Vale a leitura
Quem te viu, quem te vê
A conjuntura está sendo marcada pelo agravamento da crise política e econômica neste início de agosto. O noticiário sobre o assunto chega a ser cansativo, e deixa nítida a busca que muitos grupos estão fazendo para que prevaleça o “quanto pior, melhor”. As condições gerais e específicas continuam se deteriorando e não parece visível o que poderia ser uma solução para os problemas que persistem.
A gravidade do momento pode ser percebida pela mudança de postura do Ministro da Casa Civil, que finalmente desceu do pedestal e “pediu água”. Atitude semelhante teve também o escorregadio Vice-Presidente. O dito popular de que “sapo não pula por boniteza, mas por necessidade” demonstra estar mais vivo do que nunca. Sobre este assunto, leia o artigo do Bernardo Mello Franco.
Um exemplo de estado quebrado
A proposta do Governador do Rio Grande do Sul de parcelar o pagamento dos salários dos funcionários públicos estaduais foi a gota d’água que faltava para mostrar a precária situação das conta públicas. Usando uma expressão popular, pode-se dizer que o estado está quebrado e que as causas dessa situação já se arrastam por, no mínimo, mais de 3 décadas. O que se vê agora, diante das iradas reações de todos os que estão sendo atingidos e dos fatos e dados que estão vindo à tona, é que sempre se vendeu uma imagem favorável da prosperidade gaúcha e que os problemas foram sendo mascarados. O resultado atual é mostrado com muita clareza no artigo Efeito chimarrão, de Monica Baumgarten de Bolle.
O estado das contas públicas do Rio Grande do Sul é um alerta e tanto para o país. Se o Brasil não conseguir desatar as amarras da crise política, se o governo não for capaz de eliminar os problemas estruturais que tantos obstáculos criam para um ajuste fiscal que melhore as perspectivas de médio prazo do país, viveremos o efeito chimarrão. O Brasil será o Rio Grande do Sul, amanhã.
O que dizer da situação de estados como Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, isso para ficarmos apenas na região Sudeste?
Palanque na TV
Faltando 14 meses para a eleições municipais de 2016, é visível a movimentação de muitos dos prováveis candidatos ao cargo de prefeito, principalmente nas capitais dos estados e cidades de médio e grande porte. Como sempre, surgem os nomes de pessoas ligadas à televisão e ao rádio, tidos como bastante fortes se disputarem o pleito, por serem muito conhecidos em função do trabalho que executam. As possíveis candidaturas dos apresentadores de TV José Luiz Datena, João Dória Júnior e Celso Russomano à Prefeitura de São Paulo são abordadas por Maurício Stycer no artigo Palanque na TV. Na opinião de Stycer:
É evidente que um apresentador, ator ou humorista com presença diária ou semanal na televisão parte com vantagem em uma eleição. Não se deve proibi-lo de tentar a carreira pública, mas acho que seria necessário encontrar meios de reduzir ainda mais esta condição de superioridade.
E você, o que pensa dessa situação?