Curtas e curtinhas

por Luis Borges 8 de março de 2023   Curtas e curtinhas

Senado terá apenas três dias de votação nas três primeiras semanas do mês

O Senado Federal definiu em seu regime de trabalho em 2023 que as votações em plenário, a atividade de maior destaque, serão de terça a quinta-feira, nas três primeiras semanas do mês. A última será livre para que os parlamentares tenham a possibilidade de visitar suas bases. Assim sendo, se houver muitos temas na pauta, o número máximo de sessões plenárias chegará a 9 por mês. O salário de cada senador será de R$ 41.650 a partir do próximo 1º de abril, acrescidos de apartamento funcional (auxílio-moradia), quatro passagens aéreas mensais no trecho município-Brasília-município, além de toda infraestrutura de cada gabinete, aí incluídos os próprios servidores públicos. Tudo está no orçamento e os recursos estão garantidos pela carga tributária equivalente a 35% do PIB que os brasileiros pagam.

O CADE e a EaD

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, está investigando os Conselhos Federais de Arquitetura e Urbanismo, Farmácia e Odontologia devido a críticas feitas por representantes de Universidades Privadas sobre a conduta desses Conselhos ao limitar os registros de estudantes dos cursos superiores na modalidade EAD.

Segundo a Associação Nacional das Universidades Particulares – Anup, “os conselhos profissionais confundem sua função de regulamentar a profissão com a de regular os processos de formação profissional. A baixa disposição que o MEC tem demonstrado em compreender o processo de ensino digital, criando os incentivos corretos para a promoção da qualidade acadêmica nesta forma de ensino [EAD], deixa essa lacuna que permite que a oferta ocorra de qualquer maneira e ao bel prazer do mercado e que os conselhos se arvorem em fazer o papel que é prerrogativa do MEC”.

Espero que esse processo ocorra de maneira civilizada e respeitosa e com a participação de todas as partes interessadas.

O partido Novo está na adolescência

Quando o partido Novo foi criado, em 2011, estava em seus princípios a não utilização do fundo partidário para sua manutenção e isso era um forte diferencial. Posteriormente, posição semelhante foi adotada perante o fundo eleitoral. Após o fraco desempenho nas últimas eleições e diante da aproximação das candidaturas para prefeitos e vereadores em 2024, o jeito foi tentar mudar para sobreviver.

Na convenção de 28 de fevereiro, 85% dos participantes decidiram mudar o regimento e a partir de agora o Partido Novo vai usar os rendimentos oriundos das aplicações financeiras feitas com os recursos do fundo partidário. Os dirigentes justificaram a mudança argumentando que “o contexto político e eleitoral mudou muito desde quando o partido foi fundado, em 2011. O fundo partidário aumentou consideravelmente, as doações de pessoas jurídicas foram proibidas, as doações de pessoas físicas foram limitadas, e o fundo eleitoral, que nem sequer existia, corresponde hoje a uma cifra de quase R$ 6 bilhões. Todas essas mudanças tiveram impacto gigantesco nas últimas eleições, o que levou as lideranças do Novo a refletir sobre qual o grau de competitividade elas querem ter”.

Como se vê, também a adolescência partidária não é fácil. Aliás, o fundador do partido se desfiliou dele no final do ano passado.

Conheça mais sobre os Tribunais de Contas do Brasil

O jornal O Globo publicou em sua edição de 06 de março de 2023 uma matéria dos jornalistas Jan Niklas e Luisa Marzullo com o titulo de “Em tribunais de contas, 30% são parentes de políticos, como os indicados por ministros de Lula”.

Segundo o texto, “responsáveis por fiscalizar o uso do dinheiro público, tribunais de contas têm sido aparelhados. Dos atuais 232 conselheiros dessas cortes, 30% são parentes de políticos — sendo que alguns foram nomeados por seus próprios irmãos, sobrinhos ou cônjuges governadores. A grande maioria (80%) chegou a esses órgãos indicada por aliados após fazer carreira em cargos políticos. Além disso, 32% são condenados na Justiça ou alvos de investigações por crimes que vão desde improbidade administrativa até peculato e corrupção.

