Vale a leitura
O gafanhoto e a abelha
A humanidade caminhou do feudalismo para o capitalismo e tentou caminhar do capitalismo para o socialismo em várias partes do mundo, mas a maioria das experiências não se sustentaram. Discutir o que virá depois do capitalismo ou mesmo seu desempenho no século XXI também nos ajuda a perceber a sua capacidade de se reinventar para manter a sua hegemonia num meio em que prevalece a competição em detrimento da cooperação.
O filósofo Hélio Schwartsman aborda em seu artigo “O gafanhoto e a abelha” a visão de Geoff Mulgan sobre o capitalismo. O artigo mostra que:
“o capitalismo é essencialmente um sistema em movimento, no qual tendências fortemente predatórias (o gafanhoto) se combinam com forças construtivas (a abelha) para formar um amálgama cuja marca é a transformação. Para Mulgan, Marx errou ao subestimar a capacidade do capitalismo de responder e se adaptar a ameaças e pressões políticas. Conseguiu, até, disseminar riqueza e sem perder a capacidade de, simultaneamente, concentrá-la”.
Grupos de WhatsApp e Facebook
Não sei se você participa de grupos de WhatsApp ou Facebook, por exemplo, mas sei também de pessoas que participam de um, cinco, dez e até vinte grupos. Qual é a utilidade ou a inutilidade do que se posta nesses grupos para as pessoas que deles participam? No mínimo, a resposta a essa pergunta vai gerar uma boa discussão e muita polêmica.
Uma boa contribuição vem do artigo “Tenha modos”, de Lia Bock, onde ela mostra coisas que acontecem num grupo de WhatsApp de pais de alunos de uma escola particular da cidade de São Paulo.
“Numa escola construtivista da zona oeste de São Paulo, onde Alessandra colocou os filhos, o problema do grupo de pais é o que ela chama de marketing da maternidade. A quantidade de fotos em passeio é tão grande que faz com que as dicas se transformem em exibicionismo e marketing pessoal da boa mãe”.
Gato por lebre
Como se posicionar em relação à veracidade das informações colocadas a todo instante à nossa disposição das mais diversas formas e mídias, a começar pela Internet, por exemplo? Em tempos de muito compartilhamento e pouca checagem, o professor e jornalista Leonardo Sakamoto apresenta algumas possibilidades em seu artigo “Dez dicas para descobrir se uma noticia é falsa”. Entre elas destaco:
- Evite páginas que não trazem a pessoa ou equipe que produzem o conteúdo
- Se você acha que se informa o suficiente apenas lendo um título, por favor, não compartilhe nada nessa vida
- Desconfie de textos que não trazem fontes confiáveis, como entrevistados e pesquisas de instituições conhecidas, para defender as informações e números divulgados.