Vale a leitura

por Luis Borges 14 de fevereiro de 2016   Vale a leitura

Curta duração – A economia brasileira prossegue em recessão e faz coro com o desemprego em alta. As poucas oportunidades que surgem são avidamente disputadas por aqueles que atendem ao perfil procurado. Nessa competição um diferencial pode vir do conhecimento sempre atualizado e do domínio da sua aplicação. Como é difícil participar de cursos longos, a saída é fazer os mais rápidos, que variam de dois dias a quatro meses, segundo este artigo do Valor Econômico.

Link alternativo.

Convivendo com as restrições – Nossas expectativas em relação à vida geralmente são pelo seu curso feliz e duradouro dentro das condições normais de temperatura e pressão. Mesmo sonhando com o ideal e com um certo grau de previsibilidade, sabemos também que a vida é um risco que precisa ser gerenciado para reduzir ao máximo a sua probabilidade de ocorrência. Duro mesmo é quando vem algo em contrário e até então inesperado, inimaginável para acontecer com a gente ou com alguém mais próximo de nós. O que nos resta é não nos sentirmos vencidos para buscar a reinvenção diante dos limites físicos impostos pelo acontecido.

Um caso emblemático é o de Laís Souza, ex-ginasta que ficou tetraplégica após se acidentar há dois anos, enquanto esquiava se preparando para os Jogos Olímpicos de Inverno. Nessa entrevista concedida ao UOL, ela explica como lida com sua nova condição e afirma que aprendeu a conhecer um mundo novo.

“Meu sonho, não tem como negar, seria ter meus movimentos de volta, me mexer, voltar a andar e ter uma vida normal. Mas com certeza eu sou muito feliz, estou procurando ir atrás do que é possível para mim. O que me faz feliz no momento é aproveitar cada momento. Não adianta pensar muito adiante”.

O discurso e a sua prática – O educador e pedagogo Paulo Freire, sempre inspirador e instigante em suas proposições, nos ensinou que “é fundamental diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal forma que, num dado momento, a tua fala seja a tua prática”. Mas até que isso aconteça muita água ainda terá que passar debaixo da ponte e, mesmo assim, nada nos garante que tudo acontecerá conforme o esperado. Afinal de contas os traços de personalidade são marcantes. A psicóloga Simone Demolinari, mestre em análise do comportamento, abordou alguns aspectos sobre o tema em seu artigo Por que algumas pessoas não praticam o que elas pregam?.

“Mesmo podendo seguir um arbítrio, ainda que pouco livre e romper com os modelos impostos, às vezes é mais fácil sucumbirmos a eles. Quem não consegue chegar lá, finge que chegou. É dessa desonestidade emocional que nasce um paradoxo intrigante: a dupla moral – adultos com vergonha de admitir suas fraquezas, mas sem nenhum pudor de escondê-las atrás de uma mentira”.

  Comentários

Publicado por

Publicado em