Vale a leitura

por Luis Borges 28 de setembro de 2015   Vale a leitura

Morte sem dor

Uma afirmativa muito repetida entre nós diz que a morte faz parte da vida. A morte acaba fazendo parte das preocupações das pessoas, ainda que em diferentes graus, até o dia em que se viabilizará. Muitos gostariam de chegar a esse momento de maneira fulminante, com uma parada cardíaca. Outros chegam lá após um determinado período de padecimento, muitas vezes acompanhado de muita dor em alguma parte do corpo. Ter um analgésico disponível e potente para combater essa dor não é algo factível para qualquer um, principalmente para quem vive fora dos países mais desenvolvidos. Como fazer para aliviar uma dor intensa usando, por exemplo, a morfina? É o que aborda o filósofo Hélio Schwartsman no artigo Apartheid da dor.‏

Segundo o Órgão Internacional de Controle de Entorpecentes, ligado à ONU, 5,5 bilhões de terráqueos, cerca de 75% da população mundial, vivem em países com pouco ou nenhum acesso a medicamentos para controle de dores moderadas e severas; 92% de toda a morfina produzida no mundo é consumida por apenas 17% da população global, que habita nações concentradas na América do Norte, Oceania e Europa Ocidental.

Buscando um negócio próprio

Trabalhar num negócio próprio, fazendo aquilo que se gosta com muito amor e sustentabilidade para a própria vida, continua sendo o sonho dourado de muita gente. Como todos sabemos, trilhar esse caminho é algo extremamente desafiante em função das várias variáveis envolvidas simultaneamente, mas é possível. Aprender com o sucesso e o fracasso daqueles que tiveram a ousadia de encarar esse tipo de situação é algo obrigatório para quem acredita que não existe substituto para o conhecimento. Aqui está uma grande oportunidade de aprender com o desenvolvimento pessoal de Alinne Ferreira, contado numa entrevista publicada no site Mudança de Planos.

Na minha experiência com processo de desenvolvimento pessoal, percebo que um dos fatores que mais angustia as pessoas é viver uma vida que não é a delas. Outro fator importantíssimo que causa muita frustração é não entregar e não praticar os seus talentos, independente de ser empreendedor ou profissional no mercado tradicional.

[…]

Me preparei durante 4 anos para largar de vez o mundo corporativo. Confesso que foi bem desafiador, pois tive que vencer várias barreiras internas e externas. Mas, acredito que tudo é um processo de amadurecimento e aquisição de coragem.

Uma fábula de improdutividade

A busca pelo maior bem estar possível e com o menor esforço possível mobiliza muita gente. Uma grande parte desse grupo tem a crença de que o melhor lugar para que isso aconteça é o serviço público. É claro que muitos ainda fazem uma estratificação para descobrir onde estão os melhores salários e penduricalhos, independentemente da escolaridade exigida. Nesse sentido as melhores oportunidades ficam por conta do Poder Judiciário e do Legislativo, além de algumas áreas do Poder Executivo ligadas ao Ministério da Fazenda. E assim é possível verificar como estão cheias as salas de aula dos cursinhos preparatórios para os candidatos às vagas dos concursos públicos.

Muitos aprovados e empossados sonham com as possibilidades de uma zona de conforto sem se preocupar muito com as necessidades e expectativas dos cidadãos que demandarão seus serviços. A gestão dos serviços públicos e os níveis de resultados alcançados em meio às diversas greves e reivindicações por melhores carreiras são abordadas por Marcos Mendes, doutor em economia que se identifica como “servidor público bem remunerado”, no artigo Uma fábula de improdutividade.

O erro está nas regras. Mudá-las requer superar as dificuldades das decisões coletivas. Não mudá-las implica continuar com talentos profissionais e dinheiro público mal alocados, empregos improdutivos, potenciais inexplorados, gasto público excessivo, oportunidades perdidas, incentivos errados. Uma fábula de improdutividade.

É claro que isso só se aplica aos outros, não é mesmo?

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