Turismo de lazer exige qualidade

por Luis Borges 23 de março de 2022   Pensata

Já há 2 anos estamos enfrentando a pandemia da Covid-19 com suas variantes e seus desdobramentos em todas as dimensões que impactam as nossas vidas. Finalmente parece que o processo de vacinação atinge índices que trazem segurança sanitária, mesmo sem o fim da pandemia, e nos mostram que mais uma vacina deverá fazer parte do nosso calendário anual. Isso não impede que cada indivíduo tenha seu autocuidado sem perder de vista a coletividade.

Nessa retomada crescente é interessante perceber as movimentações que mostram um florescimento, até rápido, do turismo de lazer. É claro que após esse tempo todo voltado para o “se possível, fique em casa” e ” mantenha o distanciamento social”, chegou a hora de um certo afrouxamento para aliviar tantas tensões. Ainda que não seja possível fazer grandes planos de lazer para mais longe, não podemos dizer o mesmo, por exemplo, para quem tem buscado opções de turismo de lazer num raio de até 200 km a partir da cidade de Belo Horizonte. Isso tem ocorrido principalmente em feriados prolongados e finais de semana. Às vezes essa “quebrada” para mudar de ambiente tem se dado em hotéis da própria cidade e, é claro, conforme as condições de cada um. Outras opções estão nos aluguéis de sítios e casas em condomínios fechados ou em distritos específicos da região citada.

O grande desafio nessa retomada crescente do movimento turístico fica para o cliente em busca de um fornecedor que justifique uma equilibrada relação entre o benefício e o custo do serviço a ser contratado. Ele sempre espera que a qualidade do que será fornecido atenda as especificações negociadas, que o preço seja justo e que o atendimento jamais deixe a desejar em relação ao que foi estabelecido.

Entretanto, nem tudo tem sido flores segundo relatos que ouvi de algumas pessoas que optaram recentemente por essa modalidade de lazer em busca de novas energias. Em alguns casos, ficou claro que o benefício do que foi entregue ficou bem aquém do custo das diárias cobradas ou mesmo dos serviços extras que não faziam parte delas. Em alguns casos, principalmente em hotéis, fica visível uma certa falta de treinamento das equipes nos procedimentos operacionais padrão, ainda que se compreenda a grande rotatividade das pessoas ao longo da pandemia, inclusive por causa das demissões no auge do sufoco enfrentado por esse tipo de negócio.

A falta de comunicação num determinado hotel fez com que um casal de clientes que solicitou uma refeição para ser servida na área da piscina descobrisse, ao reclamar da ausência da salada, que ela fazia sim parte do prato, mas que só poderia ser servida no restaurante, o que não foi falado quando o pedido foi feito.  Esse mesmo casal solicitou na saída que a conta fosse detalhada para melhor compreender o que estava sendo cobrado e isso assustou o atendente, que se mostrou irritado para prestar os esclarecimentos solicitados.

Quando se trata de casas, tem sido comuns os relatos de uma torneira na pia da cozinha bloqueada por um plástico, mas pingando água, gambiarras em instalações elétricas, falta de toalhas para uso na área da piscina, lixos em locais indevidos…

Enfim é bom lembrar que um cliente insatisfeito dificilmente retornará ao local outra vez e nem o indicará para pessoas de sua rede em busca desse tipo de lazer. Qualidade é o que o cliente espera de seu fornecedor, que deve estar preparado para isso.

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