É papel dos membros desses tribunais, por exemplo, aprovar ou rejeitar as contas dos chefes dos Executivos — o que pode, inclusive, deixar políticos inelegíveis. Uma vez no cargo, o nomeado tem estabilidade até a aposentadoria compulsória, aos 75 anos, salário de R$ 41,8 mil e foro privilegiado.” Leia mais aqui.

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Curtas e Curtinhas

por Luis Borges 28 de fevereiro de 2023   Curtas e curtinhas

Reforma administrativa deve sair da pauta

A jornalista Edilene Lopes afirmou na sua coluna Em Cima do Fato, na Rádio Itatiaia, que o Presidente da República deve retirar do Congresso Nacional a proposta de Reforma Administrativa do Poder Executivo que começou a tramitar na gestão anterior.

O texto é alvo de muitas críticas das entidades que representam servidores do Poder Executivo Federal, principalmente no que tange a estabilidade no emprego e avaliação de desempenho. Por outro lado, o mercado deve estar frustrado em sua expectativa de redução de custos da máquina pública que a proposta poderia trazer.

Pelo visto, o foco será na Reforma Tributária que vai exigir muita negociação para se chegar a algo que seja bom para todos. Será?

A retomada da Reforma Tributária

Uma comissão da Câmara dos Deputados retomou as discussões sobre as diversas propostas referentes à Reforma Tributária. No trecho de uma delas está a proposta de criação de uma alíquota de 45% para taxar o imposto de renda de quem ganha acima de 60 mil reais mensais e outra quer tributar quem tem patrimônio acima de 10 milhões de reais. Por essa pequena amostra, dá para imaginar como serão as discussões, pois “farinha pouca, meu pirão primeiro”.

Eventos Climáticos Extremos

Após as chuvas de até 670 milímetros num só dia nos municípios do Litoral Norte de São Paulo, notadamente em São Sebastião na noite de 18 para 19 de fevereiro, com tantas pessoas mortas, desabrigadas e desalojadas, é preciso enxergar as causas desse efeito e agir. Mudanças climáticas, ocupação irregular do solo, principalmente nas encostas das serras, inércia dos gestores públicos e especulação imobiliária acentuando as desigualdades sociais… São algumas das causas desse efeito indesejável cada vez mais evidente.

Os estragos das chuvas têm se repetido como tragédias em Petrópolis, no Rio de Janeiro, no sul do Espírito Santo, em Minas Gerais e Bahia, por exemplo, nesses anos recentes. Agora as chuvas do Sudeste contrastam com a seca prolongada do Rio Grande do Sul, onde cerca de 332 dos 497 municípios estão em situação de calamidade pública, a maioria já reconhecida pelo Governo Federal. O contraste fica entre o excesso de chuva ou de seca, mas quem paga o pato é o cidadão em meio à extrema desigualdade social/distribuição de renda e tudo vai ficando por isso mesmo diante da ineficiência dos gestores do poder público.

Seguro para pessoas de baixa renda

A Confederação Nacional das Seguradoras – CNSeg informou que o mercado de seguros para pessoas de baixa renda e microempreendedores atingiu recorde de arrecadação em 2022. Pela primeira vez o faturamento anual do setor de microsseguros passou a casa do bilhão e chegou a R$ 1,05 bilhão, o que significa um crescimento de 80% em relação aos R$ 590 milhões registrados em 2021.

As principais coberturas foram para despesas de funeral e a indenização de internação hospitalar.

Como se vê, é mais um nicho para o sempre rentável setor de seguros.

