Vale a leitura
Dívidas pessoais atrasadas – O nome sujo na praça é uma realidade crescente para muita gente. Apesar da crise econômica, dos juros altos e do desemprego que já começa a aumentar, as causas fundamentais dessa situação são bem claras. Falta planejamento, sobra impulso na tomada de decisão e sobra coragem para se endividar em níveis muito além da verdadeira capacidade financeira. Uma pesquisa do SPC Brasil feita em conjunto com o portal Meu Bolso Feliz mostra diversos ângulos da realidade vivida por pessoas endividadas. Vale a pena ler e refletir – você está nessa situação? Como sair dela?
Em média, o consumidor brasileiro inadimplente está com o nome sujo há aproximadamente dois anos, deve para 3,7 diferentes empresas, adquiriu essas dívidas por meio do cartão de crédito e de lojas e tem um débito total de R$ 21.676,00 junto às empresas credoras – já embutidas as multas e as taxas cobradas pelo atraso. Esse valor corresponde a 768% da renda familiar mensal de um consumidor entrevistado na pesquisa, de R$ 2.822,00.
Escassez de água – Estamos caminhando para o final do verão e o racionamento da água para o consumo humano ganha força no horizonte próximo. Na volta do barco já sentimos o desespero de muitos daqueles que, irresponsavelmente, não fizeram o dever de casa. Na prática tenta-se mascarar a falta do planejamento para os tempos de escassez da água com a tentação de propor obras faraônicas, que exigem altos valores de investimentos de recursos financeiros também escassos. É emblemático o caso do Sistema Cantareira que abastece 6 milhões de pessoas na grande São Paulo. Leia neste artigo do jornalista Afonso Capelas Jr, publicado pelo Diário do Centro do Mundo, um alerta sobre a adoção de tecnologias pouco apropriadas para resolver o problema e um clamor pela proteção do entorno das nascentes e das florestas nativas, bem como a intensificação do reflorestamento de áreas já degradadas.
Bagunça na sala de aula – Um aluno com 16 anos de idade agrediu a diretora de sua escola, em Belo Horizonte, porque ficou irritado com a convocação de sua mãe para tratar de seu comportamento em sala de aula. O fato nos remete a questionamentos – o que e como fazer diante da bagunça e da indisciplina em sala de aula? Segundo texto da jornalista Sabine Righetti, especialista em educação e ciência, um professor no Brasil ao ministrar 4 horas de aula por dia perde 48 minutos para conter a bagunça em sala. E tem mais. Na medida em que a idade do aluno aumenta, a situação só piora. Leia aqui o texto completo, publicado no Blog Abecedário. E fique com a reflexão proposta pela autora: “já conseguimos até calcular o tempo de conteúdo perdido em sala de aula. Ótimo. Mas o que estamos fazendo para lidar com essa questão?”
Irritação criativa – Apesar da insistência do governo federal em não admitir os erros do primeiro mandato da Presidente da República, o fato é que a economia brasileira está se aprofundando em sua crise. O ajuste fiscal passou a ser buscado de diversas maneiras, visando com tentativas e erros políticos recolocar a economia no seu prumo. A conjuntura é delicada, conjuntura de juros e inflação em alta; credibilidade e crescimento em baixa. Em artigo publicado na Folha de São Paulo, Henrique Meirelles, presidente do Banco Central durante o governo Lula, apresenta suas proposições para enfrentar os grandes problemas do momento.
“É uma necessidade premente não só olhar para todos os problemas que estão aí, mas começar a dirigir toda essa energia e toda essa irritação nacional para a construção de um país mais eficiente, produtivo e capaz de oferecer um alto padrão de vida à população”.