Vale a leitura
Água na fervura, por favor – Ações advindas de decisões impulsivas caminham na contramão da estratégia. Por outro lado, quem não tem estratégia está condenado à morte no curto, médio ou longo prazo. A situação vivida pela República Federativa do Brasil no presente momento caracteriza-se pela crise política e econômica. Persiste uma polarização entre as coligações partidárias que disputaram o segundo turno das eleições presidenciais em outubro/14. Os perdedores demonstram não ter se conformado com a derrota por uma margem relativamente pequena e parece que ainda continuam disputando as eleições. Os vencedores têm dificuldades para se entender dentro da própria base aliada, tanto na gestão para enfrentar e solucionar os grandes problemas quanto para aprovar medidas no Congresso Nacional. Tudo isso em meio às revelações das tenebrosas transações do mundo da corrupção. A temperatura aumenta e o tiroteio se intensifica. Em artigo publicado na Folha de S. Paulo, Rogério Gentile pede água na fervura para se tentar soluções para o conflito instalado.
Esqueceremos Fukushima? – A Segunda Guerra Mundial terminou após a detonação das bombas atômicas que arrasaram as cidades de Hiroshima e Nagasaki no Japão. Apesar do estigma criado em torno da energia nuclear, cresceu a sua utilização para fins pacíficos como, por exemplo, a geração de energia elétrica. Mas as questões ligadas à segurança das instalações nucleares sempre foram motivo de preocupação permanente. Ao se completar 4 anos do terremoto e tsunami que atingiram a usina nuclear de Fukushima, o jornalista Chico Whitaker faz um pungente relato da situação vigente em 11 de março de 2015.
Sabendo-se que milhares de pessoas tiveram que abandonar para sempre suas casas, em oito localidades em torno da usina, e vivem até hoje em alojamentos provisórios por conta da ajuda que o governo está obrigado a lhes dar, entende-se porque entre os antigos moradores de somente uma dessas localidades, Tomioka, a 10 km da usina, tenham ocorrido quase 200 suicídios, número 10 vezes superior ao número dos que nela morreram com o tsunami…
Por que bebemos até morrer? – No último dia 9 o Brasil se despediu da cantora e folclorista Inezita Barroso, de 90 anos de idade, que imortalizou com sua voz a música Marvada Pinga. Ela cantava:
“Com a marvada pinga. É que eu me atrapaio. Eu entro na venda e já dou meu taio. Pego no copo e dali nun saio. Ali memo eu bebo. Ali memo eu caio. Só pra carregar é que eu dô trabaio. Oi lá.”
Pouco tempo antes, nos chocamos com o caso do estudante do 4º ano de Engenharia Elétrica da Unesp de Bauru, SP, que morreu aos 23 anos de idade após participar de uma festa e beber muito. Outros três foram internados em decorrência de coma alcoólico.
Por que se bebe tanto? Por que os estudantes universitários também bebem muito? Quais são as consequências desse tipo de atitude? São perguntas que a autora do blog Abecedário tenta responder neste texto. Um estudo feito nos EUA com 17,5 mil estudantes de 140 campi traça paralelos entre o hábito de beber exageradamente por farra e a possibilidade de adotar hábitos autodestrutivos ou se envolver em problemas.