Quem vê o atual Ministro da Fazenda, ex-Planejamento, falando sobre a queda da arrecadação do Governo Federal, ligada aos tributos que incidem sobre a atividade econômica, pode imaginar que ele veio do reino das palavras. No lugar de ir direto ao ponto e mostrar as causas que levaram a esse efeito, ele faz um “lero lero” danado para afirmar que aconteceu uma “frustração de receitas”.
Como esperar algo diferente? Entendo que, mesmo se o acirramento político não estivesse tão elevado, os resultados decorrentes do projeto de poder focado em vencer as eleições presidenciais a qualquer custo não seriam muito diferentes dos que estão sendo colhidos.
Se você ler no site significados.com.br algumas definições de frustração verás que pode ser um sentimento, uma emoção que ocorre quando algo que era esperado não ocorreu ou que surge quando identificamos um erro entre aquilo que planejamos alcançar e o que realmente aconteceu.
A arrogância impede que se admita os erros nas premissas que foram utilizadas, mas o uso de belas palavras não é suficiente para justificar ou mascarar a recessão econômica que também paralisa o país.
Também sobrou para as pessoas a “frustração de receitas”, com a perda do poder aquisitivo diante da alta inflacionária, o desemprego direto de quase 10 milhões de pessoas de acordo com o IBGE e até mesmo as dificuldades que aqueles que permanecem trabalhando têm encontrado para repor suas perdas inflacionárias.
A frustração é mais que real e sobrou mesmo foi para a população pagar a conta. Há um ano, que palavras o ministro tinha para negar o crescimento do desemprego? Agora as pessoas não podem contribuir com mais dinheiro para evitar a frustração do Governo Federal, pois elas estão precisando é de trabalho e renda para sobreviver. Será que as cores de abril nos sinalizarão a chegada ao fundo do poço?