Na quarta-feira da semana passada telefonei para uma amiga de longa data visando cumprimentá-la pela passagem de seu aniversário de nascimento. Ela sempre espiritualizada, muito sensível e caminhante no campo da luz. Fazia algum tempo que não conversávamos voz a voz e, após os cumprimentos pela data, perguntei-lhe pelas expectativas sobre o que vem por aí, inclusive a aposentadoria no trabalho profissional em homeoffice atualmente .

Foi aí que ela contou que está reunindo forças para prosseguir, vivendo um dia de cada vez. Disse que enfrentou três casos de pessoas da família contaminadas pela Covid-19 em diferentes graus de gravidade.

A mãe ficou internada durante 20 dias num hospital, sem a necessidade de intubação, mas precisando de um respirador, enquanto o marido cumpriu 14 dias de isolamento em casa. Posteriormente foi a vez de seu irmão também passar, em casa, pelo mesmo processo de 14 dias de isolamento. Felizmente todos já superaram as respectivas fases, mas ela relatou como fez para enfrentar o “rojão” e como está participando da recuperação de sua mãe no pós-Covid.

Tomada por uma grande ansiedade nos desdobramentos de cada dia na estratégia de sobrevivência, ela disse que foi ao cardiologista para entender por que o coração batia tão forte e o sono desapareceu. Nada importante ou preocupante foi encontrado pelo profissional da saúde, que acabou sugerindo que a amiga se consultasse com um psiquiatra.

Foi o que ela fez e quando a consulta começou ouviu a clássica pergunta inicial do tipo “o que te trouxe até aqui?”.  A amiga deixou bem claro ao profissional que não estava buscando um decreto, um pacote sobre o que fazer. Disse que queria conversar um pouco mais sobre seu caso após a anamnese. Foi o que acabou acontecendo e o consenso foi pelo uso de uma “pílula” para domar a ansiedade elevada e combater a insônia, inclusive analisando algum possível efeito colateral. O tempo de uso da medicação foi previsto para 3 meses e seus resultados estão sendo avaliados mensalmente. A última avaliação prestes a acontecer. Se não houver suspensão ou redução da dosagem da medicação, ela disse que não vai sofrer e continuará firme cumprindo a sua missão. Felizmente, os piores momentos ficaram para trás, a mãe está em casa melhorando a cada dia, enquanto o marido e o irmão estão plenos em suas vidas cotidianas.

De qualquer maneira a amiga esta aliviada e agradecida pela força que teve para enfrentar e vencer o medo, a insegurança e a incerteza. Esses momentos são difíceis para todos em suas diferentes dosagens.

Quando terminamos a conversa eu disse à amiga que, parafraseando Aldir Blanc e  João Bosco na música O Bêbado e o Equilibrista, “a esperança equilibrista / sabe que o show de todo artista / tem que continuar”.

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Uma comparação interessante e importante que podemos fazer é sobre o comportamento de algumas pessoas ao fazer compras antes e durante a pandemia – que ainda está longe de se acabar.

Um pequeno esforço de memória pode nos fazer lembrar o “jeitão” de como agiam determinados grupos e tipos de pessoas no supermercado, padaria e sacolão. É só recordar daqueles que quase nos atropelavam com o carrinho de compras nos corredores internos indo na direção de um setor de frios ou bebidas, por exemplo. Vale lembrar também dos que ficavam atrás de nós na fila do caixa, esbarrando o carrinho de compras em nossos calcanhares com enorme ansiedade e conferindo com o olhar fixo a passagem de nossas compras pela registradora, a embalagem dos produtos nas sacolas plásticas, a escolha da modalidade de pagamento. Isso tudo imaginando que o sistema da registradora não cairia ou que algum produto estava sem preço na etiqueta.

De vez em quando se via um carrinho de compras abandonado no saguão após o caixa, no estacionamento de veículos ou mesmo na rua. De tempos em tempos, viria um empregado do supermercado para recolhê-los e dar destinação a tudo.

Nada muito diferente numa padaria, com algumas pessoas tentando passar à nossa frente para serem atendidas mais rapidamente, enquanto outros tomavam café ou o pingado – café com leite – acompanhado por pão com manteiga ou presunto e queijo.

No sacolão, a compra de frutas, verduras e legumes também sempre tinha alguns afoitos querendo resolver tudo rapidinho, até pedindo para furar a fila do caixa por estarem comprando poucas unidades, mas se esquecendo que todos devem fazer a gestão do tempo numa sociedade civilizada e respeitosa.

