Curtas e curtinhas

por Luis Borges 29 de novembro de 2015   Curtas e curtinhas

Antidepressivos

A venda de medicamentos antidepressivos e estabilizadores de humor no Brasil cresceu 11,2% no período de novembro de 2014 a outubro de 2015 na comparação com igual período anterior. O dado é da IMS Health, consultoria internacional de marketing farmacêutico. Foram 53,3 milhões de caixas de medicamentos vendidas. Se considerarmos que cada caixa contém 30 comprimidos, chegaremos a um total de 1,599 bilhão de unidades. É mais um item que passa do bilhão, num momento em que rombos nos gastos públicos e déficits orçamentários também superam os bilhões.

Ouvindo a voz do cliente

Praça Tiradentes Ouro Preto

Praça Tiradentes, em Ouro Preto. / Foto: Marina Borges

O Ministério do Turismo fez uma pesquisa sobre a satisfação de 44 mil turistas que visitaram o Brasil em 2014. Eles foram ouvidos em aeroportos e fronteiras terrestres. A hospitalidade do brasileiro foi o item mais bem avaliado pelos entrevistados, citada por 97,2% deles. Em segundo lugar ficou a gastronomia (94,4%), em terceiro ficou o alojamento (92,4%). Os preços tiveram a pior avaliação e foram citados por apenas 56,4% dos entrevistados. Telefonia e internet também foram mal avaliados.

Os turistas mais presentes foram os argentinos (27,1% do total), seguidos por americanos (10,2%), chilenos (5,2%), paraguaios (4,6%), franceses (4,4%) e alemães (4,1%).

Os americanos foram os que permaneceram pelo tempo mais longo, em média 20 dias, e também os que mais gastaram – R$85,07 por pessoa, por dia.

Os dados da pesquisa trazem bons subsídios para que o Ministério do Turismo melhore continuamente as suas políticas e diretrizes para estimular a vinda dos turistas estrangeiros ao país.

Cenários que ninguém acerta

No dia 05 de janeiro de 2015 o Boletim Focus do Banco Central projetava que, no final deste ano, a inflação medida pelo IPCA seria de 6,56%, o PIB cresceria 0,5%, a taxa básica de juros (Selic) seria 12,5% e o dólar estaria cotado a R$2,80.

No último 23 de novembro, muitos meses de crises econômica, política e de credibilidade depois, o mesmo Boletim Focus está projetando para o mesmo final deste ano uma inflação pelo IPCA de 10,33%, um PIB negativo em 3,15%, uma Selic de 14,25% e dólar cotado a R$3,95.

Sabemos que é muito difícil acertar com exatidão os indicadores projetados para um cenário num determinado período de tempo, mas também não deve ser muito grande a distância entre o projetado e o acontecido. Haja reposicionamento estratégico diante de tantas variações e em tão pouco tempo. É muita incerteza a nos desafiar!

Tragédia também no orçamento

Está em discussão na Comissão Mista do Orçamento no Congresso Nacional a proposta da peça orçamentária da União para 2016, enviada pelo Poder Executivo. Ela propõe que, no próximo ano, sejam gastos R$4,8 milhões na fiscalização das atividades de mineração existentes no país.

No dia 5 de novembro rompeu a barragem de rejeitos da Samarco Mineração em Mariana (MG), que veio confirmar que a fiscalização não era o foco de quem deveria cumprir tal função. Agora todos os implicados estão correndo atrás do resultado da omissão, mas o rabo continua balançando o cachorro num outro processo minerário que está expondo os resultados de tantas mazelas e conveniências.

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Já são passados 20 dias da ruptura de uma barragem de rejeitos da Samarco Mineração, empresa controlada pela Vale e pela anglo-australiana BHP Billiton, em Mariana (MG). As tragédias social, ambiental, tecnológica e econômica, dentre outras dimensões, prosseguem estampadas em diversas mídias.

Se considerarmos um conceito bem simples sobre o que é um sistema, podemos defini-lo como um conjunto de partes interligadas. Mais uma vez, ainda poderemos aprender com as lições trazidas pela tragédia apesar do alto custo desse aprendizado.

Em função das informações já disponíveis, que observações podemos fazer em relação ao sistema de gestão do negócio usado por todas as partes envolvidas e interessadas em seu resultado? Fazendo uma análise crítica fica visível que muitos fundamentos da gestão estão presentes apenas na intenção, mas não são acompanhados da necessária intensidade dos gestos. Neste texto, a proposta é tirar lições desse caso para as demais organizações.

