borges 25 de agosto de 2015   Música na conjuntura

Este 25 de agosto marca os 54 anos da renúncia de Jânio Quadros ao cargo de Presidente da República, ocorrida em 1961 após quase sete meses de exercício do mandato. Jânio foi eleito em 03 de outubro de 1960, com 48,27% dos votos válidos, e teve no combate à corrupção um dos mais destacados pontos do seu programa de governo. Em sua carta renúncia ele afirmou:

“Desejei um Brasil para os brasileiros, afrontando, nesse sonho, a corrupção, a mentira e a covardia que subordinam os interesses gerais aos apetites e às ambições de grupos ou indivíduos, inclusive, do exterior”.

vassourinha jânio quadros

Retrato de Jânio Quadros. Fonte: Arquivo Nacional.

A situação vivida hoje pelo Brasil, mais de meio século depois, mostra que a corrupção continua fortemente impregnada na cultura brasileira, cada vez mais ousada e confiante na certeza da impunidade e também da imunidade. Combatê-la tornou-se uma obrigação e uma questão de sobrevivência para a nação, principalmente após cada revelação das diversas etapas da Operação Lava Jato, mostrando como o sistema é integrado.

Vale a pena ouvir de novo a música Varre, varre, vassourinha, de autoria de Maugeri Neto, que foi muito cantada durante a campanha de Jânio Quadros. Aliás, a vassourinha também foi usada como broche nas roupas de muitos de seus eleitores.

Varre, varre, vassourinha...
Fonte: Letras.mus.br 

Varre, varre, varre, varre vassourinha!
Varre, varre a bandalheira!
Que o povo já 'tá cansado
De sofrer dessa maneira
Jânio Quadros é a esperança desse povo abandonado!
Jânio Quadros é a certeza de um Brasil, moralizado!
Alerta, meu irmão!
Vassoura, conterrâneo!
Vamos vencer com Jânio!
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