Agora, ao compararmos o antes da pandemia com esse durante que está passando pelo 16º mês, o que é possível perceber diante da necessidade de se cumprir os novos padrões e protocolos sanitários para combater a transmissão do vírus da Covid -19 e suas variantes?

Os comentários mais frequentes que ouço de quem vai fazer as suas necessárias compras tendo a disciplina do uso de máscaras, álcool em gel e mantendo distância para não aglomerar, é que sempre existem algumas pessoas que não seguem os procedimentos que são para todos. Alguns deles não usam máscaras ou ficam com ela no queixo e deixam a sensação de que a pandemia acabou.

Interessante observar que na padaria que atende pelo delivery as encomendas são preparadas nos balcões do café da manhã enquanto no sacolão os pedidos são preparados nos carrinhos que transitam diretamente pelos mesmos corredores em que os demais clientes escolhem seus produtos.

Se a educação é a base de tudo, o que nos resta é compreender que ainda estamos longe da excelência, mas sonhando que “esta terra ainda vai cumprir seu ideal”. Mas tudo também depende de nós e de nossas escolhas.

Como tem sido a sua experiência ao fazer compras nos supermercado, padaria e sacolão?

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Não me interprete mal

por Convidado 6 de junho de 2021   Convidado

*por Sérgio Marchetti

Napoleon Hill conta uma história de um avô que, estando perante seu neto:

“retirou milho do galinheiro, espalhou pelo chão de terra e cobriu com palha. Quando indagado por que se dera a todo esse trabalho, ele respondeu: — por dois motivos muito bons: primeiro, porque cobrir o milho com palha, de modo que as galinhas tenham que ciscar para encontrá-lo, proporciona o exercício de que elas precisam para ficar saudáveis; e, em segundo lugar, dá a elas a oportunidade de terem o prazer de mostrar o quanto são espertas ao encontrar o milho que pensam que tentei esconder delas”.

O que tem a história das galinhas a ver conosco, pode estar pensando meu leitor mais questionador. Mas acredito que a interpretação dela nos possa ser útil. E quero crer que seja um exercício salutar, pois, segundo o Instituto Paulo Montenegro e a ONG Ação Educativa, em pesquisa de 2016, somente 8% da população brasileira conseguia ler e interpretar textos. Pesquisas atuais confirmam que não houve melhoria, apesar de, em 2019, segundo o IBGE, a internet ser utilizada em 82,7% dos domicílios brasileiros. Podemos deduzir que o fato de utilizarmos a tecnologia não ajudou na melhoria do entendimento das mensagens. Ao que nos parece, as evidências indicam que piorou. O que não nos surpreende, pois quantidade de informações não é igual à qualidade de informações.

Constatadas as dificuldades, vale praticar um pouco de interpretação. De volta ao galinheiro, poderíamos dizer que o autor desejou nos mostrar que fazer exercício é saudável e essencial, e que não menos importante é estarmos felizes por atingirmos nossos objetivos. Será que exagerei na interpretação, meu contido leitor? E digo mais. Acredito ser impossível alcançar a felicidade sem conquistas, sem descobertas e tendo nossa liberdade tolhida. Porém, atualmente, um dos erros mais cometidos em nossa sociedade educada é a superproteção dos filhos. E, sem perceber (ou percebendo), muitos pais não permitem que seus filhos evoluam, andem sozinhos e façam suas necessárias descobertas. Com suas mãos de tesoura, como Edward, podam suas asas para não voarem alto nem longe do ninho. O resultado é simples; criam-se filhos mimados, egocêntricos e que continuam, como se fossem crianças, dependendo do esforço dos mais velhos para lhes prover de tudo que necessitam, enquanto trabalham (isso quando trabalham). E, tudo isso, sem falar dos “nomofóbicos” e “autistas tecnológicos”, que se dedicam mais de doze horas por dia à doentia utilização de seus smartphones e computadores — razão mais do que justificada para não poderem auxiliar nas tarefas domésticas, compras no supermercado e trazerem um copo d’água para aquele pai idoso e cansado.

E as causas principais? Reputamos, entre outras, o ensino ruim, a apatia de muitos pais e a péssima influência de algumas mídias, que funcionam como alavancas propulsoras da inversão de valores, incentivando os jovens a tomarem a batuta e regerem, como se soubessem, a orquestra de seus lares.

Mas jovens envelhecem e, com o passar do tempo, irão perceber (já estamos percebendo) suas dificuldades — patrocinadas pela tecnologia — de concentrar, ouvir, interpretar e compreender as entrelinhas das mensagens.