Imagem de satélite mostrando a área atingida pela lama em Mariana. / Foto:  Globalgeo Geotecnologias, retirada do portal G1

Imagem de satélite mostrando a área atingida pela lama em Mariana. / Foto: Globalgeo Geotecnologias, retirada do portal G1

Plano de ação

O caso de Mariana evidencia desleixo na preparação e na execução do plano de ação para desastres. Nesta matéria da Folha, por exemplo, mostra-se o “jogo de empurra” entre governo federal e estadual. Afinal, quem aprovou o documento, que não previa uma estratégia para avisar os moradores da região em caso de rompimento da barragem? Na terça, o jornal Estado de Minas afirmou que um plano de ação contratado pela Samarco há anos nunca foi posto em prática, por razões econômicas. A empresa contratada à época diz ter feito um planejamento extenso, prevendo proteção à comunidade e aos funcionários, mas disse que ele não saiu do papel.

Um plano de ação é o caminho usado para se atingir uma meta. Ele mostra o que vai ser feito, como vai ser feito, a qual custo, quem será o responsável pela ação e em que prazo tudo deverá ser feito. Portanto, se não houver esforço e transpiração, o plano será estéril, não permitirá que se chegue ao resultado esperado.

Responsabilidades

A Organização das Nações Unidas (ONU) cobrou publicamente governo e empresa pelas falhas na condução do caso. Criticou as medidas insuficientes e a demora na ação, evidenciando a inaptidão das partes para tomarem para si as responsabilidades.

Por que as pessoas que possuem atribuições em função das partes que representam, tais como poder público, investidores, clientes, fornecedores… não cumprem na íntegra os seus papéis? Por que faltam o querer, a vontade de fazer acontecer, a cooperação nos processos de trabalho e o assumir explícito da responsabilidade de cada pessoa e sua respectiva organização?

Creio que falta a presença firme dos líderes e também a cobrança dos resultados das ações ao longo da hierarquia presente na estrutura organizacional. Cada instância deve cumprir de maneira integrada o seu papel e, para isso, é preciso querer, ter vontade política e encarar todos os riscos decorrentes do seu exercício. Os atos e as omissões têm que ter consequências mas, se isso não acontece e predomina a complacência entre as partes, fica claro que ainda estamos longe da excelência que um sistema de gestão integrado pode ajudar a alcançar.

Dilma Rousseff e Fernando Pimentel durante sobrevoo das áreas atingidas pelo rompimento da barragem em Mariana. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Dilma Rousseff e Fernando Pimentel durante sobrevoo das áreas atingidas pelo rompimento da barragem em Mariana. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Cumprimento da legislação

Nesse caso específico, fica evidente que a lei que trata da segurança de barragens não foi cumprida em sua plenitude. Também é visível que quem tem a missão de verificar seu cumprimento também teve seus momentos de inércia e negligência. Basta verificar o que fizeram – ou deixaram de fazer – antes da tragédia a própria empresa, os órgãos fiscalizadores de município, estado e União, o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), o Ministério Público entre outros.

As normas e leis fazem parte do ambiente de negócios e devem ser levadas em conta. Ninguém está isento de suas responsabilidades ou das consequências em caso de descumprimento das regras. Todo empreendimento tem uma responsabilidade social e não cabe omissão.  

Como prosseguir?

A lição que fica é que ainda faltam disciplina, constância de propósitos e  líderes para praticar efetivamente o que sistemas, métodos, normas e leis determinam, apesar dos inúmeros interesses das partes envolvidas que sempre estão em jogo. Os fatos e os dados estão aí sendo escancarados e a nos mostrar que o escondidinho, a omissão e a resistência à transparência vão ficando cada vez mais insustentáveis.

Querer trabalhar com método e saber que as organizações são feitas por pessoas que cumprem papéis ligados aos diversos interessados são necessidades que jamais poderiam ou podem ser ignoradas. Estamos na era do conhecimento e, se o plano proposto para uma ação orientada não for colocado em prática, com certeza ele será estéril, não dará resultados e deixará evidente que foi apenas uma carta de intenções. A prática é um dos critérios da verdade.

