Duas mortes súbitas recentes, de um ator e de um locutor conhecidos nacionalmente, praticamente obrigam a reflexão sobre a saúde do coração e o infarto agudo do miocárdio. Nos perguntamos se somos suscetíveis e o que podemos fazer para evitar ou postergar o episódio.
Mas com a passagem dos dias e nenhum acidente cardiovascular nos acontecendo, o susto com as mortes vai sendo absorvido e a preocupação com o infarto vai sendo deixada de banda. Cuidar do coração se torna uma prioridade que não existe mais.
O alerta de terremoto ou tsunami só volta quando chegam notícias dando conta de que o irmão de uma amiga querida morreu de repente, sem mais nem menos, no início de uma manhã. “Logo ele, de apenas 48 anos, que nunca teve nada, nenhum sintoma, nem pensava em fazer check-up!”, nos contam ao telefone.
Nós perguntamos no que fazer e como fazer. Pode não ser o caso, mas o primeiro impulso agora é correr atrás de uma consulta com o primeiro clínico ou cardiologista que puder atender antes do próximo pôr do sol.
É possível tentar, mas o choque de realidade dos limites técnicos-financeiros dos planos de saúde suplementar podem impedir. Da mesma forma que a tentativa pode ser abortada no SUS, o Sistema Único de Saúde. Lembrando que, constitucionalmente, a saúde é um direito de todos e um dever do estado.
A única certeza é poder chamar o SAMU numa emergência. A incerteza é o tempo de atendimento.
Se conseguir a consulta eletiva, é impossível saber quantos exames de apoio ao diagnóstico serão solicitados, para que sejamos virados ao avesso. Na pior das hipóteses, nada será descoberto e ficará a recomendação para repetir a dose em seis meses.
É preciso preparar o coração, morram por causa dele famosos ou anônonimos, e pensar em prevenir sempre.