E você, meu atento leitor, como interpretaria as causas dessa grande dificuldade?

Eu, na minha humilde opinião, acredito que esteja sobrando tecnologia e faltando galinheiro.

*Sérgio Marchetti é educador, palestrante e professor. Possui licenciatura em Letras, é pós-graduado em Educação Tecnológica e em Administração de Recursos Humanos. Atua em cursos de MBA e Pós-Graduação na Fundação Dom Cabral, B.I. International e Rehagro. Realiza treinamentos para empresas de grande porte no Brasil e no exterior. www.sergiomarchetti.com.br.

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A pandemia da Covid-19 surpreendeu a todos, de uma maneira ou de outra, e exigiu muita criatividade na busca por soluções imediatas para problemas inesperados. Ficou visível a necessidade de se ter estratégias de sobrevivência diante de tanta ameaça.

Agora estamos passando pelo 16º mês de pandemia preocupados com sinais de uma 3ª onda e na esperança do aumento da velocidade da vacinação. Que avaliação já podemos fazer de alguns aspectos evidenciados com maior frequência após a expansão do homeoffice – trabalho profissional em casa? Se ele era uma leve tendência antes, tornou-se uma realidade imediata na pandemia. A necessidade vem sendo encarada com diferentes graus de estruturação lógica ou simplesmente sendo feita através do delineamento de experimentos com os erros, ajustes e acertos inerentes ao processo.

Vou relatar a experiência de dois profissionais que estão mergulhados no trabalho em casa. Um deles é graduado em Engenharia Mecânica, especializado em Gestão de Negócios, tem 29 anos e é analista de dados numa empresa do segmento de telecomunicações. O outro é bacharel em Ciências da Computação, também com 29 anos, e trabalha como gerente de tecnologia da informação num banco digital.

Na avaliação deles, e é claro que a amostra não é representativa do todo mas tem sua importância enquanto observação, essa modalidade de trabalho veio para ficar e sua adequação ocorrerá permanentemente em função da natureza e do porte dos negócios conforme suas especificidades e localização geográfica de seus mercados.

Segundo eles, os primeiros meses foram extremamente desafiantes, pois muitas coisas tiveram que ser feitas rapidamente para assegurar uma estrutura consistente ao mesmo tempo em que o mercado abalado aguardava as entregas. Em meio às incertezas, medo e insegurança vieram uma extensão de jornadas de trabalho, muitas chamadas a qualquer instante pelos dispositivos tecnológicos, como se a disponibilidade fosse permanente, o que na prática acaba acontecendo para as funções de confiança da direção em alguns segmentos privados. Assim, houve gente perdendo o horário clássico do almoço para “dar conta do recado”, outros desequilibraram o organismo diante de tantos fatores estressantes.

Nessa fase ficaram evidentes as dificuldades para ter em casa um local minimamente adequado para trabalhar à distância. Ainda hoje são muitos os que trabalham nas salas de visitas de suas casas, apartamentos ou edículas, nas mesmas limitadas condições do início dos processos atuais. Sendo assim, é possível ouvir durante uma transmissão o som de um televisor ligado, a fala de crianças, o latido de um cachorro, o barulho da reforma na moradia de um vizinho ou de uma obra na rua… E ainda assim na expectativa de que a conexão nunca caia.

Ainda quanto à saúde os dois profissionais falaram sobre queixas relativas a dores na cabeça, no pescoço e na coluna, além de secura nos olhos que piscam menos diante de tantas abas abertas na tela do computador. Citaram também as diferentes condições dos dispositivos tecnológicos, muitos dos quais não possuem câmeras, e das diferentes condições oferecidas pelas empresas para a sua aquisição, manutenção e demais gastos para a sua utilização.

A conversa foi mais longa, mas o espaço aqui acabou e espero voltar ao tema num outro momento. E você, o que acrescentaria, de imediato, ao que foi abordado nessa Pensata?

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Vale a leitura

por Luis Borges 28 de maio de 2021   Vale a leitura

Fique atento às mudanças 

Podemos nos arriscar a dizer que vivemos uma “mudança de era” em função da velocidade em que estão acontecendo mudanças neste início do século XXI. Já estamos na terceira década, que nos exige cada vez mais atenção para perceber os sinais indicadores de mudanças no horizonte. É preciso se preparar para encará-las com um posicionamento estratégico adequado e saber prosseguir com os reposicionamentos que se fizerem necessários. Ficar na mesmice é perder competitividade.

