Outra vez, é dia do professor

por Luis Borges 15 de outubro de 2014   Pensata

Considero este 15 de outubro, Dia do Professor, como dia do ano em que devemos aproveitar a oportunidade de homenagear e reconhecer os mestres que cumprem a missão de educar, ensinar e aprender em nosso país sempre necessitado de contínuas transformações. Podemos nos lembrar de quem nos ensinou as primeiras letras e os primeiros algarismos, daqueles que nos orientaram, influenciando nossos rumos, ou dos que foram homenageados em nossas formaturas, inclusive como paraninfos ou patronos. Aqui também é permitida a lembrança daqueles que só cumpriram “a tabela do campeonato” ou mesmo aqueles poucos que nos marcaram indelevelmente por suas posturas equivocadas.

Por ter feito desta função uma opção profissional em minha vida, inclusive acompanhada da devida vocação, sei qual é o tamanho da dor e da delícia de trabalhar nesse segmento. Entendo perfeitamente que o desafio é muito grande, e que ainda não estão disponíveis todas as condições para vencê-lo plenamente em todos os níveis, exigências e necessidades. Mas tenho a crença de que a educação é a base de tudo e de que não existe substituto para o conhecimento na solução dos problemas, bons ou ruins, que a era da incerteza nos traz cotidianamente. Por isso será sempre essencial se trabalhar com os fundamentos, demonstrar sua aplicação e mostrar a efetividade dos resultados, de preferência sem dogmatismos e instigando a curiosidade, a observação e a criatividade. É muito pouco ser uma mera estação repetidora.

Minha reflexão deste ano diz respeito ao clamor nacional por mais recursos para a educação, que deverão se refletir em melhores condições de ensino, profissionalização da carreira docente e valorização profissional com a devida atualização permanente do conhecimento do professor. Nesse caminhar muitas lutas, embates, medição de forças – inclusive com greves – acontecerão. Mas nada justificará o descompromisso, o fazer de qualquer jeito, o simplesmente cumprir burocraticamente os dias letivos previstos ou o não, principalmente para quem defende e almeja o profissionalismo do professor. Entre o pessimismo chato de quem só quer lamentar, chorar e reclamar ou o otimismo irreal de quem pensa que um dia tudo vai melhorar mesmo na inércia, reitero meu reconhecimento por aqueles que constroem, melhoram e inovam nos processos de trabalho, guiados pela esperança realista e pragmática.

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