Faz um ano que a Rússia invadiu a Ucrânia

Quem esperava que a invasão Russa ao território Ucraniano duraria poucos meses deve estar pensando como a Ucrânia a está enfrentando bravamente para impedir a anexação das suas regiões Leste e Sul.

É claro que a guerra é inaceitável, inclusive pela soberania territorial, e ninguém merece passar pela mortandade e destruição que está acontecendo na Ucrânia. Os interesses territoriais, econômicos e geopolíticos da Rússia tentam justificar o injustificável.

Vale lembrar que o território das 15 repúblicas da então União Soviética era de 22,4 milhões de quilômetros quadrados. Já a Rússia possui 17,1 milhões de quilômetros quadrados (o dobro do Brasil) e a Ucrânia 604 mil quilômetros quadrados. E olha que a Rússia anexou 27 mil quilômetros quadrados da Crimeia, em 2014, e agora já fez até plebiscito não reconhecido para anexar mais um pedaço. Enquanto isso, a Rússia teme o avanço da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em torno da sua antiga vizinhança, agora inclusive a Moldávia. Parece difícil prever o fim da guerra, mas quem sabe o clube da paz consegue uma negociação?

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Curtas e curtinhas

por Luis Borges 22 de fevereiro de 2023   Curtas e curtinhas

Depois do Carnaval

A marcha da quarta-feira de cinzas, música de Carlos Lyra e Vinicius de Morais feita em 1963 e cantada por Toquinho, sinalizava o fim do Carnaval até algum tempo atrás. Ela se inicia dizendo que “Acabou nosso carnaval/ Ninguém ouve cantar canções/ Ninguém passa mais/ Brincando feliz/ E nos corações/ Saudades e cinzas/ Foi o que restou”.

Hoje, na era dos blocos e bloquinhos de rua, o pós-carnaval só termina no domingo, 26 de fevereiro, em muitas cidades como Belo Horizonte, São Paulo e Rio de janeiro.

De qualquer maneira, vale a pena lembrar que já se passaram dois meses do ano e temos propósitos, objetivos e metas que movimentarão nossos planos de ação nos próximos meses, ou mesmo que prosseguirão ao longo do ano que vem.

As greves no metrô de Belo Horizonte

Os metroviários de BH são contra a privatização do metrô, leiloado pelo Governo Federal no dia 22 de dezembro. Uma reivindicação básica é a manutenção da estabilidade no emprego para os 1.600 metroviários e que deve constar em documento assinado pelo novo proprietário.

Nos últimos 12 meses os metroviários fizeram 4 greves. A primeira teve início em março do ano passado, durou 40 dias e foi a mais longa. Depois vieram as greves de setembro e dezembro, sendo que esta durou 8 dias e só foi suspensa após o dia do leilão de privatização.

Agora, a greve mais recente teve início na quarta-feira 15 de fevereiro, ainda no pré-carnaval.

Enquanto isso, 200 mil passageiros deixam de usar o metrô diariamente e as 19 estações estão bem trancadas. É o que temos para comprometer ainda mais a mobilidade urbana.

Reforma tributária

Há muito tempo se fala em reforma tributária no Brasil, mas entra governo, sai governo e nada segue em frente. No Congresso Nacional existe uma proposta tramitando no Senado que propõe juntar 9 tributos em 1 e outra proposta na Câmara dos Deputados buscando transformar 5 tributos também em apenas 1. Todo mundo fala em simplificar a cobrança, em aprovar primeiro a tributação sobre o consumo e no segundo tempo mexer na carga tributária sobre a renda. Será que mexerão com os dividendos e heranças dos super-ricos? Atualmente, a altíssima carga tributária brasileira consome 35% do produto interno bruto (PIB).

Tenho preocupações sobre o futuro dos municípios – onde moram os cidadãos – em relação à cobrança do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISSQN, caso ele fique fora do controle dos prefeitos no momento da arrecadação.

