Vale a leitura
Quando o desrespeito tem conseqüências
A vida numa sociedade que se diz civilizada deveria ser marcada pelo respeito entre as pessoas que dela fazem parte. Só pelos casos de desrespeito que vem à tona e outros tantos que ficam submersos fica evidente que ainda estamos longe da excelência nesse quesito básico. Nesse sentido chamam a nossa atenção alguns episódios recentes que foram abordados por Élio Gaspari em seu artigo Cidadão, não; engenheiro formado publicado pela Folha de São Paulo.
As câmeras tornaram-se um remédio eficaz para combater os demófobos prontos para aplicar carteiradas sociais no “outro”, hipoteticamente inferior. Ao “você sabe com quem está falando”, o progresso contrapôs o “você sabe que está sendo filmado?”…
Em geral essas cenas de humilhação do “outro” duram poucos segundos e, sem os vídeos, não teriam consequência. Graças a eles, custam caro.
Sonhando com a volta ao bar preferido
A cidade de Belo Horizonte é considerada a capital brasileira dos bares, que estão fechados há mais de 120 dias. Algumas pessoas com quem tenho conversado – observados os padrões de segurança em vigor – manifestam saudades de voltar ao(s) bar(es) preferido(s), mas ainda não vislumbram quando isso será possível e também não imaginam quantos deles sobreviverão à pandemia. Por outro lado ficamos imaginando como será o novo padrão que os bares sobreviventes utilizarão na volta quanto às distâncias entre as mesas, pessoas sentadas e circulantes, horário de funcionamento, higienização das mãos, uso de máscaras…
É interessante observar o ponto de vista de Juliana Simon no artigo Não, eu não vou ao seu bar agora publicado no blog Siga o copo.
Não faz nem uma semana que os bares e restaurantes estão autorizados a reabrir em São Paulo e já vi alguns bons bares cervejeiros (para ficar somente no tema mestre deste blog) prometendo aquela experiência regada a distanciamento e álcool gel.
Não, obrigada. Eu não vou.
Entendo que é uma necessidade do negócio, que o governo não ajuda e que nem todo mundo consegue levar a casa pra frente com delivery e take out. São empregos e vidas em jogo.
Assim como voltar a frequentar bares nesse período é claramente jogar na roleta da minha saúde e das pessoas que me cercam (as mais próximas, para agravar, do grupo de risco).