Leia a abordagem sobre o tema feita por Reinaldo Polito em seu artigo “Fique antenado para se adaptar aos novos tempos” publicado no UOL.

“Precisamos, por isso, estar sempre muito ligados às mudanças que ocorrem ao nosso redor e que, naturalizadas, passam despercebidas. Novas tendências, novos hábitos pouco a pouco começam a fazer parte desse nosso mundo que está sempre em transformação. E precisamos ser ágeis para ponderar se não é o momento de adotarmos outras atitudes e nos adaptarmos a uma nova realidade. Especialmente nos dias atuais onde tudo muda numa velocidade estonteante. Assim, antes de criticarmos e até censurarmos aqueles que surgem com as novidades em qualquer setor de atividade, vale a pena refletir se não deveríamos também embarcar naquela onda. Quais são as músicas, as profissões, os cursos, os livros que estão sendo procurados? Se depois de uma boa análise, sem preconceitos, julgarmos que precisamos nos reinventar, vamos abandonar os velhos costumes e, por mais difícil que possa parecer a mudança, experimentar esses novos ares.”

Trabalhadores da limpeza e afastamento do trabalho 

Partindo do fundamento da gestão de qualquer negócio dizendo que “quem não mede não gerencia” é importante conhecer os números que indicam a quantidade de trabalhadores que se afastam do trabalho. Mas quais são as principais causas desse problema e como fazer para encontrar soluções? São interessantes – e até surpreendentes para muitos – os números envolvendo os trabalhadores em serviços de limpeza, por exemplo.

Leia a abordagem de Carlos Juliano Barros em seu artigo “Você sabe qual é a ocupação campeã em afastamentos por Covid no INSS?” publicado no UOL.

“De 2012 até o ano passado, trabalhadores do setor de limpeza – incluindo outras ocupações para além de faxineiros, como a dos garis – encabeçam o ranking de afastamentos aprovados pelo INSS com mais de 800 mil registros. Superam com folga os vendedores de comércio varejista, que aparecem logo em seguida, com 577 mil benefícios.

Essa estatística diz respeito a números absolutos, quer dizer, não leva em conta a proporcionalidade – e todos sabemos que tem muita gente mesmo no Brasil trabalhando no setor da limpeza. Em outras palavras, é de certa forma esperado que os dados sejam expressivos. Mesmo assim, eles não deixam de ser bastante impressionantes: 89 mil afastamentos por ano, 244 por dia.

A overdose de algarismos dos parágrafos anteriores deixa evidente aquilo que, na verdade, todo mundo já está mais do que careca de saber: profissionais da limpeza figuram entre as categorias mais expostas a riscos de saúde e segurança.”

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O médico veterinário Fred Lima, 57 anos, e a psicóloga Neusa Ávila, 51 anos, são casados há duas décadas e não tem filhos. No início deste ano foram contaminados na segunda onda da Covid-19, com diferentes desdobramentos. Ela ficou em casa, se cuidando conforme o protocolo e tudo caminhou para o resultado de cura esperado. Ele teve um quadro de piora contínua, procurou ajuda num hospital credenciado pelo SUS, onde ficou internado durante 2 meses e entubado na maior parte do tempo.

Há 3 semanas Fred teve alta hospitalar e prosseguiu sua convalescência no apartamento onde moram e tem a companhia de uma estimada cachorra.

Acontece que no sábado, 22 de maio, Fred fez aniversário de nascimento e Neusa resolveu romper a mesmice do isolamento e do cansaço mental promovendo um lanche. Fred se convenceu de que seria uma boa ideia, mesmo estando recolhido ao próprio quarto e se deslocando com o auxilio de um andador. Assim convidaram um grande amigo, o professor Lutero Almeida, de 54 anos, para um breve encontro lá pelas 17 horas. O amigo manifestou suas preocupações quanto aos riscos que todos correriam, lembrando a eles que ainda não se vacinou contra a Covid-19 e nem o influenza, mas acabou por concordar diante dos apelos de Neusa, que disse ser ele a única pessoa convidada. Ainda assim, o professor consultou seu médico de confiança que deu parecer favorável à ida com os devidos cuidados após ouvir todos os dados do caso.