Espero também que haja uma redução da carga tributária. Muita água ainda vai correr debaixo da ponte numa verdadeira alquimia para atender a todos os interesses que estarão em jogo.

Aumento na captação da previdência privada

A Federação Nacional de Previdência Privada e Vida – Fenaprevi informou que a captação de recursos em previdência privada chegou a R$ 156 bilhões em 2022. O crescimento foi de 11% comparado ao ano de 2021.

O levantamento mostra que quase 11 milhões de pessoas possuem algum plano de previdência no Brasil e o total de ativos do setor fica em R$ 1,2 trilhão. São cerca de 13,8 milhões de planos comercializados e 65 mil (5%) estão em fase de recebimento de benefícios.

Os dados mostram que 61% dos planos contratados são VGBL (vida gerador de benefício livre), enquanto 21% são PGBL (plano gerador de benefício livre) e 18% são os tradicionais de risco.

Na captação bruta, os prêmios no VGBL corresponderam a R$ 140 bilhões (90% do total em 2022), seguidos por PGBL com R$ 12,7 bilhões e planos tradicionais com R$ 3,2 bilhões.

É óbvio que quem puder deve se preocupar em fazer algum tipo de investimento para complementar a aposentadoria pelo INSS.

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Vira o disco. Fala de outra coisa!

por Convidado 13 de fevereiro de 2023   Convidado

*por Sérgio Marchetti

Há um clima tenso que tem me incomodado. Uma energia pesada que insiste em nos circundar. Uma acentuada cor cinzenta que nos lembra o nevoeiro de Londres, fenômeno climático comum naquela cidade, mas que, em dezembro de 1952, durou cerca de cinco dias, trazendo problemas a toda população. Pois, aqui no Brasil, já está perdurando há anos. E, como se não bastasse, vivemos um sentimento de dúvida: em quê e em quem acreditar? As verdades já não são dignas de confiança, porque aquele que outrora o ofendia peremptoriamente, agora o defende e ocupa lugar, à sua direita, no barco de Caronte.

As pessoas estão estranhas, intolerantes, egoístas, desconfiadas, agressivas e más, como se fossem cúmplices de Simonini, protagonista de O Cemitério de Praga, que diz que o ódio aquecia seu coração. E vocês, leitores observadores, têm notado a quantidade de latrocínios, assassinatos em brigas de bares, trânsito, conflitos entre vizinhos, etc? E feminicídio?

Para resumir, no Brasil, 699 mulheres foram vítimas de feminicídio no primeiro semestre de 2022. Média de quatro casos por dia, de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O número, segundo os jornais, atualmente já é de sete casos. Então, vou me ater “apenas” ao feminicídio, pois falar dos demais crimes seria exorbitar o sentimento negativo e avançar além das linhas deste texto.

Vocês, leitores atentos, têm visto alguma noticia de suicídio? Não?! Sabem por quê? Porque violência gera violência. David Phillips, estudioso da Universidade da Califórnia, nos anos 1947 a 1968, baseado em longas pesquisas, descobriu que a cada suicídio que saía nos jornais, em média, 58 pessoas a mais do que o normal se suicidavam. Já pararam para pensar nesse efeito? Ele tem nome. Phillips o batizou de Efeito Werther, baseado no romance Os Sofrimentos do Jovem Werther (1774), de Goethe. O fenômeno ocorrido há duzentos anos constatou que muitos de seus leitores, ao lerem que seu protagonista cometeu suicídio, tomavam a mesma atitude.

Principalmente por essa, e também por outras razões, as divulgações deixaram de ser feitas e o número de suicídios diminuiu. Ficou evidente que as pessoas, por indução, imitam o funesto comportamento. O mesmo princípio se aplica aos demais crimes de morte, incluindo-se, sobretudo, o feminicídio.

A tese de Phillips foi comprovada e os estudos vigentes corroboram e atestam suas observações. Então, se todos sabem dessa verdade, por que os jornais continuam noticiando, enfaticamente, os crimes hediondos?

