Vale a leitura
Sempre o jeitinho brasileiro
Se por um lado o jeitinho brasileiro é criticado e demonizado, por outro ele também pode ser considerado estratégico e, portanto, muito valioso. Um posicionamento equilibrado entre uma forma e outra é sempre um grande desafio, tanto para quem precisa “se virar” em busca da sobrevivência imediata quanto para quem defende o trabalho sistêmico e metódico.
O jeitinho brasileiro foi tema de uma palestra a empresários associados à Câmara de Comércio França Brasil, em São Paulo. O palestrante, o francês Pierre Fayard, foi entrevistado pela Folha. Segue um trecho da matéria:
o jeitinho se caracteriza por uma mistura de capacidade de achar solução para qualquer problema sem desistir facilmente, cordialidade e uma certa amoralidade.
“Na cultura do jeitinho, a cabeça está aberta a qualquer possibilidade, regular ou não. Vai dar certo e, se não der, ainda não chegou ao fim”, disse, ecoando o escritor Fernando Sabino (1923-2004).
Após a leitura como você avalia a sua postura diante do jeitinho brasileiro ou da aplicação de um método para se chegar à solução de um problema bom ou ruim?
Vamos conversar sobre empreendedorismo?
Do ensino infantil ao nível superior, faz parte da tradição e da cultura brasileira formar os alunos para o trabalho em grandes empresas ou órgãos públicos. Os atrativos como boa remuneração, benefícios, plano de carreira, estabilidade e aposentadoria são partes do discurso permanente. Pouco se mostra que a maior parte das oportunidades de trabalho são geradas pelas micro ou pequenas empresas.
Já sonhar em ter o seu próprio negócio, inovar, empreender e enfrentar a dor e a delícia desse desafio é algo mais raro ainda. Neste artigo publicado no blog 360 meridianos, a jornalista Natália Becattini mostra a sua experiência no processo de empreender e ter o seu próprio negócio com todos os riscos da vida.
Não é raro ouvirmos conselhos desmotivantes e assustados quando anunciamos que vamos empreender. Se você disser que quer empreender no campo criativo, então, as reações que você recebe são quase as mesmas que receberia se estivesse anunciando um velório. Nossa cultura tem medo exagerado dos riscos. As pessoas valorizam muito a estabilidade, a segurança e a garantia de futuro. Querem eliminar, desesperadas, as incertezas. Mas o risco é inerente à vida.
O todo e a parte
Conhecer, entender e praticar um conceito é um desafio que começa pela compreensão do seu fundamento. Se pegarmos como exemplo o caso da palavra processo, deveríamos saber que essa palavra se refere a um conjunto de causas que provoca um ou mais efeitos, e que tem início, meio e fim.
Desde cedo deveríamos ter a oportunidade de praticar integralmente um processo sempre que ele depender só de nós. Caso contrário, correremos o risco de prosseguir pela vida afora fazendo apenas uma parte e empurrando para os outros as demais ações que também deveriam ser feitas por nós. Neste artigo a educadora Rosely Sayão aborda o assunto com muita clareza.
Estamos criando uma geração que não se dá conta de que precisa assumir o processo como um todo, ou que toma a parte pelo todo. Volto ao exemplo da agenda, porque quase todos nós a usamos. De que adianta anotar os compromissos se não os verificamos depois? De nada, não é? Pois assim tem sido com os mais novos.
Boa leitura!