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Vale a leitura

por Luis Borges 23 de novembro de 2015   Vale a leitura

Mentira tem perna curta

O antigo ditado popular diz que “mentira tem perna curta”. Ainda que muitos tentem encompridá-la, “uma hora a casa cai”, para usar outro dito. Enquanto isso não acontece prevalece a criatividade, que muitas vezes é abusiva e despreza nossa inteligência. As desculpas e justificativas chegam a ser hilariantes, muita acabam virando “causo” e folclore.

Este artigo publicado no Uol relembra histórias curiosas para dinheiro de origem suspeita. Uma delas é a de Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, que atribuiu valores em uma conta na Suíça à venda de carne enlatada. Veja um pouco da variedade de argumentos – dinheiro escondido na cueca que veio da venda de verduras, 50 mil reais recebidos para compra de panetones, “prefeita ostentação” que tinha namorado rico…

Sustentar uma história convincente ao longo do tempo é algo desafiante, mas não dá para enganar a todo mundo o tempo todo, ainda que a verdade demore a aparecer.

Lama de Mariana

Nas últimas semanas você certamente recebeu uma série de informações sobre a tragédia decorrente do rompimento de barragem de rejeitos da Samarco Mineração em Bento Rodrigues, distrito de Mariana, MG. Estou certo, também, de que diversos ângulos estão sendo observados por você – social, ambiental, financeiro, legal. Creio que você está fazendo uma análise crítica, para fundamentar seu posicionamento em relação aos atos e omissões que permeiam o caso.

Para complementar essas reflexões, sugiro a leitura deste artigo de Leonardo Sakamoto, que analisa as dificuldades de uma cobertura desse tipo do ponto de vista jornalístico.

Por fora bela viola, por dentro…

Foram seis anos de crise e intervenções da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Recentemente a Unimed Paulistana foi obrigada a entregar a carteira de clientes, deixando mais de 740 mil pessoas na mão. Diversos fatores para a derrocada estão aparecendo. Alguns são, no mínimo, questionáveis, como nessa notícia divulgada pela CBN – “Já em crise, Unimed Paulistana levou cerca de 150 pessoas para safári na África“.

Como se vê, podemos encontrar um pouco de tudo no mundo privado e no mundo público, o que varia é só a dosagem.

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Curtas e curtinhas

por Luis Borges 13 de novembro de 2015   Curtas e curtinhas

Condomínio atrasado

As ações judiciais por falta de pagamento de condomínio em SP cresceram 27,9% de janeiro a setembro deste ano, em comparação com o mesmo período de 2014. O levantamento é do Secovi (Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais) de São Paulo. Uma das razões é a queda do poder aquisitivo das famílias. O Secovi lembra que o aumento da inadimplência acontece junto com a elevação das tarifas de energia elétrica, abastecimento de água e coleta de esgotos sanitários, que representam em torno de 30% dos gastos de um condomínio.

Haja fundo de reserva para cobrir tanto rombo…

Wi-fi no restaurante

A pesquisa “Jantares e Dólares”, feita nos Estados Unidos pela consultoria BCG, mostrou que a principal preocupação dos frequentadores de restaurantes é com a limpeza dos estabelecimentos. A segunda maior preocupação é com o frescor dos alimentos. Outra preocupação importante é a conexão com o mundo digital – 18% dos entrevistados desejam ter wi-fi gratuito quando se alimentam.

Pelo visto, a necessidade de estar conectado é bem mais prioritária do que conversar com uma pessoa que esteja ao lado. Lá como cá…

Falta d’água preocupa

A prefeitura da cidade turística de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, anunciou diversas medidas para reduzir o consumo de água nos quatro meses subsequentes, quando a presença de veranistas triplica a população local. Um decreto estabelece que quem for flagrado lavando carro ou calçada será multado em R$440. Já quem retirar água da rede irregularmente deverá ser multado em R$3.080.

No verão passado a emergência hídrica foi decretada em janeiro mas, como se vê, as preocupações e ações para o próximo verão já começaram com a primavera.