É como diria um senhorzinho lá do interior de Araxá: — “Oceis” fica dando ideia…

 

*Sérgio Marchetti é educador, palestrante e professor. Possui licenciatura em Letras, é pós-graduado em Educação Tecnológica e em Administração de Recursos Humanos. Atua em cursos de MBA e Pós-Graduação na Fundação Dom Cabral, B.I. International e Rehagro. Realiza treinamentos para empresas de grande porte no Brasil e no exterior. www.sergiomarchetti.com.br

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Fevereiro está na passarela

por Luis Borges 8 de fevereiro de 2023   Pensata

O tempo prossegue passando inexoravelmente, sem piedade e sem escapatória. Pensando nisso constatei que a virada do ano foi outro dia mesmo, porém já se passaram 40 dias de muitos acontecimentos no novo ano. Vou citar aqui algumas coisas que chamaram minha atenção nesse período, além de expectativas esperançosas e realistas que tenho para esse novo tempo que segue avançando.

De cara, foi marcante a posse do novo Presidente da República, democraticamente eleito, com todo o simbolismo trazido pelas pessoas que subiram com ele a rampa do Palácio do Planalto, em Brasília, no dia 1º de janeiro.

Depois, vieram os inaceitáveis atos terroristas perpetrados por golpistas contra a Democracia Constitucional Brasileira, com a invasão às sedes dos Três Poderes, também em Brasília, no dia 8 de janeiro. Os atos tem que ter consequências.

Continuando a olhar para o tempo que passa, vale lembrar que quem está com fome tem pressa, que uma meta prioritária é a de Fome Zero e que é preciso ter uma data para acontecer. Caso contrário, se tornará apenas um objetivo cheio de boas intensões. Por isso mesmo é que fico na expectativa de que já esteja sendo feito um potente plano de ação, contendo as medidas estratégicas, necessárias e suficientes para o atingimento dessa desafiadora meta.

Tratamento semelhante deve ser dado ao Desmatamento Zero e às condições de vida dos povos indígenas, a começar pelos Índios Yanomâmis que estão em degradantes condições de vidas e com suas terras invadidas pelos mineradores.

Por outro lado, em Belo Horizonte, e não só aqui, o momento é de pré-carnaval, oficialmente iniciado em 4 de fevereiro, para tudo se acabar no pós-carnaval, em 26 do mesmo mês.

Como o tempo não para enquanto escrevo, fico também com a certeza que logo chegaremos aos 100 dias do atual Governo Federal, em 10 de Abril. Isso já depois do Carnaval, Semana Santa e a Páscoa com seu significado de passagem, digamos, para os novos propósitos de melhorias das condições de vida.

Passado esse tempo, dá para imaginar que a equipe de Governo estará alinhada na frente ampla negociada segundo o principio de que a politica é a arte do diálogo e do possível, tudo em nome da governabilidade.

É claro, que o Presidente, líder e comunicador, fale apenas o necessário. A hora é de focar no trabalho com método e não já começar a falar em reeleição.

Tenho uma expectativa realista de que passados 100 dias tenham sido entregues à Nação o salário mínimo de R$ 1.320,00 ao lado da correção da tabela do Imposto de Renda na fonte com a isenção até ganhos mensais de R$5.000,00 – existe um balão de ensaio para que seja 2 salários mínimos.

Também espero pela retomada do programa Minha Casa Minha Vida, com a volta da faixa 1 para atender a quem mais precisa da moradia e tem a menor renda.

Para encerrar essa pequena amostra de expectativas e percepções, registro o fato de ter sido criado o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. Porém, é preciso lembrar que o modelo de gestão só será implementado se o Presidente da República liderar o processo e cobrar de todas as instâncias governamentais a entrega de resultados com método. Esse deverá ser um caminho sem volta, pois gestão é o que todos precisam, embora nem todos ainda saibam que precisam.

