Temporal e caos no metrô de BH
O forte temporal que ocorreu em Belo Horizonte no finalzinho da tarde da quarta-feira passada (8/3) mostrou mais uma vez como a cidade ainda está despreparada para conviver com esse tipo de fenômeno. De novo ficou visível a falta que a gestão faz, tanto do ponto de vista estratégico quanto operacional. Os relatos mostrados pelos diversos meios de comunicação trazem os mesmos problemas de sempre, que já se tornaram crônicos, e para os quais as autoridades governamentais sempre têm uma justificativa. Geralmente é uma chuva maior do que a esperada, manifestações de todo tipo no Centro da cidade, uma falha num cabinho que derrubou todo o sistema do Centro Operacional da Prefeitura, a pane generalizada nos semáforos, maior quantidade de veículos coincidentemente circulando após a volta às aulas…
Um aspecto pouco abordado pela mídia foi o impacto que a chuva teve para os usuários do metrô em pleno horário de pico, que já é normalmente caótico em dias secos. Um usuário registrou a foto e o vídeo deste post, quando tentava embarcar na Estação Santa Efigênia rumo à Estação Vilarinho, em Venda Nova. Como isso não era possível devido à enorme quantidade de pessoas na plataforma enquanto o metrô chegava lotado, o jeito foi embarcar no sentido Eldorado para tentar pegar o metro mais vazio no sentido contrário.
A “cheiúra” era a mesma, por isso esse usuário resolveu desembarcar na Estação Carlos Prates e retornar para desembarcar na Estação Central. Lá ele foi tentar embarcar num ônibus da estação Aarão Reis com destino ao bairro Morro Alto, em Vespasiano. Esperou mais de uma hora no ponto de embarque e quando conseguiu partir ficou com a sensação de que “saiu do espeto para cair na brasa”. Finalmente chegou em casa às 21:30 horas. No dia seguinte pela manhã, sem chuva, retomou sua trajetória cotidiana enquanto as autoridades governamentais continuavam falando para justificar e explicar mais do mesmo de sempre.