Vale a leitura
Planejar é preciso
Uma reclamação permanente dos brasileiros está ligada à alta carga tributária que se paga no país. Cada vez mais também se questiona a criação de novos impostos e a recriação de outros, como é o caso da CPMF. Muitos questionam o baixo retorno da aplicação dos impostos e contribuições. O que mais aparece são os altos salários e mordomias de certos segmentos do funcionalismo publico e a baixa qualidade ou mesmo a insuficiência de muitos serviços prestados. É gritante a falta de uma gestão estruturada e de avaliação do desempenho de quem está à frente das coisas públicas. Basta verificar a quantas andam os municípios, sempre reclamando falta de recursos, mas nem sempre se preocupando com a qualidade dos gastos em função do que arrecadam atualmente.
Como ter acesso às informações e acompanhar os resultados da gestão municipal? Uma iniciativa interessante é mostrada neste artigo, de autoria de representantes do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Ele explica o índice criado pelo TCE-SP, o Índice da Efetividade da Gestão Municipal (IEMG). O TCE-SP diz que é o primeiro do tipo criado no país, que possibilita acompanhar a forma como os municípios do estado empregam o dinheiro arrecadado. Veja alguns dados sobre educação levantados por meio do índice:
Na educação, em que o gasto médio anual por aluno da rede municipal é de R$ 8.608, o IEGM mostra que 76% dos municípios aplicaram algum programa de avaliação do rendimento escolar e que 91% das escolas possuem laboratórios ou salas de aula com computadores.
Em compensação, veio à tona um número alarmante: 48% das prefeituras atrasaram o envio do material escolar e só 11% entregaram o uniforme antes do início das aulas –48% nem sequer o forneceram.
Você sabe o que o TCE do seu estado tem apurado sobre as gestões municipais?
Abrindo negócios na crise
É dito popular que “a crise é a mãe de todas as oportunidades”. Considero a frase verdadeira, principalmente para quem não se intimida diante de ameaças e dificuldades. A crise acaba trazendo oportunidades para aqueles que estão sempre atentos e se preparando para encarar um bom empreendimento, ainda que ele demore a se firmar e exija paciência, persistência e constância de propósitos. O artigo Brasileiros assumem riscos e abrem novos negócios em plena recessão mostra alguns casos de pessoas que partiram para viabilizar seus negócios nesse momento. Confira o texto e reflita sobre a sua coragem e capacidade de fazer algo semelhante.
Comprem Marina
A ex-Senadora Marina Silva já disputou e perdeu duas eleições para a Presidência da República, nas quais chegou em terceiro lugar. Em 2014 muitos pensaram, analisaram e verbalizaram que sua trajetória política chegara ao fim. Ela passou os últimos meses fazendo reflexões e tendo poucas aparições, enquanto o seu partido, a Rede Sustentabilidade, estava sendo preparado para ser reconhecido pelo Tribunal Superior Eleitoral.
E agora, como deve estar sendo vista a presença de Marina Silva na cena política brasileira? Ela ainda é uma opção para as eleições presidenciais de 2018? No artigo Comprem Marina está a opinião de Celso Rocha de Barros, colunista da Folha, doutor em sociologia e analista do Banco Central.
Marina ainda enfrentará muitos obstáculos para consolidar seu partido, e descobrirá que não é por acaso que as outras forças políticas não implementam seu programa. Há ali uma conciliação de interesses muito difícil de ser amarrada: entre defensores do liberalismo e da redistribuição, entre os que defendem crescimento e os que defendem o meio ambiente, entre os cristãos praticantes e a esquerda pós-marxista. Nem todo aliado necessário terá o perfil de Alessandro Molon. E talvez Marina surja cedo demais como alguém a ser batido.
De qualquer forma, analistas apressados e superficiais que acharam que Marina acabou em 2014 (por exemplo, eu) estavam claramente equivocados.