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Curtas e Curtinhas

por Luis Borges 1 de fevereiro de 2023   Curtas e curtinhas

Prédio do BNDES não terá elevador exclusivo para a diretoria

Após ter seu nome aprovado para a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, o economista Aloizio Mercadante Oliva (PT –SP) se reuniu com a Associação dos Funcionários do Banco. Ele comunicou que em sua gestão não haverá mais o elevador exclusivo para diretores, superintendentes e convidados, ao contrário do que ocorreu no mandato anterior. Agora o elevador também poderá ser usado pelos funcionários idosos, gestantes, pessoas com deficiência e imunossuprimidos.

Tudo será pelo social? E o elevador de serviços?

Aumento das alíquotas de ICMS sobre medicamentos

No final do ano de 2022, 12 Estados da federação aumentaram as alíquotas do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS de diversos produtos, inclusive medicamentos, para compensar a redução dos tributos sobre combustíveis, energia, transportes e telecomunicações feita no ano passado pelo Governo Federal. As novas alíquotas variam de 19% a 22% e tem previsão de vigorar a partir de fevereiro de 2023. Além disso, em março ocorrerá o aumento anual dos medicamentos, baseado na inflação especifica do setor farmacêutico, que acaba sendo sempre superior ao IPCA do IBGE, que registra a inflação média do país. A cadeia produtiva da Indústria Farmacêutica está questionando esse aumento do ICMS e fala até em desabastecimento de certos medicamentos enquanto tenta negociar com as Secretarias Estaduais da Fazenda.

Ainda vale lembrar a constituição brasileira, ao dizer que “a saúde é um direito de todos e um dever do Estado”. É o que temos para hoje!

Após reforma da previdência, aposentadorias demoram mais

Um estudo feito pelo então Ministério do Trabalho e Previdência Social mostrou que, de 2019 a 2021, o tempo médio para a aposentadoria de um trabalhador aumentou em 2,8 anos. O tempo adicional foi de 3,5 anos para os homens e de 2 anos para as mulheres. O objetivo do estudo foi buscar uma estimativa dos primeiros efeitos da reforma da previdência social sobre a idade média para a aposentadoria dos segurados do Instituto Nacional do Seguro Social -INSS, variável considerada fundamental para a maior sustentabilidade do Regime Geral de Previdência Social – RGPS.

Segundo os estudos, a idade média das aposentadorias dos homens passou de 58,7 para 62,2 anos e das mulheres de 57,3 para 59,3 anos. A meta da reforma é que a idade mínima para a aposentadoria dos homens seja de 65 anos e a das mulheres 62 anos.

Vamos ver quanto tempo passará até surgir um novo discurso falando da necessidade de se fazer outra reforma no Regime Geral de Previdência Social.

Aumenta o número de brasileiros em frente às telas

Uma pesquisa coordenada pelo professor Rafael Moreira Claro, do Programa de Pós-graduação em Saúde Pública da Faculdade de Medicina da UFMG, revelou dados importantes sobre o aumento do tempo gasto pelas pessoas diante das telas de lazer.

Segundo o professor, entre os anos de 2016 a 2021, “os moradores das capitais brasileiras aumentaram o tempo gasto no lazer em celular, computador ou tablet (grupo chamado CCT) de 1,7 para 2 horas por dia. O tempo médio à frente de uma tela de TV, por sua vez, oscilou minimamente no período — de 2,3 para 2,2 horas por dia.

Também chamou a atenção dos pesquisadores o aumento da proporção de adultos que gastam três ou mais horas por dia em CCT: de 19,9% para 25,5%. Os pesquisadores destacam que essa tendência é observada em todos os grupos sociodemográficos, principalmente entre os mais jovens (18 a 34 anos), mulheres e pessoas com 9 a 11 anos de estudo”.

Essas conclusões podem inspirar uma mudança de hábitos perante o sedentarismo?

