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por Luis Borges 6 de julho de 2015   Vale a leitura

Cumprindo promessa de campanha

É relativamente fácil encontrar governantes que são eleitos defendendo um determinado programa, cheio de compromissos com a população, e que é deixado de lado tão logo tomam posse. A situação vivida pela Grécia no presente momento mostra que o primeiro ministro Alexis Tsipras está levando em consideração as promessas de campanha em cima das quais foi eleito pela frente de esquerda Syriza. Daí o plebiscito para ouvir a população sobre fazer ou não um acordo com o FMI e a Comunidade Europeia, que exigem medidas de austeridade para se atingir um equilíbrio fiscal. No texto de Mário Magalhães está um enaltecimento ao cumprimento dessas promessas. Segue um trecho:

Pode-se achar certa ou errada a política do Syriza e de Tsipras. Mas que eles seguem o preceito do prometido é devido, até aqui seguiram.

Aula no ensino superior e corrupção

As denúncias e investigações de casos de corrupção envolvendo órgãos governamentais, empresas estatais e grandes empreiteiras fazem do nível macro do país um espetáculo cheio de relatos de descumprimentos das regras, critérios e leis. Corruptos e corruptores estão em evidência e, às vezes, até parecem distantes, por estarem num nível mais alto de poder e relacionamentos.

Como perceber e analisar a corrupção no “micro”, no do dia-a-dia de nossas organizações humanas? Um exemplo está no artigo Como é dar aula no ensino superior e a corrupção na universidade. Nele o professor Rodrigo Ribeiro, que tem graduação, mestrado e doutorado em matemática pela UFMG, mostra como o tema se manifesta de diversas maneiras numa sala de aula.

Em sua maioria, aluno não faz nada sem receber algo em troca. A moeda de troca é chamada de ponto. A única motivação é o ponto. Sugestão de livros? Só valendo ponto. Lista de exercícios? Só valendo ponto. Fazer pelo conhecimento é ser taxado de idiota.

A blindagem da caixa preta do Carf

Até a temida Receita Federal, que zelosamente arrecada os impostos e contribuições para a União, entrou na dança da Polícia Federal através do seu Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), que caiu na “malha fina” da operação Zelotes. Como tudo nessa área envolve sigilo, dá para se imaginar como deve estar sendo o desafio de prosseguir com as investigações. Neste artigo, Elio Gaspari levanta algumas questões importantes – e ainda sem resposta – sobre o conselho.

Apesar do silêncio, o Carf divulgou uma valiosa planilha. Ela mostra que, entre 2004 a 2014, chegaram ao Conselho 77 mil pleitos. Em metade deles, os contribuintes recorreram contra autuações com valores na faixa de R$ 10 mil a R$ 100 mil. Juntos deviam R$ 1,2 bilhão. Outros 19 mil pleitos (24,6%) envolviam autuações superiores a R$ 1 milhão. Totalizavam cerca de R$ 515 bilhões. Para se ter a ideia do tamanho desse ervanário, de janeiro a maio deste ano, a Viúva arrecadou R$ 510 bilhões.

 

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