Senado sempre comprando

O Senado da República abriga 81 Senadores e demonstra uma grande capacidade de comprar diversos tipos de utensílios para que nada atrapalhe o desempenho dos parlamentares em seu trabalho. Agora foram empenhados R$47,2 mil para a aquisição de utensílios diversos. Serão dispendidos R$21,1 mil para a compra de 1.700 xícaras de porcelana para café, com pires, e capacidade de 50ml. Outros R$7,2 mil serão gastos para comprar 1.100 colheres de café, 450 colheres para chá, 400 colheres de sopa, 300 colheres para suco e 350 garfos de mesa. Já R$6,9 mil serão gastos com 150 jarras em material inoxidável com capacidade para 2 litros, R$5,7 mil com 400 xícaras de chá, também com pires, e R$3,3 mil com pratos para refeições. Fechando a lista, R$3 mil serão usados na compra de 100 açucareiros.

Agora é só trabalhar, melhorar a produtividade e apresentar muitos resultados pois, até o momento, o débito ainda é alto.

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bananeira ponto ônibus

Bananeiras dividem espaço com um ponto de ônibus. / Foto: Sérgio Verteiro.

A rua Dores do Indaiá, no bairro de Santa Tereza, guarda uma surpresa para os mais observadores. Um dos pontos de ônibus da rua é marcado não só pela placa indicativa, mas também pelas três bonitas bananeiras que compartilham o espaço.

Foto: Sérgio Verteiro

Foto: Sérgio Verteiro

Elas ficam no meio do quarteirão da rua, logo antes da esquina com a Rua Paraisópolis. Na foto acima, é possível perceber que um cacho de bananas está em crescimento. Na primeira foto do post, uma placa escondidinha diz “Favor não jogar lixo no canteiro”.

Árvores em Belo Horizonte

Estima-se hoje que BH tenha 485 mil árvores, das quais 8 mil seriam ipês. Um inventário das árvores da cidade está sendo feito há alguns anos e, no final do mês passado, o Secretário do Meio Ambiente disse que a primeira etapa será concluída em fevereiro de 2016, abrangendo 300 mil árvores. O levantamento foi feito nas vias públicas e na parte da frente de terrenos que possuem árvores visíveis quando olhadas da calçada. Não fazem parte do inventário as árvores dos 75 parques municipais nem dos fundos dos terrenos. Outro contrato está sendo negociado para a segunda etapa para conclusão dos trabalhos.

Foto: Sérgio Verteiro

Foto: Sérgio Verteiro

Voltando às bananeiras de Santa Tereza, será que o inventário vai informar a quantidade de árvores frutíferas espalhadas pela cidade?

E fica a sugestão: que tal observar melhor as árvores da cidade e seus detalhes, a começar pela nossa rua e pelas demais vias públicas de nosso bairro?

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Eu quero é me arrumar

por Convidado 9 de novembro de 2015   Convidado

por Sérgio Marchetti*

Não desejo falar de crise econômica. Tampouco falar de corrupção e de violência. Estes assuntos preenchem vinte quatro horas as mídias… e só progridem. A impressão que temos é que nossos governantes moram em outro país. As mais de 50 mil mortes anuais por violência (extraoficialmente passam de 60 mil) não tocam seus corações. Mas queria falar mesmo era de amor, de felicidade, de solidariedade, de prosperidade, porém, sendo filho de Deus e habitando este mesmo latifúndio podre, também fui picado pelo mosquito da descrença (pensou que fosse da dengue?). Passar incólume pelo momento Brasil é como caminhar por um lixão que exala um fedor insuportável e dizer que não sente o cheiro. Um país sem lei e sem regra, onde prevalece acentuada desigualdade e se pratica uma das maiores injustiças sociais sobre cidadãos honestos do planeta.

Mas, apesar de todo o desânimo, falar do que está mal sem buscar uma solução é cultivar a semente negativa dentro de nós. Lembro aos caríssimos leitores de que o mal possui uma força muito maior do que o bem e um poder de disseminação que corre na velocidade da luz. Os efeitos negativos ou acontecimentos não desejáveis acontecem frequentemente na vida pessoal e na profissional. São inevitáveis. Então, o caminho para quem pretende continuar lutando começa na descoberta do efeito. Depois se identifica a causa e busca-se a solução. Ocorreu-me a fórmula dos seis “Ms”, de Ishikawa, para chegar à causa do problema: método, matéria-prima, mão de obra, máquinas, medição e meio ambiente. Mas no caso do Brasil é falta de caráter mesmo. A origem de todos os problemas está nas pessoas.