Em torno da hora combinada, o professor chegou ao apartamento. Usando máscara, cumprimentou o convalescente na porta do quarto, sentou-se à sala de visitas e ouviu a campainha tocando. A porta foi aberta e entraram três vizinhos do mesmo prédio – pai, mãe e filha – todos com máscaras, que conversaram efusivamente e brincaram com a cachorra de estimação; seguiram todos para o quarto de Fred. Enquanto o professor se recuperava da surpresa, que furava o que tinha sido combinado, a campainha tocou novamente. Dessa vez chegou um sobrinho de Neusa, acompanhado pela esposa e uma filha, todos usando máscaras, e este foi direto ao quarto do convalescente enquanto a esposa tentava entabular uma conversa com o professor.

Neusa dava atenção aos convidados que chegaram enquanto o professor aguardava; pensava ele que realmente seria o único convidado conforme lhe adiantaram.

Minutos depois a aglomeração recebeu ainda uma tia de Neusa, beirando os 80 anos de idade, em companhia de uma filha com idade em torno de 50 anos, com máscaras e beijoqueiras ao cumprimentar Fred e Neusa. Por último entrou um irmão de Neusa, sem máscara, cumprimentando todos com apertos de mão, abraços e também beijoqueiro. Se dirigiu ao professor igualmente, mas o professor foi claro com o inoportuno senhor dizendo-lhe com ousada clareza  “mantenha distância”. Este, sempre muito brincalhão, movimentou –se em direção aos demais convidados expressando “o ambiente está tenso”.

Já tinham se passado 35 minutos da chegada do professor quando Neusa chamou a todos para se servirem de uma torta de frango; na mesa também foi colocada uma bela torta de morangos. Todos em volta da mesa falavam ininterruptamente em cima das tortas. O professor percebeu o grande acúmulo de pessoas, sem o esperado distanciamento, e decidiu se retirar, sem degustar as tortas tão expostas.

No caminho de volta o professor Lutero passou numa confeitaria especializada e comprou uma torta de frango para degustar em casa.

Se o que foi narrado tivesse acontecido com você, que atitudes você teria?

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Curtas e curtinhas

por Luis Borges 21 de maio de 2021   Curtas e curtinhas

Seca e geração de energia elétrica 

Os reservatórios das hidrelétricas das regiões Centro-Oeste e Sudeste terminaram o período de chuvas com o menor nível desde 2015. Provavelmente vai sobrar para os consumidores pagarem os custos decorrentes do acionamento das usinas térmicas, como ocorreu naquele ano.

Isto também servirá como mais uma justificativa para a não recuperação da economia brasileira no segundo ano da pandemia da Covid-19. A conferir.

Consumo de ovos de galinha 

O consumo de ovos de galinha disparou no Brasil nos últimos 20 anos, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Cada brasileiro consumia 94 ovos anualmente, há 20 anos. 10 anos depois a quantia passou pra 148 e, agora, são 251 unidades/ano. Para a ABPA, houve quebra de tabus sobre o assunto e a ciência mostrou que é um alimento saudável.

O preço alto atual é justificado pelo milho, principal componente da alimentação das galinhas poedeiras, que está com preço alto e impacta os custos da produção e os preços ao consumidor no varejo. A principal justificativa do mercado esta na seca e na queda da produtividade da safra de milho do verão e o atraso do plantio da safrinha – segunda safra do ano.

Como se vê é mais inflação que vem por aí e haja poder aquisitivo para aguentar esse rojão.

Aposentadoria por invalidez 

As pessoas que se aposentam pelo INSS devido a invalidez podem requerer um adicional de 25% sobre o valor do benefício caso comprovem à pericia médica que necessitam do acompanhamento de terceiros, que podem ser um parente ou um profissional. Muitas pessoas não sabem disso.

Será que o INSS prevê um adicional semelhante para quem fica inválido após a aposentadoria por tempo de contribuição e idade mínima?

“Nada é tão bom que não possa ser melhorado e nem tão ruim que não possa ser piorado”, diz um ditado popular.

Dia do profissional de enfermagem  

Sem ter muito o que comemorar em plena segunda onda da Covid-19 os profissionais de enfermagem reivindicaram, mais uma vez, no dia 12 de maio que o Senado coloque em votação o PL 2564/2020. A proposta estabelece que um profissional de enfermagem com formação de nível superior tenha piso salarial de R$ 7.315 para uma jornada de trabalho de 30h semanais, por exemplo. E teve parecer favorável da senadora Zenaide Maia (PROS-RN). Enquanto isso, entidades do setor hospitalar e de planos de saúde já pediram à Presidência do Senado para não pautar o projeto, devido ao impacto econômico.

Já as entidades nacionais representantes da categoria profissional e a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Enfermagem pressionam pela votação.

Aguardemos os próximos passos.

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