Vale a leitura
Motivos para a ação
Trabalhar com o que se gosta e se sustentar com uma felicidade permanente é um sonho ilusionista de muita gente. Não se pode esquecer que o trabalho é feito de inspiração e de muita transpiração, pois seus processos não são lineares e cada dia tem seus desafios. É fundamental ter os motivos que levem à ação para que as coisas aconteçam, e isso parte de dentro de cada um, por mais que as pessoas reclamem ou se vitimizem perante a realidade. Isso vale para todas as faixas etárias, inclusive para os jovens no início da carreira profissional. Nesse sentido é muito interessante esta entrevista concedida pelo filósofo Mário Sérgio Cortella à Exame.com. Leia um trecho:
“Uma das melhores coisas da vida é fazer o que se gosta. Só um tonto vai querer fazer algo desagradável. O que não posso esquecer é que, para chegar ao resultado de que eu gosto, há várias etapas pelas quais eu passarei que serão desagradáveis. Sempre é necessário um desgaste para que você atinja um resultado”.
Tudo certo, Presidente ou Presidenta
A enorme discussão gerada pelo ato de Dilma Rousseff ao escolher ser chamada “Presidenta” teve mais um episódio. Foi a afirmação de Carmem Lúcia, que ao ser eleita para presidir o Supremo Tribunal Federal (STF) disse que quer ser chamada de “Presidente” usando a seguinte frase: “eu fui estudante e eu sou amante da língua portuguesa, eu acho que o cargo é de presidente, não é não?”.
O professor Pasquale Cipro Neto mostra em seu artigo Data venia, ministra Carmen Lúcia, o cargo é de ‘presidente’ ou ‘presidenta’ que “presidenta” era um neologismo em 1913 quando foi incluído no Dicionário de Cândido de Figueiredo. Ele arremata dizendo que:
“Deve-se tomar muito cuidado quando se usa como argumento o registro num dicionário. Nada de dizer que “a palavra existe porque está no dicionário”; é o contrário, ou seja, a palavra está no dicionário porque existe, porque tem uso em determinado registro linguístico”.
Como se vê pelo artigo, a estudante Carmem Lúcia, amante da língua portuguesa ainda tem matéria para estudar.
E se vier a dependência?
Quem trabalha com planejamento estratégico faz uma análise da conjuntura e dos cenários em que seu negócio se desenvolve. No mínimo, são estudados um cenário positivo, um negativo e um mais provável. Se trouxermos isso para a vida dos idosos brasileiros, qual seria o cenário para as pessoas que tem 60 anos de idade ou mais? Um dos cenários possíveis é mostrado por Cláudia Collucci em seu artigo Quem vai empurrar a minha cadeira de rodas?
“Hoje é grande o número de pessoas que não puderam ou não quiseram ter filhos, as famílias estão menores, os filhos estão distantes, as mulheres, antes cuidadoras naturais, estão no mercado de trabalho, enfim, por uma série de razões não há mais certeza alguma para a pergunta: quem vai cuidar de mim? Na verdade, envelhecer é uma novidade para nós. Famílias, administradores públicos e profissionais de diversas áreas ainda estão tentando entender e se adaptar a esse fenômeno”.