Na sociedade, em casa, nas empresas “gente” é sempre a causa dos episódios indesejáveis. Por quê? Porque pessoas são diferentes, possuem idiossincrasias próprias. Mas o item que causa mais problema é o bendito interesse pessoal. Lamentavelmente há muito mais pessoas interesseiras do que pessoas interessantes. Para alcançarem seus objetivos muitos desses seres lançam mão de atitudes desonestas. Denigre-se a imagem alheia com inverdades que podem destruir suas vidas pessoais e profissionais. Sem nenhum peso na consciência traem alguém que lhes estendeu a mão. Caluniam, acusam. Não há mais a lealdade e gratidão. Outras pessoas lançam mão de trabalhos em terreiros de macumba para destruir relações, fechar caminhos alheios e obter ganhos. Não sei dizer sobre seus efeitos, mas o que vale é a intenção. A impressão que temos é que para sobreviver neste País precisamos abrir mão dos escrúpulos e aprender a jogar o novo jogo da vida. Nele as regras incorporaram conceitos que menosprezam integridade, honestidade, honra, entre outros valores que antes eram pilares sociais. Confunde-se anarquia com democracia e liberdade com promiscuidade. Hoje, sob o manto da falsa liberdade – conveniente a um governo corrupto e a um povo indolente – desonestidade passou a ser sinônimo de esperteza.

Afirmei que desejava falar de amor, mas não consegui. Infelizmente, no enredo que descrevemos, não há como esperar que muitos cidadãos brasileiros escolham registrar as suas realizações nas páginas da história. Ao contrário e, a exemplo dos governantes, estão deslumbrados pelo “ter” em detrimento do “ser”, e optam por marcar seus nomes nas páginas policiais e deixar para a posteridade um rastro de podridão humana.

* Sérgio Marchetti é educador, palestrante e professor. Possui licenciatura em Letras, é pós-graduado em Educação Tecnológica e em Administração de Recursos Humanos. Atua em cursos de MBA e Pós-Graduação na Fundação Dom Cabral, B.I. International e Rehagro. Realiza treinamentos para empresas de grande porte no Brasil e no exterior. www.sergiomarchetti.com.br.

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Racionamento de água

Falta de planejamento e gestão são causas importantes da crise hídrica brasileira. Apesar de todas as dificuldades dos governos estaduais para assumir que o problema existia já em 2014, ou mesmo antes, fato é que no início deste ano não deu mais para esconder. Muitos meses depois, já próximos do novo período chuvoso, há transparência sobre a real situação do seu estado?

Em Minas, aguarda-se para 20 de dezembro a entrega da obra que ampliará a capacidade do sistema Rio Manso. Com ela, promete-se que estará assegurado o abastecimento de água para as próximas décadas. Neste texto do Balaio do Kotscho, leia mais sobre o racionamento que já afeta 1/3 dos paulistanos.

rio minas gerais

Paisagem vista da janela do trem entre Belo Horizonte e João Monlevade. / Foto: Marina Borges

Fazendo em casa

Preparar sua alimentação em casa, usando receitas próprias ou de outras fontes traz, imagino eu, um misto de lazer, satisfação e prazer para quem gosta de cozinhar. Indo na mesma linha, acho que deve ser muito legal montar um móvel a partir de pedaços de madeira, usando procedimentos bem orientativos. O mesmo para instalar eletroeletrônicos ou desenhar e costurar a própria roupa. Possibilidades desse tipo são mostradas pelo artigo O efeito Ikea está por trás do sucesso do Masterchef, publicado no blog Caro dinheiro.

seja um móvel que você precisa montar, um brinquedo novo para seus filhos ou uma receita nova, lembre-se: quanto maior o seu envolvimento no processo, maior o carinho por aquele item. Criar algo do qual você possa se orgulhar e inspirar admiração nos outros são valores na nossa sociedade —ainda que estejamos falando de um prato de macarrão.

Conheça seus custos

Ainda que a inflação e os juros estivessem bem baixos ou que o emprego fosse pleno e o poder aquisitivo alto, ninguém deveria deixar de conhecer e gerenciar seus custos, tanto individuais quanto familiares. Essa indisciplina aliada à falta de educação financeira mascara muitas realidades e dificulta a mudança de muitas pessoas para uma situação melhor e pautada pelo consumo consciente. O gasto mensal para manter um automóvel ainda passa despercebido para muitos que possuem esse bem. Um exemplo didático dessa situação é mostrado neste artigo do blog O mundo em movimento – carro dá despesa de 1.185 reais por mês. Será que esse caso serve de alerta só para os outros?

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