Vale a leitura

por Luis Borges 26 de março de 2018   Vale a leitura

Poupar para a aposentadoria é necessário

A Reforma da Previdência Social estava no telhado e o Governo Federal não tinha votos suficientes para aprová-la, inicialmente na Câmara dos Deputados. A saída pela tangente veio com a intervenção federal na segurança pública do estado do Rio de Janeiro, o que jogou a discussão para o ano que vem, no mínimo. Mas para quem conta apenas com o INSS para se aposentar com valores que vão de R$954,00 a R$5.645,81 o jeito é fazer uma poupança própria, independente de qualquer Reforma da Previdência Social. É o que aborda o artigo Com ou sem Reforma da Previdência, 4 motivos para poupar para a aposentadoria, publicado pelo portal UOL.

“A aposentadoria é sustentável quando o trabalhador consegue manter a qualidade de vida apenas com o dinheiro de sua aposentadoria, sem precisar continuar trabalhando nem pedir ajuda a outras pessoas”.

Padrões exigem revisões periódicas

Quando se padroniza um determinado processo de produção de bens ou de prestação de serviços não significa que o padrão estabelecido será para sempre. Periodicamente ele precisa ser revisado para verificar a sua validade ou em função de novas exigências dos clientes, que forçam a busca pela melhoria contínua e impulsionam os saltos de qualidade através da inovação. Imagine como funciona no dia-a-dia, ao longo dos tempos, a prática dos padrões – protocolos – da área da saúde numa consulta médica ou numa internação hospitalar para resolver um problema mais complexo. Um bom exemplo é mostrado por Cláudia Collucci em seu artigo Médicos devem resistir à industrialização da profissão.

“Aos 96 anos, Bernard Lown esteve internado para tratar de uma pneumonia e ficou bem irritado com o modus operandi do hospital, ambiente que ele definiu como uma fábrica: “provoca todas as dores e trata todas as anormalidades laboratoriais, mas faz pouco para curar seus pacientes”.

Ele se queixou, por exemplo, da verificação dos sinais vitais (temperatura, pressão arterial e frequência respiratória) a cada quatro horas, prática incorporada na rotina dos hospitais nos Estados Unidos desde a década de 1890.

A questão é que os dados mostram que cerca de metade dos pacientes de um hospital são despertados desnecessariamente para tais verificações. “Como é possível descansar (e melhorar o estado clínico geral) com tanta gente te cutucando e te irritando?”, queixou-se Lown.”

A autonomia universitária é constitucional

O recente caso em que o Ministro da Educação questionou a Universidade de Brasília pela criação de uma disciplina eletiva no curso de graduação em Ciência Política intitulada “O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil” traz à tona a autonomia universitária, assegurada pela Constituição Brasileira.

Também a Universidade de Campinas criou uma disciplina optativa sobre o mesmo tema e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte já anunciou que também fará a mesma coisa. Sabine Riguetti, jornalista especializada em ciência e educação, aborda o assunto em seu artigo Melhores universidades do mundo criam disciplinas seguindo demanda dos alunos.

“Em universidades como Harvard, as disciplinas são mantidas se tiverem demanda. Um professor pode criar e ofertar um curso que considere fantástico, mas que, sem alunos, estará fadado a desaparecer. Ainda não há dados sobre a proposta da Unicamp, mas o curso da UnB está com lista de espera.

Mais: em boas universidades do mundo, os alunos tendem a fazer disciplinas fora da sua área e, inclusive, inscrevem-se em tópicos com os quais discordam. Nos primeiros dias de aula, os alunos de universidades de ponta como Harvard frequentam os cursos previamente selecionados para conhecer detalhes do programa e, também, para entender como pensam os professores. Se concordarem com o professor, alguns ficam. Se discordarem, outros também ficam justamente porque esses estudantes são treinados a ouvir os argumentos de quem pensa diferente deles. É assim que se dão os debates de qualidade.”

  Comentários

Publicado por

Publicado em