Problemas crônicos de Santa Tereza

por Luis Borges 9 de dezembro de 2015   Pensata

Um dos mais antigos e tradicionais bairros de Belo Horizonte, Santa Tereza tem cerca de 16 mil habitantes, segundo o IBGE.

Feira na Praça Duque de Caxias em dezembro de 2014. / Foto: Marina Borges

Feira na Praça Duque de Caxias em dezembro de 2014. / Foto: Marina Borges

Como todo bairro da cidade, também enfrenta problemas. Alguns se tornaram problemas crônicos, já que não foram combatidos assim que surgiram.

Acredito que identificar um problema é metade da sua solução. Por isso, sistematicamente mostramos situações vividas no bairro e na cidade aqui no Observação e Análise. Chegado dezembro, mês de balanços, temos uma boa oportunidade para relembrar situações existentes no bairro. Os problemas elencados aqui não têm ordem de prioridade para ser resolvidos, e foram levantados por mim e também por diversos moradores com quem convivo.

Trânsito

Rua Mármore, via de entrada no bairro. Logo no início, no cruzamento com a Rua Gabro, já temos um gargalo, principalmente nos horários de pico – são muitos veículos querendo entrar no bairro, sair do bairro, pegar outras ruas. Em dia de jogo no Estádio Independência fica quase impossível passar ali, à pé ou de carro. O pedestre que quiser atravessar com segurança, independente da idade, vai precisar de muita paciência. Falta ali uma solução que priorize a segurança de todos, pedestres, ciclistas, motoristas. Seria o caso de usar o padrão que a BHTrans vem aplicando no Centro da cidade?

O tráfego no bairro parece cada vez mais intenso do ponto de vista de quem mora nele. A falta de educação no trânsito, aliada à ausência de fiscalização, contribui para complicar ainda mais as coisas. Um caso foi mostrado neste post, quando uma pessoa desrespeitou as regras de estacionamento perto de esquinas e atrapalhou a vida de todos que circulavam no local. Vale dizer que esse comportamento, infelizmente, não é um caso isolado.

Outro problema comum é a circulação de veículos em velocidade superior à permitida nas ruas do bairro. Também estamos vendo cones reservando vagas para lavação de carro e para estacionamento em frente a estabelecimentos comerciais, o que não é permitido.

Por fim, é preciso lembrar os grandes eventos culturais, como Carnaval de Rua e shows na Praça Duque de Caxias. Os moradores sofrem com veículos parados em portas de garagens e também com os mal-educados que ignoram os banheiros químicos.

Sujeira e abandono

Há pontos no bairro que são conhecidos como locais de sujeira e abandono. É o caso do “cemitério” de veículos nas ruas Tenente Durval e Tenente Vitorino, que já foi mostrado aqui no início deste ano. Como se vê na foto abaixo, da Rua Tenente Durval, há veículos que continuam por lá. Segundo moradores, alguns há mais de 3 anos.

Foto: Sérgio Verteiro

Foto: Sérgio Verteiro

Na Rua Nefelina há um lixão, sempre recebendo todo tipo de contribuição e gerando insegurança para moradores e visitantes.

Foto: Sérgio Verteiro

Foto: Sérgio Verteiro

Barulho excessivo

Também é preciso lembrar de algumas composições ferroviárias, mais longas e barulhentas, rasgam a madrugada dos moradores que estão mais próximos da linha do trem. Vale mencionar também que algumas caixas de som, em volume muito alto, ficam ligadas até altas horas, com som que se propaga ao longe, principalmente de quinta a sábado.

O que fazer?

Se identificar o problema é metade da solução, a segunda metade depende de ação. Resolver estes e outros problemas crônicos do bairro depende da ação e cooperação de todos os envolvidos, para que os problemas possam desaparecer em um determinado horizonte de tempo.

Sabedor de que essas situações não são exclusivas de Santa Tereza – pelo contrário, estão presentes em muitos outros bairros da cidade – reafirmo a minha certeza de que só nos resta encarar e lutar pela sua solução. Mesmo sabendo que os esforços serão desiguais, mas que poderão ser combinados conforme o pique e a vontade de cada um. O que não dá é para negar, ignorar ou dar desculpas diante da realidade em que estamos inseridos e vivemos.

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