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Curtas e Curtinhas

por Luis Borges 26 de janeiro de 2023   Curtas e curtinhas

Orçamento de Minas Gerais em 2023 prevê déficit de R$ 3,5 bilhões

O governador Romeu Zema sancionou, com dois vetos, a lei orçamentária do estado de Minas Gerais para o ano de 2023. A receita fiscal foi estimada em R$ 106,1 bilhões e a despesa, em 109,6 bilhões, o que significa um déficit de R$ 3,5 bilhões. No ano passado, o déficit projetado foi de R$ 11,7 bilhões. A lei prevê redução de 15,6% na receita fiscal do estado nesse ano. A principal fonte de receitas será o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), com arrecadação estimada em R$ 71,5 bilhões. Já a receita com o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) está estimada em R$ 8,5 bilhões após o aumento de 15,1%.

Por outro lado, a despesa fiscal deve encolher 20,2% neste ano. A previsão é que os gastos com o pagamento de juros e encargos da dívida com a União caiam 77,2%. Vale lembrar que essa dívida está estimada em R$ 125 bilhões e faz alguns anos que seu pagamento está suspenso por uma liminar do Supremo Tribunal Federal – STF. Se somarmos a dívida de R$ 7,5 bilhões com o Banco do Brasil, R$ 6,9 bilhões com o BIRD, a de R$ 6,97 bilhões com depósitos judiciais, a de R$ 1,24 bilhão com o BNDES, a de R$ 3,98 bilhões com o Credit Suisse e outros R$ 4,1 bilhões de origens diversas chegaremos a uma dívida total consolidada do estado de cerca de R$ 156,64 bilhões. Portanto, essa divida equivale a aproximadamente 1,5 vezes a receita fiscal estimada para o ano de 2023.

Só nos resta acompanhar a gestão do Orçamento para verificar o índice de acerto sobre o que foi planejado e o que foi executado conforme as premissas estabelecidas.

Lojas Americanas não descartam demissões de empregados

Após a aceitação do pedido de recuperação judicial feito à justiça, as Lojas Americanas comunicaram a seus empregados em nota distribuída internamente a sua posição em relação a possíveis demissões e pagamento de salários. A nota sobre os dois temas foi feita em forma de perguntas e respostas, conforme se segue:

“Haverá demissões? Neste momento, a companhia está focada na manutenção das operações. Um plano estratégico de otimização dos recursos está em andamento para que decisões que garantam a sustentabilidade da companhia tenham efeitos em curto prazo. Em processos como esse, é comum que haja reestruturação”.

“Os salários serão pagos? A lei prevê que os salários sejam pagos normalmente durante o período em que a empresa estiver em recuperação judicial”.

Segundo Ricardo Patah, presidente do Sindicato dos Comerciários da Cidade de São Paulo, a resposta da empresa foi dada após os questionamentos de empregados.

Como se vê, estamos apenas no início de uma trajetória que promete ser longa.

Quantidade de passageiros cresceu na aviação

Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC, a movimentação de passageiros em voos domésticos e internacionais no ano passado foi a maior desde 2020. A Agência contabilizou cerca de 82 milhões de viajantes nos voos domésticos, o que mostra um crescimento de 30% em relação ao ano de 2021, mas apenas 86,5% em relação a 2019, ano que antecedeu o início da pandemia.

Por outro lado, nos voos internacionais a quantidade de passageiros foi de 15,6 milhões, um aumento de 226% em relação ao ano de 2021. Ainda segundo a ANAC, houve alta também na movimentação de cargas sendo transportadas: 429,6 mil toneladas dentro do país, crescimento de 7,3%, e quase 989 mil toneladas de carga internacional, avanço de 2,1% na comparação com 2021.

Vale a pena também observar os preços cobrados pela prestação desses serviços aéreos pois eles sempre estão lá nas alturas, bem acima das aeronaves.

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